Nestes dias de tristeza, aonde se pode efetivamente constatar a cegueira e pobreza espiritual na qual o nosso povo em geral vive, convém considerarmos alguns pontos:
Dentro de alguns dias teremos a visita do dirigente da igreja católica, a maior multinacional mundial, onde o “bom” velhinho, que apenas cumpre o seu papel de chefe de estado numa visita diplomática a um país carregado de superstição e idolatria, cujo povo se insere num dos mais fervorosos elementos dos seus recursos humanos.
A meu ver este velhinho e a emoção por ele criada, faz-nos tentados a ter por certa compaixão e simpatia, como se tratasse do nosso avô. Como a igreja declara ser ele o vigário de Cristo, é natural que vejamos a Pessoa divina sob os mesmos moldes: Deus, para a grande maioria das pessoas, não passa de um velhinho simpático, de cabelos e barba brancos, sentado numa nuvem a observar, complacentemente, as traquinices das suas criaturas. Não se pode zangar, irar, castigar. Apenas deve abençoar, compreender, discursar consoante a diplomacia o exija.
Pode sempre fazer como os imperadores romanos, se não os podes vencer junta-te a eles, cristianiza os hábitos pagãos. Como a igreja evangélica no seu pior… Cristianiza o pecado: pornô cristão, bares cristãos, cristãos carnais, raves cristãs. Empregando o pragmatismo no seu pior, tudo serve para “converter” pessoas. Temos que mostrar números, temos que mostrar serviço.
A visita deste chefe de estado/igreja católica romana só revela uma coisa, a este pobre país mergulhado num obscurantismo espiritual imenso, apenas urge uma PREGAÇÃO precisa e concisa, direta e concreta. Não necessitamos de rock cristão, de shows cristãos, de bares cristãos, de manifestações cristãs nem de empreendimentos cristãos. Apenas da boa e velha pregação acompanhada pelo poder do Espírito Santo.