Se os papas não ambicionassem a “infalibilidade” não haveria razão para citações de suas contradições e divergências; como pôr exemplo o Papa Gregório I que condenava a idéia de um “Sacerdócio Universal nas mãos de um só homem”. Mas foi o que fizeram.
Sobre o cisma do ocidente, vejam o que nos diz certo livro católico:
RETORNO DOS PAPAS A ROMA
O retorno dós papas a Roma não foi suficiente para que a paz fosse alcançada. Uma dura luta, incentivada pelo clero e pelos mesmos cardeais, criara graves dificuldades no seio da Igreja, levando-a ao grande Cisma do Ocidente (de 1378 a 1418). Nesses quarenta anos a história do papado atravessara um período obscuro, marcado por lutas entre papas e antipapas que se excomungavam mutuamente, usando qualquer subterfúgio para derrotar o adversário, chegando até ao emprego da guerra e do crime político. O poder papal, nessa época, está assim representado:
Em Roma :
— Urbano VI (1378-1389)
— Bonifácío IX(1389-1404)
— Inocêncio VII (1404-1406)
— Gregório XII (1406-1417) (destituído no Concílio de Pisa, em 1409, abdicou no Concílio de Constança, em 1415)
Em Avinhão :
— Clemente VII (1378-1394)
— Bento XIII (1394-1424) — (destituído no Concílio de Pisa, em 1409, e novamente em Costança em 1415)
Antipapas:
_Clemente VIII (1423-1429)
— Bento X1V (1425-1430)
Em Pisa
– Alexandre V: (14O9-141O)
– João XXIII (1410 – 1419)
(Destituído no Concílio de Constança em 1415).
Para se ter uma idéia da confusão que reinava na época entre os cristãos, basta lembrar que vários santos apoiaram papas considerados ilegítimos. S. Catarina de Sena, por exemplo, apoiava o papa de Roma, enquanto S. Vicente Ferrer e o Beato Pedro de Luxemburgo defendiam o papa de Avinhão.
A Igreja acabou considerando legítimos somente os quatro papas romanos e antipapas os de Avinhão e Pisa. O Concílio de Constança (1414-1418) pôs fim ao grande Cisma com a eleição de Martinho V.
(EXTRAÍDO DO LIVRO CATÓLICO: OS PAPAS, A. PINTONELLO, EDIÇÕES PAULINAS.
Tivemos também o Papa Leão X contemporâneo de Lutero que não cria na eternidade…
Os Papas S Clemente e Gelasio I nunca aceitaram a Transubstanciação, diziam que “A natureza do pão e do vinho não se alteram”. Mas o Papa Inocêncio III, ano 1198, forçou e “decretou’ a transubstanciação!
Como não é possível acarear esses papas os padres de hoje deveriam estudar a Bíblia pôr si mesmos. Entre centenas de teólogos católicos que discordaram da transubstanciação temos o Abade de Fulda, Rubano Mauro e o Monge Ratramno do mosteiro de S. Pedro que diziam “A benção não altera a substância.” Também S. João Crisóstomo resistia e Santo Agostinho parecia zombar quando escreveu. “Não se pode engolir Aquele que subiu vivo para o Céu”. Mas a ignorância tomou-se moléstia geral
Muitos bispos e padres divergem de muitos dogmas que se fossem abolidos aplaudiriam, ensinam pôr Ofício. Necessitam da transubstanciação. Do Culto às imagens, do Purgatório e outras crendices para manter o sistema em pé. Se forem removidas, o catolicismo cai!
Divorciada dos Evangelhos a Igreja não consegue gerar seus próprios sacerdotes. “No Brasil a metade dos padres são estrangeiros” informa dom Luciano na Revista Veja de 30 de janeiro de 1980.
O Estado do Vaticano é contra o divórcio, ficam “angustiados” quando ele é votado nos países católicos mas mantém o “Tribunal de Rota” que anula casamentos de casais ilustres pôr grandes somas de dinheiro.
Induzem consciências sensíveis escravizando-as. Ha centenas talvez milhares de moças e senhoras, sem identidade, envelhecendo enclausuradas em lúgubres conventos devido a fé falsa que receberam. Ninguém sabe que tipo de tratamento recebem. O Catolicismo deveria recuperar suas mentes distorcidas, abrir os portões, devolvendo-as à sociedade. Cristo nunca propôs uma instituição assim. Ele disse que “Não se deve esconder uma luz”. (Evangelho de Lucas 11:33)
Também o Vaticano não está em condições de falar sobre “Direitos Humanos” pôr conflitar com a história da Igreja. Falta espaço para comentar esse assunto, mas presentemente estão bloqueando o pedido insistente de 6 mil padres que desejam deixar a batina. (Est.S. Paulo 13-2-80). Mesmo assim, 1.264 padres deixaram a batina em 1982 e nos últimos 8 anos em todo mundo 34.144 padres desertaram. (Inf. o Vaticano, Est. S. Paulo de 11-9-84).
O afã de apresentarem-se como Estado político e religioso os tem levado a contradições:
Temendo o Comunismo abrigam-se no Ocidente, mas pôr desgraça, se houver uma reviravolta na política, esperam sobreviver porque “jogam nos dois times… ”
Nunca se ajeitaram com Democracia e Liberdade. Reclamam esse direito somente nos países onde não dominam. Pio IX disse que “A Liberdade de Consciência foi o mais pestilento de todos os erros”.
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