Em 2004, o mundo foi surpreendido por uma declaração inesperada de Antony Flew, um dos mais renomados defensores do ateísmo. Flew, que havia passado décadas promovendo a causa ateísta, anunciou sua crença na existência de Deus. Sua mudança de perspectiva foi motivada por um fator em especial: a complexidade impressionante do DNA.
Em uma entrevista, Flew afirmou: “Agora me parece que as descobertas de mais de cinquenta anos de pesquisa de DNA forneceram materiais para um argumento novo e enormemente poderoso para o design.” Ele também rejeitou as explicações naturalistas para a origem da vida: “Tornou-se excessivamente difícil até mesmo começar a pensar em construir uma teoria naturalista da evolução daquele primeiro organismo reprodutor.”
Flew destacou que sua transformação não foi baseada em uma crença emocional, mas em sua dedicação à razão e às evidências. Nas palavras dele: “Eu simplesmente tinha que ir aonde as evidências levassem.” Para ele, o conceito de um Deus aristotélico – dotado de poder e inteligência – tornara-se mais plausível do que nunca.
O DNA: Linguagem de um Designer
O DNA é uma linguagem incrivelmente sofisticada, contendo vastas quantidades de informação codificada em cada célula viva. Essa linguagem não poderia ter surgido por mero acaso. Assim como um texto escrito aponta para um autor, a informação codificada no DNA exige uma fonte inteligente. Além disso, onde há design, há necessariamente um designer.
Janet Folger, citada no livro How to Know God Exists de Ray Comfort, ilustra esse argumento de forma humorística, mas poderosa. Ela comenta sobre o Monte Rushmore, onde estão esculpidos os rostos de quatro presidentes dos Estados Unidos. É óbvio que aquelas esculturas não foram formadas pelo acaso, pela chuva ou pelo vento. Ela ironiza: “Se todos nós podemos admitir que os rostos do Monte Rushmore não apareceram acidentalmente, quão mais complexas são as pessoas que estão atrás dos pódios e querem ser presidentes?”
Essa lógica é inegável. A complexidade de um ser vivo – mesmo algo aparentemente simples, como um verme – é imensamente superior à de qualquer escultura, avião ou celular. Folger destaca que o DNA, os sistemas digestivo e reprodutivo de um verme são muito mais intrincados do que essas criações humanas, que sabemos ter sido projetadas. Portanto, como ignorar o fato de que um ser inteligente também deve ter projetado os organismos vivos?
Conclusão
O testemunho de Antony Flew e a evidência apresentada pela complexidade do DNA oferecem um forte argumento contra a ideia de que a vida surgiu por acaso. Para Flew, a ciência não levou ao ateísmo, mas ao reconhecimento de um Criador. A mensagem é clara: se estivermos dispostos a “seguir as evidências,” como Flew fez, encontraremos indícios consistentes de que a vida é obra de um Designer inteligente.
A reflexão sobre a origem e a complexidade da vida não apenas desafia a teoria naturalista da evolução, mas também nos convida a considerar as implicações filosóficas e espirituais dessa verdade. Afinal, um universo tão intrincado e ordenado aponta para a existência de um Criador que transcende toda a criação.
Anthony Flew foi o maior ateu dos últimos 100 anos, dedicando cinco décadas à defesa da causa ateísta. Ele escreveu dicionários filosóficos, livros e o famoso texto A Presunção do Ateísmo, que se tornou leitura obrigatória dentro dos bastiões céticos por décadas. Contudo, Flew mudou de ideia e passou a defender a existência de Deus. Ele detalhou sua jornada intelectual em seu livro Um Ateu Garante: Deus Existe. As Provas Incontestáveis de um Filósofo que Não Acreditava em Nada. Recomendo com veemência a leitura dessa obra!
(Baseado no livro How to Know God Exists de Ray Comfort)