Carnaval: Pr. Rinaldi Responde

Pergunta: Estamos nos aproximando dos dias de carnaval, e os foliões já se preparam para as grandes festas relativas ao evento. Qual a origem do carnaval?

Resposta: Ninguém sabe ao certo a origem do carnaval. Suas raízes adentram a história, de modo que há muita especulação sobre sua origem. Entretanto, a Enciclopédia Britânica informa o seguinte: “A derivação da palavra é incerta, embora possivelmente remonte ao latim medieval carnem levarem e ou carnelevarium, que significa retirar ou remover a carne. Isto coincide com o fato de que o carnaval é a ultima festa antes do início dos austeros 40 dias da quaresma, durante o qual os católicos, em tempos anteriores, abstinham-se de comer carne”.

Outro conceito é que a palavra carnaval se deriva de “prazer da carne”. E a Enciclopédia Larousse afirma: “As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações orgíacas da humanidade, entre elas as saturnais romanas, de caráter religioso, celebrando a volta da primavera, que simbolizava o renascer da natureza”.

 

Pergunta: Quando se comemora o carnaval?

Resposta: A época da realização do carnaval deve ocorrer sempre sete semanas antes da Páscoa. Varia de ano para ano, podendo ser em fevereiro como este ano, como poderá ser em março do próximo ano. Essa tradição se firmou com a implantação do calendário Gregoriano, em 1852, por Gregório XIII, valendo para os povos latinos dos dois hemisférios.

 

Pergunta: No Brasil desde quando se comemora o carnaval?

Resposta: A princípio, no carnaval no Brasil não havia música nem dança. O povo, em geral os mais pobres, saía nas ruas em loucas correrias, sujando-se uns aos outros com farinha, águas podres, água com limão ou quaisquer detritos. As classes mais privilegiadas (os nobres, durante a colônia e o reinado) se fechavam em suas casas ou se refugiavam em suas moradias de campo. A essa brincadeira se deu o nome de entrudo. Ela foi trazida pelos portugueses, os ilhéus da Madeira, dos Açores, e do Cabo Verde, em meados de 1723. Os festejos incluíam grandes orgias, onde comer, beber e fazer sexo eram os principais divertimentos. No Brasil, as autoridades tentaram proibir a brincadeira diversas vezes (de 1604 até 1783), mas os jovens sempre tratavam de desrespeitar as proibições. Os garotos se instalavam nas portas das vendas e armarinhos com gamelas e seringas d’água, cal, corantes, gomas, farinha e cobriam os passantes de água e pó. A criatividade popular não pára e as pessoas começaram a confeccionar máscaras.

 

Pergunta: Então foi mesmo na cidade do Rio de Janeiro que o carnaval começou no Brasil?

Resposta: Muita gente não sabe que em 22 de janeiro de 1840 realizou-se o primeiro baile de carnaval no Rio de Janeiro, no Hotel Itália, hoje praça Tiradentes, nos moldes realizados na Europa. O baile se repetiu em 20 de fevereiro. A primeira escola de samba surgiu numa favela em 1928. A partir de 1930 o carnaval começou a adquirir a sua forma atual e espalhou-se por todo Brasil, sendo muito comemorado especialmente nas cidades de Salvador, Recife, Fortaleza e São Paulo.

Podemos afirmar que o Rio de Janeiro é a cidade onde o carnaval é mais empolgante, mais animado. O carnaval carioca vende o Brasil mundialmente, é tema de documentários internacionais, é ponto de atração de jornalistas de todo o mundo e centro das atenções nessa época do ano. A festa do carnaval criou uma indústria que funciona o ano inteiro. Escolas e blocos contam com profissionais em tempo integral – contadores, desenhistas, assessores de imprensa, diretores artísticos e auxiliares. O Carnaval movimenta milhões de dólares.

 

Pergunta: Para muitos o carnaval representa uma espécie de fuga dos problemas da vida, o Pastor concorda?

