Cinco desafios aos seus amigos ateus
Você se sente como se você estivesse sempre na defensiva sobre o Cristianismo? Há cruzadas, provavelmente Westboro* é inapropriada, protestando contra alguma coisa, e provavelmente um proeminente líder cristão disse algo que seus amigos acham que é errado. E até mesmo depois de passado os estereótipos, você tem um monte de trabalho duro para compartilhar o evangelho de forma inteligente com seus amigos seculares, amigos céticos.
Mas, e sobre o ateísmo? Embora tenha sido persistentemente vendido a nós como uma visão de mundo que representa a razão e a ciência, a verdade é que a cosmovisão ateísta está cheia de contradições e afirmações bizarras. E porque a maior parte das pessoas secularizadas não estudaram o porquê o ateísmo é verdadeiro, uma excelente estratégia evangelista para você e sua igreja é entender esses cinco desafios ao ateísmo.
Em minha experiência, uma vez que as pessoas percebem que sua própria visão de mundo não funciona, eles se interessam em buscar algo que funciona. Enquanto alguns sugeririam que você tem que esperar pelas pessoas do fundo do poço, eu acho que uma abordagem mais graciosa e eficaz é desafiar humildemente a pretensão deles para ter uma visão de mundo sensível.
Pela graça de Deus, estudando esses cinco buracos na visão de mundo ateísta, pode criar uma poderosa oportunidade para você e sua igreja compartilhar a sabedoria e o amor de Jesus Cristo.
Primeiro: O que é o Ateísmo?
Em qualquer diálogo entre diferentes cosmovisões, é crucial definirmos nossos termos cuidadosamente. Enquanto existem muitos tipos de “ateísmo”, talvez a versão mais comum também é chamada de “Naturalismo”. Em uma conferência em 2012, proeminentes ateus como Richard Dawkins, Daniel Dennet, Rebecca Goldstein, Alex Rosenberg, Sean Carrol, Jerry Coyne e Steven Weinberg definiram os seus pontos de vistas em comum como:
A visão de que só há uma esfera de existência, o mundo natural, cujo comportamento pode ser estudado por meio da razão e da investigação empírica. Os princípios básicos de funcionamento do mundo natural parece ser impessoal e inviolável; componentes microscópicos de matéria inanimada obedecendo as leis da física se ajustam em estruturas complexas para formar seres humanos inteligentes, emotivos e conscientes.1
Ou como o Dr. Alex Rosenberg, chefe do departamento de Filosofia na Universidade Duke, explicou concisamente, “O que o mundo realmente gosta? O mundo é férmions e bósons e tudo o que pode ser composto deles, e nada que não pode ser composto deles”.2
Então, Qual é o problema?
O ateu, como definido acima, deve tratar com a inconsistência lógica entre o seu compromisso com as leis do universo “impessoais e invioláveis” e o reconhecimento inevitável deles de que existem “seres humanos inteligentes, emotivos e conscientes”.
Por causa do compromisso fundamental deles a matéria impessoal e leis, o ateu encontra muitos problemas difíceis em pelo menos cinco áreas:
- Consciência
- Livre Arbítrio
- Propósito
- Razão, incluindo matemática e ciência
- Fatos morais objetivos, incluindo os direitos humanos universais e a realidade do mal
Consciência
Não é interessante que nós olhamos e estudamos tudo dentro do mundo natural a partir de uma perspectiva da primeira pessoa, excetuando outras pessoas? Existe uma diferença categórica fundamental entre as moléculas em um tubo de ensaio e a própria consciência. Um experimento de pensamento nos pede para considerar a diferença entre a compreensão que um neurocientista tem da dor depois de estudar toda a literatura relevante sobre o assunto e depois que uma bola de boliche cai em seu pé. A experiência de “dor” da primeira pessoa é de um tipo diferente de conhecimento, distinto da compreensão de nossas estruturas neurológicas da terceira pessoa.
Como uma vez remarcou T.H. Huxley, conhecido como o “Buldogue de Darwin”, “Como é que qualquer coisa tão notável como o estado de consciência surge como o resultado da irritação do tecido nervoso, é tão inexplicável como a aparência do Djin quando Aladim esfregou sua lâmpada”.3
Livre Arbítrio
Lideres ateus como Sam Harris descarta o livre arbítrio como uma coisa natural. Ou, como Tom Clarck no site Naturalismo.org coloca “julgada sob uma perspectiva científica e lógica, a crença de que estamos fora de uma rede causal é qualquer aspecto é um absurdo, a altura do egoísmo e do excepcionalismo humano”.
