As fontes de autoridade do mormonismo

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A Bíblia Sagrada

Os mórmons continuam mantendo a Bíblia como uma de suas obras padrão. Esta é a declaração deles sobre ela: “Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja correta a sua tradução” (Regra de Fé n° 8). Em outras palavras, quando a Bíblia concorda com o mormonismo, ela está corretamente traduzida. Quando ela não concorda, sua tradução não está correta (1Néfi 13:26; 2Néfi 29:6-10; Contradições LM. 40).

Aqui no Brasil a Igreja dos Santos dos Últimos Dias (SUD) adota a versão revista e corrigida, traduzida por João Ferreira de Almeida. Os mórmons frequentemente usam e citam a Bíblia (muitas vezes fora de contexto).

 

A Credibilidade da Bíblia

Os mórmons consideram a Bíblia falível de várias maneiras:

  1. a) Incorretamente traduzida através dos séculos, portanto, corrompida;
  2. b) Muitas coisas claras e preciosas foram removidas (INéfi 13:26,28), tais como o Livro de Jaser (Js. 10:13), Crônicas de Natã, de Gade (ICr. 29:29) e outros;
  3. c) A Bíblia não é clara e pode ser interpretada de muitas diferentes maneiras.

É válido o argumento que a Bíblia contém muitas contradições?

  1. a) Existem mais de 5.000 manuscritos e pedaços de manuscritos da Palavra de Deus, praticamente por toda a Europa e Ásia, não sendo necessário, portanto, depender da tradução de um só manuscrito. Algo relevante é a exatidão que eles possuem. A veracidade da Bíblia Sagrada é comprovada pelas evidências internas e externas, como da Arqueologia.
  2. b) Algumas passagens da Bíblia, à primeira vista, parecem contraditórias, porém uma verificação mais cuidadosa revelará que isto não é verdade. Algumas dificuldades na Bíblia surgem devido ao nosso conhecimento limitado, sobre certas circunstâncias da época, mas não necessariamente por erros.
  3. c) Compare, por exemplo, a narração da conversão de Paulo em Atos 9:7 com Atos 22:9. Em Atos 9:7 está escrito: “E os varões que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz , mas não vendo ninguém”. Em Atos 22:9: “E os que estavam comigo viram, em verdade, a luz, e se atemorizaram muito; mas não ouviram a voz daquele que falava comigo”.
  4. F. Arndt, autoridade na língua grega do Novo Testamento, explica: “A construção do verbo ouvir (akouo) não é a mesma nas duas passagens. Em Atos 9:7 ela é usada com o genitivo, e em Atos 22:9, com o acusativo. A construção com o genitivo simplesmente indica que algum som chegou ao ouvido, sem indicar que a pessoa entendeu ou não o que ouviu. A construção com o acusativo, entretanto, descreve uma audição que inclui uma compreensão mental da mensagem falada. Atos 22:9 não nega que os companheiros de Paulo ouviram certos sons; simplesmente declara que eles não ouviram de maneira que pudessem entender o que fora dito” (Does the Bible Contradict Itself, pp. 13-14).
  5. d) Com o avanço dos estudos históricos e arqueológicos, nova luz vai sendo derramada sobre textos difíceis e muitos dos chamados “erros” vão desaparecendo com os novos entendimentos. Para maiores detalhes leia Merece Confiança O Novo Testamento? por F.F. Bruce (Edições Vida Nova).

 

JSJ chegou a produzir a “Versão Inspirada da Bíblia”:

  1. Ele deixou 90% do texto como estava;
  2. Ele acrescentou e omitiu muitas coisas. Deixou de fora, por exemplo, Cantares de Salomão;
  3. Esta versão não é muito usada, e não tem sido traduzida em outras línguas;
  4. Não acrescentou os livros omitidos pela Bíblia.

 

O Livro de Mórmon

A Igreja Mórmon não somente coloca sua fé na confiabilidade de Joseph Smith Jr. como profeta, mas também no Livro de Mórmon, que afirma ser “Um outro Testamento de Jesus Cristo” (veja 2Co.1:4) superior à Bíblia. O Livro de Mórmon é na verdade um livro estranho, do ponto de vista da teologia bíblica, da história e da ciência, principalmente da ciência arqueológica. Apesar de ser considerado pelos mórmons como o mais correto dos livros, ele já passou por mais de quatro mil mudanças no texto em inglês.

O Livro narra a estória de dois grupos principais: Jareditas e Nefitas. Os Jareditas, refugiados da torre de Babel, migraram para a América Central, até serem varridos por conflitos internos. Um sobrevivente, o profeta Éter, escreveu a estória dos Jareditas em 24 placas metálicas.

