Um alerta aos evangélicos para evitar as contaminações da Nova Era
Católicos me enviaram comentários sobre meu artigo “Portal Conservador ou Católico? EUA são mais católicos ou evangélicos?” Um católico pró-vida concordou de forma geral, inclusive com minha análise mostrando que os EUA não são majoritariamente católicos. Mas a reação de outros católicos foi de negação.
A negação não foi somente de rejeitar minha resposta “protestante” de que os EUA não são e nunca foram majoritariamente católicos, mas também com relação a duas citações de René Guénon no Portal Conservador usadas como base para atacar o protestantismo.
Um católico comentou que as citações são, supostamente, de um cristão ortodoxo, de modo que o Portal Conservador e os católicos estariam isentos de responsabilidade. A insinuação foi: se o bruxo Guénon é promovido entre os cristãos, a culpa é dos ortodoxos.
Mas as citações anti-protestantismo foram aceitas, quer de ortodoxos ou não, porque estavam de acordo com a conveniência e sentimentos dos católicos desse portal, que jamais aceitaria críticas ao catolicismo.
Em todo caso, René Guénon não é ortodoxo. Suas raízes são católicas. E outros que o seguiram também eram católicos.
Mesmo hoje, os maiores divulgadores de Guénon no Brasil são católicos. Com tanta divulgação, é natural que esse homem acabe recebendo atenção. A propaganda sempre provoca interesse.
A primeira vez, conforme me recordo, que vi algo de Guénon foi anos atrás no blog de uma escritora da Editora Vida Nova. Ela o recomendava abertamente em seu blog. Eu não dava atenção porque as preferências literárias filosóficas dela eram elevadas demais para mim e eu não tinha (e ainda não tenho) tempo nem interesse para isso. Meu foco sempre foi ler e estudar a Palavra de Deus.
Mais tarde, as recomendações de Guénon no blog dela desapareceram. Seja o que for que ela descobriu, ela nunca revelou ao público as razões do desaparecimento.
Não é normal um evangélico recomendar Guénon, que era bruxo. Aliás, nos Estados Unidos, Guénon não tem visibilidade e importância nenhuma entre os evangélicos.
Mas essa escritora evangélica, muito inteligente, era uma grande fã do filósofo Olavo de Carvalho, que é católico e uma das maiores fontes de “propaganda,” direta ou indireta, de Guénon em língua portuguesa. No Google, por exemplo, se você faz uma pesquisa conjunta dos nomes “Olavo de Carvalho” e “René Guénon,” a busca traz mais de 5 mil resultados. Confira: https://archive.today/o2ohb
Antes, porém, de entrar mais nesse assunto, quero deixar claro que minha divergência é apenas com algumas recomendações do Olavo, não com a pessoa dele, a quem respeito. Divergência faz parte de relacionamentos saudáveis. Quando há inimizade e falta de estrutura, vêm os xingamentos, baixarias e assassinatos de caráter. Isso não farei, limitando-me apenas a discordar publicamente de algumas recomendações públicas dele que, na minha opinião, fazem propaganda desnecessária de promotores da Nova Era.
Acerca da alegação, em defesa do Portal Conservador, dizendo que o ataque anti-protestante usando René Guénon é culpa exclusiva de um cristão ortodoxo, a natureza do ataque, aceita em meios católicos, tem geralmente partido de Olavo, que num debate com Alexander Duguin, disse:
“O protestantismo, na sua versão calvinista, criou a primeira sociedade totalitária da Idade Moderna, numa versão ‘organicista’ bem parecida com a russa, onde Estado e Igreja formavam uma unidade compacta, exerciam controle draconiano sobre todas as áreas da existência social e cultural e sufocavam, com prisão e pena de morte, qualquer veleidade de individualismo, mesmo na vida privada. A Reforma inglesa, que começou matando em um ano mais gente do que a Inquisição em muitos séculos, foi essencialmente um empreendimento do governo civil, e resultou no estabelecimento de uma igreja estatal que, em nome da liberdade de consciência, teve entre suas prioridades a perseguição implacável aos que ousassem exercê-la em sentido pró-católico. Aí o ‘individualismo’ foi, com toda a evidência, mero pretexto ideológico para a implantação de um ‘holismo’ ferozmente centralizador.”
A insinuação de Olavo, de que a Reforma protestante foi muito mais assassina e criminosa do que a Inquisição católica, tem o DNA da clássica tática comunista soviética de acusar os anticomunistas dos próprios crimes cometidos por comunistas.
