“Ninguém há que clame pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade. Chocam ovos de áspide e tecem teias de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um dos ovos é pisado, sai-lhe uma víbora” (Isaías 59:4,5).
VISTO SOCIALMENTE: COMPLETA IGNORÂNCIA DA CONDENAÇÃO MERECIDA: “Ninguém há que invoque a justiça com retidão…”
Amado leitor, não há uma indicação de tamanha miséria do que esta que estamos presenciando em nossos dias, em nossas ruas, nas praças, nas igrejas. Não há pecadores, ninguém que invoque pela justiça perfeita, ninguém à busca da salvação que vem de Deus. Não há pecadores mais, o que vemos são homens e mulheres cheios de si, presumidos neles mesmos de que tudo vai bem entre eles e Deus e que Deus. Não há pecadores gemendo ante o peso dos seus pecados, porque todos agora se consideram justos e se justificam em seus atos religiosos e evangélicos. Com isso os falsos mestres ganharam terreno, tendo embutido nos corações uma impressão de bem-estar, de que há paz e que nada de errado vai acontecer. Eles se sentem bem porque todos foram ensinados de que não há mais pecado nem condenação, que basta ter fé e assim tudo vai bem e que no fim todos entrarão no céu e serão aceitos lá.
Digo mais que não há mais buscas pela verdade. Quando Deus estende Sua compaixão e graça, o resultado é que há um grande despertamento pela Palavra de Deus, uma verdadeira busca pelos ensinos da graça e intenso desejo por coisas eternas. Mas não está havendo isso em nosso meio. Quando há busca pelo conhecimento bíblico, não passa de um interesse leviano, um conhecimento por aquilo que enche seus corações de maior soberba, meios usados para compensar sua falta de paz, porque querem viver no pecado. Também há em nossos dias uma propagação de uma graça barata, um desejo intenso de saber que Deus distribui as bênçãos Dele para todos, sem que não haja nada de exigência, porque para eles tudo funciona assim. Não há nada de humilhação para o pecador, nada de fé que chega perante a graça sem dinheiro, com o pecador completamente despido de si mesmo.
Digo mais, que há um intenso prazer por cultos sentimentais. Neste mundo moderno o que prevalece é aquilo que eu gosto, que eu sinto e que eu quero, não importa se vou prejudicar meu próximo ou não. O que importa são meus direitos. Por essa razão vemos homens e mulheres saindo de seus lugares à busca de paixões sexuais e outras inúmeras atividades que lhes proporcionem prazeres momentâneos, até mesmo nos cultos evangélicos modernos. O que reza na cartilha religiosa é que tudo deve funcionar para que eu me sinta bem. Por essa razão pastores não podem falar mais do pecado; eles devem atender aquilo que cada um desejar e que lhe faz sentir-se bem. É comum ver como tem prosperado o culto dos sentimentos nas músicas; como pastores têm pregado mensagens que funcionam como calmantes, para trazer alívios contra as tensões da época, ou um alívio de consciências culpadas. Os cultos modernos devem funcionar como se fosse um restaurante onde há todo tipo de refeição para a preferência de cada um. Não há mais ortodoxia, fé definida e clara, porque quando há isso, pastores são chamados de cruéis e intolerantes.
Caro leitor, eis aí um resumo da apostasia reinante nesse início de século 21. Mas dou glórias ao Senhor há aqui e ali pessoas que são arrancadas do fogo, como se faz com um tição. Ainda vemos como o poder de Deus está em plena atuação, porque há alguns que chegam para invocar o Nome do Senhor e assim serem salvos. Que você amigo, possa vê nossos dias à luz da Palavra. Que essa sensação de paz seja recebida em sua vida como real motivo para clamar ao Senhor, a fim de que Ele desça do céu e ainda derrame Sua compaixão de maneira efusiva na salvação de milhares.
Pr DAVID SENA
Extraído do Blog http://restauracaodapalavra.blogspot.com.br/ em 29/05/2015
Mas de quem é a culpa pastor? Será de pastores ortodóxos que combatem tais heresias mas permitem tais músicas nos cultos? Ou será minha que obsou que em muitas igrejas ditas ortodóxas a verdade está relativizada?
CORREÇÃO: onde se lê obsou é OBSERVOU.