Cerca de 600 AC, as duas famílias de Lehi e Ismael deixaram Jerusalém, atravessaram o Oceano Pacífico e desembarcaram na América do Sul. Dois filhos de Lehi, Lama e Néfi, iniciaram uma rixa e o povo se dividiu em dois batalhões de guerra – os lamanitas e os nefitas. Os lamanitas foram amaldiçoados por Deus por serem desobedientes. Parte da maldição incluía a pele escura, o que supostamente é a origem do índio americano (ameríndio).

Logo depois de sua morte na cruz, Jesus Cristo veio à América para transmitir seus ensinamentos. Tanto os nefitas como os lamanitas se converteram. Depois de uns 200 anos veio a apostasia. Mais tarde, os nefitas foram todos mortos, e os lamanitas ficaram no controle da terra. Colombo os encontrou quando ali chegou em 1492. O comandante dos nefitas era o profeta e sacerdote chamado Mórmon. Foi ele quem escreveu a maior parte da estória de seu povo em placas de ouro e Morôni as escondeu no monte Cumora. Cerca de 1400 anos mais tarde, Moroni apareceu a Joseph Smith Jr. na forma de um anjo e revelou-lhe o lugar em que elas estavam enterradas.

Floyd C. McElveen afirma: “Na pesquisa que fiz sobre o mormonismo, não encontrei um único arqueólogo não-mórmon que desse crédito à história do Livro de Mórmon. Nenhum deles o usa como um guia para pesquisa arqueológica na América do Sul ou na América Central” (A Ilusão Mórmon, Ed.Vida, p.7 2). Os apologistas mórmons permanecem frustrados, diante da falta de evidências científicas, que venham a comprovar o Livro de Mórmon.

A lista a seguir foi publicada no livreto Archeology and the Book of Mórmon, escrito por Hal Hougey, p. 12:

  1. Nenhuma cidade do Livro de Mórmon tem sido localizada.
  2. Nenhum nome do Livro de Mórmon tem sido encontrado nas inscrições do Novo Mundo.
  3. Nenhuma inscrição genuína em hebraico tem sido encontrada.
  4. Nenhuma inscrição em egípcio, ou qualquer coisa semelhante ao egípcio, que poderia corresponder ao “Egípcio Reformado” de Joseph Smith, tem sido encontrada.
  5. Nenhuma cópia antiga das escrituras do Livro de Mórmon tem sido encontrada.
  6. Não há nenhuma inscrição de qualquer espécie que indique que os antigos habitantes tinham crenças hebraicas ou cristãs — todas eram pagãs.
  7. Nenhuma menção de pessoas, nações, ou lugares do Livro de Mórmon tem sido encontrada.
  8. Nenhum artefato de qualquer espécie que demonstre que o Livro de Mórmon é verdadeiro tem sido encontrado.
  9. O mormonismo afirma que o índio americano é de origem hebraica. A ciência, porém, afirma o contrário, declarando que o índio americano é de origem mongolóide.

 

A experiência do “ardor no peito”

Desde que o mormonismo não passa no teste de uma análise objetiva, os mórmons se valem de uma experiência subjetiva chamada de “ardor no peito” para provar a veracidade do Livro de Mórmon (Morôni 10.4,5; D&C 9.8).

Desde que o mormonismo não passa no teste e das verificações objetivas, os mórmons se valem de uma experiência subjetiva chamada de “ardor no peito”, para provar a veracidade do Livro de Mórmon.

A Igreja Mórmon instrui a pessoa a orar com fé e sinceridade e perguntar a Deus se o Livro de Mórmon é verdadeiro ou não. Se alguém orar com sinceridade, sentirá um “ardor no peito”. Note que aquele que não recebe essa manifestação, não tem outra alternativa a não ser passar por insincero.

Os cristãos não devem orar por coisas lógicas. Se foi Deus quem escreveu a Bíblia, não preciso perguntar a Ele se foi Ele mesmo. Se foi Deus quem escreveu o Livro de Mórmon, não preciso perguntar a Ele se foi Ele mesmo. O mesmo poderia ser dito do Corão, do Princípio Divino de Rev. Moon e outros. Não faz nenhum sentido orar perguntando a Deus se é da vontade Dele que você testifique de Jesus, quando Ele já ordenou isto claramente na Bíblia (Mt.28:19; Mc.16:15).

O Livro de Mórmon é um livro desacreditado por causa dos seus muitos erros. Não pode, de maneira alguma, ter tido sua origem em Deus, porque Deus não vive errando, e não será uma experiência subjetiva de “ardor no peito” que vai provar o contrário. O Cristianismo não é uma fé cega, baseada somente nos sentimentos ou emoções, mas também em fatos que podem ser analisados objetivamente.