Resposta: Alguns afirmam que sim, que o carnaval permite que as pessoas esqueçam por alguns dias seus problemas costumeiros. É um dia para esquecer as preocupações, para fugir dos problemas, e tudo vira carnaval. Encontram-se nesses dias, do sábado a manhã da quarta-feira de cinzas, muita música, máscaras, deslumbrantes fantasias, desfiles com extravagantes carros alegóricos e principalmente muita liberdade, que mais pode ser chamada de libertinagem. É uma ocasião em que tudo é permitido, com exceção de matar e dirigir bêbado.

 

Pergunta: Há propagandas indicando que a “camisinha” combina com o carnaval, indicando a licenciosidade desenfreada que ocorre nesses dias, não é verdade?

Resposta: Sim, o problema não é moral: sexo antes do casamento é impróprio, é pecado, como diz Hebreus 13.4 “Venerado seja entre todos o matrimônio, porém aos que se dão a prostituição e aos adúlteros Deus os julgará”. Ninguém pensa no castigo de Deus, e até gostam de pensar que Deus não castiga ninguém. Entretanto, em Gálatas 6.7-8 lê-se: Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna”.

 

Pergunta: As campanhas de combate a aids só pedem para a pessoa não esquecer o uso dos preservativos para evitar essa doença, mas o sexo é apregoado largamente, não é verdade?

Resposta: Sim. A nova moral só proíbe não usar preservativos, mas prostituição, adultério, perversões sexuais não são problema.

 

Pergunta: Costuma-se usar uma frase nesses dias “espírito de carnaval”. O que quer dizer isso?

Resposta: É a ideia de que nesses dias a pessoa tem licença especial para fazer tudo que gostaria de fazer o resto do ano, mas se refreia de fazê-lo por certa medida moral ou restrições sociais. Durante o carnaval vale tudo (Efésios 2.1-3).

 

Pergunta: Quer dizer que as pessoas que procuram um lugar de descanso, um retiro afastado da agitação da cidade nesses dias, fazem bem?

Resposta: Sim. Quem é que não precisa descontrair-se de tempos em tempos? Assim, dirigir-se para uma praia, para a montanha, dedicando tempo para a leitura, é até saudável. Precisamos lembrar que o próprio Jesus reconheceu essa necessidade (Marcos 6.30-32). Mas o verdadeiro descanso só encontramos em Jesus (Mateus 11.28-30).

 

Pergunta: Nestes dias que antecedem o carnaval, algumas manchetes dos jornais são: “Doce pecado”, “Porre de Sexo” e assim por diante. Haja fôlego para suportar essa bagunça. Pergunto: o pecado é doce?

Resposta: Em nenhum lugar do mundo o carnaval alcançou tanta importância quanto no Brasil. No Rio de Janeiro a festa criou uma indústria que funciona o ano inteiro. Começou em 1928 numa favela, e a partir de 1930 alcançou o formato atual. O pecado não é doce, pode parecer doce. Um menino perguntou ao pai como era o inferno. O pai o levou a uma dessas ruas enfeitadas à noite com grandes luminosos, que apagam e acendem, destacando a beleza dos salões de baile. Ele entrou com o filho num deles. O inferno é assim bonito? – perguntou o menino. Saindo pela porta dos fundos, o ambiente era totalmente diferente: sujeira, latas de lixo, pessoas caídas no chão embriagadas, semi nuas. Assim é o carnaval. Parece doce.

 

Pergunta: Mas a Bíblia fala o contrário, não é verdade? Em Romanos 6.23 lemos que o salário do pecado é a morte. Ora, alguém pode dizer: mas a morte não é o caminho de todos nós? Quem escapa da morte? Então pergunto: o que significa a palavra morte nesse texto? O salário do pecado é a morte?

Resposta: A palavra morte nunca tem o sentido de inexistência nem de aniquilamento, como alguns ensinam. A palavra morte tem o sentido de separação. Na Bíblia, a palavra grega thanatos foi traduzida para o português como morte. Ela é empregada em vários sentidos:

 

Pergunta: É por isso que as pessoas escolhem o carnaval como bom para si, enquanto Deus diz que são más as práticas que fazem no carnaval: Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Isaías 5.20)?

