Teólogo adventista declara que a Bíblia rejeita a guarda do sábado como Meio de salvação

NO ÚLTIMO PARÁGRAFO do seu livro “Do Sábado para o Domingo”, Samuele Bachiocchi (1938-2008), Ph.D., que foi professor de História da Igreja e de Teologia, na Universidade Andrews, declarou o seguinte: “Poderíamos dizer, portanto, que Paulo rejeitava o sábado como meio de salvação [grifo acrescentado], mas aceitava-o como sombra apontando para a substância que pertence a Cristo”. (01)

Vejamos o que escreveu Ellen G. White, a profetiza do adventismo:

01) “Santificar o Sábado ao Senhor importa em salvação eterna” [grifo acrescentado]. (Livro: Testemunhos Seletos, vol. III pág.22, EGW ed. 1956).

02) “Os adoradores de Deus se distinguirão de modo especial pelo respeito ao quarto mandamento, o sinal de Seu poder criador. Os adoradores da besta se distinguirão em seus esforços para derribar o memorial do Criador e exaltar a instituição de Roma” (02).

03) “Quem transgredir o mandamento de Deus [a guarda do sábado]… estará adorando a besta e à sua imagem… aqueles que prosseguirem em transgressão receberão “a marca da besta” (03).

Como vimos, enquanto o reverenciado teólogo Bacchiocchi admite que a Bíblia Sagrada “rejeita a guarda do sábado como meio de salvação”, a não menos reverenciada Sra. Ellen White declara alto e bom som o contrário. Com quem iremos concordar? Nesse caso, concordaremos com Bacchiocchi. A verdade bíblica se lhe revelou tão evidente que ele não teve outra saída.

A declaração de Bacchiocchi coloca por terra o castelo doutrinal construído pelo adventismo, cuja principal pregação é a guarda do sétimo dia como indispensável à salvação. Ao reconhecer essa verdade e fazer tal declaração, Bachiocchi admitiu que o cristão faz parte da Nova e Eterna Aliança em Cristo Jesus, na qual somente nove dos Dez Mandamentos são mencionados. O sábado foi excluído.

Vejamos onde a Bíblia rejeita o sábado, como mencionou o referido teólogo:

(01) “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Cl 2.14,16-17).

Em seu livro, Bacchiocchi afirma que o sábado cravado na cruz se refere ao sétimo dia, isto é, sábado semanal: “… esta indicação positivamente mostra que a palavra SABATON como é usada em Cl 2.16 não pode referir-se aos sábados cerimoniais anuais” (From Sabbath to Sunday – Do Sábado para o Domingo, Samuele Bacchiocci, 1977, p. 359-360).

(02) “Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita. Porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo da lei. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” [grifos acrescentados] (Gl 3.19-26).

(03) “Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra” (Rm 7.6).

(04) “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras [os dez mandamentos], veio em glória… como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça [pelo qual somos justificados]… porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece… usamos de muita ousadia no falar” [grifos acrescentados] (2 Co 3.7, 8, 9, 11,12b).

(05) “O mandamento anterior é anulado por causa da sua fraqueza e inutilidade. Pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma, e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus” [justificação não pelas obras da lei, mas pela graça mediante a fé. Grifos acrescentados] (Hb 7.18-19).

(06) “Mas agora alcançou [Cristo] ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda. Dizendo Nova Aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar” [grifos acrescentados] (Hb 8.6,7, 13).

(07) “Separados estais de Cristo, vós os que justificais pela lei; da graça tendes caído; porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da justiça; porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor” (Gl 5.4,5, 6).[grifos acrescentados].

O teólogo Bacchiocchi, pelo menos quanto à primeira questão a seguir, faz coro com 250 líderes adventistas que concluíram: (01) A guarda do sábado não propicia salvação; o cristão que observa o domingo não está em pecado; não é cúmplice do papado. (2) Os escritos de Ellen G. White não devem ser colocados em pé de igualdade com a Bíblia; não são de valor universal, mas restritos à IASD. (3) Cristo entrou no Lugar Santíssimo por ocasião de sua ascensão, e não em 22 de outubro de 1844. Assim, as doutrinas do santuário celestial ser purificado e do juízo investigativo não tinham base bíblica (04).

Ao reconhecer que “Paulo rejeitava o sábado como meio de salvação”, Samuele Bacchiocchi, Ph.D, declara textualmente que essa rejeição é do próprio Deus, pois a Bíblia é divinamente inspirada (2 Tm 3.16).

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VEJA O VÍDEO:

Referências:

01) Link do livro traduzido:

http://setimodia.wordpress.com/…/livro-do-sabado-para-o-do…/

02) Livro “O Grande Conflito”, Ellen G. White, Edição Condensada, CPB, 1992, Cap. 25, Pg. 266.

03) Ibidem, pg. 268.

04) Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo, George A. Mather & Larry A. Nichols, Editora Vida, 2000, pág. 194.

Autor: Pr. Airton Evangelista da Costa – http://www.palavradaverdade.com/