A insinuação de Olavo é que antes do protestantismo, havia liberdade de religião e consciência e a Igreja Católica, que era o único Partidão religioso da civilização ocidental, nunca condenou, perseguiu, torturou e matou pessoas de opiniões bíblicas diferentes.
O poder da Igreja Católica de controlar e decidir os pensamentos da civilização ocidental antes do protestantismo era semelhante ao poder da União Soviética. Ambas eram draconianas na total proibição às opiniões divergentes. Mas Olavo transfere para o protestantismo a culpa de tudo, como se o protestantismo tivesse sido o primeiro movimento revolucionário de linha marxista da história, sem considerar que o avanço decisivo do capitalismo ocorreu exatamente nos países protestantes.
Aliás, a coroa da aliança entre capitalismo e protestantismo é os EUA, que são o maior país protestante do mundo. Se para Olavo, protestantismo é sinônimo de socialismo, o que ele está fazendo nos EUA? Se para ele, o catolicismo é muito melhor do que o protestantismo no que se refere à questão socialista, por que ele não está no Brasil, o maior país católico do mundo? Por que o sonho do católico brasileiro é viver nos EUA?
Comparar o protestantismo com o socialismo é um absurdo tão grande quanto dizer que a Ku Klux Klan representa a nata do conservadorismo americano ou que Alexander Duguin, um seguidor de René Guénon, é o maior líder conservador da Rússia.
No maior evento conservador da Rússia em setembro de 2014, havia líderes pró-família católicos, ortodoxos e evangélicos. Eu mesmo estava lá. Mas não havia nenhum Duguin e o nome dele nunca foi mencionado ali.
Dizer que Duguin é o maior “conservador” da Rússia é um exagero que equivale a dizer que a Reforma protestante matou mais do que a Inquisição. Mas os exageros não terminam aí.
Num comentário de 2013, Olavo disse: “Ninguém entenderá NADA da crise da Igreja se não levar em conta a influência tremenda que as ideias de René Guénon tiveram sobre os SEIS últimos papas.” Isso torna Guénon extremamente importante para a Igreja Católica no século passado. Querendo ou não, isso é “propaganda” e fatalmente atrairá a atenção dos católicos, que vão querer ler tudo de Guénon para buscar entender o que está acontecendo com a Igreja Católica.
Ler Guénon e buscar entender a cabeça desse bruxo é coisa que está fora do meu interesse.
Mesmo assim, nunca tive problemas em admirar o trabalho do Olavo, pois minha admiração sempre se restringiu à defesa dele da educação escolar em casa, da causa pró-vida, da liberdade dos pais decidirem questões de saúde de seus filhos e da luta contra o Estado invasivo, do marxismo cultural, etc.
Eu não ousava admirar nada que saísse dessa esfera. Portanto, quando o Olavo recomendava livros de filosofia (entre os quais do “filósofo,” “intelectual” ou “sábio” René Guénon) para leitura, eu declinava. Mas a escritora evangélica, evidentemente, acabou embarcando nas recomendações. Uma evangélica seguindo um católico e suas recomendações de Guénon. Isso mostra que inteligência terrena não é sinônimo de inteligência espiritual. Isso mostra também a necessidade de ajudar outros evangélicos a ficarem alerta.
Eu também “seguia” e admirava um católico, mas minhas razões eram outras. De forma geral, eu aceitava as recomendações do Dr. Paul Marx, um padre americano com quem eu tinha muito contato nas décadas de 1980 e 1990. Ele foi o fundador de Human Life International (Vida Humana Internacional), que na época era a maior organização pró-vida do mundo.
HLI, como é chamada Human Life International, recomendava e disponibilizava muitos livros sobre diferentes temas essenciais de guerra cultural, inclusive sobre a Nova Era. Muitos dos livros sobre a Nova Era haviam sido escritos por evangélicos, e o Pe. Marx achava importante sua divulgação. Fiquei de boca aberta com a abertura desse padre. Eu sentia o sinal verde para aceitar a maior parte das recomendações dele e nunca me arrependi. Tenho todos esses livros até hoje. Nenhum desses livros ou mesmo comentários de Marx apontava Guénon como recomendação ou referência importante. Guénon era apenas mais um bruxo lunático no universo de bruxos lunáticos.
Até hoje Human Life International não acha importante denunciar ou fazer propaganda de Guénon e sua insignificância ocultista.
Apesar da minha grande admiração pelo Olavo na questão pró-vida e pró-família, nunca senti, durante mais de 10 anos, sinal verde para seguir suas recomendações literárias, entre as quais está Guénon.