Resposta: Exatamente isso. Cada um escolhe por si o que fazer. Veja que o jornal fala de um homem de idade avançada, 77 anos, que comemora o carnaval, um folião. Diz o jornal que para ele o carnaval é tudo, a fonte da juventude, uma vibração tão grande que o faz esquecer dos problemas, sentindo-se como um verdadeiro menino.

 

Pergunta: Como se dá quando o homem escolhe como bom aquilo que Deus diz que é prejudicial? Existe outro sentido para ‘morte’ além daqueles que o Pastor explicou?

Resposta: Sim. Repetindo: morte nunca indica inexistência ou aniquilamento. A morte é o oposto à vida. Como a vida espiritual indica existência consciente de comunhão com Deus, assim também morte espiritual é existência consciente separada de Deus. Então, uma pessoa que morre fisicamente, estando separada de Deus, irá para um lugar de separação eterna de Deus, que chamamos inferno. No grego esse lugar é indicado pela palavra geena ou lago de fogo: E digo-vos, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois, não têm mais que fazer. Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei” (Lucas 12.4-5).

 

Pergunta: Jesus oferece o contrário de morte eterna, ou separação eterna de Deus. Ele oferece vida de comunhão consciente com Deus, no céu, para sempre, não é?

Resposta: Sim, como lemos em IJoão 5.12-13: Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus”. Há dois tipos de vida: vida física e vida eterna. Zoeen aionios é a expressão grega para vida eterna, que é uma vida sem fim de comunhão com Deus, e essa comunhão tem início no momento que aceitamos Jesus Cristo como Senhor e Salvador (João 5.24). Uma pessoa pode ter existência física, mas sem Jesus está morta espiritualmente e por fim virá a morte eterna – separação definitiva de Deus (Mateus 25.41). Trocaria alguém, com acerto, a vida eterna, por alguns momentos de gozos efêmeros no carnaval?

 

Pergunta: O Pastor pode explicar o título “catar as cinzas”, citado num artigo do jornal Mensageiro da Paz?

Resposta: Esse artigo fala da época do carnaval como uma oportunidade de ouro para evangelizar: “O carnaval é uma oportunidade de ouro para evangelização. Não devemos nos conformar com a função de catadores de cinzas”, ou seja, esperar que termine o carnaval, para ajudar as pessoas que foram iludidas, e procuram nosso ombro para chorar as mazelas desses dias passados. Diz o jornal: “A esta altura, teremos perdido a chance de evitar alguns danos irreparáveis: um casamento desfeito, um ato de loucura ou o nefasto HIV a circulas nas veias”.

Não poucos consideram a festa do rei Momo um campo de batalha espiritual. O acontecimento que precede o carnaval, do prefeito entregar simbolicamente as chaves da cidade ao rei Momo, indica que Satanás vai oferecer ao povo o que ele prometeu a Jesus, quando lhe mostrou todos os reinos do mundo e a glória deles, dizendo: “Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” (Mateus 4.8-10). Então, na pessoa do rei Momo, Satanás começa a reinar, e como sabemos sua missão é matar, roubar e destruir (João 10.10). Ele é o “deus deste século”. Trata-se pois de uma batalha espiritual que se trava nesses dias como diz Paulo em Efésios 6.10-12. Se a igreja também entende dessa forma, e ainda assim se afasta, tem-se uma batalha onde um dos exércitos não compareceu”.

 

Pergunta: Então esse artigo do Mensageiro da Paz recomenda o trabalho de evangelização no carnaval, e não os retiros que as Igrejas fazem?

Resposta: Sim. Inclusive conta de uma certa mulher que desfilava num bloco, e quando o bloco passou em frente da igreja que realizava culto no carnaval ela entrou e aceitou a Cristo como Salvador. Ora, se pregamos que a alegria do carnaval é uma falsa alegria, podemos então deduzir que a seara será mais promissora. Eclesiastes 3 fala que existe tempo para tudo, não seria o caso do carnaval ser o tempo de abraçar as pessoas que se encontram desesperadas, esperando por um ombro onde possam chorar os seus pecados?

 

Pergunta: Por que devemos evangelizar?

