No artigo “Making Void the Word of God”, publicado pelo Professor Arthur Noble no site “www.ianpaisley.org”, vemos como a Grã Bretanha está afundando, com a religião oficial entregue aos líderes ecumenistas, uma igreja em franco declínio e um Parlamento dominado pelas diretrizes de Roma. Vamos dar a palavra ao eminente historiador cristão britânico.
Quando as nações se afastam de Deus, Ele sempre as convoca ao arrependimento. Como diz o Salmo 119:126: “Já é tempo de operares, ó SENHOR, pois eles têm quebrantado a tua lei”. E Zacarias 7:12: “Sim, fizeram os seus corações como pedra de diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o SENHOR dos Exércitos enviara pelo seu Espírito por intermédio dos primeiros profetas; daí veio a grande ira do SENHOR dos Exércitos”.
Conta à história que um dia, ao ser apresentado à Rainha Vitória (1819-1901), um chefe indiano indagou: “Qual é o segredo da grandeza da Inglaterra?” A Rainha pediu que o assistente ao lado fosse buscar uma Bíblia e abrindo-a, falou: “Este é o segredo da grandeza da Inglaterra”.
Atualmente o Reino Unido está em pleno declínio. A apostasia, o crime, a corrupção, a depravação dos costumes, as drogas, a dívida, o colapso familiar, a idolatria, a ilegitimidade, a indecência, o assassinato, a perversão e a violência são rompantes.
As decisões das cortes européia e britânica estão permitindo que burocratas, homossexuais, feministas, ecumenistas e líderes de fés não cristãs imponham suas decisões de “moralidade” ao país. A mídia – TV, radia e jornais – está colaborando ativamente no processo de conter os dissidentes, canalizando as discussões e opiniões a linhas predeterminadas. Os padrões de comportamento e honestidade estão se deteriorando com rapidez, enquanto os níveis de conhecimento e inteligência vão declinando, geração após geração.
Em 1930, antes de começar essa rápida deterioração social e moral da Grã Bretanha, Sir Charles Marston escreveu no Daily Telegraph: “A Bíblia, como um guia, é a nossa Carta de Liberdade; seus ensinos nos tornaram grandes e é provável que ela continue nos conservando grandes”.
A posição cristã é que toda a autoridade provém de Deus. Hoje, pelo contrário, a nossa nação já não olha para o Deus Todo Poderoso, quando faz a sua legislação, mas prefere decidir, sob a sua própria autoridade, o que é certo e o que é errado.
A Constituição Protestante Bíblica do Reino Unido – Raramente se aprecia hoje que a Constituição do Reino Unido seja especificamente cristã e completamente de acordo com as leis bíblicas. Cada monarca britânico, a partir de Alfredo, o Grande (849-899), tem reconhecido o Deus Poderoso como o Soberano do Reino e cada monarca britânico, a partir de Edgar (959-975), foi ungido por Deus para governar em nome de Cristo. Foi o Rei Alfredo quem anexou os Dez Mandamentos ao Livro de Estatuto do Reino, lugar onde até hoje eles permanecem. E a história da Grã Bretanha demonstra que tem havido uma definida correlação entre o grau de sua prosperidade e segurança na exclusiva mão e extensão das mesmas, em comparação com as demais nações, enquanto ela respeitou e obedeceu as leis divinas.
Durante muito tempo, antes do Século 16, a Inglaterra esteve em estado de crassa escuridão em relação a Deus e à Sua Palavra, neutralizada sob o domínio da ICR, a qual proscreveu a Bíblia, e sob o suposto poder e autoridade do papa.
Mas Deus, em seus soberanos propósitos, derramou a Sua misericórdia sobre esta nação, libertando-a daquela horrenda ignorância e servidão. Em Sua providência, Ele levantou homens iluminados pelo Espírito Santo, os quais perceberam, denunciaram e resistiram aos malefícios do papado – homens que viram a necessidade do povo possuir as Escrituras Sagradas em sua própria língua. Esses homens trabalharam, sofreram e até foram martirizados, a fim de conseguir que a Bíblia fosse traduzida na língua inglesa [o que foi realizado com a publicação da Versão Autorizada de 1611, da Bíblia King James].
