Ao ponderarmos as inúmeras linhas escritas por Joseph Smith Jr, Witness Lee, Allan Kardec, os evangelistas da Nova Era, e muitos outros, nos vêm à mente perguntas intrigantes como: “De que fonte poderia jorrar tanta imaginação?”, “De onde procederia tamanha inspiração?”. É impressionante como, numa só seita herética, podemos encontrar tantos desvios doutrinários. Como certos grupos religiosos podem estar tão distantes dos parâmetros bíblicos. Alguns preceitos de determinadas seitas são tão absurdos que chegam a ser exóticos, por assim dizer. Quase sempre seus artífices atribuem aos escritos que produzem inspiração divina. E vão mais longe em seus devaneios quando afirmam que seus ensinamentos têm mais autoridade do que a Bíblia. Ou, na pior das proposições, que eles são condizentes com a Palavra de Deus.
Manancial de erros
Existem três fontes para a doutrina. A que provém de Deus, irrefutável, infalível e perfeita. A que provém do homem, discutível, falível e muitas vezes prejudicial. E a que provém do diabo, nociva, anátema e enganosa.
Seguindo esse raciocínio, convém esclarecer que o opositor das nossas almas não estagnou seu trabalho de destruição da raça humana. Ao contrário, está cada vez mais disposto a “engolir” e desviar o homem do grande propósito de salvação do Senhor Jesus para sua vida (1Pe 1.16). Cautelosamente, ele (o diabo) não deixa de apontar seus dardos para a ambição humana com a intenção de iludir o homem de que ele não é mera criatura, dependente, um ser inferior. Impressiona como uma tática tão antiga ainda encontre em nossos dias pessoas que dão crédito a tamanha bobagem. Foi justamente isso que Satanás, a antiga serpente, incutiu na mente dos nossos pais, no Jardim do Éden: a utopia de serem como Deus. O Senhor havia dito a Adão e Eva que poderiam comer de todos os frutos do jardim, menos os da árvore do conhecimento do bem e do mal, para que não morressem. Mas Satanás deturpou essa mensagem de Deus: “Então disse a serpente à mulher: Porque Deus sabe que no dia em que deles comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.4-5 – grifo do autor).
O manancial de erros e distorção da verdade deriva da antiga serpente, o diabo. Em seu coração, primeiramente, brotou a ilusão de ser quem não era, e jamais poderia ser (Ez 28.14-17). Então, levado pelo orgulho, elevou-se em sua formosura e, por conta disso, sua sabedoria também foi corrompida. O texto bíblico diz o seguinte: “Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitava as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me exaltarei, aos lados do Norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo e, contudo levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo” (Is 14.13-15 – grifo do autor).
Infelizmente, como veremos a seguir, não são poucos que, ainda hoje, se deixam enganar pelos ardis do diabo, assim como aconteceu aos nossos pais, Adão e Eva, no Jardim do Éden.
Mais que homens bons, homens-deus
Witness Lee, fundador da Igreja Local, se pronunciou da seguinte maneira: “Até mesmo na criação de Deus há um quadro do desejo de Deus de dispensar-se para dentro do seu homem criado. Devo testificar que o meu único encargo e o meu único interesse é a economia de Deus. Deus quer dispensar a si mesmo dentro de nós para fazer-nos homens-deus, não homens bons. Um cristão não é meramente um homem bom, mas um homem-deus. Fomos feitos à imagem de Deus, com um espírito para recebê-lo para dentro de nós como nossa vida, nosso suprimento de vida e como tudo para nós para ser o nosso conteúdo, a fim de que sejamos homens-deus”1 (grifo do autor).
A sabedoria é um dos requisitos necessários para quem deseja o fruto do Espírito Santo e busca ser guiado por Ele (Gl 5.16,22). Mas, se fôssemos nos guiar pelo conteúdo do texto acima, chegaríamos à conclusão de que isso não é nada se comparado ao fato de o “propósito divino é que nos tornemos deuses”.
