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A propósito do livro “Irmãos de Jesus e filhos de Maria”, de autoria do Pe. Paulo Horneaux de Moura Filho onde ele defende a posição Católica a respeito da Mãe de Jesus, resolvi escrever este livro, mostrando a concepção bíblica quanto a Maria.
Se você, leitor, for um Católico, gostaria que lesse o livro até o fim, principalmente se você conhece o trabalho do Pe. Paulo, pois assim poderá fazer um julgamento mais profundo, conhecendo “os dois lados da moeda”.
Uma certa vez ouvi um adágio mais ou menos assim: “em toda discussão existe sempre a sua versão, a versão do outro e a verdade.” Por isso animo-o tentar descobrir a verdade. Até porque, se a posição protestante-evangélica for a errada, você terá mais segurança no que crê.
Ao final do livro coloquei um apêndice com todos os versículos bíblicos importantes, para, caso você não esteja com uma Bíblia em mãos, possa consultar a referência sem maiores dificuldades. Lembre-se, devemos sempre fazer como os cristãos de Beréia em At 17.10-11 “E logo, de noite, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia; tendo eles ali chegado, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim (grifo acresc.).
Em nenhum momento meu desejo é ofender a fé de ninguém. Procurei ser o mais simples possível e, se em algum momento uma palavra do livro lhe parecer rude, por favor queira me perdoar.
Que Deus possa nos abençoar e que a cada dia “conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra.” – Os 6.3.
O que é Deus
Pode parecer estranho dizer o que é Deus ao invés de quem é Deus, mas é isso mesmo que precisamos saber antes de mais nada.
Nós, cristãos evangélicos e católicos, acreditamos na Trindade, ou seja, na Pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo como sendo o nosso Deus. Mas este fato tem sido ponto de muita polêmica e confusão pelo mau entendimento que se tem, por parte de alguns, acerca da Trindade.
Não é fácil de explicar, muito menos de entender quando a Bíblia fala que há um só Deus ( Dt 6.4; I Tm 2.5a, Rm 3.30, I Co 8.6, Ef 4.6.) e nós dizemos que eles são três.
Como explicar que há um só Deus em três pessoas distintas, Pai Filho e Espirito Santo.
Vamos aprender, primeiramente o que é uma pessoa e depois o que é uma pessoa divina. Ai então aprenderemos que a Trindade não é nenhum absurdo.
O que é uma pessoa ? Uma árvore é uma pessoa ? Um cachorro é uma pessoa ?
Deus é uma pessoa ? E os homens, são pessoas ? Qual a diferença entre uma pessoa e uma “não-pessoa” ?
Todos estes acima são seres. Temos aí ser humano, ser divino, ser animal e ser vegetal. Para que um ser seja considerado pessoa ele tem que reunir ao mesmo tempo três características: sentimento, vontade (volição) e intelecto.
A árvore, todos concordam, pode até possuir sentimento, mas com certeza não possui intelecto nem vontade. O cachorro possui sentimento e vontade, mas não intelecto.
Veja, não faça confusão entre instinto e intelecto. Se os animais tivessem intelecto eles seriam capazes de aprender matemática, por exemplo.
Sobraram dois seres para serem analisados: Deus e os homens. Quanto aos homens nenhuma dúvida. Você, e todos nós possuímos as três características, mas e Deus ?
Para não ser muito extenso, concluo que todos os leitores não tenham dúvida quanto a personalidade do Pai. Ele tem intelecto, sentimento e vontade. O mesmo se pode dizer de Jesus, que viveu na terra como um homem comum, por isso possui os três atributos de pessoas. Fica um pouco de dúvida em relação ao Espírito Santo, porém vejamos:
Intelecto: I Co 2.10-11, Jo 14.26
Sentimento: Ef 4.30
Vontade: I Co 12.11, At 8.29; 13.4
Outra categoria de pessoa é a dos anjos, pois eles também possuem intelecto ( I Pe 1.12 ), sentimento ( Lc 2.13 ) e vontade (Jd 6 ).
