E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer (Apollymi) no inferno (Geena) a alma e o corpo. Mt 10.28
Apollymi, no Novo Testamento, contudo, nunca significa aniquilamento. Esta palavra nunca significa aniquilar quando é aplicada a outras coisas que não o destino eterno do homem. (1) Às vezes, apollymi simplesmente significa “estar perdido”. A palavra é utilizada nesse sentido nas três parábolas acerca do “perdido”, em Lucas 15 – para designar a ovelha perdida, a moeda perdida e o filho perdido. No caso do filho, sua perdição significava que ele estava perdido para a comunhão do seu pai, uma vez que fora contra o propósito de seu pai. (2) Às vezes, a palavra apollymi pode significar “tornar-se inútil”. Assim, em Mateus 9.17, ela é utilizada para mostrar o que acontece aos odres velhos quando se coloca vinho novo neles: os odres “se rompem” ou ficam inutilizados. (3) Às vezes, apollymi é usado para significar “matar”. Por exemplo, observe-se Mateus 2.13: “porque Herodes há de procurar o menino para o matar (apolesai)”. Mesmo à parte do fato de que a passagem fala acerca da tentativa para matar Jesus, será matar o mesmo que aniquilar? Vimos, em Mateus 10.28, que “aqueles que matam o corpo” “não podem matar a alma” – por causa disso aniquilamento está fora de questão. Além disso, estritamente falando, nem mesmo se aniquila o corpo quando se mata um homem. As partículas de um corpo em decomposição passam para outras formas de matéria.
Tendo observado que apollymi não significa aniquilamento quando utilizado em outras formas, não deveríamos esperar que a palavra significa aniquilamento quando é utilizada para descrever o destino final dos ímpios. Tal mudança abrupta de sentido teria de ser atestada claramente.
Fonte de pesquisa: http://exposicaoteologica.blogspot.com.br/2009/11/punicao-eterna-por-anthony-hoekema.html