Heresia complicada
Witness Lee explica: “O que então está na nossa alma? O ego. O nosso ego está em nossa alma. Será que fomos impressionados com o fato de que todos os três seres: Adão, Satanás e Deus –– estão em nós hoje? Somos bastante complicados. O homem Adão está em nós; o diabo, Satanás, está em nós; e o Senhor da vida, o próprio Deus. Portanto, nos tornamos um pequeno jardim do Éden. Adão representando a raça humana, a árvore da vida representando Deus e a árvore do conhecimento representando Satanás são as três partes do jardim do Éden; e agora todos eles estão em nós. Adão, o ego, está em nossa alma; Satanás, o diabo, está em nosso corpo; e Deus, o Deus trino está em nosso espírito”2.
O amado leitor está impressionado com esta espantosa declaração? Não é para menos! Como poderíamos embasar biblicamente que nos tornamos um pequeno jardim do Éden? Indubitavelmente, esta tarefa é bem mais complicada do que entender a natureza humana à luz da Bíblia, especialmente pelo fato de que esta não abona, em nenhuma de suas páginas, a doutrina Localista.
As Escrituras asseveram que não fomos comprados com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro imaculado e incontaminado (1Pe 1.18-19). Através de seu sacrifício, Cristo nos resgatou para si e, desde então, nos selou com o penhor do Espírito Santo em nosso coração (1 Co 1.22), nos fez templo de Deus, ou seja, habitação do Espírito (1 Co3.16). Aqueles que pertencem a Deus não podem ser de Satanás! Onde a luz chega, as trevas são totalmente dissipadas (Jo 1.4-5). O Espírito Santo conduz a igreja à santificação plena, ou seja, o nosso espírito, alma e corpo são conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2.13; 5.23). Adão não está em nossa alma, assim como Satanás não está em nosso corpo! Não há complicação na verdade! E devemos crer, sem reservas, no que a Bíblia ensina!
Criado à semelhança de Deus
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança…” (Gn 1.26).
O texto acima não declara, em nenhum momento, que o Senhor ofereceu divindade ao homem. O apóstolo Paulo advertiu a igreja a se “revestir do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4.24). Neste caso, a relação entre Deus e o homem, através da criação, é moral. É uma exortação à santidade cristã, ao despojo do velho homem que se contamina pela libidinagem do engano.
O texto fala, ainda, sobre deixar a mentira, as palavras torpes, o furto, a ira, a malícia, a blasfêmias etc. Paulo conclui dizendo que devemos ser benignos, perdoando-nos mutuamente assim como Deus nos perdoou em Cristo. O homem fora criado para desfrutar da eterna presença de Deus e este processo se inicia quando o homem nasce de novo, rejeita as obras do passado e toda sorte de impureza no presente (2Co 5.17), passa a andar segundo os parâmetros da ética divina, a seguir a justiça que encaminha para a vida (Pv 11.19) e a buscar a santificação sem a qual ninguém poderá ver o Senhor (Hb 12.14).
O apóstolo Paulo também aconselhou a igreja a “se revestir do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” (Cl 3.10). Neste caso, a relação entre Deus e o homem, através da criação, é racional. A implicação aqui diz respeito à dependência da renovação espiritual (já mencionada em Ef 4.24) e ao conhecimento de Cristo. E, por fim, ao interesse “por conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus” (Ef 3.18-19).
Nosso empenho consiste em nos assemelharmos a Deus em amor como filhos amados (Ef 5.1).
Uma classe de deuses
“Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina…” (1Pe 1.4).
A natureza divina é o caráter de Deus. O Senhor requer que sejamos maduros na fé, que sejamos moldados conforme a sua vontade, para que nos tornemos participantes de sua natureza. Para tanto, devemos nos distanciar do mundo para nos aproximarmos do Senhor. O apóstolo Pedro descreve as qualidades que devemos possuir, como filhos de Deus e participantes de sua natureza: virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor. Tais qualidades nos tornam ativos e frutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (1Pe 1.5-8).