Mormonismo declara que a própria Bíblia profetizou o Livro de Mórmon. Eles se baseiam em Ez.37:17, afirmando que a “Vara de José” é o Livro de Mórmon, e que a “vara de Judá” é a Bíblia. Entretanto, o contexto desta passagem fala do reino de Israel que estava dividido, e que Deus uniria outra vez a nação judaica. Nada tem a ver com o Livro de Mórmon. Se o texto estivesse falando de livros (Bíblia e Livro de Mórmon), não seria usada a palavra “vara”, mas sim “rolo”.

 

 “O Livro mais correto da terra”

Dizia Joseph Smith, o tradutor do Livro de Mórmon: “Declarei aos irmãos que o Livro de Mórmon era o livro mais correto de todos na terra e a pedra angular de nossa religião, e que um homem se achegaria mais a Deus seguindo seus preceitos do que os de qualquer outro livro” (Bruce R. McConkie, em A Liahona, jan/84, p.14,15).

“O fato evidente é que a própria salvação está em jogo neste caso. Se o Livro de Mórmon é verdadeiro, trata-se de um livro de escrituras sagradas; se contém o pensamento, a vontade e a voz de Deus para todos os homens; se é um testamento divino do chamado profético de Joseph Smith, então aceitá-lo e crer em sua doutrina significa salvação, e rejeitá-lo, seguir um caminho contrário aos seus ensinamentos é condenação” (Bruce R. McConkie, ibidem, p.121).

“Das duas uma, o Livro de Mórmon é verdadeiro ou falso; veio de Deus ou foi concebido no inferno. Ele próprio declara simplesmente que todos os homens devem aceitá-lo como escritura pura ou perderão a sua alma. Não é nem pode ser outro tratado sobre religião; ou veio dos céus ou do inferno. E está na hora de todos os que buscam a salvação saberem, por s i próprios, se o mesmo é do Senhor ou de Lúcifer” (Bruce McConkie, ibidem, p.123).

Apesar de ser considerado o livro mais correto na terra pelos mórmons, o Livro de Mórmon:

  1. já passou por mais de 4 mil mudanças em palavras, desde que foi editado pela primeira vez em 1830;
  2. Milhares de palavras foram tiradas da Bíblia versão King James (Rei Tiago);
  3. Não existe a tal língua chamada “Egípcio Reformado”;
  4. Não há manuscritos originais, tornando-se impossível qualquer verificação;
  5. Não há nenhum apoio geográfico. Não existe qualquer mapa dos lugares citados.
  6. Não há nenhum apoio arqueológico. O Livro de Mórmon continua desacreditado do ponto de vista da teologia, história, geografia e arqueologia. O Dr. Ross T. Christensen, antropólogo mórmon, declarou: “A afirmação de que o Livro de Mórmon já foi provado pela arqueologia é enganosa” (USA Newletter; n. 64, Provo, Utah, 30/01/1960).
  7. Brigham H. Roberts, um apologista e autoridade mórmon, declarou num manuscrito de 1922, que Joseph Smith poderia muito bem ter escrito o Livro de Mórmon por si mesmo. Cópias destes manuscritos estão agora na Universidade de Utah e no Seminário Concórdia, St. Louis.
  8. A conclusão é que o Livro de Mórmon foi escrito para soar ou parecer com a Bíblia.

 

A declaração do Smithsonian Institution:

O Museu Nacional de História Natural, da Smithsonian Institution, de Washington, D.C., nos EUA, tem desmentido qualquer afirmação do mormonismo sobre a veracidade arqueológica do Livro Mórmon, e chegou a publicar uma declaração oficial sobre o assunto:

“O Instituto Smithsonian de Washington pronunciou-se acerca das alegações feitas no Livro de Mórmon, pois muitos SUDs afirmavam que o Instituto usava este livro como base histórica em suas pesquisas.

