Na entrevista feita ao Profº Leandro Quadros, ele recomenda um conselho bastante salutar aos cristãos verdadeiros – “Portanto, vá a Deus do jeito que você é e priorize o estudo da Palavra”. Pena que o próprio Leandro não segue seu próprio conselho – “… passo a maior parte do tempo estudando, além da Bíblia, os escritos de Ellen White…” (Conf. Revista Adventista, 09/12, págs. 6, 7).
Quero lembrar o leitor que não estamos arvorando isso à toa, pois para um adventista EG White não é apenas uma escritora evangélica que colabora com o conhecimento e crescimento bíblico dos crentes em Jesus, mas na cosmovisão adventista ela é muito mais. Ela é “inspirada e a fonte segura de revelação divina aos adventistas” (Conf. Revista Adventista, 09/12, pg. 12).
Vinicius Mendes, que escreveu o artigo “Visão além do alcance” explicita todo esse pensamento ao orientar os adventistas assim – “O cristão (adventista) deve escavar a Bíblia e o Espírito de Profecia (EG White) em busca de mais conhecimento, a fim de viver à luz da revelação divina (na revelação dada à EG White)… Deus nos fala, em primeiro lugar, por meio de sua palavra revelada, a Bíblia e o Espírito de Profecia (EG White)” (parêntese meu).
O que vemos é que mais uma vez os adventistas arvoram a velha ladainha da inspiração dos Escritos de EG White em pé de igualdade com a Bíblia. Esses mesmos adventistas já foram mais descuidados e disseram com todas as letras o seguinte: “CREMOS QUE:… Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação para os Adventistas do Sétimo Dia … NEGAMOS QUE: A qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas. (Revista Adventista, fev. 1984, pág. 37 – negrito meu).
Sem um pingo de pudor, a própria Sra. White fala de si mesma o seguinte: “Nos tempos antigos, Deus falou aos homens pela boca de seus servos e apóstolos. Nestes dias Ele lhes fala por meio dos TESTEMUNHOS DO SEU ESPÍRITO. Não houve ainda um tempo em que mais seriamente falasse ao seu povo a respeito de sua vontade e da conduta que este deve ter”(Testemunhos Seletos. vol. II. pág. 276, 2ª edição, 1956). O maiúsculo é nosso. Em outro livro ela conclui o seguinte – “…Outra mensagem deveria ser dada à Igreja”. (Livro “O Grande Conflito” – E. G. White – Ed. Condensada – 1992; Ed. Casa Publicadora Brasileira; pág. 253).
Diante desse quadro, e que Leandro Quadros me desculpe, a Igreja Adventista comete o crasso erro das seitas pseudoscrsitãs, acrescentado (ou adicionando) uma doutrina estranha ao conteúdo da Palavra de Deus. Por isso, e para o nosso bem, alertou-nos Paulo: “E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito…” (I Co 4.6) e ainda: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gl 1.8).