Todavia, o texto sagrado não está dizendo que os crentes são absorvidos pela divindade. Cristo foi constituído herdeiro de tudo (Hb 1.2), e nós, como filhos do Senhor, somos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8.17), podendo, por intermédio do Senhor, usufruir das grandíssimas promessas e por elas nos tornarmos participantes da natureza divina. Àqueles que crêem ser “uma classe de deuses”, salientamos a reação de Paulo e Barnabé à atitude da multidão por causa da cura de um homem coxo na cidade de Listra. O povo os aclamou deuses, e ouviram o seguinte: “Ouvindo, porém, isto, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando, e dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, e a terra, o mar e tudo quanto há neles” (At 14.8-15).
O deus interior
Os escritores da nova era aquariana exaltam terminantemente a posição humana ao divinismo. O padre Lauro Trevisan assinala que o desconhecimento desse ensino é o infortúnio do mundo: “A desgraça do mundo é a ignorância (…) Até esta era de peixes, provavelmente o homem tenha conseguido alcançar apenas a sua própria sombra. E passou a definir-se com base nesta sombra, daí o grande equívoco de considerar-se um minúsculo grão de areia, um ser inferior, um projeto inacabado, um pecador nato3. Jesus ensinou a usarmos o que hoje a ciência da mente reconhece que é uma lei infalível e universal: o que você pede, o que você pensa e deseja, o que você mentaliza, acontece, porque o subconsciente é acionado para executar. No âmago do subconsciente está o Pai, o Eu Superior”4.
Sim, um minúsculo grão de areia!
Não se trata de complexo de inferioridade, mas, sim, conhecimento de si próprio e de Deus, que nos habilita a nos colocarmos em nosso devido lugar. O salmista disse: “Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem para que o visites?” (Sl 8.4). “Faz-me conhecer, Senhor, o meu fim, e a medida dos meus dias qual é, para que eu sinta quanto sou frágil” (Sl 39.4). “Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosa são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles! Se as contasse, seriam em maior número do que a areia…” (Sl 139. 14,17-18).
Sim, um pecador nato!
“Certamente em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu a minha mãe” (Sl 51.5). “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus!” (Rm 8.23).
Sim, somos pecadores. Mas também alvos do inseparável amor de Deus. É o que afirma o texto de Romanos 8.38-39: “Pois estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”.
Além de sermos alvos do infinito amor divino, temos o privilégio de possuir um advogado intercedendo em nosso favor: Jesus Cristo. É o que diz Romanos 5.8: “Deus provou seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). É muito saber que, como pecadores, temos um advogado junto ao Pai celestial, Jesus Cristo, o Justo. Que maravilha saber que o próprio Cristo apagou as nossas transgressões e delas não se lembra mais! (Is 43.25).
Nem infalível nem universal
Jesus não nos ensinou a usarmos a denominada “ciência da mente”, portanto não devemos ter nenhum envolvimento com esta filosofia, que não é infalível e muito menos universal.
Baseando-se inutilmente nas palavras do Senhor Jesus no Sermão da Montanha (“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”- Mt 6.6), padre Trivisan entende que o Pai, ou Eu superior, como se referem os adeptos na Nova Era, está em nosso íntimo e, por isso, somos divinos.
Apoiar tal raciocínio é promover o panteísmo, pensamento filosófico que ensina que Deus é tudo e tudo é Deus. Como cristãos, somos monoteístas, cremos na existência de um único Deus, pessoal, distinto do homem, mas não distante de nós (At 17.27). Impulsionados pelo Espírito Santo, devemos orar ao Pai, em nome de Jesus, para que o Pai seja glorificado no Filho (Jo 14.13-14).
Maririshi Mahesh Yogi, fundador da filosófica meditação transcendental, ramificação do hinduísmo, declarou: “Aquitetai-vos, e sabei que sois deuses”5. Tal presunção chega a ser hilária! Deus, o oleiro, criou o homem do pó da terra, e tem “poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra” (Rm 9.21). O Senhor é soberano e quer que experimentemos sua boa, agradável e perfeita vontade (Rm 12.2).