Conclusão:
Encontramos três classes de pessoas: pessoa humana; pessoa angelical; pessoa divina. A classe de pessoa humana é formada por cerca de 6 bilhões de seres humanos ( esta é a estimativa da população da terra hoje ). A classe de pessoa angelical é formada por “miríades de anjos” ( Hb 12.22 ) Veja ainda Ap 5.11 “E olhei, e vi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; e o número deles era miríades de miríades; e o número deles era miríades de miríades e milhares de milhares”. No entanto, a classe de pessoa divina é formada por três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Agora poderemos esclarecer ainda outro detalhe: a questão da divindade. Seriam três deuses, já que provamos serem três pessoas distintas ? As características para uma pessoa ser considerada divina são: Onisciência ( ter todo o conhecimento, do passado, presente e futuro), Onipresença ( estar presente em todo lugar ao mesmo tempo ) e Onipotência ( possuir todo o poder ) e ainda a Eternidade (nunca ter tido princípio nem terá fim ). Mais uma vez, para não ser extenso, não vamos detalhar sobre a pessoa do Pai. Vamos nos deter na pessoa do Filho e do Espírito.
Com isso chegamos finalmente à conclusão final: o Deus dos cristãos é formado por três pessoas divinas. Esta conclusão é importante pois somente estas três são divinos. Ninguém mais é.
A despeito de serem três pessoas, não são três deuses. A dificuldade está no fato de, talvez, usarmos a palavra Deus quando nos referimos ao Pai e também quando nos referimos às pessoas da Trindade. Mas quando olhamos para exemplos humanos, o entendimento fica mais fácil.
Quantos governos de nível federal o país tem? Apenas um. O Brasil só tem um governo federal, no entanto ele é formado por vários homens. Um presidente, vários ministros, etc. Entretanto, é comum nos referirmos ao presidente como o governo. Ex.: O governo está aumentando impostos. Quando vemos um casal e seus filhos ( um ou mais ) dizemos que eles são uma família, a despeito de serem, no mínimo, três pessoas diferentes.
A natureza nos fornece um exemplo bastante claro. A água, formada pelos elementos químicos hidrogênio e oxigênio ( H2O ) se apresenta em três estados: líquido, gasoso e sólido. A essência é única, mas podemos ver três estados distintos. Por último, a palavra pai se refere ao homem que tem filhos. Mas a palavra pais, tanto pode ser o plural de pai como estar se referindo ao homem e a mulher que tiveram um filho.
Quando dirijo ao Pai com a palavra Deus, é como se estivesse falando do meu pai.
Quando me dirijo à Trindade, ou a uma das outras duas pessoas dela, seria como se eu falasse: meus pais são uma bênção ( ou seja, minha mãe e meu pai juntos ).Idolatria
A definição mais singela para idolatria é: colocar no lugar de Deus qualquer outra coisa.
Acredito que não há um só cristão que não concorde com esta afirmativa e é aqui que começa a diferença entre os católicos e protestantes. Os católicos se ofendem quando são chamados de idólatras, e se defendem com muitos argumentos, mas também não se pode negar que existe uma espécie de idolatria secularizada entre muitos evangélicos. Dizer que todos os católicos são idólatras é generalizar, bem como dizer que nenhum evangélico não é idólatra.
Como o ponto central deste trabalho é falar sobre a pessoa de Maria, a mãe de Jesus, vamos nos deter a ela, tomando o cuidado de não nos desviarmos para outros assuntos. Por outro lado, a intenção não é ofender nem denegrir o caráter e a pessoa de Maria. Ele é sem dúvida a mais bem aventurada mulher que já passou pela face da terra. Ela deve ser imitada e considerada com mais alta estima , porém, o que passar disso é idolatria.
As Marias
O NT fala de seis Marias: 1- Maria, mãe de Jesus; 2- Maria, mulher de Cléopas; 3- Maria Madalena; 4- Maria de Betânia, irmã de Lázaro e Marta; 5- Maria, mãe de João Marcos, primo de Barnabé; 6- Maria de Roma. Vamos ver o que a Bíblia fala de cada uma delas, começando pelas últimas.
Maria de Roma. Designada “de Roma” pelo simples fato de ser mencionada em Rm. 16.6 como membro da Igreja em Roma, e que tinha servido muito àquela Igreja. Nada mais se diz desta Maria.
Maria, mãe de Marcos, primo de Barnabé. At 12.12 cf Cl 4.10. A única coisa que se pode dizer desta Maria é que ela cedia sua casa para reuniões de oração. Decerto era uma mulher piedosa e muito fiel.
Maria, irmã de Lázaro e Marta. Lc 10.38-42; Jo 11. As referências bíblicas desta Maria são conclusivas, e não há nada que se precise acrescentar. Esta Maria era sem dúvida, uma das mais dedicadas ouvinte de Jesus.