Quando a Grã Bretanha se tornou protestante, no tempo da Reforma, e elegeu como o seu guia a Palavra de Deus, permitindo que os princípios bíblicos norteassem todas as ações e a sua legislação, ela ganhou os favores divinos e se tornou grande.
Através da “Bill of Rights” (Carta de Direitos, 1689) e do “Act of Settlement” (Ato de Estabelecimento, 1701), a Grã Bretanha construiu suas defesas em torno da liberdade e contra o romanismo e o ódio deste contra as leis bíblicas. Essa legislação pronunciou como “inconsistente com a segurança e o bem estar deste Reino Protestante ser ele governado por um príncipe papista ou qualquer rei ou rainha casado com um papista”, exigindo que “todo soberano inglês, ao ascender ao trono, proclame que a missa romana é supersticiosa e idolátrica”.
Em 02/06/1953, Sua Majestade a Rainha Elizabeth II não apenas foi “coroada”, como também foi “ungida” como monarca do Reino Unido da Grã Bretanha e da Irlanda do Norte. Foi-lhe solicitado que fizesse algumas promessa a Deus e ao povo de que ela “iria manter as leis de Deus e a legítima profissão do Evangelho.”
Ela ainda se comprometeu a “manter no Reino Unido a religião protestante reformada, estabelecida por lei, bem como “governar os povos do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda do Norte segundo as suas respectivas leis e costumes”. Ela recebeu como reforço a essa promessa, a Bíblia Sagrada como “regra para toda a vida e governo dos príncipes cristãos”. Através desta cerimônia ficou entendido que as leis e costumes do Reino Unido deveriam ser fundamentadas exclusivamente na Bíblia Sagrada e que não deveriam ser mudados, devendo o povo ser governado exclusivamente através dos mesmos. Em determinado ponto, durante a cerimônia, a esfera das jóias da coroa foi apresentada à Rainha, acompanhada destas palavras: ”Receba esta esfera estabelecida sobre a cruz e lembre-se que o mundo inteiro está sujeito ao Poder e Império de Cristo, o Redentor”.
O novo avanço do papismo no Reino Unido – Contudo, os sucessivos governos de Sua Majestade não têm executado a justiça e a misericórdia, segundo as leis de Deus, e a razão principal para as suas descabidas mentiras, como sempre aconteceu ao correr da história britânica, foi o alinhamento com o papismo.
Desde os decretos publicados pelo Concílio de Trento, até a “Syllabus” de Pio IX, tem sido o papa que, entre todos os tiranos e déspotas, tem procurado mudar os tempos e as leis. O Rev. Robert Gault colocou isso em sua obra “Prize Essay of the Evangelical Alliance” (Ensaio sobre o Preço da Aliança Evangélica):
“Não tem Roma se colocado acima da lei, quer proceda esta dos homens ou de Deus? Cada verso da Escritura deve permanecer mudo, até que Roma lhe conceda liberdade de expressão; cada regra estabelecida por qualquer príncipe ou povo é inválida, a não ser que esteja de acordo com as visões do papa e com as tradições papistas”. (“Popery,The Man of Sin and The Son of Perdition, Glasgow, 1853, p. 15).
O papismo é a mais crassa manifestação da idolatria e quanto mais estreitamente uma nação o abraça, mas ela se distancia das leis divinas; pois Roma é a inimiga maior da Bíblia, a extintora máxima da luz do Evangelho e a principal agente da escravidão da mente humana e usurpadora da soberania do Deus Todo Poderoso. É de esperar, portanto, que a comunhão com Roma seja, não apenas a principal catalisadora no declínio de qualquer nação cristã, como a responsável pelo pecado maior, pelo qual Deus tem julgado todas as nações.
O falecido J. C. Philpot, escrevendo em 1869, anotou de quantas maneiras o papismo estava avançando e se infiltrando sutilmente em cada segmento da vida e da legislação, atacando o grande exército protestante dos corações e mãos ingleses, os quais tinham conservado à distância as forças papistas, desde a Reforma Protestante. Ele nos admoestou solenemente contra a volta a um tempo em que “Roma deveria ser dominadora, sem ser universal, segurando as rédeas da Igreja e do Estado, sem permear toda a massa; aceitando a submissão e aquiescência, sem insistir no juramento de lealdade e conversão” (“The Advance of Popery in This Country”, Londres, reeditado em 1965, p. 34).