O atual Presidente da Sociedade Evangélica Filosófica, o Dr. Angus Menuge explica o problema: “antes de podermos falar de sermos responsáveis por nossas decisões, precisamos de uma explicação do porque essas decisões nos pertencem. Mas o problema é que na visão naturalista, não existe nenhuma entidade que pode plausivelmente possuir qualquer estado mental, há simplesmente uma pluralidade de processos paralelos impessoais no cérebro”.
A negação do livre arbítrio leva logicamente a negação da responsabilidade pessoal por qualquer de nosso comportamento ou crença. Mas, se todas as coisas sobre “você” estão determinadas, então, “você” não poderia ter escolhido acreditar razoavelmente no que você acredita. Se coisas não-racionais e leis determinaram sua estrutura neurológica, “você” literalmente não pode fazer qualquer decisão sobre o que você crê ou o porquê você crê.
Propósito
Entre outros, Richard Dawkins admitiu que esse universo não têm propósito: “O DNA nem cuida e nem conhece. O DNA somente é. E nós dançamos conforme a sua música”.4
Mas nos parece que nós temos um propósito? Sim – e a lógica do ateísmo significa que isso é meramente uma ilusão na nossa mente gerada pelo nosso DNA, que, sem saber, mas implacavelmente procura se propagar. A explicação “ateísta” na verdade explica fora do nosso senso de propósito. “Um sentimento de propósito” é apenas uma ferramenta que é usada para duplicar um processo cego e impessoal. Seus amigos seculares podem viver consistentemente dentro de um quadro tão sem sentido?
Razão, incluindo a matemática e a Ciência
Como C.S Lewis explicou, “Se as mentes são completamente dependente do cérebro, e o cérebro da bioquímica e a bioquímica (a longo prazo) do fluxo sem significado dos átomos, eu não posso entender como o pensamento dessas mentes teria qualquer significado maior do que o som do vento nas árvores”.5
A razão requer a existência de coisas imateriais (não naturalistas): ideias, as leis da lógica, objetos matemáticos e os princípios fundamentais do raciocínio. Ao raciocinar, um agente deve propositalmente escolher pensar sobre essas ideias. Mas pedras não podem estar “sobre” alguma coisa: então, como podem os neurônios estar “sobre” a lei da gravidade? Além disso, regras normativas regem o processo de raciocínio: 2 + 2 não é igual a um elefante. De onde essas regras vêm? E porque elas se aplicam aos nossos cérebros?
Fatos Morais Objetivos, Incluindo os Direitos Humanos Universais e a Realidade do Mal
Em Uganda, Joseph Kony exige de suas crianças soldados matarem as crianças soldados que tentam escapar a mordidas até a morte. Pense sobre isso. Que horror! Existem quaisquer fatos morais que nos dizem que nós podemos estar certos ou errados ou é apenas diferença de opinião? O casamento entre pessoas do mesmo sexo é um imperativo moral ou um acordo completamente arbitrário, nem melhor, nem pior do que quaisquer outras leis?
Como os filósofos Cristãos Stuart Goetz e Charles Taliafero colocam “não está claro como alguém pode estabelecer valores normativos sobre a base de processos que são em última análise, por meio de processos inconscientes, não normativos e contingentes em natureza”.6
Pergunte a seu amigo: você tem mais evidência que o ateísmo é verdade ou que estuprar crianças é errado? Certifique-se de pedir-lhes para defender a sua resposta com razões claras e convincentes.
Então espere: porque o ateísmo é verdade?
Na próxima vez que você tiver uma chance, peça a seus amigos seculares “Por causa do argumento, vamos dizer que você está certo, e esse mundo é tudo o que existe. Nenhum deus existe. Então, como você pode explicar alguma coisa pra mim? Como pode fazer sentido a matéria não consciente criando pessoas conscientes, as leis fixas da natureza nos dando livre escolha, a dança aleatória dos quarks produzindo a ilusão do propósito, os átomos irracionais gerando a razão, e a realidade bruta de como as coisas são desenvolvidas dentro dos direitos humanos universais? E se o nosso DNA impingiu todas essas ilusões sobre nós, então, como nós podemos ter certeza que o ateísmo não é somente mais uma ilusão?
Se nada mais, você deve ter uma conversa muito interessante! Baseado sobre sete anos de experiência ministerial em Harvard, eu posso lhe assegurar que o nosso Deus pode usar esses cinco desafios para levar muitos de nossos amigos seculares para fora das contradições do ateísmo e trazê-los à coerência, verdade e amor de Jesus.
Por Carson Weitnauer
Fonte:
http://www.reasonsforgod.org/2013/05/five-challenges-for-your-secular-friends/
Tradução Walson Sales