Maria Madalena. Esta foi a mulher de quem Jesus expulsou 7 demônios, Mc 16.9; Lc 8.2. Nascida em Magdala, daí o nome Madalena, estava sempre em companhia das outras duas Marias, a mãe de Jesus e a mulher de Cléopas.
Maria, mulher de Cléopas. Esta é a Maria confundida como sendo irmã da Maria, mãe de Jesus. Jo 19.25. Ela era mãe de Tiago, o menor, e José, Mt 27.56; Mc15.40; Lc 24.10.
Infelizmente, por causa da coincidência de nomes, ficou “fácil” fazer as confusões em relação ao tema. Por isso vamos ter que ver quantos Tiagos e quantos Josés a Bíblia fala. Mas, antes de prosseguir, fica já aqui a primeira pergunta: por que os pais de Maria, mãe de Jesus e Maria, mulher de Cléopas poriam o mesmo nome nas duas filhas, caso elas fossem mesmo irmãs ?
Os Josés
Da mesmas forma como são vários Tiagos, a Bíblia fala de muitos Josés. No NT temos:
1. José, esposo de Maria, Mt 1.16; Lc 3.23.
2. José de Arimatéia, e membro do Sinédrio. Reclamou o corpo de Jesus para sepultá-lo após a sua morte, Mt 27.57-60;Mc 15.43; Lc 23.50-53; Jo 19.38
3. José Justo, também chamado de Barsabás ( filho de Sabás ). Foi um dos indicados para assumir a vaga de Judas Iscariotes, At 1.21-26.
4. José de Antioquia, mais conhecido por Barnabé, amigo íntimo de Paulo, At 4.36.
5. José, irmão de Tiago, filho de Maria, mulher de Cléopas, Mt 27.56; Mc 15.40; Jo 19.25.
6. José, irmão de Jesus e filho de Maria, Mt 13.55.Os Tiagos
O NT nos fala de quatro Tiagos diferentes:
1.Tiago, filho de Zebedeu. Mt 4.21; 10.2; Mc 1.19; 3.17. Foi um dos primeiros discípulos e um dos mais chegados. Era sócio dos irmãos Pedro e André num negócio de pescaria, Lc 5.10 e foi este Tiago que morreu à espada, a mando de Herodes Agripa I, At 12.2.
2. Tiago, filho de Alfeu ( Cléopas ou Cleofas são variações do nome Alfeu ). É o segundo Tiago nas listas dos 12 apóstolos, Mt 10.2-4; Mc 3.16-19; Lc 6.14-16.
3. Tiago, pai ou irmão do apóstolo Judas, não o Iscariotes, Lc 6.16; At 1.13.
4. Tiago, filho de Maria, mãe de Jesus. Mt 13.55-58; Mc 6.3. Tornou-se proeminente líder da Igreja apostólica e escreveu a epístola de Tiago. Gl 1.19 nos diz: “Mas não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor”. Este testemunho de Paulo é importante, pois ele não trata a ninguém mais com esta forma “irmão do Senhor”, além de distinguir este irmão dos demais apóstolos-irmãos
É verdade que a palavra irmão tem vários significados, porém, quando não há pontos em comum, duas pessoas não se consideram irmãs. É possível que eu trate por irmão um estranho pelo simples fato dele torcer pelo mesmo time que eu. Mas, ainda que seja alguém muito chegado, se ele torcer por outro time, eu nunca o tratarei como irmão. É preciso haver algum ponto de identificação.
No texto de Jo 7.1-5, ( “Depois disto andava Jesus pela Galiléia; pois não queria andar pela Judéia, porque os judeus procuravam matá-lo. Ora, estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos. Disseram-lhe, então, seus irmãos: Retira-te daqui e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque ninguém faz coisa alguma em oculto, quando procura ser conhecido. Já que fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo.
Pois nem seus irmãos criam nele” ) ( grifos acrescentados ), é claro quando João reproduz a fala de algumas pessoas, às quais ele chama de irmãos de Jesus. Pelo contexto e pelo modo de falar destes, o único sentido da palavra irmão é que só podiam ser irmãos de Jesus no sentido de serem filhos de mesmos pais.
É preciso analisar cuidadosamente o modo de falar: “teus discípulos vejam…” Esses que falavam com Jesus parece que não eram seguidores do Mestre; não se identificavam com ele. Portanto a palavra irmãos, neste texto pede um único significado: irmãos, filhos de mesmos pais.
Vejamos mais um texto, At 1.12-14 – “Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, que está perto de Jerusalém, à distância da jornada de um sábado. E, entrando, subiram ao cenáculo, onde permaneciam Pedro e João, Tiago e André, Felipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão o Zelote, e Judas, filho de Tiago.