E como foi exata essa profecia para a situação dos dias atuais, quando o papismo, através do Movimento Ecumênico, ofuscou a visão do povo e obteve o controle de tantas denominações protestantes nominais, tendo conseguido subvertê-las e dobrá-las à sua vontade, sem exigir conversões forçadas, como o fazia antigamente [No Livro “O Holocausto do Vaticano”, de Avro Manhattan, vemos como a ICR obrigou mais de um milhão de sérvios ortodoxos a se converterem, eliminando sadicamente os que não se submetiam às suas ordens, através do monstruoso Ante Pavelic e sua Ustashi, abençoados pelo Cardeal Aluísio Stepinac, sob a visão complacente de Pio XII. Stepinac foi recentemente canonizado pelo papa JP2].
Um dos exemplos mais chocantes de apostasia é o desvio da Federação Luterana Mundial do princípio fundamental da Reforma, que trata da “justificação exclusivamente através da fé no sacrifício vicário de Cristo”, ilustrando como o Vaticano pode “integrar as igrejas protestantes na estrutura da hierarquia da ICR”. [Esta foi a frase: “Die Integration auch der Evanglischen Amtsträger in das Gefüge der Römisch-Katolischen Hierarchie) usada por 150 acadêmicos alemães em sua declaração à Imprensa, em fevereiro de 1998, protestando contra a proposta assinatura de uma Declaração Conjunta pela Federação Luterana Mundial]. Essa hierarquia anulava as maldições (anátemas) contra os luteranos, mantendo, contudo, a sua condenação a Martinho Lutero.
Não precisamos descrever aqui os detalhes dos avanços feitos, até hoje, pelo papismo, neste país. A sua infernal e constante ubiqüidade tem se tornado evidente na política, na legislação, na mídia, nos negócios, no crime organizado, no ritualismo ascendente, na apostasia de nossas igrejas e, acima de tudo, no ataque atual contra a Constituição Protestante da Grã Bretanha [a fim de criar uma lei que possibilite a ascensão de um rei católico ao trono britânico].
A volta do pecado nacional no Reino Unido – Se os sucessivos governos de Sua Majestade têm executado justiça e misericórdia, conforme as leis de Deus, ou se eles têm legislado em oposição a essas leis e, portanto, desafiando-as, podemos deduzir ao comparamos a legislação encontrada nos Livros Estatutos da Grã Bretanha de hoje com os da legislação divina ainda hoje anexados ao Livro Estatuto do Reino.
Eles têm quebrado o mandamento divino: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3) e concedido igualdade de direitos a todas as religiões pagãs. O Príncipe Charles declarou-se “defensor de todas as fés” (plural). O líder do Partido Nacional Escocês (SNP), Alex Salmond, diz que o novo Parlamento Escocês deveria ter uma aproximação multi-fé de adoração, acomodando a adoração e orações diárias de modo a refletirem todas as religiões.
Eles têm instituído as gravuras e imagens do papismo em nossas igrejas e tolerado, apaziguado e abraçado a idolatria de Roma.
Eles têm permitido que a mídia se torne um poço de maldição e blasfêmia contra o Nome de Deus.
Eles têm legislado no sentido de profanar o dia de descanso, permitindo que funcionem as lojas e negócios aos domingos, esquecendo o mandamento divino de guardar a Dia do Senhor.
Eles têm libertado os matadores, assassinos e terroristas, em vez de enforcá-los, legalizando a matança de fetos no ventre materno, em maior número do que o de judeus assassinados pelos nazistas.
Eles têm aprovado leis que promovem o adultério de todas as formas; têm legalizado a prostituição e poluído as nossas cidades com lojas de sexo.
Eles têm roubado o pobre e o necessitado em favor dos ricos e furtado os bens do povo, a fim de desviá-los em pagamento aos cofres da União Européia, com o pleno conhecimento de que estão, progressivamente, solapando a soberania britânica.
Eles têm alimentado uma raça de políticos arrogantes, incompetentes e não patriotas, os quais têm voluntária e deliberadamente mentido através de palavras ao povo britânico, a fim de proteger os seus próprios interesses e os seus traiçoeiros objetivos. Observem as inúteis promessas feitas pelo Sr. Blair à Irlanda do Norte, no último Referendum.