O que pedimos, pensamos ou desejamos só será possível com a permissão do Senhor! (Hb 6.3). O homem propõe, Deus dispõe!
Os deuses de amanhã
Os fiéis da seita mórmon crêem que Satanás falou a verdade quando ofereceu a divindade a Eva. E por isso esperam tornar-se deuses após a morte, além de ensinarem que há “muitos deuses, e os seres humanos podem vir a ser deuses e deusas no reino celestial”6. Um de seus profetas, James E. Talmage, ratifica: “Como o homem é, Deus foi, como Deus é, o homem poderá vir a ser”7.
A regra de fé mórmon, item oito, reza: “Cremos ser a Bíblia a Palavra de Deus, desde que esteja traduzida corretamente; cremos ser o Livro de Mórmon a Palavra de Deus”8. E fazem uso seletivo dos textos, pincelando o que lhes parece conveniente. Mas, ao analisarmos esses conceitos com as passagens bíblicas, concluímos que seu alicerce (das seitas) é frágil e fácil de ser demolido.
O homem perfeito
“Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.48).
Argumentam os adeptos de seitas: “Daria Deus um mandamento que não pudesse ser guardado?” Absolutamente! E nós, os cristãos, questionamos: “O que denota a palavra perfeito nesse contexto bíblico?”. Resposta: “A palavra teleioi do texto, traduzida por perfeito, na verdade significa completo, maduro”.
Sobre Noé, está escrito que ele alcançou graça aos olhos do Senhor. Noé andava com Deus, era homem justo e perfeito em suas gerações (Gn 6.8-9). Sobre Jó, a Bíblia relata que ele era homem íntegro, perfeito, temente a Deus e sempre se desviava do mal (Jó 1.1). Noé e Jó não eram pecadores? (Rm 3.10, 23). Como pecadores podemos ser maduros, completos, mesmo com a nossa limitação humana. Voltando ao texto bíblico em pauta, o discurso de Jesus era um sermão cheio de princípios de santidade e amor. E esses detalhes deveriam ser visados pelos ouvintes (Lv 11.44, 1 Jo 3.14). Jesus queria o aperfeiçoamento dos discípulos para exercício do ministério e propagação do evangelho (Ef 4.13). Dizer que Cristo estava requerendo de seus discípulos perfeição nesta vida é colocar palavras na boca do Filho de Deus.
Foi Deus quem disse?
“Eu disse, vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo” (Sl 82.6).
Existe um anacronismo nessa interpretação, pois os mórmons acreditam que se tornarão deuses amanhã, ou seja, no futuro. Mas o texto claramente diz: “sois deuses”, e não “sereis deuses”.
Qual é o contexto desse salmo? Deus estava repreendendo os juízes por suas injustiças. O Senhor direcionou-se diretamente aos juízos humanos, uma vez que estavam atuando em seu lugar de maneira ímpia. O versículo sete diz: “Todavia morrereis como homens e caireis como qualquer dos príncipes”. O Senhor determinou o patético fim dos juízes, sua morte prematura. Com isso, lhes fez ver que a alta ocupação desempenhada por eles não podia lhes garantir a imortalidade.
Jesus lança o texto de João 10.35 aos seus delatores para evidenciar que eles não entendiam suas próprias Escrituras e, por isso, não estavam em condições de condená-lo por ter afirmado ser Deus. Como vemos, assim como os judeus, os mórmons também não entendem as Escrituras e não estão aptos para, através delas, justificar suas asseverações!
Não obstante os mórmons almejarem a divindade no futuro, eles, no entanto, não são muito afoitos para alcançá-las. Mesmo que sejam conformados em relação a esse assunto, suas esperanças, porém, não passam de fantasias. Sobre Satanás, Jesus afirmou o seguinte: “Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44). O diabo não disse a verdade para Eva porque simplesmente não há verdade nele. Deus é espírito (Jo 4.24). Existe um único Deus verdadeiro (Dt 6.4, Is 43.10, 45.21). O Senhor Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb. 13.8) O grande Eu sou não muda! (Êx. 3.14, Jo 8.58). Nele não há mudança nem sombra de variação (Tg 1.17). O amanhã tão esperado pelos mórmons há de chegar e, com ele, a eterna frustração!
