Deparei-me recentemente com um folder que trazia na capa vários casais juntos com as letras: VOCÊ É… Em princípio, apenas num relance de olhar, não pude perceber qual a procedência daquele folheto. Pensei: quem sabe, talvez fosse mais uma dessas novíssimas igrejas evangélica querendo ganhar espaço no mercado da fé. Mas ao virar o folheto percebi que o verso trazia os seguintes dizeres, homoafetivos, heterossexuais, transsexuais, transgêneros, travestis, etc… O tal folheto na verdade era a propaganda de uma Igreja do Movimento Gay. Mas até aí tudo bem! Cada um pode expressar-se como bem entender. Duvida? Está lá, no Art. 5º, Inciso IV: “É livre a manifestação do pensamento”, em nossa brasileiríssima Constituição Federal. Esse é um direito civil resguardado por lei. Entretanto, o que me chamou atenção, não foi o folheto ser de uma Igreja Gay, mas, foi sim, o artifício ideológico exposto na frente do folheto. De maneira destacada trazia em letras garrafais os seguintes dizeres: “PODEMOS SER CRISTÃOS, AMAR A DEUS E SERVI-LO, POIS A HOMOAFETIVIDADE NÃO CONSTITUI PECADO, O QUE É DIFERENTE DE PROMISCUIDADE, IDOLATRIA E COISAS SEMELHANTES A ESTAS. VENHA JUNTAR-SE A NÓS E RECEBER DE GRAÇA O AMOR DE DEUS, POIS NELE NOS REFUGIAMOS”.
É óbvio que para quem conhece o basilar das Escrituras Sagradas a interpretação dada por essa igreja ao tema é totalmente alheio ao que a Bíblia realmente ensina.
Por diversas razões, podemos afirmar que a Bíblia encara o homossexualismo como pecado. Eis algumas delas:
1. Moisés dá a entender que o pecado de Sodoma e Gomorra e sua destruição foi devido em parte ao homossexualismo de seus habitantes (Genesis 19.4-8);
2. O homossexualismo nas leis do Antigo Testamento era considerado crime (Levítico 18.22,29);
3. O apóstolo Paulo afirma que o homossexualismo nasce por causa do pecado e rebelião contra Deus (Romanos 1.26);
4. Por fim, Paulo explica que a pessoa que leva este tipo de comportamento (homossexual), não herdará o Reino de Deus (I Coríntios 6.10).
A tática de separar o homossexualismo (ou homoafetividade, como queiram) de sua essência pecaminosa não procede, pois o homossexualismo é um pecado em si. Por isso, o escritor bíblico o coloca junto a outras categorias de pecados, condenando-os todos. Não é o caso de condenar o homossexual por ser promíscuo ou adúltero, mas por sê-lo apesar disso.
Deus não é homofóbico, tampouco Moisés ou Paulo. A questão está em outro patamar: Deus condenará aquilo que é moralmente contra a sua vontade exposta na natureza de sua criação. Ademais, o erro não se tornará verdade apenas por muda-lo de nome. O erro continuará sendo erro e o pecado continuará sendo pecado, apesar das tentativas de desconstrução de grupos ideológicos.
Não quero com isso dizer que o homossexualismo é pior do que outros tipos de pecados. Não. Pecado é pecado, e Deus abomina-os todos. No entanto, cada pecado possui suas implicações diversificadas. O homossexualismo toca em áreas sagradas, tais como o sexo, o casamento, a procriação e o corpo, que são caras para a doutrina e espiritualidade cristã. Não podemos infringir as leis de Deus sem sofrer as consequências. Oremos pelos homossexuais!