Todos estes perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele” ( grifos acrescentados ).
Aqui o evangelista Lucas faz questão de distinguir as demais mulheres de Maria; os apóstolos dos irmãos de Jesus. Se Lucas não tivesse se referindo ao sentido de irmãos como filhos de mesmos pais, por que esta forma de escrever? Devemos levar em consideração que Lucas já tinha em mente as diferenças de sentido da palavra irmãos, pois ele mesmo escreveu as palavras de Jesus em seu Evangelho, capítulo 8.19-21 “Ele, porém, lhes respondeu: Minha mãe e meus irmãos são estes que ouvem a palavra de Deus e a observam”.Maria, Mãe de Jesus
Como já disse anteriormente, a maioria dos evangélicos têm Maria na mais alta estima, considerando-a a mais bem aventurada de todas as mulheres. A diferença é que nós não a adoramos como sendo aquilo que ela não é.
Infelizmente alguns evangélicos mais eloqüentes acabam exacerbando o tema e assim ofendendo a fé Católica. Não é este o objetivo deste trabalho. A bem da verdade muitos evangélicos partem para outro extremo, banalizando a pessoa de Maria.
Vamos ver o que Jesus falava de sua mãe.
Mt 12.46-50 “Enquanto ele ainda falava às multidões, estavam do lado de fora sua mãe e seus irmãos, procurando falar-lhe. Disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, e procuram falar contigo. Ele, porém, respondeu ao que lhe falava: Quem é minha mãe? e quem são meus irmãos ? E, estendendo a mão para os seus discípulos disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Pois qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe”.
Mc 3.31-35 “Chegaram então sua mãe e seus irmãos e, ficando da parte de fora, mandaram chamá-lo. E a multidão estava sentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te procuram. Respondeu-lhes Jesus, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos! E olhando em redor para os que estavam sentados à roda de si, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos! Pois aquele que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe”.
Lc 8.19-21 “Vieram, então, ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se dele por causa da multidão. Foi-lhe dito: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora, e querem ver-te. Ele, porém, lhes respondeu: Minha mãe e meus irmãos são estes que ouvem a palavra de Deus e a observam”.
O que vemos nestes textos é a chegada de Maria com seus filhos legítimos tentando falar com Jesus. A tradição Católica afirma que estes eram primos de Jesus, filhos de Maria Cléopas. Já mostramos anteriormente que esta Maria Cléopas não era a irmã de Maria, mãe de Jesus. É importante que para concluir isto você leia todos os textos citados referindo-se aos dois filhos de Cléopas, Tiago e José, para confirmar esta afirmação.
A base para se dizer que eram primos de Jesus está nas últimas palavras de Jesus, quando ele aponta para todos os presentes e diz que todos eram seus irmãos, desde que fizessem a vontade do Pai. Se acompanharmos esta linha de raciocínio, somos obrigados a aplicá-la também a Maria. E o que Jesus diz? Qualquer mulher é igual a Maria, ou se olharmos por outro ponto de vista (perdoe-me, mas não quero ofender ninguém) Jesus rebaixa Maria a uma mulher comum. “Minha mãe e meus irmãos são estes que ouvem a palavra de Deus e a observam”.
Deixe-me através da comparação de três versículos mostrar que a irmã de Maria é Salomé, e não Maria Cléopas.
Uma das mais “chatas” passagens para explicar é o episódio da bodas de Caná. Os Católicos afirmam que ali está a prova de que Maria é a intercessora dos homens.
Mas, muito mais esclarecedor são as palavras de Jesus. Jo 2.1-4 é traduzido assim por uma edição Católica publicada pelo Círculo do Livro. “No terceiro dia houve umas bodas em Caná da Galiléia e estava presente a mãe de Jesus. Também fora convidado para a festa de casamento Jesus com seus discípulos. Tendo acabado o vinho, disse a mãe para Jesus: ‘eles não têm vinho’. Respondeu-lhe Jesus: ‘Mulher, o que há entre mim e ti ?'”. ( grifos acrescentados )
A nota de rodapé desta mesma edição diz: “(…) A resposta, segundo outros paralelos bíblicos, significa divergência de interesses e mesmo recusa; agora, na vida pública, Jesus não pode mais obedecer à sua mãe como em Nazaré. Também os sinópticos relatam respostas semelhantes que significam o tempo de separação entre Mãe e Filho.” (grifos acrescentados).
