Congregação Cristã do Brasil (CCB)

Movimento Contraditório ou Seita? 

Introdução:

A Congregação Cristã no Brasil (CCB) é vista por alguns como uma seita, por outros, como um movimento contraditório. Nosso objetivo nesta lição é demonstrar o caráter sectarista e exclusivista desta denomiação religiosa. Também mostraremos que suas doutrinas são fundamentadas em versículos isolados das Escrituras e mal interpretados.

É preciso salientar que quem vive a destilar acusações contra as demais igrejas evangélicas são os membros da CCB – Inclusive gostam de classificar os pastores protestantes de bodes.

O breve escopo mostrará que o mal da CCB é que eles não sabem que não sabem!

1. Fundador:

Luis Francescon , nascido em 29 de março de l866, na comarca de Cavasso Nuovo, província de Udine, Itália. Imigrou para os E.U.A. após servir ao exército, chegando à cidade de Chicago, Estado de Illinois em 1890. No mesmo ano começou a ter conhecimento do Evangelho através da pregação do irmão Miguel Nardi. Em 1891 teve compreensão do novo nascimento e aceitou a Cristo como seu Salvador. Em março de ano seguinte, junto ao grupo evangelizado pelo irmão Nardi e algumas famílias da Igreja Valdense, fundaram a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana, tendo sido eleito Filippo Grili como pastor e Francescon como diácono e, após alguns anos, ancião dessa Igreja.

a) Sua experiência com o novo batismo.

Conforme o próprio relato de Luis Francescon, após três anos de freqüência e organização da Igreja Presbiteriana Italiana, enquanto lia a Bíblia Sagrada, em Cl 2,12 Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos. No momento da leitura ouviu duas vezes as seguintes palavras Tu não obedecestes a este meu mandamento. A partir daí, inicia o questionamento do batismo por aspersão praticado pelo Igreja Presbiteriana Italiana.

b) Rompimento com a Igreja Presbiteriana. 

Com a viagem do Pastor Filippo Grilli para a Itália, coube a Francescon, como ancião, presidir à reunião no dia 6 de setembro de l903 ,(domingo), oportunidade em que, após 9 anos da revelação acerca do batismo, falou com a Igreja acerca deste assunto, o que fez, convidando a todos os membros da Igreja Presbiteriana para assistir ao seu batismo por imersão. O batismo foi realizado no dia 7 de setembro de l903, onde compareceram cerca de 25 irmãos, dos quais 18, incluindo Francescon, foram batizados. Com a chegada do Pastor Filippo Grilli, da Itália, Francescon não pode fazer outra coisa que pedir seu desligamento daquela Igreja, e o grupo batizado, juntamente com ele, também se desligou, mesmo a revelia. Assim estabeleceram uma pequena comunidade evangélica livre reunindo-se na casa dos irmãos.

c) O Batismo com Espírito Santo: 

Em fins de l907, o grupo liderado por Francescon tomou contato com o nascente movimento pentecostal, participando das reuniões realizadas na missão localizada na West North Avenue,943, que tinha como pastor William H. Durhan, oriundo do movimento Azuza, de Los Angeles. No dia 25 de agosto de l907, naquela missão, Luis Francescon afirma que recebeu o Batismo com Espírito Santo. Algum tempo depois o Pr Durham informou a ele que o Senhor o tinha chamado para levar sua mensagem à colônia Italiana, e o movimento foi se expandindo.

2. O Estabelecimento da Igreja no Brasil 

Depois de ter estabelecido o trabalho na Argentina, Francescon e Giacomo Lombardi dirigiram-se ao Brasil em 8 de março de l910, com destino a São Paulo. No segundo dia de estada no Brasil encontraram um italiano chamado Vicenzo Pievani, na Praça da Luz, onde pregaram o evangelho. Parece, todavia, que de início seu trabalho foi pouco promissor, até que em 18 de abril, G. Lombardi partiu para Buenos Aires, e Francescon foi para Santo Antonio da Platina, no Paraná, chegando lá em 20 de abril de l910, e deixou estabelecido ali um pequeno grupo de crentes pentecostais, o primeiro grupo desse segmento no Brasil.

a) O trabalho em São Paulo. 

Ao retornar em 20 de junho para são Paulo, após um contato inicial com a Igreja Presbiteriana do Brás, onde alguns membros aceitaram a mensagem pentecostal, bem como alguns batistas, metodistas e católicos romanos, surge à primeira “Congregação Cristã” organizada no país. Já, no mês de setembro, Francescon segue novamente para o Paraná, deixando ali a novel igreja sem maior respaldo. A partir daí, o trabalho da Congregação Cristã espalha-se por onde existem colônias italianas, notadamente na região sudeste do país, principalmente nos Estados de São Paulo e Paraná, onde até hoje se concentram. Seu fundador, o ancião Louis Francescon, faleceu em 7 de setembro de l964, na cidade de Oak Park, Illinois, USA.

b) O desenvolvimento da Igreja. 