Esse sinal verde é a ação do Espírito Santo. Quando ele me dá paz sobre algo, vou em frente. Do contrário, não. Por isso, nunca tive interesse quando Olavo recomendava Guénon. Só tive interesse nesse assunto porque o Portal Conservador citou Guénon atacando os evangélicos.
René Guénon (1886-1951) era um católico que se converteu a uma das formas mais ocultistas e esotéricas do islamismo e morreu no Egito islâmico. De acordo com a escritora conservadora americana Nancy Pearcey, Guénon é um expoente da Nova Era.
Pearcey tem um livro intitulado “Total Truth: Liberating Christianity from its Cultural Captivity” (Verdade Total: Libertando o Cristianismo de seu Cativeiro Cultural), publicado pela editora Crossway Books em 2004. Esse livro tem um Apêndice 2 intitulado “Islamismo Moderno e o Movimento Nova Era,” em que Pearcey mostra como uma mistura das ideias de Platão e hinduísmo e islamismo (uma genuína salada de Nova Era) está transformando intelectuais católicos em heréticos. Ela diz:
“O neoplatonismo se tornou uma forte influência no pensamento islâmico. Hoje vários filósofos muçulmanos importantes adotaram a filosofia perenialista, com sua mistura de panteísmo ocidental e oriental. Aliás, os primeiros promotores dessa filosofia, que eram europeus, acabaram todos se convertendo para o islamismo! Para completar o círculo, o homem que lançou a filosofia perenialista (um francês de nome René Guénon) cria que existe uma essência comum unindo todos os três: neoplatonismo no Ocidente, hinduísmo no Oriente e islamismo no Oriente Médio.”
De acordo com Pearcey, promotores europeus proeminentes da filosofia perenialista que se converteram ao islamismo incluem, além de Guénon, Fritjol Schuon e Martin Lings.
Guénon é muito raramente citado na literatura evangélica porque a penetração desse ocultista nos meios evangélicos é completamente nula. Ele é um desconhecido. Mas parece que nos meios católicos o inverso está acontecendo.
Outras fontes confirmam os envolvimentos ocultistas de Guénon. O site canadense de Henry Makow diz:
René Guénon era acima de tudo um ocultista. Ele era discípulo de Papus, pseudônimo usado por Gerard Encausee, um dos principais satanistas do século XIX.
Os seguidores de Guénon gostam de dizer que ele era apenas um intelectual que estudava o ocultismo, mas ele próprio era um ocultista profundo. Ele teve uma briga com a teosofia, mas essa foi uma luta entre facções do luciferianismo mais do que qualquer outra coisa.
A essência da filosofia de Guénon é que um homem pode ser bruxo, manipular ciências mágicas e ocultas e ainda ser, exteriormente, um membro respeitado de uma religião cultural. Ele era um sabotador…
Um homem no nível espiritual e esotérico de Guénon incorporava espíritos, de modo que quando ele falava e escrevia, era o próprio diabo falando e escrevendo.
Por isso, no mundo evangélico americano, ninguém dá atenção a Guénon porque ninguém precisa gastar tempo com Satanás.
Mas no mundo evangélico do Brasil a história é diferente. Os evangélicos gostam tanto do Olavo e suas recomendações que alguns seguem o que não entendem. Sobre Guénon, Olavo disse em 2008:
“Na década de 20, Guénon, autor de análises magistrais sobre a decadência do Ocidente europeu, havia concluído que só três caminhos se ofereciam a essa civilização: a queda na barbárie, a restauração da Igreja católica ou a islamização.”
Guénon não tinha como ver uma futura islamização da Europa. Isso não foi mera inteligência humana. Isso foi, em todo sentido da palavra, premonição satânica.
Magistral, de acordo com os dicionários Aurélio e Michaelis, significa “perfeito,” “completo,” “exemplar,” “irrepreensível” e “coisa de mestre.” O que há de “magistral” numa premonição?
Em 2003, Olavo refutou os que diziam haver alguma ligação entre ele e Guénon, e desmascarou as premonições falhas do bruxo que não conseguiu ver a China se tornando comunista, mas ao mesmo tempo não deixou de reconhecer: “Guénon é sem dúvida um sábio, e tenho pelos seus ensinamentos um profundo respeito.”
Contudo, em 2008, as premonições do bruxo se tornaram, para o Olavo, muito mais que dignas de respeito. Tornaram-se “magistrais.” Isso é muito confuso…
De acordo com as análises “magistrais” do bruxo Guénon, há três caminhos para a Europa e só um deles é a solução. Se o diabo, através de um bruxo, tivesse dito que a Igreja Protestante era uma esperança, eu daria somente uma resposta: “É o fim!” Quando o diabo nos aponta o Sul como direção, é exatamente o contrário.