Também comenta a nota de rodapé da Tradução Ecumênica: “…em certos contextos isto pode significar: por que te intrometes ? … Ela indica diferença de planos entre os interlocutores. Efetivamente, a ação de Jesus vai situar-se num nível que ultrapassa muitíssimo o nível que Maria devia normalmente ter em vista.”
Pode-se deduzir deste comentário, com clareza, que Maria não foi muito feliz quando tentou assumir o papel de intercessora dos homens, papel este que cabe a Jesus, exclusivamente.
A Bíblia é conclusiva quando diz: “porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” – I Tm 2.5.O Magnificat
Lucas 1.46ss – “Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador; porque atentou na condição humilde de sua serva. Desde agora, pois, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas; e santo é o seu nome. E a sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que o temem. Com o seu braço manifestou poder; dissipou os que eram soberbos nos pensamentos de seus corações; depôs dos tronos os poderosos, e elevou os humildes.
Aos famintos encheu de bens, e vazios despediu os ricos. Auxiliou a Isabel, seu servo, lembrando-se de misericórdia (como falou a nossos pais) para com Abraão e a sua descendência para sempre. E Maria ficou com ela cerca de três meses; e depois voltou para sua casa”.
Entres o evangélicos mais sérios, nunca se discutiu a posição honrosa de Maria, mas os Católicos se utilizam desta passagem para endeusar a mãe de Jesus. Se Maria fosse Imaculada sem pecado desde o ventre de sua mãe, porque ela mesmo testemunha que precisa de um Salvador ?
Quando Isabel saúda Maria com um “bendita” ou “bem aventurada” não há porque maximizar as palavras da prima e dizer daí que Maria foi a única mulher digna de tal saudação. Veja Mt 5.1-11 – “Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo se assentado, aproximaram-se os seus discípulos, e ele se pôs a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados. Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa” ( grifos acrescentados )
Não podemos deixar de mencionar também uma outra mulher que chamou Maria de Bem-aventurada. Vejamos Lc 11.27-28 – “Ora, enquanto ele ( Jesus ) dizia estas coisas, certa mulher dentre a multidão levantou a voz e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que te amamentaste. Mas ele respondeu: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus, e a observam”. Se a saudação de Isabel valida uma posição divina para Maria, Jesus diz que mais do que Maria seriam todos os demais que obedecem a Deus.
A origem da Rainha dos Céus
O título de Rainha dos Céus teve uma origem totalmente pagã e há que se levar em conta a “coincidência” de informações e concluir que há um certo sincretismo pagão e pecaminoso.
Um artigo baixado da Internet que trata do Natal, nos fornece informações valiosas sobre a Rainha dos Céus.
“Ninrode, neto de Cão, filho de Noé, foi o verdadeiro fundador do sistema babilônico que até hoje domina o mundo – Sistema de Competição Organizado – de impérios e governos pelo homem, baseado no sistema econômico de competição e de lucro. Ninrode construiu a Torre de Babel, a Babilônia primitiva, a antiga Nínive e muitas outras cidades. Ele organizou o primeiro reino deste mundo. O nome Ninrode, em Hebraico, deriva de ‘Marad’ que significa ‘ele se rebelou, rebelde’.
Sabe-se bastante de muitos documentos antigos que falam deste indivíduo que se afastou de Deus. O homem que começou a grande apostasia profana e bem organizada, que tem dominado o mundo até hoje. Ninrode era tão perverso que se diz que casou-se com sua mãe, cujo nome era Semíramis. Depois de sua morte prematura, sua mãe-esposa propagou a doutrina maligna da sobrevivência de Ninrode como um ente espiritual. Ela alegava que um grande pinheiro havia crescido da noite para o dia, de um pedaço de árvore morta, que simbolizava o desabrochar da morte de Ninrode para uma nova vida.
Todo ano, no dia de seu aniversário de nascimento ela alegava que Ninrode visitava a árvore ‘sempre viva’ e deixava presentes nela. O dia de aniversário de Ninrode era 25 de dezembro, esta é a verdadeira origem da ‘Árvore de Natal’!
Por meio de suas artimanhas e de sua astúcia, Semíramis converteu-se na ‘Rainha do Céu’ dos Babilônicos, e Ninrode sob vários nomes, converteu-se no ‘Divino Filho do Céu’.
Por gerações neste culto idólatra. Ninrode passou a ser o falso Messias, filho de Baal: o deus-Sol. Nesse falso sistema babilônico, ‘a mãe e a criança’ ou a ‘Virgem e o menino’ (isto é, Semíramis e Ninrode redivivo), transformaram-se em objetos principais de adoração.
