A região parecia muito boa, Era uma campina verdejante, fértil e com muita água. Do ponto de vista humano, Ló fez a escolha que parecia a mais acertada para morar e cuidar do gado.
Porém, como sempre acontece, os nossos olhos apenas veem as vantagens e, assim, não nos damos ao trabalho de analisar os prós e contras. Ló não se deu ao trabalho de observar os costumes dos habitantes de Sodoma e Gomorra, os quais, diz a Escritura, eram “maus e grande pecadores contra o Senhor” (Gênesis 13.13).
Daí vem, a nosso julgamento, a parte mais significativa do texto, mostrando que Ló foi armando suas tendas até estar no meio deles. Nada apressado. Foi chegando lentamente, quase imperceptível. Não caiu na maldade de uma vez, mas foi paulatinamente adquirindo os valores pecaminosos em pequenas mudanças, até se acostumar com elas.
Não percebendo o quanto se afastava dos planos do Senhor, terminou caindo nas hostes da perversidade, da depravação e da abominação contra Deus. Sutilmente, foi levado pelo Diabo e desconsiderar o Senhor de sua vida.
Essa é uma das piores armadilhas em que um cristão pode cair. Vai armando, passo a passo, sua tenda de santidade em direção à armadilha preparada pelo Maligno, e nem se apercebe que está adquirindo valores contra Deus e atolando-se num lamaçal sem fim.
É uma dura realidade! A cilada do Diabo é sempre sutil (Gênesis 3.1-5) e, por isso, exige um estado de alerta permanente (Efésios 6.10-17), para que o nosso modo de vida não venha parecer com a caminhada lenta e firme na direção do mal, como foi aquela decorrente da infeliz decisão de Ló.
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Ebenézer Moreno de Souza
Igreja Batista da Capunga, Recife/PE
Nota: Artigo publicado no boletim semanal O Jornal Batista.