Eu não teria problema algum se o Espírito Santo dissesse: “Eu vou restaurar a Igreja Católica e usá-la contra a barbárie e o islamismo na Europa.”
Entretanto, não houve nenhuma profecia de Deus. O que houve foi uma premonição de um satanista. O Olavo tem se guiado por essa premonição, que veio da boca de Satanás? De um ponto de vista espiritual, a “análise” — ou incorporação mediúnica? — não foi nem coisa de mestre e muito menos irrepreensível. Foi simplesmente diabólica.
Anos depois, em 2014, Olavo reforça que se guia pela mesma “análise,” numa entrevista a um site católico de nome “Islamidades.”
De acordo com a boca do diabo que falou através de Guénon, a restauração da Igreja Católica é a única esperança da Europa.
Guiando-se por essa visão ocultista, o Olavo tem buscado construir um movimento conservador — de essência católica? A intenção é boa. Mas a inspiração é totalmente maligna e contraditória, pois se a influência de Guénon sobre os seis últimos papas foi tremenda — e supostamente destrutiva —, como crer nesse bruxo quando ele proclama que a restauração da Igreja Católica é a última esperança da Europa?
Se isso é confuso, nada menos pior do que um movimento conservador sob tal inspiração.
A escritora da Editora Vida Nova se deixou enganar por algum tempo, e quase se converteu para o catolicismo. Se ela, altamente intelectual, quase caiu na rede, o que dizer de evangélicos menos intelectuais? O que dizer de evangélicos imaturos? O que dizer de evangélicos que não têm identidade própria? Tenho recebido e-mails de jovens evangélicos contando sobre sua perplexidade vendo amigos, no movimento conservador do Olavo, sendo convertidos para o catolicismo. O movimento do Olavo então está perigosamente entrando na órbita do proselitismo, fazendo conversões intelectuais supostamente católicas em mentes evangélicas sem identidade.
Com boas intenções, esperam combater a barbárie e o islamismo na Europa. Mas só o catolicismo pode ser o baluarte para esse enfrentamento. Palavra de Guénon, o oráculo das trevas.
Não sei, como afirmou o Olavo, se Guénon teve influência sobre os seis últimos papas. Mas com Guénon ou não, os papas têm buscado uma aproximação com o islamismo. O Papa João Paulo II, a quem muito admiro pelas posturas pró-vida, não tinha vergonha nenhuma de posar junto com Yasser Arafat, o líder terrorista máximo da Organização para a Liberação da Palestina. Não eram, infelizmente, encontros para pregar o Evangelho para o terrorista, e muito menos para expulsar os demônios dele.
O atual papa está indo mais longe, declarando que “é errado igualar islamismo com violência.” O próximo passo será chamar os terroristas islâmicos de mensageiros da paz?
Para piorar, a maior mesquita da Europa está em Roma, bem perto do Vaticano. Há esperança para a Igreja Católica, conforme indicou uma possiblidade da premonição de Guénon?
Eu não vejo possibilidade nem para a Igreja Luterana da Europa. Quando estive em Munique no ano passado, vi um templo ecumênico no mais amplo sentido possível. Era um templo para rezas evangélicas, católicas, islâmicas, budistas, hinduístas, etc.
No espírito da religião mundial fomentado pela Nova Era, as religiões se unem. O templo ecumênico de Munique é mantido pela Igreja Luterana.
A única esperança é o Espírito Santo. Sem ele, os cristãos não têm vida.
Seja como for, os evangélicos não têm nenhuma vez na análise “magistral” que Guénon fez de uma solução com a restauração da Igreja Católica na Europa. Se quiserem fazer parte do combate à barbárie e ao islamismo na Europa e outros lugares, terão de se juntar ao movimento “conservador” para restaurar a Igreja Católica. Mas desde quando seguir Guénon é seguir os propósitos de Deus?
Mesmo que premonições — que são planos diabólicos — se concretizem, temos de dar atenção às comunicações satânicas e suas soluções?
Se Guénon fosse um homem de Deus, e o Espírito Santo tivesse dito ao mundo através dele que a Igreja Católica seria o último baluarte da Europa, eu mesmo ajudaria o Olavo a converter evangélicos para o catolicismo. Mas Guénon não era nada mais do que um homem usado pelas trevas. Não havia nada de Deus nele.
Os jovens evangélicos que estão caindo na rede de proselitismo católico no movimento conservador brasileiro nunca tiveram nenhum encontro com Jesus. Se antes tinham pouco, hoje têm muito menos do necessário e muito mais do desnecessário. O próprio Olavo, espiritualmente falando, está melhor do que eles?