Esta veneração da ‘virgem e o menino’ espalhou-se pelo mundo afora; o presépio é uma continuação do mesmo, em nossos dias, mudando de nome em cada país e língua. No Egito chamava-se Isis e Osiris, na Ásia Cibele e Deois, na Roma pagã Fortuna e Júpiter, até mesmo na Grécia, China, Japão e Tibete encontra-se o equivalente da Madona (minha dona ou minha senhora), muito antes do nascimento de Jesus Cristo!
Portanto durante os séculos quarto e quinto, quando centenas de milhares de pagãos do mundo romano adotavam o novo ‘cristianismo popular’ levando consigo as antigas crenças e costumes pagãos, cobrindo-os sobre nomes cristãos, popularizou-se também a idéia da ‘virgem e o menino’ ( Maria após o nascimento de Jesus, manteve relações íntimas com seu marido segundo as escrituras – Mateus 1:24-25 – ‘E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS.’ Dizer que ela permaneceu virgem é um reflexo claro desta doutrina satânica pagã ) especialmente durante a época do Natal. Os postais de Natal, as decorações e representações, do presépio, as músicas da noite de Natal, como seu tema ‘Noite Feliz’, repetem ano após ano esse tema popular da ‘virgem e o menino'”.
Podemos tecer mais algumas considerações. O Evangelho de Marcos foi escrito por volta do ano50 d.C., 20 anos após a ressurreição de Cristo. Por que ele não falou nada sobre a morte, a ressurreição e ascensão de Maria. João escreveu seu Evangelho por volta de 85-90 d.C. Há que se levar em conta que ele ficou responsável por cuidar de Maria, Jo 19.27. Por que também ele foi tão relapso a respeito ?De acordo com o Pe. Paulo Horneaux de Moura Filho, Maria se casou com cerca de 16 ou 17 anos. Jesus nasceu quando ela tinha 18. Se somarmos à data mais recuada do evangelho de João, 85 d.C., teremos Maria com 121 anos. Se Maria Ganhou tanta proeminência a ponto de ser tida como a Rainha dos Céus, por que João não fala nada a respeito ? Por que nenhum historiador, cristão ou não, que viveu até tal data, ou um pouco mais, deixou de registrar acontecimento tão importante.
Um argumento fraco, mas que deve ser levado em consideração é que naquela época raríssimas mulheres chegavam a idade tão avançada. Há uma grande possibilidade de Maria ter morrido antes de João, já que há indícios de que o apóstolo chegou a regressar do exílio em Patmos e fixar residência em Éfeso. Como Apocalipse foi escrito em Patmos, em não menos de 90 d.C., e há também indícios de que João ainda vivia em 107 d.C., como ele pôde “abandonar” assim a Mãe de Jesus depois da recomendação do Mestre ? Será que Maria viveu pelo menos até depois da morte de João, com 143 anos no mais completo anonimato ???
Os Católicos recorrem às tradições para explicar coisas quando elas não têm fundamento bíblico. Se ao chegar a este ponto, você leitor, usar deste artifício, nada posso dizer mais. Quanto a mim, entre ficar com uma tradição, que não possui documento, ainda que histórico, confiável, prefiro ficar com o que a Bíblia diz.
Jesus versus Maria
Foi muito oportuna a matéria publicada pela revista Defesa da Fé, do Instituto Cristão de Pesquisas ( www.backnet.com.br/icp, e-mail: icp.sp@zaz.com.br, tel. (011)7396-1565 ), “Odeiam os evangélicos Maria, mãe de Jesus ?” Ali há uma séria de comparações acerca do que os Católicos Romanos dizem sobre Maria mas que a Bíblia os atribui a Jesus. Ei-los abaixo:
De acordo com a revista, as citações sobre o que diz a Igreja Católica foram extraídas do livro “‘Glórias de Maria’/ Santo Afonso Maria de Liguori, versão da 11a edição italiana pelo Pe. Geraldo Pires de Souza – 3a edição, Aparecida, SP; Editora Santuário, 1989”.
