Andre de Oliveira: O Cantor Apologético

ENTREVISTA COM O CANTOR ANDRÉ DE OLIVEIRA

“Vivemos hoje no hipermercado da religiosidade e o papel do remido por Jesus é mostrar a superioridade de Cristo em relação aos demais adeptos de seitas.”

André Luiz de Oliveira nasceu em Belo Horizonte (MG), é pastor, cantor e compositor. Antes, contudo, esteve preso pelos grilhões do espiritismo por vastos 25 anos. Seu ministério é inédito, assim como suas canções, cujas letras possuem alto conteúdo crítico e abordam os variados erros e desvios doutrinários que testemunhamos em nossos dias. Essa nova maneira de fazer apologética por meio da música tem abençoado igrejas por todo o Brasil por meio de mensagens e testemunhos. Com certeza, André de Oliveira figura entre os melhores compositores da atualidade no estilo MPB evangélica, além de ser o pioneiro nesta nova modalidade de apologética. O CACP tem a honra de publicar a entrevista que se segue: 

CACP: Fale um pouco sobre você. É verdade que se envolveu com o espiritismo?

André: Sim, nasci em um lar espírita. O nome André Luiz de Oliveira foi me dado devido à influência do espiritismo kardecista. Foram 25 anos dedicados à causa religiosa espírita. Cria piamente na doutrina da reencarnação, na evolução do espírito e que as boas obras eram a chave para a minha “salvação”.

CACP: Como se deu a sua conversão?

André: Ocorreu há 25 anos. É muito difícil explicar a conversão. É uma experiência sui generis. Paulo, por exemplo, caiu em terra em seu encontro inaudito e inusitado com Jesus. No meu caso, lendo as Escrituras, de repente as “escamas” espirituais dos meus olhos caíram e então percebi claramente que todo o invólucro de perfeição apregoado pelo espiritismo estava fundamentado no engodo. Tive meu primeiro contato genuíno com o Evangelho na época que conheci minha primeira esposa (fiquei viúvo). Até então, nunca havia tido qualquer contato.

CACP: Hoje você é conhecido como “o cantor das seitas”. Quando nasceu a ideia de compor músicas com teor apologético? 

André: O primeiro Reverbério nasceu como uma brincadeira despretensiosa. A propósito, o Reverbério é meu alter ego. Nesse ínterim, conheci o pastor Paulo Pimentel, do Ministério CPR, que me apoiou e vem me apoiando ao longo dos anos. Desde então, nasceram mais seis CD’s do Reverbério, todos abordando seitas e fazendo críticas às anomalias evangélicas. Logicamente, tudo à luz da Palavra de Deus.

CACP: Você nos contou que dedica tempo integral ao teu ministério. Fale um pouco sobre o trabalho que realiza. 

André: Venho alertando a Igreja sobre o crescimento do espiritismo no Brasil e prego o Evangelho onde sou convidado. Vivo exclusivamente de meu ministério, da venda dos CD’s e de ofertas voluntárias, visto que não cobro por apresentações e visitas.

CACP: Quantos CD’s você já produziu até hoje e quais músicas as pessoas mais gostam? 

André: Já produzi 15 CD’s e 1 DVD. Meu trabalho é bem eclético. Além da linha do Reverbério, que é humorística, tenho trabalho de blues, forró, mpb, baladas etc. Os mais pedidos são: “Dupla personalidade”; “The gospel”; “Bateram na minha porta” (uma sátira à seita das testemunhas de Jeová); “Anete Silva, a compulsiva”; “Pregação do craque”; “Mensalão”; etc. E nos outros CD’s: “Jesus está aqui” (gravada pela Igreja Batista Getsêmani), “Nabucodonosor” (CD Louvação), “Tá amarrado todo mal” (gravado por Sandrinha e mais 10 intérpretes), e “Tudo Blues” (CD Jesus in Blues).

CACP: Há mais de uma década que a música Gospel brasileira está vivendo um boom. Infelizmente, virou um verdadeiro mercado. Você é fruto desta expansão ou há dificuldades para produzir seu trabalho? 