Diante dos relatos acima, podemos ver que a história da Congregação Cristã não traz maiores diferenças que possam explicar sua posição sectária de hoje, mas no decorrer do tempo foram se adequando a certos individualismos. Baseados na história narrada pelo próprio Francescon, podemos declarar que o comportamento da Congregação Cristã hoje é bem diferente de seu fundador; pois o mesmo mantinha comunhão com irmãos de denominações diferentes. Gunnar Vingrem narrou em seu diário o encontro com Francescon em um clima de muita comunhão e espiritualidade em 1920 em São Bernardo do Campo.

c) Causas do individualismo. 

Primeiramente, devemos ter em mente que a Congregação Cristã teve origem num ambiente teológico, onde dominava a doutrina da predestinação, de onde veio seu fundador e boa parte de seus primeiros membros. Isso, somado ao fato de que algumas profecias davam conta de que lhe seriam enviados os que haveriam de se salvar, além do fato de o ancião Francescon não ficar continuamente junto aos novos grupos, mas, como ele mesmo escreveu, esteve em nosso País cerca de dez vezes, em períodos intercalados. Esses fatos Com certeza causaram grandes vácuos na interpretação e orientação da liderança nacional, levando a surgir uma interpretação extremista dos conceitos calvinistas.


3. Doutrinas Da Congregação Cristã no Brasil: 

Ao analisar o pensamento doutrinário da Congregação Cristã no Brasil, temos a impressão de que seus líderes criaram um Evangelho segundo a CCB. A maioria de seus adeptos defendem o pensamento errôneo de que a salvação só é possível na sua própria Igreja:“A gloriosa Congregação”. Desenvolveram inconscientemente a doutrina da auto-salvação, ou da religião salvífica, e conseqüentemente, por tabela o monopólio da salvação, com todos os direitos reservados à CCB, uma espécie de “copyrigth”.

a) Sobre o estudo da Bíblia. 

A CCB ensina que o Espírito Santo dirige tudo, e não é necessário se preparar, examinar ou meditar nas Escrituras Sagradas. Sem dúvidas, o Espírito Santo opera poderosamente na vida de sua Igreja, mas isto não significa que devemos desprezar o estudo das Escrituras. É uma postura que desvirtua um dos propósitos de Deus, que é o exame de sua Palavra. “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detêm no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”. ( Sl 1.1); Veja ainda: 2 Tm 2.15; Sl 119.105; Pv 7.1-3; Dt 6.6-9; 1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13; Pv 9.9; Sl 119.9-16; Sl 19.7-8; Sl 1.1-2. Essas referências já são suficientes para provar que o pensamento da CCB é contrário a Palavra de Deus. Os membros da CCB não conhecem a Palavra de Deus e fazem questão de dizer que não sabem para dar a entender que tudo que falam provém do Espírito Santo. Uma atitude completamente contrária a de seu fundador.

b) Sobre o Batismo: 

A CCB não conhece a Batismo efetuado por ministros do Evangelho de outras denominações, mesmo que seja por imersão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ( Mt 28.19). Na verdade não dá para concordar com a maneira ou forma pela qual ela ministra nas águas às pessoas sem preparo algum, todavia não desmerecemos tal batismo, mas reconhecemos que sua validade depende mais do batizado. A CCB diz não reconhecer o Batismo de outras denominações pelos seguintes argumentos: “o batismo de outras denominações cristãs está errado, porque utilizam a expressão “eu te batizo”. A CCB entende que ao dizer “eu te batizo” é a carne que opera e o homem se coloca na frente de Deus. “O Batismo só é válido se efetuado com esta fórmula: Em nome do Senhor Jesus te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. “O Batismo da CCB purifica o homem do pecado”. Parece que a CCB, além de não conhecer a Bíblia, desconhece também, a língua portuguesa. Que diferença há em dizer: “Eu te batizo” ou “Te Batizo”. O sujeito não está oculto? Além do mais, se, pelo fato de utilizar a expressão “eu te batizo”, estivermos aborrecendo a Deus , então João Batista teria ofendido a Deus, pois ele dizia “eu vos batizo com água…” Será que a CCB acha que João Batista era carnal e se colocava na frente de Deus?

c) Sobre o uso do véu para as mulheres. 