Resposta: Por que Jesus ordenou em Marcos 16.15-16. Jesus não é só Salvador, mas também é Senhor (Atos 16.31). Não é um convite, é um mandamento. Não só por isso, mas também porque amamos o Senhor e queremos ser-lhes grato.

 

Pergunta: Existem pessoas que dão muitas desculpas, “estou muito ocupado”, “não tenho tempo”. Que dizer a elas?

Resposta: Jesus não estava tão ocupado a ponto de não vir morrer aqui. Sempre cumpria na hora o programa do Pai (Mateus 26.45; Lucas 22.14; João 2.4; 13.1 e 17.1) e tinha tempo de ouvir as almas aflitas (Marcos 5.30; Lucas 18.40). Para os que dizem que andam cansados, devem lembrar-se de que Jesus, ao meio dia, não estava tão cansado a ponto de não poder atender a samaritana (João 4.6-7).

 

Pergunta: E aqueles que dizem que não sabem falar?

Resposta: É só olhar na Bíblia os exemplos de Moisés (Êxodo 3.11), Gideão (Juízes 6.15). A missão de evangelizar implica em dever e responsabilidade (Ezequiel 33.8-9; Romanos 1.14; ICoríntios 9.16). Quando evangelizar? Agora, enquanto estamos vivos (Lucas 16), temos pouco tempo (João 9.4; Apocalipse 22.20).

 

Pergunta: Como estamos presentes na sociedade brasileira, não podemos ignorar essa festa que se aproxima. Qual é a atitude correta que deve ter o cristão nesses dias carnavalescos?

Resposta: Recomendo duas atitudes corretas para esses dias. A primeira é o que fazem as igrejas evangélicas com grande número de jovens: promovem um retiro espiritual. Nessa oportunidade as igrejas viajam para cidades pequenas, onde o carnaval é menos animado, e as pessoas se mostram mais comedidas, e se alojam numa fazenda, numa praia etc., e ali passam esses dias envolvidos com as coisas de Deus: estudo da Bíblia, oração e louvores.

A segundo, outra medida salutar, é a que vemos no Jornal Batista com o título “BATISTAS EVANGELIZAM NO CARNAVAL”. Um trabalho de equipe, que tendo consciência do grande número de problemas sociais que o carnaval traz consigo, por trás de uma máscara coletiva de alegria, quando cresce o consumo de bebidas, alastra-se o uso de drogas devastadoras, e a promiscuidade sexual é notória, resolveram enfrentar com denodo esse problema, indo às ruas anunciar a mensagem do evangelho de Jesus Cristo.

Porém, ultimamente observamos que alguns grupos evangélicos estão organizando blocos carnavalescos, e tentam por esse meio comunicar o evangelho de Jesus.

 

Pergunta: Não acho acertada essa posição de mistura com o mundo carnavalesco, dado que João fala em sua primeira carta (2.15-17), para não amarmos o mundo. Também o apóstolo Paulo recomenda em Romanos 12.1-2. O que nos diz o Pastor?

Resposta: Antes de responder sua pergunta, quero ler uma notícia publicada na Folha de S. Paulo de 8 de janeiro de 1997. Diz assim a notícia: “CARNAVAL – 1.200 FIEIS TROCAM RETIRO POR FESTA – EVANGÉLICOS SAEM EM ESCOLA DE SAMBA”. A Escola de Samba Bom à Beça, formada por 1.200 fieis de igrejas evangélicas, vai ser uma das atrações do Carnaval de Curitiba. Em vez de retiros espirituais, os fieis vão participar do desfile de rua de Curitiba, com outras 12 escolas do Grupo A. A escola estima que gastará cerca de R$ 50.000,00. O pastor diz que não teme a reação de “evangélicos mais ortodoxos”.

Evangelizar no carnaval é correto, mas fantasiar-se e formar blocos carnavalescos com intuito de evangelizar é impróprio. É o que lemos em IICoríntios 6.14-17. Jesus veio para desfazer as obras do diabo, e se compactuarmos com as obras das trevas, não poderemos fazer brilhar nossa luz recebida de Cristo (IJoão 3.8-10).

 

Pergunta: Isso não é paganismo misturada com Cristianismo?

