Eu estava voando de Los Angeles a Miami quando me vi sentado perto de duas mulheres. Sarah estava sentada mais perto de mim. Tinha 29 anos, estava vestida inapropriadamente e usava uma argola no nariz, além de não ser a pessoa mais amigável com quem já me sentei em um avião.
Depois da decolagem, não pude deixar de notar que sua amiga não parava de beijar-lhe a bochecha, segurando sua mão e acariciando seu ombro. Elas eram lésbicas, e essa pequena revelação elevou bastante o meu medidor de desconforto no testemunho que havia planejado. A última coisa que eu queria era um par homossexual irado reclamando à companhia aérea (e à mídia) que eu era um fundamentalista homofóbico tentando impor meu “discurso de ódio”, dizendo que elas iriam para o inferno por serem lésbicas.
Esperei até que ela tivesse comido e terminado de assistir ao seu filme, e disse simplesmente: “Sarah, tenho uma pergunta para você. Você acredita que existe vida após a morte?”
Ela não tinha certeza, então perguntei, “Se existe um céu, você vai para lá? Você é uma boa pessoa?”
Como era de se esperar, ela disse que sim. Então eu passei com ela três dos Dez Mandamentos: ela havia mentido, roubado ou usado o nome de Deus em vão? Ela havia violado os três. Então verificamos se ela seria considerada culpada no Dia do Julgamento e se iria para o céu ou para o inferno. Eu então falei sobre a cruz e a necessidade do arrependimento e da fé em Jesus.
Não mencionei sua orientação sexual; não foi necessário, nem era o que eu queria. Eu simplesmente preguei sobre a lei moral (os Dez Mandamentos), pois a Bíblia diz que a lei foi “feita” para os homossexuais. Veja em I Timóteo 1:8-10. Ela não se sentiu ofendida, e eu consegui manter sua amizade e ficar longe da cadeia.
E quanto a uma mulher que planeja um aborto?
Tentar testemunhar para alguém prestes a tirar a vida de uma criança também está na lista das coisas mais desconfortáveis. É desconcertante, principalmente porque a mente dessa pessoa está preocupada com o que está prestes a fazer, tornando difícil conseguir sua atenção.
Então, se ela parasse para conversar, eu iria lidar com a situação de maneira similar à minha conversa com a Sarah. A razão para isso é que eu não quero reformar as pessoas. Eu não queria que Sarah deixasse de ser lésbica e fosse para o inferno por suas mentiras, roubos e blasfêmias. Eu não queria simplesmente impedir uma mulher de matar seu filho e lhe deixar ir para o inferno por outros pecados. Com a ajuda de Deus, quero ver mais que uma mudança de mentalidade. Quero ver uma mudança no coração.
Ao contrário da opinião popular, a maioria das pessoas que tira a vida dos seus filhos por meio do aborto acredita em Deus. Até mesmo o ateu mais convicto acredita em Deus. Eu sei porque tenho uma fonte privilegiada. Tenho um “informante”. “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido observados claramente, podendo ser compreendidos por intermédio de tudo o que foi criado, de maneira que tais pessoas são indesculpáveis; porquanto, mesmo havendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças; ao contrário, seus pensamentos passaram a ser levianos, imprudentes, e o coração insensato deles tornou-se em trevas. E, proclamando-se a si mesmos como sábios, perderam completamente o bom senso”. (Romanos 1:20-22 KJA).
Os que abortam a vida de seus filhos são “idólatras”, ilustrado no fato de que seu deus tolera a tomada de uma vida humana. Eles não têm medo de Deus diante de seus olhos. Então nossa agenda, com a ajuda de Deus, é incitar sua consciência dada por Deus para fazer seu trabalho e infundir nela o temor a Ele, e você pode fazer isso como eu fiz com Sarah e seu homossexualismo, sem nem sequer mencionar o problema grave, mas ignorado: o aborto iminente.
Infundir o temor a Deus em alguém significa que você terá que ficar com o Evangelho bíblico. Não utilize a mensagem “Deus tem um plano maravilhoso”, pois ela não é bíblica e fará mais mal que bem. Se você realmente acredita que a mensagem seja bíblica, pense por alguns momentos sobre como os onze primeiros discípulos foram assassinados por sua fé. Se você conhece a história da Igreja, saberá que ela foi fundada sobre o sangue dos santos mártires. Jesus alertou que as pessoas iriam matar cristãos acreditando que estavam fazendo um favor a Deus.
Imagine que te pedissem para pregar o evangelho a 1.000 pessoal no 100º andar do World Trade Center na noite antes do 11 de setembro. Você sabe que dentro de 24 horas todas as pessoas que olham para você irão morrer uma morte tão terrível que desafia a imaginação humana. Muitos serão queimados vivos. Outros pularão do 100º andar para morrer nas implacáveis calçadas de Nova York. Outros cairão com o prédio e ficarão tão esmagadas que seus corpos nunca serão recuperados. O que você lhes dirá, que Deus tem um plano maravilhoso para suas vidas? Não se pode dizer isso para pessoas que estão prestes a morrer!