Homem é homem, Deus é Deus!
O profeta Ezequiel repreendeu o rei Tiro pela sua ambição: “Assim diz o Senhor Deus: Porquanto o teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares; e não passas de homem, e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus (Ez 28.2).
Os candidatos à divindade devem ter os atributos divinos do Altíssimo. Portanto, devemos fazer nossas as palavras de Jesus: “Qual dos pretendentes à divindade pode acrescentar, com todos os seus cuidados, um côvado à sua estatura?” (Mt 6.27).
Qual deles mediu na concha das mãos as águas, tomou a medida dos céus aos palmos, recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com peso e os outeiros em balanças? Qual deles guiou o Espírito do Senhor ou, como seu conselheiro, o ensinou? (Is 40.12-13). Qual deles pode encher os céus e a terra, estar perto e ao mesmo tempo estar longe? (Jr 23.23-24). Qual deles conhece todos os corações e tem todas as coisas nuas e patentes aos seus olhos? (Hb 4.13).
Qual desses candidatos pode responder afirmativamente apenas uma só dessas perguntas?
Obviamente, tal pessoa não existe! Esses são atributos incomunicáveis de Deus. Resta ao homem apenas reconhecer a majestade e a soberania do Altíssimo! (Dn 4.35).
Estamos surdos à voz da serpente?
Não ignoramos que as aberrações doutrinárias, inspiradas por Satanás, extrapolam as coisas que a nossa mente poderia conceber. Contudo, abordamos a mais antiga e durável delas, que Satanás se manifestou na serpente para enganar e iludir Eva. Na verdade, o sábio rei Salomão, há muito já nos orientava quanto a isso ao dizer que “nada há de novo debaixo do sol. O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará. Há alguma coisa que se possa dizer: Vê isto é novo? Pois já foi nos séculos passados que foram antes de nós” (Ec 1.8-9). Paulo manifestou seu temor dizendo que “assim como a serpente enganou Eva com sua astúcia, assim também, de alguma sorte, poderiam ser corrompidos os nossos sentidos, ocasionando afastamento da simplicidade que há em Cristo” (2 Co 11.3).
O diabo, a antiga serpente, continuará falando e disseminando seus enganos. Mas nós, como eleitos de Deus, constituímos a verdadeira igreja do Senhor e, como ovelhas, temos Jesus como o nosso supremo Pastor. Ele nos chama pelo nome. E nós reconhecemos a sua voz (Jo 10.2-3). Todo aquele que preza a verdade ouvi sua voz (Jo 18.37).
A voz da serpente permanecerá ecoando pelo pouco tempo que lhe resta, e nós, como defensores da fé, devemos estar sempre preparados para responder com mansidão e temor àqueles que pedirem a razão da esperança que há em nós (1 Pe 3.15).Devemos estar surdos à voz da serpente e prontos a escutar o que Deus nos diz. Não devemos nos voltar para a insensatez (Sl 85.8).
Fonte: Revista Defesa da Fé
Notas:
1 A economia divina. Witness Lee. Editora Árvore da Vida. Segunda edição revisada. 1990. p.19
2 A economia de Deus . Witness Lee. Editora Árvore da Vida. 5ª edição. 1996. pp. 219-220.
3 Aquários, a nova era chegou. Lauro Trevisan. 11ª edição, p. 49.
4 Os poderes de Jesus Cristo. Lauro Trevisan, p. 234.
5 Meditations of Maharish Mahesh Yogi. New York. Bantam, 1968, p. 178 –– Cristianity in Crisis Hank Hanegraaff. Harvest House Publishers. 1997
6 Princípios do evangelho. IJSUD. 1988 pp. 9-11.
7 Regras de fé. James E. Talmage. IJSUD.
8 Regras de fé da igreja de Jesus Cristo dos Santos dos últimos dias. Joseph Smith Jr. 1997.
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