Arábia Saudita persegue cristãos

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Dezenas de cristãos, incluindo mulheres e crianças, foram presos na Arábia Saudita após uma dica dada à força policial islâmica do Estado

A polícia islâmica na Arábia Saudita invadiu uma reunião de oração cristã e prendeu toda a sua congregação, incluindo mulheres e crianças, e confiscou suas bíblias, conforme reportagens.

O ataque foi o mais recente incidente de uma repressão drástica às minorias religiosas na Arábia Saudita realizada pela linha-dura do país executada pela Comissão para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício.

Os 28 cristãos estavam em reunião de adoração na casa de um cidadão indiano na cidade oriental de Khafji, quando a polícia entrou no prédio e os levou presos. Desde então, ninguém mais viu ou soube nada deles, levantando preocupações entre os grupos de direitos humanos sobre onde estão eles.

Nina Shea, diretora do Centro para a Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, com sede em Washington, disse à agência FoxNews.com: “A Arábia Saudita continua a limpeza religiosa, que tem sido sempre a sua política oficial”.

“É o único Estado-Nação no mundo com a política oficial de proibir todas as igrejas”.

“Isso é imposto à força, embora existam mais de dois milhões de trabalhadores estrangeiros cristãos naquele país. As vítimas geralmalmente são pobres, de países asiáticos e africanos que tem governos fracos”.

Ativistas de direitos humanos estão pedindo agora que EUA usem a sua considerável influência na região para ajudar a garantir a libertação dos cristãos encarcerados.

Um porta-voz do governo saudita afirmou não ter conhecimento das prisões, de acordo com a Fox News.

Mas o jornal de língua Inglesa, The Saudi Gazette, bem como várias agências de notícias sauditas de língua árabe, noticiaram sobre as detenções.

O canal de notícias em língua árabe, Akhbar 24, disse que as prisões ocorreram depois que a polícia religiosa do Reino Saudita recebeu uma dica sobre uma igreja que estava sediada numa casa.

A reportagem também informou que “foram encontrados os ‘escritos distorcidos’ da Bíblia e instrumentos musicais, anotando seu encaminhamento para as instituições jurisdicionais”.

Pelo menos 3,5 milhões de cristãos vivem na região do Golfo Árabe, em sua maioria trabalhadores católicos da Índia e das Filipinas.

Na Arábia Saudita, berço do islamismo, é contra a lei os muçulmanos abandonarem a sua fé, uma prática conhecida como apostasia. O proselitismo para outras religiões ou praticá-las abertamente, também é ilegal.

Os juízes têm uma liberdade de ação considerável na forma de interpretar a lei islâmica do código da Sharia do Reino Saudita e não estão limitados por normas de condenação ou de um sistema de precedentes. Tanto a pena capital quanto os castigos corporais são legais.

No ano passado, o rei Abdullah, que tem promovido reformas limitadas desde que chegou ao trono em 2005, abriu um centro para o diálogo religioso, em Viena, Áustria, que atraiu críticas por causa de sua falta de liberdade religiosa da Arábia Saudita. Em 2008, patrocinou uma conferência inter-religiosa na Espanha.

Traduzido por Dionei Vieira do artigo do Mail Daily: Dozens of Christians “including children” arrested in Saudi Arabia

Fonte: www.juliosevero.com

 

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