Em vez disso, você diria sobriamente que o homem está destinado a morrer, e que depois virá o julgamento. Você lhes diria que Deus é santo, que Ele irá julgá-los pela Sua lei perfeita, que o inferno é bastante real e que eles precisam desesperadamente de um Salvador. Você lhes diria que eles poderiam morrer dentro de 24 horas e fazer-lhes um apelo para que se arrependessem e confiassem somente em Jesus.
Se você tiver que mudar a mensagem que você normalmente prega, então não estará pregando o verdadeiro evangelho. Por que você teria uma mensagem diferente para as pessoas que andam pelas ruas deste mundo e estão prestes a morrer? Todos os dias 150.000 pessoas por este mundo experimentam a morte, muitas delas de maneiras terríveis, em horríveis acidentes de carro e com o sofrimento do câncer.
Pense em Davi e o profeta Natã. Davi cobiçou a mulher do vizinho, tomou-a, viveu uma mentira, cometeu adultério e assassinou o marido dela. Ele violou os Dez Mandamentos, mas não estava muito preocupado. Sua consciência não estava fazendo seu papel.
Deus incumbiu Natã de expor ao rei seu terrível pecado. E o que disse Natã? Será que foi “Davi, Deus tem um plano maravilhoso para sua vida”? O que isso tem a ver com o que quer que seja?
David foi um criminoso, e Natã estava lá para expor seus crimes, não para falar de algum plano maravilhoso. O fiel pregador começou com um trivial dilema do roubo e abate da cordeira de um pobre homem, e quando Davi se indignou com o homem pecador, Natã disse: “Esse homem és TU! Por que desprezaste a Palavra de Deus?”
E em resposta Davi gritou “Pequei contra Deus”.
Pense por um momento se a mensagem do “plano maravilhoso” poderia ter produzido essa resposta. Por que deveria? Ela não traz qualquer conhecimento do pecado ou do temor a Deus. Ela não mexe com a consciência. Mas a lei sim. Ela fez Davi tremer. A Lei despertou a consciência vazia do rei para que fizesse o seu papel designado por Deus, e podemos ver seus resultados na oração de arrependimento do Salmo 51. E é isso o que devemos fazer àqueles que não veem nada de errado em tirar a vida do seu filho em gestação. Seu terrível pecado deve se tornar pessoal, para que o temor ao Senhor os afaste dele. No instante em que alguém se converte a Jesus Cristo, ela o que significa parar com as mentiras, os roubos, a lascívia, a pornografia, o homossexualismo, a fornicação, o adultério, a idolatria e o assassinato dos seus próprios filhos.
Em Marcos 10:17, vemos a história de um jovem rico que correu até Jesus, ajoelhou-se e disse, “Bom Mestre! O que devo fazer para herdar a vida eterna?”
Ele correu (era sincero), ajoelhou-se (era humilde) e fez a pergunta que tanto queremos que o mundo faça: “O que devo fazer para herdar a vida eterna?”
Mas em vez de o induzi-lo à uma oração de um pecador, Jesus o reprovou pelo uso da palavra “bom”. Provérbios 20:6 diz: “Muitos proclamam sua própria benignidade”; e eles certamente o fazem. Pergunte a qualquer pessoa se elas pensam que são boas pessoas, e a maioria lhe dirá que sim. Então Jesus utilizou os Dez Mandamentos para trazer o conhecimento do pecado e mostrar ao jovem rico que ele não era nem um pouco bom. Ele, assim como Natã, tornou o pecado pessoal.
Paulo fez isso em Romanos 2, quando disse: “Tu, que pregas que não se deve furtar, furtas? Tu, que ensinas que não se deve cometer adultério, adulteras?”
Essa pregação sincera fará com que o pecador trema como Félix tremeu quando Paulo lhe falou — não sobre um plano maravilhoso, mas da “justiça, o domínio próprio e o juízo vindouro”.
A incitação da consciência adormecida combinada ao conhecimento de que um Deus santo a fará prestar contas deve ser suficiente para infundir o temor a Deus em alguém que está prestes a cometer o assassinato de seu próprio filho. Que Deus no ajude a ser fieis e corajosos, nos dê sabedoria e nos ajude a acabar com esse massacre.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil do original do WND: How to share the gospel with homosexuals
Muito bom esse artigo. isso nos ajuda a refletir bastante sobre a nossa maneira de falar com as outras pessoas a respeito de cristo. hoje em dia nos vemos muitos ´´crentes“ que são muito enlouquentes quando vão falar de jesus para outras pessoas e isso faz com que muitas pessoas se afastem, muitas vezes não por falar de Deus, mas pela maneira que alguns se expressam.