André: Como meu trabalho é totalmente independente, as dificuldades são imensas. Pago para gravar, criar a arte gráfica e confeccionar o CD. A distribuição é pessoal. Não tenho condições de pagar o valor exigido pelas rádios e meios de comunicação em geral para divulgação do trabalho. Por isso, agradeço a Deus quando encontro pessoas como vocês, que comungam da mesma ideia e oferecem a oportunidade de apresentação.

CACP: Conte-nos um pouco sobre seu primeiro CD Reverbério. O que justificaria este nome? 

André: O primeiro CD foi “Dupla personalidade” e surgiu de uma brincadeira entre um amigo e eu. Logo em seguida, um rapaz da gravadora El Shaday, de Belo Horizonte, teve acesso ao CD e gostou muito; tanto, que mandou produzi-lo. A palavra “reverbério” significa “reprimenda”. Acho que a escolhi mais porque soou bem, e não tanto pelo significado. Mas pegou.

CACP: A música “Elo perdido” é uma crítica ao evolucionismo darwinista e é extremamente engraçada e inteligente. Uma das características de suas canções é o tom humorístico que elas encerram. Isso é uma estratégia, um estilo, ou faz parte de sua personalidade? 

André: Acho que os três (risos).

CACP: O ministério apologético ainda é visto com certa reserva hoje em dia em alguns segmentos evangélicos. Você acha que seu estilo de música ajuda a propagar melhor a mensagem apologética? 

André: Acredito que sim. A música é um veículo poderoso que leva uma mensagem que como poucas consegue alcançar o âmago do ser humano. Haja vista que jingles compostos há 50 anos ainda estão no consciente coletivo da humanidade. Rubens Alves disse certa vez que tem mais medo de quem canta o que pensa do que quem simplesmente fala o que pensa. Isso não nos faz pensar?

CACP: E quanto às seitas? Você já sofreu perseguição por causa das críticas que suas músicas fazem a grupos religiosos não ortodoxos? 

André: Certamente. Sou persona non grata em muito arraial gospel por aí. Os mórmons, por exemplo, ficaram chateados com a música “Santo do último dia”. Há um pastor que me proibiu de me aproximar de qualquer igreja da sua denominação por causa da música “Kit da ilusão”.

CACP: Há algum testemunho que queira nos contar sobre o impacto de sua música na conversão de algum membro de seita? 

André: Já ouvi inúmeros, mas vou citar um exemplo. Num congresso em Serra Negra – SP, um rapaz de um movimento da Nova Era me disse que a música “Léia” foi de grande valia pra ele se firmar na fé cristã. E não apenas membros de seitas, mas também evangélicos que reviram seus conceitos ouvindo as músicas e comparando os ensinamentos com as Escrituras.

CACP: Qual a expectativa de sua parte com relação à parceria firmada com o Ministério Apologético CACP? 

André: Creio que encontrei mais um parceiro para a divulgação não apenas do meu trabalho, mas principalmente da obra que Deus tem me capacitado a fazer.

CACP: Em sua opinião, como as igrejas poderiam utilizar melhor seu trabalho no evangelismo das seitas? 

André: Adquirindo os CD’s, dando-os de presente aos membros das seitas, orando e deixando o demais sob a incumbência do Espírito Santo, pois é Ele quem convence.

CACP: Você aceita convites para cantar em igrejas e eventos? Como é possível contatá-lo? 

André: Prontamente. Basta ligar para (31) 3433-4402/8848-2085 ou escrever para andrereverberio@yahoo.com.br

CACP: Há alguma mensagem que gostaria de deixar aos nossos irmãos internautas sobre a importância do ministério apologético? 

André: Diz a Palavra que o povo de Deus foi destruído por falta de conhecimento (Os 6.3). O apóstolo Paulo, por sua vez, enfatiza que o obreiro tem de manejar bem a Palavra para que não seja envergonhado. Vivemos hoje no hipermercado da religiosidade e o papel do remido por Jesus é mostrar a superioridade de Cristo em relação aos demais adeptos de seitas.

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