A TJs são a única religião verdadeira?

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No livro Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 190, parágrafos 19 e 20, sob o cabeçalho UMA SÓ RELIGIÃO VERDADEIRA, as TJ são induzidas a crer que a delas é a única religião verdadeira. Argumenta o Corpo Governante: “É somente lógico que haja uma só religião verdadeira. Isto se harmoniza com o fato de que o verdadeiro Deus é um Deus não ‘de desordem, mas de paz’ (1 Co 14:33). […] Quem, então, são os que formam o corpo de verdadeiros adoradores hoje? Não hesitamos em dizer que são as Testemunhas de Jeová.”

Na revista A Sentinela, de 15/11/1992, páginas 20 e 21 parágrafos 12 e 15, os mentores das TJ, sob o subtítulo Não Há Outro Lugar, afirmam que a salvação só é possível através da organização religiosa deles. Disseram: “Sentir-nos-emos impelidos a servir a Jeová com lealdade junto com sua organização se nos lembrarmos de que não há outro lugar onde se possa obter a vida eterna… Não há outro lugar onde se possa obter o favor divino e a vida eterna”. O mundo está cheio de religiões que, por terem sido fundadas por pretensos donos da verdade, nos são apresentadas como sendo a única verdadeira e imprescindível para a salvação. A “religião” das TJ é apenas mais uma.

Embora as TJ se proclamem a única religião verdadeira, elas não alegam ser a única Igreja verdadeira. Tal se dá porque elas não se consideram a Igreja de Cristo. Na opinião delas, a Igreja de Cristo só tem 144.000 membros, como já vimos em 1.8. Logo, elas não são a Igreja verdadeira, nem tampouco uma Igreja falsa. Elas simplesmente não são a Igreja. Alguns dos integrantes da “religião” delas (cerca de 8000 pessoas), por acreditarem que pertencem aos 144.000, se julgam membros da Igreja de Cristo, mas a instituição deles em si, não é vista como Igreja, quer verdadeira, quer falsa. Eles são apenas a Organização de Jeová, a única religião verdadeira, fora da qual não há salvação.

Chamando a Igreja de “congregação”, o Corpo Governante afirmou: “Todavia, quando a Bíblia fala sobre ‘congregação do Deus vivente’, ela se refere a um grupo específico de seguidores de Cristo. (1 Tm 3:15)[…] De modo que esta ‘congregação de Deus’ é constituída de todos os cristãos na terra que têm esperança de vida celestial. Ao todo, apenas 144.000 pessoas constituirão finalmente a ‘congregação de Deus’. […] Os cristãos que esperam viver para sempre na terra buscam orientação espiritual desta ‘congregação’…” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, páginas 125-126, parágrafo 18).

Nós, os evangélicos, cremos que há muitas igrejas boas, pregando a verdade. Os chefes das TJ discordam disso, alegando que a “Bíblia diz que existe realmente ‘uma só fé’ (Efésios 4:5)”(Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 190, parágrafo 19). Mas eles esquecem que o apóstolo Paulo afirmou no capítulo 14 da sua Epístola aos Romanos, que há questões periféricas sobre as quais podemos divergir sem ferirmos a integridade da fé cristã. Disse Paulo: “Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue o que come; pois Deus o acolheu” (Rm 14.2,3).

Por não associarem Efésios 4.5 com Romanos 14, os líderes das TJ exigem obediência irrestrita de seus liderados. Estes têm apenas a “sublime” missão de repetirem como se fossem robôs, o que lhes é ditado pelos seus superiores hierárquicos. Senão vejamos: “… A verdade que havemos de publicar são aquelas que a organização do escravo discreto fornece, não algumas opiniões pessoais, contrárias ao que o escravo providenciou como sendo sustento conveniente” (A Sentinela, novembro de 1.952, página 164, parágrafo 11).

Embora creiamos que os líderes da TJ não erraram quando afirmaram que “Não pode haver duas verdades, quando uma não concorda com a outra”, parece-nos que eles extrapolam, quando tentam nos induzir a fazermos de questões banais, o aferidor da autenticidade ou não, de uma igreja que se considera cristã. Por exemplo, todos nós, evangélicos, cremos que a alma humana sobrevive à morte do corpo. Geralmente cremos também que a Terra será destruída e depois refeita; porém, não fazemos disso motivo de salvação ou perdição para quem quer que seja. Portanto, aceitaríamos como nosso irmão em Cristo, alguém que, sem negar as doutrinas cardeais da fé cristã, divergisse de nós nessas questões. As TJ, porém, não pensam assim. Num texto em que fazem tempestade em copo d’água, pinçamos o seguinte fragmento de autoria do Corpo Governante: “…ou os homens têm uma alma que sobrevive à morte do corpo, ou não têm. Ou a terra existirá para sempre, ou não… Não pode haver duas verdades, quando uma não concorda com a outra…” (Poderá Viver Para Sempre no Paraíso na Terra, página 32, parágrafo 19).  Mas neste caso, o feitiço vira contra o feiticeiro, visto que se questões tão banais, desqualificam como genuinamente cristã qualquer igreja que sobre as mesmas se equivocar, que dizer da organização das TJ que já efetuou mais de 100 mudanças em suas doutrinas? Seria o caso de perguntarmos às TJ: A religião de vocês era de Deus, quando vocês pregavam que os sodomitas seriam ressuscitados? Deixou de ser de Deus quando vocês se retrataram? E voltou a ser de Deus quando em 1.988 vocês se retrataram novamente, retornando à velha doutrina da extinção dos sodomitas. E: A religião de vocês era de Deus, enquanto vocês proibiam transplantes de órgãos, e se tornou do diabo quando vocês passaram a permitir esse tratamento médico? Ou ela era do diabo enquanto os transplantes de órgãos eram proibidos, e passou a ser de Deus a partir do momento em que vocês passaram a aceitar este recurso da Medicina? E inúmeras perguntas semelhantes a estas poderíamos formular, trazendo à memória suas incoerências sobre vacinação, crucificação de Cristo, prestação do serviço militar etc.

Extraído do livro “Testemunhas de Jeová: Que Seita é Essa?”;  PASTOR JOEL SANTANA

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