Calvino nega a salvação pela fé de Lutero?

luero e calvino

O site História Livre comenta o seguinte sobre essa questão:

“Calvino, apesar de ter mantido quase todos os princípios formulados por Martinho Lutero, desenvolveu uma teologia própria, mas que tinha uma diferença muito importante: a Doutrina da Predestinação. Nesta doutrina, influenciada na crença grega do destino, Calvino afirmava que Deus, o único com conhecimento sobre o futuro, já sabia, desde sempre, quem eram as pessoas que seriam salvas por Ele, assim, como já sabiam quem não seria […]. De acordo com Calvino, a fé não era o caminho para a salvação, para ele, a fé era o sinal de que o fiel estava predestinado à salvação. Com isso, o calvinismo se afastava daquilo que Lutero havia defendido, ou seja, que a salvação somente era alcançada por meio da fé em Jesus Cristo […]. Mesmo contrariando a Lutero, a Doutrina da Predestinação se tornou muito popular na Suíça. Mas quando as ideias de Calvino chegaram às pessoas comuns, uma dúvida foi gerada: Como posso saber se sou ou não salvo? A resposta de Calvino era bastante simples. Segundo ele, a garantia de que alguém havia sido predestinado por Deus à salvação estava em seu sucesso pessoal, ou seja, uma pessoa próspera e bem sucedida (profissão, saúde, família, etc.) demonstrava o favor de Deus para com ela. Portanto, o próspero tinha a garantia de sua salvação, pois onde a planta de seus pés pisasse iria prosperar. Mas, o contrário também era verdadeiro. Pois, aquele que não prosperasse dava demonstrações de que não estava predestinado à salvação […]. Mas ao contrário de outras vertentes protestantes, o calvinismo não se desenvolveu em uma igreja específica, mas como doutrina que seria aceita em algumas igrejas protestantes já existentes. Assim, a doutrina calvinista obteve uma grande aceitação na Suíça (onde surgiu), de lá se espalhando por toda a Europa, especialmente, na Escócia, na Inglaterra, na Holanda e na França.” (Em: <http://www.historialivre.com>. Acesso em 30 maio 2014)

Lemos ainda um outro comentário relevante:

De acordo com Max Weber, sociólogo alemão nascido no século XIX, o rigor moral da religião calvinista, que rivalizou com o luteranismo o posto de segmento majoritário do movimento de Reforma Protestante, é o embrião do capitalismo que foi conhecido no mundo. A isto se devem alguns fatores. Em primeiro lugar, Weber enxerga na doutrina da predestinação, um dogma essencial do calvinismo, a base do individualismo típico e necessário ao capitalismo, pois como o indivíduo não deve esperar pela mediação da Igreja para obter o favor de Deus, conforme as postulações da teologia católica, mas, pelo contrário, ele só pode contar com a graça divina, não havendo meios externos de aproximação com a divindade, então, para se assenhorear da certeza da salvação, o homem precisa identificar em si as evidências da eleição, procurando, assim, na atividade profissional, em cumprimento de sua vocação, as mesmas, pois, de acordo com Weber, o êxito profissional seria uma das maneiras distintas de se identificar a própria eleição. (Em: < br.answers.yahoo.com/>. Acesso em 12 março de 15)

Outro site conclui a que:

Segundo os calvinistas a salvação da alma vem da predestinação, ou seja, do trabalho e da riqueza como consequência. Por esse motivo, a burguesia aproveita do calvinismo para se enriquecerem individualmente. A burguesia européia abraça as ideias de Calvino, ocorrendo uma maior expansão da Reforma e aumentando a influencia do capitalismo no mundo (lucro). CONCLUSÃO – O calvinismo pregava que o trabalho e a riqueza que o homem adquiria seria os fatores que dariam a ele a salvação da alma, ou seja, enriquecer (busca do lucro, característica do capitalismo) para ter a alma salva. (Em: < br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090927104920AADA8bl>. Acesso em 12 março de 15)

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