  1. O Instituto Smithsonian nunca utilizou o Livro de Mórmon como fonte de orientação científica. Os arqueólogos deste instituto não veem nenhuma conexão entre a arqueologia do Novo Mundo e a matéria de que trata o livro.
  2. O tipo físico do índio americano é bastante mongolóide, achando-se bastante relacionado com os povos do centro, leste e noroeste da Ásia. As evidências arqueológicas demonstram que os ancestrais dos índios de hoje chegaram ao Novo Mundo – passando provavelmente por uma faixa de terra, que havia no Estreito de Bering, durante a última Era Glacial – numa contínua série de pequenas migrações, que tiveram início por volta de vinte e cinco a trinta mil anos atrás.
  3. As evidências existentes dão a entender que o primeiro povo a chegar a este continente pelo leste foram os noruegueses, que aportaram na região nordeste da América do Norte por volta do ano 1000 aC. Não existe nada que comprove que eles tenham chegado ao México ou à América Central.
  4. Uma das principais linhas de evidência que embasa os achados científicos que conecta as civilizações [do novo mundo] com as do velho mundo, se é que elas realmente ocorreram, foi de pouquíssimo significado para o desenvolvimento das civilizações indígenas americanas, é o fato de nenhum alimento vegetal ou animal domesticado (exceto pelos cães) ocorreram no novo mundo nos tempos pré-Colombiano. Os índios americanos não tinham trigo, cevada, aveia, painço, arroz, bovinos, porcos, galinhas, cavalos, burros, camelos antes de 1493 (Os camelos e cavalos viveram nas Américas, com os bisões, mamutes e mastodontes, mas todos estes animais foram extintos por volta de 10.000 aC, na época em que os primeiros caçadores se espalharam pelas américas.
  5. Ferro, aço, vidro e seda não eram usados no novo mundo antes de 1492 (exceto por ocasionais usos de ferro não derretido de meteoritos). O cobre nativo era trabalhado em várias localidades na era pré-colombianas, mas a metalurgia verdadeira era limitada ao sudoeste do México e na região andina, onde sua ocorrência no final da era pré-histórica envolvia ouro, prata, cobre e seus similares, mas não ferro.
  6. Há uma possibilidade que a expansão das características culturais do Pacífico para a Mesoamérica e a costa noroeste começou centenas de anos antes da era cristã. Porém, qualquer destes contatos entre os hemisférios parecem ter sido resultado de viagens acidentais que se originaram no leste e sul da Ásia. Não é certo que houve contatos com antigos egípcios, hebreus ou outros povos do Oriente Médio.
  7. Nenhum egiptologista respeitável, nenhum especialista em arqueologia do Velho Mundo, e nenhum perito em pré-história do Velho Mundo, descobriu ou confirmou qualquer relação entre os restos arqueológicos do México e restos arqueológicos no Egito.
  8. Houve vários relatos de textos do Egito antigo, dos hebreus e outros escritos do Velho Mundo na época pré-colombiana em jornais, revistas e livros sensacionalistas. Nenhuma destas alegações resistiu a um rigoroso exame por especialistas. Nunca se encontrou nenhuma inscrição usando formas de escrita do Velho Mundo em qualquer parte da América antes de 1492, com exceção de algumas pedras de runas vikings encontradas na Groenlândia”.

 

Doutrina e Convênios

Este é o segundo livro sagrado dos mórmons. Em novembro de 1831, numa conferência de Elders da Igreja realizada em Hiram, Ohio, foram tomadas resoluções definitivas relacionadas com publicação das novas revelações, recebendo o nome de Book of Commandments (Livro de Mandamentos). Algumas partes deste volume foram publicadas em 1833. Uma publicação ampliada foi finalmente publicada em Kirtland, Ohio, em 1835, sob o título Doutrina e Convênios.

Este livro, portanto, é uma coleção das 138 revelações principais dadas a Joseph Smith, sobre muitos aspectos das doutrinas e práticas da Igreja Mórmon. Contém também muitas aberrações teológicas, que claramente mostram a grande diferença entre o Mormonismo e o Cristianismo Ortodoxo. Diversas seções do livro explicam a organização da Igreja e definem os ofícios do sacerdócio e suas funções (Princípios do Evangelho, p.50,51). Tem ainda duas “Declarações Oficiais” sobre a suspensão da prática de poligamia (nesta vida) e o fim da restrição dos sacerdócios mórmons concedidos aos homens de descendência africana.

Após ser impresso em 1835, este livro passou por muitas mudanças, quando muitas palavras foram acrescentadas e tiradas (cerca de 65 mil mudanças entre o Livro de Mandamentos e Doutrina e Convênios).

 

Pérola de Grande Valor

Este livro contém a terceira revelação extra-bíblica acrescentada ao cânon das escrituras mórmons, sendo encadernado junto com Doutrina e Convênios. Possui quatro elementos: Livro de Moisés, Livro de Abraão, Escritos de Joseph Smith, e Regras de Fé.

O mormonismo diz que o Livro de Abraão foi escrito originalmente pelo Abraão do Antigo Testamento, enquanto ele estava no Egito. Entretanto, quando os eruditos examinaram os papiros deste livro, eles chegaram à conclusão que estes documentos nem de longe poderiam estar relacionados com Abraão. O papiro foi corretamente identificado como um texto funerário pagão conhecido como o “Livro das Respirações”.

 

DECLARAÇÕES OFICIAIS

As declarações oficiais do profeta vivo, e de outras Autoridades Gerais da Igreja SUD, têm a mesma autoridade que as “obras padrão”.

Note que somente o profeta recebe revelação para toda a Igreja.

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