Como o calvinismo dizima o Amor Divino

 amor de deus

A maioria dos cristãos aceita que Deus é onibenevolente ou maximamente amoroso. E assim eles creem que a afirmação “Deus ama você” é verdadeira onde “você” se refere a cada ser humano.

Os calvinistas rejeitam a onibenevolência divina. Ao invés, eles são de duas diferentes opiniões.

Em primeiro lugar, alguns argumentam que, enquanto Deus ama todas as pessoas, e sendo assim “Deus ama você” é verdadeiro para todos, todavia Deus ama algumas pessoas mais do que outras, e essas que ele especialmente ama são aquelas que ele salva. Ao mesmo tempo, aqueles que ele não ama especialmente, ele condena. Agora, esta posição levanta algumas perguntas óbvias, como esta: Como Deus pode amar uma pessoa de alguma maneira se ele escolhe sujeitá-la a uma tortura inimaginável por toda a eternidade quando ele poderia salvá-la com menos esforço do que eu teria para balançar meu dedo mínimo?

A segunda concepção é que Deus ama os eleitos e odeia os reprovados. Esta é uma posição muito mais consistente e parece ser um bom negócio se for o caso de você estar entre os eleitos (mas não tão bom se você for um dos odiados reprovados).

Mas, apesar de tudo, não é tão bom assim para os eleitos. A razão é esta: o amor que Deus tem pelos eleitos é totalmente arbitrário. E de fato ele deve ser. Se Deus escolhesse amar os eleitos por causa de algo mais amável neles do que nos reprovados, então os calvinistas se tornariam pelagianos ou no mínimo semipelagianos. E isso é intolerável. Tentar vender Pelagianismo a um calvinista é como tentar vender camisetas do Kenny G num concerto do Metallica.

Então, segue que aqueles que Deus ama (os eleitos) são amados não por algo neles mesmos. Deus simplesmente escolhe amá-los como uma expressão arbitrária de sua vontade.

Assim, para resumir, o Calvinismo tem um abordagem duplamente implausível sobre o amor divino. Para começar, ele nega que esse amor seja onibenevolente. Além disso, o amor que Deus tem pelos seus eleitos é totalmente arbitrário.

 Randal Rauser, Tradução: Paulo Cesar Antunes do site arminianismo.com

Fonte: http://randalrauser.com/2011/02/how-calvinism-decimates-the-divine-love/

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