Diz a Igreja Católica, Diz a Bíblia
“Maria, âncora da Salvação”. Jesus, âncora da salvação – I Tm 1.1; At 4.12
“Confiança em Maria” Confiança em Jesus – Ef 1.21-23
“Maria é a Rainha da Misericórdia”. Jesus é o Sumo-Sacerdote de quem recebemos misericórdia – Hb 4.15-16
“Maria, protetora dos pecadores”. Jesus, o Salvador dos Pecadores – Hb 7.25; Jo 6.37
“Maria sofreu por nós” Jesus sofreu por nós – Hb 10.12-14
“Maria não pode deixar de nos amar Jesus é quem tem o maior amor – Jo 15.13
“Maria deu sua vida por nós”. Jesus deu a vida por nós – Rm 5.8; I Jo 3.16;Jo 10.15
“Maria, portadora da graça “. Jesus é o portador exclusivo da graça – Jo 1.17
“Perdão de Pecados por intercessão de Maria” Perdão de Pecados é obra exclusiva de Jesus- I Jo 1.7; 2.12
“Maria acolhe os pintinhos sob suas asas” Jesus acolhe os pintinhos sob suas asas – Mt 23.37
“Maria, o caminho da Salvação” Jesus, o caminho da Salvação – Jo 14.6; AT16.30
“Maria é nosso conforto – …Como fogem os demônios à presença de N.Sª” Jesus é o nosso conforto – Mt 11.28; Mc 16.17 ” em meu nome expelirão demônios”
“Maria é nosso auxílio no tribunal divino” Jesus é nosso auxílio – I T 1.1,15
“Maria é a esperança de todos os homens” Jesus é a esperança de todo os homens – At
“Maria, nossa advogada” Jesus é nosso advogado – I Jo 2.1
“Maria, nossa redentora” Jesus, nosso redentor – Jo 6.37; I Tm 2.6
“Maria é onipotente” Jesus é onipotente – Mt 28.18; Ap 1.8
“Maria esmagou a cabeça da serpente” Jesus esmagou a cabeça da serpente – Lc 10.17,19; Rm 16.20
“Maria, coluna de nuvem e fogo” Jesus, coluna de nuvem e fogo – Jo 1.9; 8.12
“Toda honra deve ser tributada a Maria” Toda honra deve ser tributada a Jesus – Jo5.23; Ap 5.11,12
“Maria, nossa medianeira” Jesus, nosso único mediador – Jo 14.6; I Tm 2.5
“Maria concebida sem pecado” Jesus o único concebido sem pecado – Lc 1.46; Gl 3.22; Hb 7.26; Rm 3.10; 6.23;
“Maria, Rainha do céu” Jesus é o rei dos reis – Jr 7.18; I Co 8.5-6; I Tm 6.14-15
Os Irmãos de Jesus
O Dr. John D. Davis diz o seguinte sobre o tema: “Relação de parentesco atribuída a Tiago, José, Simão e Judas, Mt 13.55; Mc 6.3, que aparecem em companhia de Maria, Mt 12.47-50; Mc 3.31-35; Lc 8.19-21, foram juntos para Cafarnaum no princípio da vida pública de Jesus, Jo 2.12, mas não creram nele senão no fim da sua carreira, Jo 7.4-5.
Depois da ressurreição, eles se acham em companhia dos discípulos, At 1.14 e mais tarde os seus nomes aparecem na lista dos obreiros cristãos, I Co 9.5. Tiago, um deles, salientou-se como líder na Igreja de Jerusalém, At 12.17; 15.13; Gl 1.19; 2.9, e foi autor da epístola que traz o seu nome. Em que sentido eram eles irmãos de Jesus?
Tem sido assunto de muitas discussões. Nos tempos antigos julgava-se que eram filhos de José, ( marido de Maria ) do primeiro matrimônio. O seu nome não aparece mais na história do evangelho. Sendo José mais velho que Maria, é provável que tivesse morrido logo e que tivesse casado antes. Esta opinião é razoável, mas em face das narrativas de Mt 1.25; e Lc 2.7 não é provável. No quarto século, S. Jerônimo deu outra explicação, dizendo que eram primos de Jesus, pelo lado materno, filhos de Alfeu ou Cléofas com Maria, irmã da mãe de Jesus. Esta explicação se infere, comparando Mc 14.40 com Jo 14.25, e a identidade dos nomes Alfeu e Cléofas.
