Demônios coloridos
Uma preletora de batalha espiritual fala até de um demônio de cor grená e de um espírito de aborto em forma de sapo, cor cinza-claro. Ela relata ainda como recebeu informações sobre o demônio Minotauro ou Tauro:
Recebemos as revelações no dia 3-11-90, quando fomos fazer um trabalho de libertação na casa de uma pessoa, e o Minotauro e o Centauro dominavam e controlavam outro demônio de casta muito baixa, chamado “Amoran” – tipo de uma lesma que atua nos homossexuais. São destituídos de inteligência (…) Só pode ser exterminado dividindo-se em dois ou queimando com o “Fogo do Espírito Santo”; não se expulsa, pois ele não entende a linguagem dos humanos. (MatikoYamashita, Batalha Espiritual – apostila – Ministério de Libertação El Shadai, sem data, p. 36, 37, 39.)
Há outras informações tão grotescas que é melhor não mencioná-las aqui.
Alguns “ministros de libertação” ensinam que, ao se expulsar um espírito mau, é necessário saber o seu nome correto para que a libertação se efetue. Se alguém expulsar Maria Molambo (entidade do culto afro) e se não é ela quem está na pessoa, mas, sim, Maria Padilha (outra entidade do culto afro), não funciona. Ora, isso é reconhecer um panteão mitológico, pois à luz da Palavra de Deus, não existe Pomba-Gira, Maria Padilha, Maria Mulambo, Iemanjá, Oxalá ou qualquer tipo de Exu. À luz da Bíblia todos são demônios. Se alguém insiste em crer assim, logo vai querer expulsar também o espírito de Papai Noel, gnomos, duendes, Afrodite, Vênus, Zeus, Marte, Saturno, deuses mitológicos e figuras da superstição popular. (Para um estudo sobre os cultos afros à luz da Bíblia, recomendo o livro O Império das Seitas, de Walter Martin, vol. 4, Editora Betânia, p. 155.)
Mas a lista não pára por aí. Há também Brumaus, Tremus, Aurius, Cumba, Ismaichia, Krion, Kruonos, Sinfiris e muitos outros. Tem até demônio com nome de Joaquim. Que ofensa para tantos homens de Deus com o mesmo nome! O incrível é que esses nomes e informações foram obtidos através de entrevistas e diálogos com os demônios no ato do exorcismo. Logo, tratam-se de revelações demoníacas e não bíblicas, não tendo muita diferença com as obtidas numa sessão espírita.
Muitas apostilas foram distribuídas por esse Brasil afora e algumas com até trezentos nomes de demônios. Entretanto, tais. informações estão mais para as mitologias gregas, romanas, Cabala (a superstição ou esoterismo judaico), literatura apócrifa ou para os nomes de mestres cósmicos da Nova Era do que para a Bíblia Sagrada.
Demônios malcheirosos
Outras informações chegam a ser surpreendentes. Tem até aqueles que conseguem sentir o cheiro dos demônios. É o que contam Frank e Ida Mae Hammond:
Uma outra faceta das manifestações demoníacas é a dos cheiros. Lembro-me de uma vez em que estávamos ministrando numa casa pastoral. A casa ficou tomada por um malcheiro parecido com o de repolho cozinhando que, para mim, é um cheiro ruim. Numa outra ocasião, eu estava expulsando um demônio de câncer. Ele saiu acompanhado por um cheiro distinto, igual ao que encontramos num hospital de câncer. Quando os demônios são expulsos, normalmente saem pela boca ou pelo nariz. Os espíritos estão associados à respiração. Sem dúvida, a manifestação mais comum é tossir. A tosse pode ser seca, mas em geral é acompanhada de catarro. Outras manifestações pela boca incluem: choro, grito, suspiro, arroto e bocejo. (Frank e Ida Mae Hammond, Porcos na Sala, Mogi das Cruzes, SP, Editora Unilit, p. 53.)
Nota-se aqui mais um exemplo de transformar experiências em verdades espirituais.
Extraído do livro “Evangélicos Em Crise”, Pr. Paulo Romeiro