“Apoiando-se” em Jo 17.16; Mt 4.8,9; 1 Jo 2.15 e outros textos bíblicos, as TJ defendem a neutralidade dos cristãos quanto à política. As TJ não votam (vão às urnas, mas anulam seus votos) e nem se candidatam a cargos governamentais, como Deputado, Senador, Prefeito, Vereador, Presidente da República etc.
Devido ao grande número de políticos corruptos, a neutralidade das TJ tem seus defensores até entre nós, os evangélicos. Mas esse radicalismo, fundado numa generalização injusta, não tem respaldo bíblico. Atentemos para o fato de que a corrupção não está na política, mas tão-somente em grande parte dos políticos.
Satanás disse que os reinos do mundo são dele e que ele os dá a quem ele quer (Mt 4.8,9). As TJ concluíram então que política é coisa do diabo. Porém, à luz de Dn 4.17 e 25, os reinos do mundo são dos homens e não de Satanás. Além disso, é Deus quem os dá a quem Ele quer, e não Satanás. Logo, o diabo mentiu e as TJ estão pregando uma inverdade fundada na palavra do pai da mentira (Jo 8.44).
Gn 41.38-50 diz que José era o vice-rei do Egito. E o livro de Daniel informa que Daniel, Misael, Ananias e Azarias eram fervorosos servos de Deus e, ao mesmo tempo, homens de confiança do Império Babilônico.
A abstenção política das TJ é tal, que recusam a cantar Hinos Nacionais de quaisquer países. Contudo, em se tratando do Hino Nacional Brasileiro, elas têm um “álibi” a mais, a saber, a letra do nosso belo Hino diz que o Brasil é pátria idolatrada e terra adorada. Todavia, podemos continuar cantando o nosso Hino sem qualquer peso de consciência, pois o verbo “adorar” e o vocábulo “ídolo”, não significam somente cultuar à Divindade, e falso deus, respectivamente. Esta, por extensão passou a significar “pessoa ou coisa a que se ama apaixonadamente”; e aquela, “gostar exageradamente”.Ora, ninguém peca por dizer que adora pêra, já que dentro desta frase, o verbo adorar significa “gostar muito”, e não “cultuar”.
As TJ não são tão neutras sobre política como pensam, já que elas também pagam impostos. Ora, pagar impostos seria custear o Império das Trevas, se os reinos do mundo, ao invés de serem dos homens e sob o controle de Deus, fossem do diabo, como este disse e as TJ crêem. Certamente, se fosse possível viver neste mundo sem pagar imposto, as TJ já teriam inventado que quem paga imposto está contribuindo para Satanás. Todavia, elas agem como se pressão de fora, mais aceitação de dentro, fossem iguais a “a Bíblia não proíbe”.
As TJ têm ainda aversão às bandeiras nacionais. Saudar a Bandeira Nacional é, na ótica delas, uma espécie de devoção que caracteriza idolatria.
A postura intransigente das TJ sobre bandeiras, hinos nacionais ou quaisquer outros envolvimentos políticos, está documentada, entre outros, nos seguintes livros: Raciocínios à Base das Escrituras, páginas 264-266; Conhecimento Que Conduz à Vida Eterna, página 123, parágrafo 14; e Revelação__Seu Grandioso Clímax Está Próximo, página 43.
Na revista The Watchtower de 15/05/1917, página 150, o encontramos uma pronunciação favorável ao uso de bandeiras nacionais. Deste fato deve nascer a seguinte pergunta: Eles estavam errados e agora estão certos, ou estavam certos, e agora estão errados? Estude a Bíblia e tire sua própria conclusão. Não se guie cegamente pelos líderes das TJ, já que a volubilidade que os caracteriza prova que eles não são infalíveis e donos da verdade. Ora, a cega e incondicional obediência que eles exigem de seus liderados (veremos isso no capítulo 18, intitulado Sobre o Escravo Fiel e Discreto) só faria sentido se eles fossem inerrantes.
Extraído do livro “Testemunhas de Jeová: Que Seita é Essa?”, PASTOR JOEL SANTANA