A Transfusão de Sangue

TRANSFUSÃO DE SANGUE:

Afirmam as TJs sobre o sangue: “Transfusões violam a santidade do sangue”; “Questão de salvar vida não justifica violar a leia de Deus” (Tradução do Novo mundo – TNM , apêndice doutrinário pág.1660 – Ed. de 1986) – “…as pessoas que vivem segundo a vontade de Deus não aceitam transfusões de sangue, mesmo que outros insistam que isso lhe salvaria a vida” (Conhecimento que conduz a vida eterna – Pág.129)

As TJs entendem que no sangue está a vida da alma, por isso, se depender deles, não doam nem recebem sangue, nem que isso custe a vida, pois acreditam (pasmem!) que não podemos adorar a Deus com toda a nossa alma, pois segundo entendem, a alma é o próprio sangue. Existe um livrete: “Sangue, Medicina e a Lei de Deus”, onde fazem apologia da posição assumida quanto à doação ou recepção de sangue.. As TJs, ao afirmarem que não podemos doar sangue, cometem vários equívocos, provam sua falta de amor ao próximo, de conhecimento e sobre tudo sua terrível ignorância em relação as Verdades bíblicas, pois em nenhum lugar das Escrituras encontraremos a proibição para tal.

FATOS SOBRE A PALAVRA ALMA

Existem três palavras diferentes empregadas no grego para designar “vida” ou “alma”: 1) bios, 2) Psiquê, 3) zoe. Todas elas descrevem a vida da alma, mas exprimem significados bem diferentes. Bios refere-se aos meios de vida ou subsistência. Zoe é a vida mais elevada, a vida do espírito. Sempre que a Bíblia fala de vida eterna ela usa esta palavra. Psiquê refere-se à vida animada do homem ou vida da alma. No antigo testamento a palavra hebraica para alma – nefesh – é usada igualmente para vida da alma. Vejamos então:

Como sendo sangue (Bios): Gn.9:4-5; Dt.12:23, LV.17:11, Lv.17:14…

No sentido de alma(Psiquê) que é a mente (Pv.19:2, Sl.13:2, Sl.139:14, Lm.3:20, Pv.2:10, Pv.3:21-22, Pv.24:14…), as vontades (ICr.22:19, Jr.44:14, Jó 6:7, Jó7:15,…), emoções (I Sm.18:1, Ct.1:7, II Sm.5:8, Zc.11:8, Dt.6:5, Jó10:1, Sl.107:18, Sl.84:2, Mt.26:38, Lc.1:46, Jo.12:27, II Pe.2:8…).


CONTRADIÇÕES JEOVISTAS QUANTO AO SANGUE

Para aqueles que gastaram algum tempo a estudar a posição da Watchtower Society a respeito do uso do sangue, um dos aspectos mais problemáticos é o fato de eles permitirem todos os componentes do plasma, com a exceção da água. Assim, as Testemunhas de Jeová podem escolher se aceitam a imunoglobina, os fatores de coagulação, a albumina, etc. Contudo, não podem tomá-los todos ao mesmo tempo.

Como é que a Watch Tower Society justifica essa posição? A pergunta tem tanto mais sentido quando é sabido que no passado eles opunham-se fortemente ao uso de frações de sangue, conforme esta citação demonstra claramente:

Quer seja total ou em frações, o nosso próprio ou o de outra pessoa, transfundido ou injetado, é errado. — The Watchtower [A Sentinela], 15 de Setembro de 1961, p. 559 [em inglês].

Na citação seguinte, tirada da Watchtower [Sentinela] de 1 de Junho de 1990, páginas 30, 31, repare como a Sociedade agora defende o uso de frações do sangue:

“É significativo que o sistema sanguíneo duma gestante é separado do sistema do feto; os seus tipos sanguíneos não raro são diferentes. O sangue da mãe não passa para o feto. Elementos formados (células) do sangue materno não cruzam a barreira placentária para penetrar no sangue do feto nem o faz o plasma como tal. Com efeito, se acidentalmente o sangue da mãe se misturar com o do feto, podem-se desenvolver mais tarde problemas de saúde (incompatibilidade de Rh ou ABO). Contudo, algumas substâncias do plasma passam para a circulação do feto. Será que as proteínas plasmáticas, tais como a imunoglobulina e a albumina também passam? Sim, algumas.

A gestante tem um mecanismo ativo pelo qual um pouco de imunoglobulina transfere-se do sangue da mãe para o do feto. Visto que essa transferência natural de anticorpos para o feto ocorre em toda gestação, os bebês nascem com certo grau de imunidade normal que os protege contra determinadas infecções.

