DEFINIÇÃO:
Expulsão de forma provocada ou espontânea de um feto antes do sexto mês de gestação, ou seja, antes que ele possa sobreviver fora do organismo materno.
A palavra “aborto” é derivada da palavra latina aboriri que significa “pôr-se o sol”, “desaparecer no horizonte”, e daí morrer, perecer.
O ABORTO É LEGAL, POIS O BEBÊ FAZ PARTE DO CORPO DA MÃE E ELA POSSUI DIREITOS SOBRE O SEU PRÓPRIO CORPO?
Biologicamente, um ser vivo possui apenas um tipo sanguíneo, mas existem inúmeros casos em que o tipo sanguíneo do bebê é diferente do encontrado na mãe. Isto é uma das provas biológicas de que se trata de dois seres distintos. O bebê pode ser de um sexo diferente de sua mãe, ilustrando claramente a independência orgânica entre a mãe e o feto. O mais trágico em tudo isso é observar as mesmas mulheres participarem de passeatas exigindo o fim da violência contra elas em vários níveis, e exigirem a legalização do aborto, que é um ato de violência contra um ser inocente.
O Doutor A.W. Liley, professor e pesquisador de fisiologia fetal em Auckland – Nova Zelândia, conhecido como o pai da medicina fetal, declarou: “O feto não é um vegetal passivo, dependente, como mantinha a tradição […] através da gravidez, é a mãe, e não o feto, que é dependente e passiva” (Os fatos sobre o aborto, pp. 20, 21).
Portanto, defender o aborto com base nesse argumento se mostra completamente frágil e anticientífico.
SE O ABORTO FOSSE LEGALIZADO, NÃO PODERÍAMOS EVITAR A MORTE DE MILHARES DE MULHERES?
Se esse questionamento de fato está voltado para a defesa da vida humana, por que não ser contrário à morte de tantas crianças inocentes em virtude de tal ato violento contra elas? Uma pesquisa realizada na década de 80 aponta para o fato de que o total de mortes de americanos nos maiores conflitos, onde os EUA estiveram envolvidos até a guerra do Vietnã, soma cerca de 1.456.000. Somente entre os anos 1973-1990, cerca de 25.200.000 crianças foram vítimas em todo o mundo desta prática criminosa e cruel. Se desejamos evitar a morte de mulheres ‘inocentes’ com a legalização do aborto, por que não proporcionar á estas crianças genuinamente inocentes o mesmo direito de proteção à vida?
A PRÁTICA DO ABORTO É SEGURA E PRODUZ MENOS COMPLICAÇÕES PARA A MÃE DO QUE O ATO DE DAR À LUZ UM BEBÊ INDESEJADO?
A prática do aborto não é tão segura como pensam algumas mulheres, pois existem várias complicações que podem ocorrer por causa dessa prática. Morte, perfuração do intestino e/ou do útero, ruptura do colo do útero, infertilidade, perfuração da vesícula, embolia pulmonar, depressão, psicose e suicídio – são só alguns dos perigos possíveis decorrentes do aborto. Um estudo realizado pelo Colégio Real de obstetras e Ginecologistas aponta que entre 9% e 59% das mulheres que praticaram aborto adquirem problemas psicológicos permanentes (Os fatos sobre o aborto, p. 46). Também o índice de suicídio é maior entre mulheres que já praticaram aborto.
O EMBRIÃO É APENAS UM “SER EM POTENCIAL”, E NÃO UM SER HUMANO?
Esta distinção existente entre um “ser em potencial” e um ser humano é inconcebível. A própria ciência tem confirmado que a vida humana se inicia na concepção. Podemos detectar o coração da criança batendo quando ela tem pelo menos entre três semanas ou três semanas e meia de vida. A Bíblia demonstra que João Batista se alegrou ainda dentro, do ventre de Isabel, sua mãe (Lc 1.39-44). Também diz que o profeta seria cheio do Espírito Santo desde o ventre materno (Lc 1.15).
Ver também: Salmo 139.13-16.
NA BÍBLIA, A CRIANÇA QUE AINDA ESTÁ NO VENTRE MATERNO É CONSIDERADA INFERIOR, PORQUE EM CASOS DE MORTE ACIDENTAL PROVOCADA, O RESPONSÁVEL PELA MORTE PAGAVA APENAS UMA IDENIZAÇÃO E NÃO SOFRIA A PENA CAPITAL COMO EM OUTROS CASOS DE MORTE? (Êx 21.22)
É bem verdade que o texto de Êxodo 21.22 fala de indenização e não de punição com a pena de morte. Porém, não podemos esquecer que ao invés de inferiorizar a vida do feto humano, este texto estabelece o seu o valor demonstrando, pois mesmo em casos acidentais, onde evidentemente não há intenção de matar, a vida humana exige reparação, por ser santa e inviolável.
SERIA PERMITIDO O ABORTO NO CASO DE DOENÇA CONGÊNITA DO FETO?
O ser humano, mesmo com uma doença congênita, não deixa de ser menos humano do que outro ser que não possui nenhuma anomalia. Deus fez os seres humanos à sua imagem e semelhança (Gn 1.27), e por isso não tolera o homicídio, por ferir a sua imagem no homem que criou (Gn 9.6). É errado não supormos que Deus tenha algum propósito em permitir que nasçam seres humanos com alguma imperfeição. (Jo 9.1)
NÃO SERIA MELHOR UMA MULHER ESTUPRADA ABORTAR UM FETO DO QUE TER UM FILHO INDESEJADO?
O valor da vida de uma criança em formação não repousa sobre o fato de ela ser ou não desejada pelos pais. Se assim fosse, deveríamos concordar com o aborto de uma criança cujos pais não “planejaram” o seu nascimento. Se um homem ou uma mulher dizem não desejar o seu filho que está sendo gerado, isto justificaria o assassinato daquela criança? O valor de uma vida é medido pelo nosso desejo, ou pela vontade de Deus que a criou?
Livro: MANUAL DE RESPOSTAS BÍBLICAS, PAULO SERGIO BATISTA