Chega de doutrinação marxista nas escolas!

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Minha mulher levava nossa filha e duas amigas para um shopping quando meu nome veio à tona. É que um professor da escola delas – uma escola particular muito respeitada e rigorosa – fica usando seu canal nas redes sociais para me atacar e defender o governo Dilma. Minha esposa explicava que em sua página ele era livre para tanto, e só não podia fazer campanha partidária – para o PT ou para a oposição – dentro da sala de aula. Isso é crime.

Foi quando o assunto migrou para comunismo versus capitalismo. Uma delas, cuja mãe é empresária, disse que o capitalismo também falhou, afinal, o mundo é imperfeito e com muita desigualdade (só faltou culpar o capitalismo pela miséria africana). E acrescentou que o lado bom do comunismo é desejar que todos tenham as mesmas oportunidades, acesso aos mesmos bens materiais. Ela tem um iPhone, por que os alunos da escola pública em frente não podem ter também?

Estamos falando de meninas com 12 anos. A elite de esquerda tem repetido a mesma ladainha por aí. Para essas pessoas, ser socialista, comunista ou de esquerda é desejar que os mais pobres tenham os mesmos bens que os ricos. Nada mais falso! Mas é o que vem sendo repetido pela esquerda caviar, justificando a contradição entre acumular cada vez mais bens e ao mesmo tempo pregar o socialismo igualitário.

Os socialistas não querem melhorar a vida dos mais pobres, ou ao menos não são os únicos que querem isso. O que fazem é monopolizar as virtudes. Quem efetivamente melhora a vida dos mais pobres é o capitalismo, uma economia liberal com foco na busca do lucro em ambiente de livre concorrência. Todas as experiências comprovam o que a teoria explica.

O que os socialistas efetivamente querem é tirar dos ricos, pois partem da premissa de economia como jogo de soma zero, em que João, para ficar rico, teve de tirar de Pedro. Ou seja, o lucro seria uma exploração, uma “mais-valia”. Rejeitam a ideia de mérito, de vocações e dons distintos, o que sempre levará a desigualdades em ambiente de liberdade. O que os socialistas fazem é explorar a culpa das elites abastadas, e começam a fazer isso bem cedo, como podemos ver.

Gustavo Ioschpe, em sua coluna na Veja desta semana, conta justamente como tem ficado estarrecido com a doutrinação marxista nas escolas particulares do Brasil. Como especialista no tema educação, faz várias palestras, e tem se deparado com alunos que elogiam o modelo cubano, onde só há proselitismo ideológico e as pessoas são proibidas de ler o que desejam.

Alguns chegam ao extremo de acusá-lo de preconceito por cobrar conhecimento objetivo e capacidade de leitura dos alunos. Estamos nivelando por baixo, enaltecendo a mediocridade, e espalhando marxismo por aí, sem que os pais saibam ou façam algo a respeito. Ioschpe faz a seguinte pergunta:

Pois é. Muitos não sabem, outros não ligam, e alguns acham que faz parte, mas que em casa conseguem inocular seus filhos com o antivírus ao marxismo. Mas o fato é que estão substituindo um ensino mais objetivo por uma máquina de doutrinação ideológica, o que é um absurdo e prejudica bastante o país.

Para começo de conversa, a meritocracia e a responsabilidade individual, dois valores liberais que os socialistas condenam, precisam fazer parte de qualquer ensino de qualidade. Ou será que os professores vão, agora, em nome da igualdade, somar a nota dos melhores com a dos piores e dividir igualmente entre eles? Será que vamos endossar o fim da cobrança individual no desempenho escolar, em nome do coletivismo de esquerda? Ioschpe conclui:

Escola sem partido já! Chega de doutrinação marxista nas escolas de nossos filhos!

Rodrigo Constantino do Blog da Veja em 18/12/2014

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