Algo similar acontece com a albumina, que os médicos talvez prescrevam como tratamento para estados de choque ou outros quadros clínicos. Os pesquisadores provaram que a albumina plasmática também é transportada, embora menos eficientemente, pela placenta, da mãe para o feto.

Esta transferência natural de algumas frações protéicas do plasma para o sistema sanguíneo de outrem (o feto) pode ser outro fator a ser considerado quando o cristão tem de decidir se aceitará imunoglobulina, albumina ou injeções similares de frações do plasma. Uma pessoa talvez decida que pode aceitar isso em boa consciência; ou talvez conclua que não pode. Cada indivíduo tem de resolver o assunto em base pessoal perante Deus.” (itálico e negrito acrescentados)

A linha de raciocínio usada aqui pela Sociedade é muito clara. A transferência natural destas várias frações permitidas [pela Watchtower] através da “barreira placentária” deve ser vista como uma base para a posição do cristão que aceita estas frações do sangue.

Anciãos e membros das Comissões de Ligação com Hospitais freqüentemente fazem comentários dizendo que a transferência natural destas frações do sangue é evidência de que Deus permite o uso destes produtos sanguíneos, pois seria inimaginável que Deus violasse as suas próprias leis acerca do sangue.

Os membros da Associated Jehovah’s Witnesses for Reform on Blood [Testemunhas de Jeová Associadas Para a Reforma na Questão do Sangue] concordam. Seria “inimaginável” que Deus violasse as suas próprias leis. Se vários componentes do sangue de fato passarem pela “barreira placentária”, quer seja da mãe para o feto ou vice-versa, então parece inteiramente razoável que Deus não teria qualquer objeção a usarmos estas frações do sangue.

É interessante notar que a literatura médica contém uma grande quantidade de informação acerca deste assunto. Parte está disponível na Internet, outra parte não está. Em qualquer caso, providenciaremos referências completas, de modo que o leitor possa pesquisar este assunto por si mesmo.

Começaremos por dizer que a presença de sangue do feto dentro do sistema circulatório da mãe é um fato estabelecido e demonstrado por numerosos estudos médicos. Será que esta é uma nova descoberta, da qual a Sociedade ainda não tem conhecimento? Dificilmente se admitirá essa hipótese. Células de um feto foram recolhidas do sangue materno pela primeira vez em 1969, conforme relatado por Walknowska et al. Adicionalmente, logo em 1961 [em inglês; 1963 em português] a Sociedade admitiu este fato:

“Embora não haja fluxo direto de sangue entre a mãe e o feto, entretanto por osmose há alguma transferência de sangue entre a mãe e o bebê através da placenta.” — O Sangue, A Medicina e a Lei de Deus, 1963, p. 27.

A tecnologia P.C.R. tem facilitado investigações adicionais neste campo de estudo, principalmente com o objetivo de detectar defeitos de nascença ou diagnóstico pré-natal. Esta tecnologia permite-nos ver claramente o que está acontecendo nas trocas de componentes de sangue entre a mãe e o feto. Esta tecnologia e o conhecimento que resulta dela tornou-se disponível antes de ser publicado o artigo da Watchtower [Sentinela] de Junho de 1990, mencionado acima.

Um artigo publicado em 1993 no Journal of the American Medical Association [Jornal da Associação Médica Americana] menciona dois estudos envolvendo tecnologia P.C.R., que foram noticiados em 1989 e 1990 e diz:

“Assim, seqüências de DNA do feto existem mesmo no sangue materno. Entre as várias células candidatas, as mais promissoras parecem ser células com núcleo [“nucleated”] de glóbulos vermelhos do feto. Nós isolamos células com núcleo [“nucleated”] de glóbulos vermelhos à base de escolha de fluido para o receptáculo de transferência e de glycophorin-ª

Aqui encontramos evidência de que os glóbulos vermelhos passam mesmo do feto para a mãe. As implicações desta descoberta para a doutrina da Watchtower a respeito do sangue são importantíssimas. Usando o raciocínio e a lógica que a própria Watch Tower Society emprega, que evidência adicional precisamos para concluir que Deus não objetaria à transfusão de glóbulos vermelhos?

