Como explicar as figuras de Hebreus?

O TEMPLO TERRENO ERA UMA ESPÉCIE DE MODELO DO ARQUÉTIPO CELESTIAL

“De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melho­res do que estes” (Hb 9.23).

A expressão “as figuras das coisas que estão no céu” nos remete ao templo do Senhor (ou à tenda da congregação, utilizada antes do templo) e seus utensílios.

Inspirado pelo Espírito Santo, o autor aos hebreus de­senvolve a ideia de que o templo terreno era uma espécie de modelo do templo celestial. Assim, o templo e seus elementos carregavam consigo representações capazes de nos fazer compreender melhor a adoração do mundo invi­sível. Tudo simbolizava uma realidade superior. Em He­breus 8.5, temos uma referência a esse assunto, quando o autor declara que os sacerdotes que “ofereciam sacrifícios segundo a lei” serviam de exemplo e sombra das coisas celestiais. Essa analogia é tra­çada resgatando o imperativo do livro de Êxodo, que orde­na: “Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte” (25.40). Cristo é o sumo sa­cerdote do santuário celeste e não do terrestre, como se dava com os sacerdotes aarônicos. Não existe um santuário literal no céu – isso tudo era arquétipo da realidade cristológica!

Assim, o ministério de Cristo ab-rogou o sacer­dócio terreno, conduzindo-nos a uma nova lei, a um novo sacerdócio, a um novo pacto superior ao anterior e que exigiu um sacrifício melhor do que aqueles ministrados pelos levitas.

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FONTE: REVISTA “DEFESA DA FÉ” ANO 10 – N°75

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