Se a CCB tivesse adotado a prática de suas mulheres usarem o véu, mas não condenasse as que não usam, não teríamos nada a dizer. Convém salientar que o uso do vestuário no culto, tal como véu, chapéu, roupas etc, depende de cada cultura, pois “os costumes se alteram e as exigências também”: Essa questão do véu transformou-se em polêmica por parte de alguns, mas, porém, basta estudar a questão cultural dos orientais para se perceber que é apenas um costume local.

4. Outros erros doutrinários da CCB

De acordo com o exposto, a CCB não suportaria um exame sério das Escrituras, fato característico das seitas; porque sua interpretação foge às regras da hermenêutica sagradas. Tudo que acontece nessa Igreja está relacionado ao sentimento. É sempre necessário sentir para se realizar alguma obra ou até mesmo para orar por alguém. Essa teologia do sentimento afasta o homem de Deus e da Bíblia, como prova sua própria história.

a) A Saudação da CCB. 

A CCB nos acusa de saudar com a “paz do Senhor”. Citam para justificar esse conceito a seguinte expressão: devemos saudar com a paz de Deus, e nunca com a Paz do Senhor, porque existem muitos senhores, mas Deus é só um. Essa acusação da CCB se desfaz em pó com somente um versículo que Paulo escreveu na primeira carta aos Coríntios 8.5,6, que diz: Porque, ainda que haja também alguns que se chamam deuses, quer no céu como na terra( como há muitos deuses e muitos senhores). Todavia para nós há um só Deus, Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele. A CCB não consegue entender que quando saudamos com a paz do Senhor estamos saudando com a paz do nosso grande Senhor Jesus Cristo. (Conf. Jo 14.27).

b) O Ósculo Santo. 

A CCB insiste em adotar costumes orientais, muitos deles registrados na Bíblia, como é o caso do ósculo santo, pensando com isto estar em posição espiritual superior à dos outros. Esse é um costume que perdura até hoje no oriente. O ósculo era uma maneira comum de saudar no oriente, muito antes do estabelecimento do cristianismo. Tem servido igualmente como parte da expressão judaica em suas saudações, tanto nas despedidas como também na forma de demonstração geral de afeto. Ver Gn 29.11; 33.4. Também parece ter sido um sinal de homenagem entre os israelitas conf. 1 Sm 10.1. O ósculo dado aos ungidos de Deus, por semelhante modo, parece ter-se revestido de significação religiosa, o que também se verifica entre outras culturas. Quando Paulo recomendou que se saudassem uns aos outros com ósculo santo, simplesmente estava falando de um costume existente. Caso fosse ao Brasil, certamente seria mencionado o aperto de mão ou o abraço. Essa é uma questão cultural, que também não é compreendida pela CCB.

c) O Dízimo: 

CCB da ao César o que é de César, mas quando é para dar a Deus inventam muitos argumentos e obstáculos. Ensinam os Anciãos da CCB que o dízimo é da lei e que é maldito e hipócrita aquele que dá e aquele que o recebe.

A Bíblia ensina que o dízimo é santo; a CCB ensina que é profano. A Bíblia ensina que o dizimo é do Senhor (Lv 27.30); a CCB ensina que o dízimo é para ladrões. Jesus não condenou a prática do dízimo (Mt 23.33); condenou, sim, os hipócritas que desprezavam os principais preceitos da Lei de Deus, mas não condenou o dízimo praticado até pelo pai dos crentes, Abraão ( Gn 14.20). O Autor da epístola aos Hebreus falou sobre a prática do dizimo na atual dispensação ( Hb 7.8-9).

É preciso salientar também que o dízimo, no período da Graça de Cristo, não é dado com o objetivo de salvação, mas é dado com amor, pois Deus ama aos que ofertam com alegria (II Cor. 9:7). Cada oferta é como se fosse uma semente de bênçãos que na hora certa todos colheremos (II Co. 9:10)


Conclusão: 

Procuramos destacar alguns pontos contraditórios da Congregação Cristã, ainda que sucintamente, mas cremos ser o suficiente para mostrar que essa denominação é exclusivista. Parece que o céu foi feito só para eles e que a salvação só existe em sua denominação e em questão de Bíblia só a interpretação deles é válida. Para eles somente sua liderança é Bíblica, somente sua maneira de orar é válida e a pregação do evangelho só é correta através de seus membros. Sem dúvidas, a Congregação Cristã No Brasil está completamente desviada de seus propósitos iniciais. Precisa urgentemente voltar ao primeiro amor conf. Ap 2. 4,5

Extraído: http://solascriptura-tt.org/Seitas/CongCristaBrasil-PlanetaEv.htm

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