Algumas questões sobre a Transfiguração

Temos três concepções dessa passagem de Mateus 17.1-9:

Aqui uns acreditam que foram Moisés e Elias que vieram e outros acreditam que Jesus quem foi ao mundo espiritual, ou seja, uma janela espiritual se abriu e Jesus vai ao mundo espiritual.

O QUE É COMUM EM TODAS AS VISÕES:

Todas as concepções acreditam que a ideia era apontar pra Jesus, sendo que Moisés representaria a Lei e Elias, os profetas. Então, Jesus seria a consumação de tudo, da Lei e dos profetas.

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Algumas reflexões sobre a aparição no Monte da Transfiguração

Comentário: Vejamos: I Co 15.20-23: Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.

Ou seja, a materialidade de Moisés aqui em Mt 17 torna-se totalmente impossível, pois Moisés, caso já tivesse ressurreto, estaria usurpando o lugar de Jesus. O próprio Moisés profetizou que um profeta especial se levantaria (Dt 18.18), ou seja, Ele não poderia ocupar o lugar de Cristo como sendo “as primícias”.

Comentário: Pra não deixar dúvida sobre a realidade existencial a respeito de um espirito – Jesus disse: “Na tua mão entrego meu espirito…” (Jo 19.30). Lucas, ainda em Atos 23, quando Paulo é julgado por uma turba de Fariseus e Saduceus, ele se identifica com os fariseus sobre a questão da crença sobre a vida após a morte e o texto bíblico corrobora: Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e outra coisa. (At 23.8).

O que vemos aqui é claro e Lucas confirma o que os fariseus e Paulo acreditavam, ou seja, o espírito sobrevive à morte do corpo e subsiste num estado imaterial.

J Davis diz o seguinte: “Os fariseus… criam na imortalidade da alma, na ressurreição do corpo e na existência da vida futura…” (Dicionário Bíblico, Davis, Editora Juerp, 15º Edição, pg 222). Corrobora com essa informação o Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo da Editora Vida: “Os Fariseus acreditavam na vida após a morte…” (Pg 158). Ou seja, quando Lucas identifica Paulo com os Fariseus, ele deixa explicito a fé do apóstolo na vida após a morte.

Bem, para um adventista, no caso do Monte da Transfiguração, é muito relevante acreditar na ressurreição de Moisés, não pelo fato dele ter ressuscitado mesmo, mas por causa da profetisa do movimento adventista, a Sr. EG White, que disse categoricamente: “Moisés passou pela morte, mas Cristo desceu e lhe deu vida antes que seu corpo visse a corrupção… e levou-o ao céu…” (Primeiros Escritos, EG White, Editora Casa, Pg 164).

Então, caso um teólogo adventista descubra que Moisés não ressuscitou, ele estaria admitindo que EG White é uma falsa profetisa e, neste caso, a Igreja Adventista do Sétimo dia uma fraude. Por quê? Simplesmente porque o adventismo se alicerça em EG White como a pena inspirada para esses últimos dias.

Comentário: No livro doutrinário “NISTO CREMOS”, p. 457 – 1a edição – CPB e no livro “O Grande Conflito”; EG White, Editora Casa Publicadora, 1981, pág. 539, 540, ambos qualificam o ensino da imortalidade da alma como um grave erro bíblico – uma heresia. Então, quando um adventista chama um evangélico imortalista de irmão é pura balela e não existe verdade nisso. Tanto que escreveram um livreto chamado “Estudando Juntos” aonde ensinam a evangelizar os pecadores e perdidos irmãos evangélicos.

Comentário: Os Adventistas precisam muito da doutrina do sono da alma, pois sem ela a principal doutrina distintiva adventista, a do Juízo Investigativo, cai por terra. Sendo que se cada pessoa ao morrer já tem seu destino traçado e não precisa que  Jesus consulte livros pra ver se elas serão ou não salvas. Então, toda a história da volta de Jesus em 1844, ou melhor, do ano que Jesus teria começado o Juízo Investigativo torna-se inócua…

 

Isso faz, segundo Paulo, os adventistas estarem na mesma categoria de apóstatas como Himineu e Fileto por admitirem a ressurreição eterna de Moisés antes da volta de Jesus (I Co 15.23).

Comentário: A Bíblia Apologética do ICP diz o seguinte – Na ocasião, João Batista já estava morto (Mt 14.1-6). E, segundo os espíritas, João Batista seria a reencarnação de Elias. Todavia, tomando como base o ensino que os espíritas defendem de que o espírito toma a forma da última reencarnação, quem deveria aparecer reencarnado no monte deveria ser João Batista, e não Elias. Diferentemente de João Batista, Elias não morreu, mas foi arrebatado sem provar a morte (2Rs 2.11). De acordo com o ensino espírita (que defende a doutrina reencarnacionista), para que alguém possa reencarnar, é preciso que morra. Elias não morreu, logo ele não podia reencarnar. O assunto tratado durante a aparição de Elias e Moisés no monte da transfiguração era sobre a morte de Jesus, que estava para ocorrer dali a alguns dias (Lc 9.31). Em nenhuma reunião espírita os espíritos abordam a morte de Cristo como um meio de redenção. Ao contrário, negam esse fato. A morte e ressurreição de Cristo constituem a mensagem central do evangelho (1Co 15.1-6).


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