ASTROLOGIA: Crença popular e supersticiosa que afirma que os astros são capazes de influenciar a vida e certas escolhas pessoais, conduzindo as pessoas ao conhecimento de certas questões relacionadas ao seu futuro e presente. E uma prática condenada pela Bíblia (Is 47.13-14; Jr 10.2).
ACREDITO NA ASTROLOGIA PORQUE ALGUMAS COISAS QUE FORAM REVELADAS A MIM DE FATO OCORRERAM.
O fato de alguém ter algumas coisas de sua vida supostamente “reveladas” através da astrologia não deve ser suficiente para acreditar que a astrologia é verdadeira ou algo divino. A Bíblia declara que pessoas faziam pedidos a pedaços de madeira e estes pedidos eram respondidos por um espírito maligno que usava aquele objeto como um meio de engano (Os 4.12), e também a mesma Escritura condena toda forma de adivinhação ou predição do futuro (Dt 18.14).
Algumas coisas podem ocorrer por alta sugestão ou por influências malignas, visto que o Senhor Deus não descarta a possibilidade de uma predição futura que seja de origem maligna se cumprir para enganar a; s incautos (Dt 13.1-3).
A ASTROLOGIA É UMA CIÊNCIA MILENAR QUE INEGAVELMENTE FUNCIONA.
Dizer que a astrologia é uma ciência é ir além das evidências que a ciência moderna tem apresentado contra este mito. Não existem evidências científicas de que os astros possuam algum tipo de influência em nosso caráter, personalidade ou decisões futuras. As “características” de cada signo dos zodíacos não estão relacionadas a qualquer característica física dos planetas a que se referem (Marte, Júpiter, Netuno, etc.), e sim aos deuses do panteão greco-romano, de onde foram tirados por empréstimo os nomes dos planetas que conhecemos, e que possuíam nos mitos as mesmas características atribuídas aos astros que correspondem.
Pesquisas demonstraram que astrólogos que fazem predições sem o uso de mapas ou auxílios em suas análises do futuro, tem tido o mesmo resultado obtido por astrólogos que usam tais auxílios em suas predições (em alguns casos os que não usavam nenhum auxílio eram levemente melhores em suas predições, demonstrando assim que a astrologia está mais relacionada à adivinhação e dedução do que a ciência [Os fatos sobre a astrologia, p.68]).
Devemos nos lembrar que algo por ser funcional não quer dizer que necessariamente é bom. Uma bomba pode funcionar muito bem e inegavelmente trazer grande dor e destruição.
Ver resposta à afirmação anterior.
SE INEGAVELMENTE A LUA POSSUI INFLUÊNCIA SOBRE AS MARÉS, E INFLUENCIA ATÉ MESMO AS PESSOAS COM DOENÇAS MENTAIS, POR QUE NÃO PODEMOS CRER QUE OS DEMAIS ASTROS POSSUEM ALGUMA INFLUÊNCIA SOBRE NÓS?
Que a Lua possui alguma influência sobre as marés é inegável, mas ainda existem muitas dúvidas sobre até que ponto pode influenciar a conduta humana (mais de trinta estudos científicos fracassaram em demonstrar qualquer relação entre os fenômenos lunares e a conduta humana (Os fatos sobre a Astrologia, p.69). Além do mais, devemos nos lembrar que a Lua se encontra muito próxima a nós (dista aproximadamente 386.000 Km de distância da Terra), ao passo que as estrelas estão a 56 quadrilhões de quilômetros (uma cifra tão alta que está além de nossa compreensão). Como poderiam as estrelas que estão tão longe influenciar a vida dos humanos, quando a Terra (o planeta mais próximo para nós), segundo os astrólogos, não influencia em nada a nossa conduta)?
Ver resposta à afirmação anterior.
EXISTEM MOTIVOS RACIONAIS PARA NÃO CRERMOS NA ASTROLOGIA?
Existem alguns motivos racionais para ignorarmos a crença na astrologia. Vejamos:
Até o século XVI acreditava-se que o Sol girava em torno da terra e não o contrário como foi dito por Nicolau Copérnico, assim a astrologia fazia suas predições com base num falso conhecimento do sistema solar. E ainda hoje a astrologia segue o mesmo princípio.
A astrologia não é uniforme em suas previsões, os astrólogos ocidentais interpretam um horóscopo diferente daquilo que o chinês, por exemplo, interpretaria. Alguns astrólogos ocidentais acreditam que existem 8 signos, outros 12, 14, 24. Como poderiam chegar a alguma conclusão correta sobre um fato com conclusões tão diferentes da própria base do estudo astrológico do indivíduo?
III. Quando a astrologia foi desenvolvida, acreditava-se que o nosso sistema solar possuía somente 7 planetas (incluindo o Sol e a Lua), não eram conhecidos os planetas Urano, Netuno e Plutão (ainda hoje alguns astrólogos desconsideram estes três planetas em suas “previsões”), e que a Terra era o centro de nosso sistema solar, e não o Sol. Como poderiam possuir conclusões corretas em suas “previsões” se estavam baseados em falsos pressupostos?
Os cálculos astrológicos da vida de um indivíduo estão baseados no momento do seu nascimento, período este que supostamente ao respirar receberia a “influência astral” sobre a vida. Se muito do que nos influencia na vida está relacionado à nossa gestação (doenças congênitas, por exemplo), como poderia a astrologia ter respostas satisfatórias sobre o futuro do indivíduo ignorando este fato?
SE VOCÊS EVANGÉLICOS DIZEM ACREDITAR NA BÍBLIA, POR QUE NÃO ACREDITAM NOS ZODÍACOS QUE SÃO MENCIONADOS NELA (Jó 38.32)?
A palavra “zodíaco”, do hebraico mazzãlôt, possui um significado básico de “constelação” (referindo-se a um conjunto de estrelas), e certamente não está relacionada à aprovação de sua consulta para supostas previsões futuras sobre a vida de alguém. A mesma expressão aparece nas Escrituras com uma nota de reprovação sobre os que consultavam este tipo de presságio (2Rs 23.5). Além disso, a palavra “zodíaco” significa basicamente “caminho” ou “senda”, fazendo assim apenas uma referência ao caminho das estrelas (constelações) que comprovadamente se “deslocam”.
O fato de a Bíblia mencionar os “zodíacos” (que é chamado de signo pelos adeptos da astrologia) não aprova de forma alguma a astrologia, como a citação bíblica acerca da idolatria não lhe confere aprovação divina (Is 44.17; Ex 20.3-5).
O PROFETA DANIEL PRATICAVA ASTROLOGIA, POIS SE TORNOU O CABEÇA DOS SÁBIOS DA BABILÔNIA, E ELES ERAM TODOS ASTRÓLOGOS (Dn 2.48).
O fato de Daniel, o profeta, ter-se tornado o cabeça dos sábios de Babilônia não é suficiente para afirmarmos que o mesmo praticasse astrologia. Vemos desde o início da vida do profeta na Babilônia uma grande disposição de se separar das práticas do povo babilônico (Dn 1.5-8). Também devemos notar que o êxito de Daniel estava em buscar a orientação do Deus de Israel e não qualquer tipo de prática pagã dos “sábios babilônicos” (Dn 2.10-12,16-24).Certamente a influência de Daniel na Babilônia foi maior do que qualquer influência pagã que pudesse vir sobre ele.
Fonte: Livro – Manual de Respostas Bíblicas, Paulo Sérgio Batista, 2006.