Resposta: Sem dúvida. Por se multiplicar a iniquidade, disse Jesus, o amor de muitos esfriará. Nunca esqueçamos das palavras de Paulo em Romanos 1.16: “O evangelho é o poder de Deus para salvação de todo o que crê”. Precisamos pregar o evangelho que continua inalterado, sem mistura com o mundo (ICoríntios 1.18,22-25 e 2.2-4. O carnaval é uma festa dedicada à carne, o que vai contra o Evangelho de Jesus Cristo. Se esses crentes carnavalescos pensam que vão ganhar almas, perderão seu tempo.

 

Pergunta: Esses crentes que vão brincar o carnaval no bloco “Bom à Beça” não parecem ler muito a Bíblia, do contrário encontrariam referências a alegria daquele que serve a Deus, não é verdade?

Resposta: Sem dúvida. O carnaval é a tentativa da busca da felicidade, é o momento da catarse coletiva. Sua alegria é como a das drogas: dura enquanto permanece o efeito da sua alquimia. Tão logo passa, se esvai, e o que resta é o sabor amargo da frustração e a ansiedade, para buscar doses mais fortes. Sofar, o amigo de Jó, querendo acusá-lo, faz-lhe uma pergunta que é uma grande verdade: Porventura não sabes tu que desde a antiguidade, desde que o homem foi posto sobre a terra, o júbilo dos ímpios é breve, e a alegria dos hipócritas momentânea?” (Jó 20.4-5).

Salomão diz: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte. Até no riso terá dor no coração e o fim da alegria é tristeza” (Provérbios 14.12-13). O cristão, na verdade, não tem o carnaval, mas também não precisa de uma quarta-feira de cinzas. As pessoas que brincam o carnaval precisam de uma quarta feira de cinza. A alegria do cristão é mais profunda: Neemias 8.10; Salmo 100.2; Jeremias 15.16. O coração humano tem necessidade de alegria, de felicidade, porém ele não a alcançará buscando-a fora da vontade de Deus. Davi, buscou no adultério alegria efêmera para si, mas sua alegria lhe trouxe tristeza profunda (Salmo 32.3-5). Só encontrou a alegria verdadeira em Deus (Salmo 51.12).

Fazem bem as igrejas que promovem nesses dias retiros ou programas especiais para sua juventude, oferecendo-lhe oportunidade e ambiente para se alegrar e ao mesmo tempo se instruir na Palavra de Deus.

 

Pergunta: Alguns citam para justificar sua presença em desfiles de carnaval o texto de ICoríntios 9.22. É certo isso?

Resposta: Claro que não. Paulo queria ganhar as pessoas para Jesus Cristo, e não misturar costumes pagãos com costumes cristãos.

 

Pergunta: Mas acredito que o carnaval traz algumas lições para nós, cristãos, não é verdade?

Resposta: Sem dúvida. O Jornal 60 Minutos, da Rede Cultura, exibiu quadros de pessoas que estavam desde quinta-feira na fila para comprar ingressos para o sambódromo em São Paulo. Imagine só, desde quinta-feira da semana passada, hoje é quarta-feira, praticamente uma semana até a abertura dos guichês para comprar entradas e pegar bons lugares. Não é alucinação? Ninguém dirá que isso é fanatismo carnavalesco. E os crentes? Sentem um peso enorme em estar na casa de Deus e quase sempre procuram os últimos lugares da igreja para se sentarem. Aparentam não ter muito interesse no assunto. Algumas trovoadas são suficientes para afastar os crentes das igrejas. Sofrem de anorexia espiritual.

 

Pergunta: Muitas pessoas dizem que o crente não tem alegria, porque não brinca o carnaval. Que diz o Pastor?

Resposta: Como já dissemos, o carnaval é a tentativa da busca da felicidade, é o momento de todos buscarem alegria. Tão logo passa o carnaval a alegria se esvai. Para se ter alegria verdadeira é preciso mais do que o carnaval. É preciso Jesus na vida. “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vô-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração nem se atemorize” (João 14.27).

Nota: Perguntas respondidas no programa de rádio Consultando a Bíblia.

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