O estudo seguinte vem do Baylor College of Medicine. Ora repare:

“As células do feto existem inequivocamente no sangue materno e podem ser isoladas. Erythroblasts, trophoblasts, granulocytes e linfócitos, todos foram isolados através de vários gradientes de densidade e técnicas de filtragem de fluidos.”[3] (itálico e negrito acrescentados)

Erythroblasts são glóbulos vermelhos não amadurecidos e linfócitos são glóbulos brancos. Ambos são componentes do sangue proibidos pela Watchtower Society, apesar do fato de estarem claramente entre as componentes que têm uma “transferência natural” através da “barreira placentária”.

(É interessante notar que este estudo observa que células do feto persistem na corrente sanguínea da mãe durante períodos de tempo muito longos. Num caso, células do feto ainda estavam presentes [na corrente sanguínea da mãe] vinte e sete anos depois do nascimento da criança. Isso mostra como é apropriado que se encarem as transfusões de sangue como sendo um transplante de órgão que se torna parte do corpo.)

Conforme é relatado na obra Early Human Development [Desenvolvimento Humano Inicial], a presença de células com núcleo [“nucleated”] do feto no sangue materno foram demonstradas por muitos grupos. Foram detectadas células do feto no sistema circulatório da mãe logo ao fim de quatro semanas e cinco dias depois da concepção, e estão presentes durante todos os três trimestres da gravidez, aumentando gradualmente à medida que a gestação progride. Também de grande importância é o fato de a maioria das amostras de sangue provenientes de nervos revelarem que as células da mãe também estão presentes no sistema circulatório do feto. Portanto, temos uma troca de componentes do sangue nos dois sentidos, durante mais de 50% do tempo. Como é que a Watch Tower Society pode continuar a ignorar estes fatos, e insistir na aderência a uma política que resulta rotineiramente em mortes que são evitáveis? Vimos como os fatos médicos refutam claramente a base na qual a Sociedade se apóia para permitir algumas frações do sangue, enquanto não permite outras. Algumas das perguntas que ainda precisam de resposta são:

1. A Watch Tower Society conhecia os fatos desde o início e escolheu deturpar a verdade?

2. A Watch Tower Society, de forma negligente, não fez uma pesquisa cuidadosa quando estabeleceu a política em que milhões de pessoas confiariam ao escolher os seus cuidados médicos?

3. Será que a Watch Tower Society terá a coragem moral para corrigir o assunto?

4. Quantas vidas ainda se perderão até a Watch Tower Society fazer a mudança?

À luz desta informação, parece que a Watchtower Society pode estar a correr um risco considerável de ser imputável por ter providenciado informações imprecisas sobre as quais se exige que os seus membros se baseiem ao tomarem decisões críticas relacionadas com os seus cuidados de saúde. Embora neste momento não estejamos a empreender acções legais contra a Watchtower Society, essa continua a ser uma opção em aberto para nós se a Watchtower Society continuar a adiar a implementação das reformas e ajustes necessários.


JESUS CRISTO – O GRANDE DOADOR DE SANGUE

A Bíblia mostra o contrário do que é ensinado pelas TJs e diz que Jesus Cristo também transferiu o seu sangue na cruz do calvário (leia S. Mateus 26.27-28). No texto de Mateus Jesus manda que os discípulos tomem o vinho como sendo o seu sangue “…bebei dele todos…isto é meu sangue”. Jesus além de ensinar a receber o seu sangue mandou que imitássemos seus atos e dele aprendêssemos, leiamos: “… e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração…” (S. Mateus 11.28-29). Arriscaríamos até dizer que Jesus foi o primeiro grande doador de sangue. Além do que, se o sangue é a vida, então a Bíblia manda realmente doarmos sangue – “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos” (I Jo. 3.16).

EXPLICANDO ATOS 15.29

“Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição; e destas coisas fareis bem de vos guardar. Bem vos vá”. 

O texto acima é referente ao primeiro concílio cristão feito pela Igreja em Jerusalém. O evangelho havia se espalhado pelo mundo gentílico (os não judeus) e havia o choque da cultura bíblica com a cultura pagã. Nesta época os cristãos viviam em apuros, pois tudo girava em tordo de deuses pagãos (I Co.8). Parte dos alimentos que iam para as feiras eram sacrificados aos ídolos e nos centros das cidades havia templos de prostituição, daí um dos motivos do primeiro concílio. A recomendação feita acima é no sentido de manter os cristãos longe das atividades pagãs. Veja que a problemática deste versículo é a idolatria e a prostituição, sendo que neste texto não há nenhuma aplicação quanto a transfusões. Em nenhuma parte das Escrituras Sagradas iremos encontraremos tal proibição. Encontraremos sim, um pedido insistente na doação da vida, e já que a vida está no sangue!!!…. “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos irmãos.” I João 3.16

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