Eles têm formalizado a ambição de riquezas ao promover o jogo, em escala jamais vista, através da Loteria Nacional, minando, assim, a ética protestante do trabalho, a qual fez com que esta se tornasse uma grande nação.
Uma promessa e uma admoestação – Lembremo-nos aqui da promessa que Deus fez em Josué 1:8: “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido”.
Deuteronômio 28 e a parte final do Salmo 144 – “Bem-aventurado é o povo cujo Deus é o Senhor” – mencionam algumas promessas específicas de bênçãos concedidas às nações que guardam os estatutos divinos. Estas incluem: estabilidade social; prosperidade econômica na produção artesanal, no comércio e na agricultura; uma saudável e forte base familiar, com filhos nos quais se deleitarão os pais; ausência de criminalidade; presença da justiça e força nos assuntos exteriores.
Contudo, na parte final de Deuteronômio, vemos também as conseqüências para uma nação que se rebela contra os estatutos divinos: maldição em cada um dos itens acima.
Hoje em dia a Grã Bretanha está inserida nesse contexto de maldição divina por causa de sua rebelião contra as leis de Deus, as quais continuam anexadas ao Livro de Estatuto do Reino. A injustiça é rompante; a prosperidade econômica se esvaindo; os estaleiros, antes tão poderosos, tornando-se progressivamente inativos; suas fábricas fechando; sua agricultura devastada por pragas, suas indústrias de pesca subservientes à União Européia; seu Parlamento tendo se tornado apenas uma glorificada legislatura provincial da União Européia; seus filhos em rebelião contra os pais; sua juventude imersa nas drogas e no álcool; as estatísticas de criminalidade piorando ano após ano, com a verdade e a justiça entregues em suas mãos; sua influência nos assuntos mundiais diminuindo, como jamais havia acontecido antes.
Deus não se vingaria de uma nação como esta? – Quando as nações se afastam de Deus, Ele as convoca ao arrependimento. Quando Israel e Judá se entregaram à idolatria de Samaria, o Senhor testemunhou contra elas, conforme lemos no 2º Reis 17:13: “E o SENHOR advertiu a Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos, e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei pelo ministério de meus servos, os profetas”.
No 2º Reis 17:18-20, lemos: “Portanto o SENHOR muito se indignou contra Israel, e os tirou de diante da sua face; nada mais ficou, senão somente a tribo de Judá. Até Judá não guardou os mandamentos do SENHOR seu Deus; antes andaram nos estatutos de Israel, que eles fizeram. Por isso o SENHOR rejeitou a toda a descendência de Israel, e os oprimiu, e os deu nas mãos dos despojadores, até que os expulsou da sua presença”.
O castigo ao povo britânico veio em razão do pecado nacional e dos pecados dos seus líderes religiosos e políticos. Mesmo assim, como na antiga Israel, eles, obstinadamente, se recusam arrepender-se. Por isso a sentença já está escrita na parede, conforme Isaías 10:1, “Ai dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que prescrevem opressão”.
No início de abril 2001, o Dr. Paisley apressou o Tony Blair a convocar a Rainha para um dia de oração de arrependimento e livramento, nessa crise que o povo britânico está atravessando. Contudo, o arrogante cortejador do Vaticano – Tony Blair – não é como Churchill e a reação do Parlamento – com sorrisos de escárnio – demonstrou a medida da gravidade do afastamento de Deus da parte desta nação.
Deixem-me dizer ao Sr. Blair e aos dúbios ecumenistas que estão sepultando este país novamente no pântano do romanismo: “De Deus não se zomba” (Gálatas 6:7). Se esse Parlamento, essa nação e esse povo não se arrependerem e abandonarem a sua perversidade, as conseqüências serão de proporções medievais. A Grã Bretanha, antes escolhida para levar a Bíblia às mais longínquas partes da terra, e abençoada através da história acima de todas as nações, terá de se arrepender mais do que todas as nações do mundo, diante de Deus. A Bíblia está repleta de exemplos de pragas enviadas por Deus como castigo dos pecados nacionais. Esse país deveria ser mais cauteloso!
Toda Europa está caindo nas garras do Vaticano… Infelizmente