Segundo esta idéia, Tiago, filho de Alfeu, e talvez Simão e Judas, contados entre os apóstolos, fossem irmãos de Jesus. Porém, os apóstolos se distinguem dos irmãos, estes, nem ao menos, criam nele, e não é provável que duas irmãs tivessem o mesmo nome. Outra idéia muito antiga é que eles eram primos de Jesus pelo lado paterno e outros ainda supõem que eram filho da viuva ou irmão de José, Dt 25.5-10. Todas estas opiniões ou teorias, parecem ter por fim sustentar a perpétua virgindade de Maria. O que parece mais provável e mais natural é que eles eram filhos de Maria depois do nascimento de Jesus. Que esta teve mais filhos é claramente deduzido de Mt 1.25; Lc 2.7 que explica a constante associação dos irmãos do Senhor com Maria.”1
O Pe. Paulo H.M. Filho, em seu livro “Irmãos de Jesus e filhos de Maria” refuta os demais filhos com uma certa conta matemática. Ela diz que Maria teve Jesus com 18 anos. Cita Lc 2.41-52 dizendo que até aos 12 anos de Jesus, este era seu único filho.
Diz também que o possível último filho nasceu quando Maria tinha 48 anos e conclui que isto seria um absurdo.
Vejamos: a Bíblia não fala que Jesus era o único filho no episódio de Lc 2.41-52. ela simplesmente omite, daí é razoável achar que estes irmão ( pelo menos dois ou três ) já existissem. Por outro lado, não é nenhum absurdo achar que Maria não pudesse conceber aos 48 anos. Sara, mulher de Abraão deu à luz Isaque com 91 !A Virgindade de Maria
Alguns textos totalmente fora de seu contexto são citados para “provar” a eterna virgindade de Maria. Não quero aqui estender o assunto, até porque já está provado que os irmãos de Jesus não eram primos, eram irmãos mesmo.
Dizer que o ventre santo de Maria iria se macular por outra gravidez, é uma idéia ascética e puritana. Afinal, o sexo foi criado por Deus e, dentro do matrimônio, ele é abençoado pelo Pai, Hb 13.4.
Não há a mínima base Bíblica para se afirmar tal fato. O que existe é uma base pagã para mostrar que essa idéia é distorcida, e, digamos, perigosa, como já foi visto um pouco mais atrás.
Mariolatria
Os Católicos não aceitam quando dizemos que adoram Maria, mas é isto que se vê quando analisamos o que se diz sobre Maria no meio católico e as inúmeras invocações a ela. ÊXODO 20.1-7 “Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás diante delas, nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam. e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos. Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão.
Os Católicos dizem que não adoram Maria, mas no livro Orações de Poder, da editora Raboni, encontramos um grande número de orações e invocações, não só a Maria, mas a um outro tanto número de “santas”. Expressões de louvor como “mãe de Deus”, “santa”, “imaculada”, “excelsa” permeiam todo o livro.
Imagem e fotos de Maria são colocadas em vários lugares. Procissões carregando imagens de Maria são comuns em todas as partes do país. Maria é invocada em todas as igrejas locais católica. O que é isso senão idolatria ? Como interpretar estas atitudes de católicos à luz de Ex 20 ?
Citam os católicos a imagem da serpente, que Moisés levantou no deserto. Esquecem que o episódio não foi para adorarem a serpente. Ela era um tipo de Cristo, que deveria ser levantado numa cruz. Quando os israelitas passaram a adorar a serpente, veja o que fez o Rei Ezequias em II Rs 18.4 “Tirou os altos, quebrou as colunas, e deitou abaixo a Asera; e despedaçou a serpente de bronze que Moisés fizera (porquanto até aquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso), e chamou-lhe Neüstã.
Ainda é tempo de os católicos fazerem o mesmo. Não gostaria que todos os católicos “virassem crentes”, mas sim que conhecessem a verdade e a ensinassem como a Bíblia diz.
Para terminar, li em algum lugar que uma certa feita, um grupo de certos profissionais liberais, em sua associação comentavam que achavam um absurdo a Igreja Católica ensinar sobre a virgindade de Maria. Neste ínterim, eis que um colega que a tudo ouvia interrompe dizendo que este absurdo já durava 20 séculos, calando assim os críticos.
Se eu estivesse lá, diria ao nobre colega: meu amigo, como Católico que você é, diga-me o que acha de consulta aos mortos ? Talvez ele me citasse Dt 18.10-12.
Pois é, concluiria eu, este absurdo de consulta a mortos já dura muito mais de 20 século. Não é por durar muitos anos, que uma mentira passa a ser verdade.
A revista já citada termina de uma maneira que gostaria de fazer minhas as palavras dela:
“Somos inimigos da Maria bíblica ?
A resposta só pode ser uma: NÃO.
Cabe aqui a citação de Paulo em Gálatas 4.16:
‘Fiz-me acaso vosso inimigo, dizendo a verdade'”
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