Em seu currículo, Olavo tem pelo menos um livro de Guénon que ele traduziu para o português. E há, de sua autoria, vários livros de astrologia — geralmente considerados como ocultistas pelos cristãos. Todo esse passado, na minha visão, tem conexão com espíritos, que guiam a vítima para rumos de seu agrado.
É impossível sair, mediante esforço intelectual e humano, da esfera das forças e espíritos do ocultismo. Intelectualmente, Olavo está impossibilitado de rejeitar as revelações espiritualistas (disfarçadas de “análises magistrais”) de Guénon. Por isso, eles as admira. Mas, por que promovê-las?
Não existe saída humana e intelectual do ocultismo e suas contaminações. Uma vez mergulhado nas trevas, os espíritos das trevas nunca deixarão a vida da vítima. É um destino imutável.
Só Jesus Cristo pode libertar alguém das cadeias do ocultismo. Sei disso porque eu mesmo venho de família envolvida no ocultismo. Estavam ao mesmo tempo no catolicismo e ocultismo. Mas minha mãe, ao entrar numa igreja batista renovada, foi liberta de espíritos-guias.
Não quero dizer que a solução está na Igreja Batista. A solução é o Espírito Santo. Quem se abre para ele, seja católico ou batista, experimenta o poder sobrenatural de Deus.
Jesus me libertou e salvou. E hoje ele me usa para esclarecer e ministrar para quem está em necessidade.
Já lidei face a face com pessoas como Guénon. Quando você fala do Evangelho vivo, os espíritos se manifestam. Em cada ocasião que precisei ministrar para Guénons, os espíritos incorporados (homens e mulheres manifestando identidade estranha e voz cavernosa) deixavam claro que odiavam Jesus Cristo.
Se eles expressassem para mim alguma “análise magistral,” eu rejeitaria. E eu ficaria preocupado se um deles dissesse que ama Jesus ou que O vê como única esperança.
A verdade é: o diabo odeia Jesus Cristo e nunca elogia sua Igreja espiritual. No que depender dele, ele nunca dirá que a Igreja espiritual é algum tipo de solução para a Europa. A visão dele sobre Jesus e Sua Igreja espiritual é extremamente negativa.
Eu, se fosse católico, ficaria extremamente preocupado de saber que Guénon tinha uma visão positiva de uma restauração da Igreja Católica.
Mesmo vendo que uma premonição demoníaca é aparentemente correta, a obrigação do cristão é repreender e expulsar o demônio da vítima que faz premonições:
“E aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem escrava que estava tomada por um espírito que a usava para prognosticar eventos futuros. Dessa forma, ela arrecadava muito dinheiro para seus senhores, por meio de advinhações. Seguindo a Paulo e a nós, vinha essa moça gritando diante de todos: ‘Estes homens são servos do Deus Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação!’ E ela insistiu em agir assim por vários dias. Finalmente, Paulo irritou-se com aquela atitude e dirigindo-se ao espírito o repreendeu, exclamando: ‘Ordeno a ti em Nome de Jesus Cristo, retira-te dela!’ E ele, naquele mesmo instante, saiu.’” (Atos 16:16-18 KJA)
Vasculhar escombros e entulhos de premonições em busca de “pepitas de ouro” não é um trabalho saudável. Há casos de líderes evangélicos que ao lerem muito material satânico para entenderem como as trevas trabalham acabaram possessos. Mentes fracas? Não. O Apóstolo Paulo, ao lidar com homens cultos que haviam saído do ocultismo, só tinha uma orientação: Eles deveriam queimar publicamente seus livros satânicos e dar testemunho público de como o poder de Deus foi maior e transformador em suas vidas.
“Muitos dos que creram, assim que chegavam, começavam a confessar e a declarar em público suas más obras praticadas. Da mesma forma, muitos dos que haviam se dedicado ao ocultismo, reunindo seus livros de magia, os queimaram diante de toda a comunidade reunida. Calculados os seus preços, chegou-se à estimativa de que o valor total equivalia a cinquenta mil moedas de prata. E assim, a Palavra do Senhor era grandemente propagada e prevalecia poderosamente.” (Atos 19:18-20 KJA)
Necessariamente, a rejeição ao ocultismo vem depois de uma conversão genuína.
Por mais valiosos que sejam, temos de queimar os livros ocultistas. Hoje, temos de queimar os livros de Guénon. Ou somos mais sábios que Paulo?
Não podemos confiar na inteligência humana, que é alimentada por livros. Essa inteligência é vista como tolice diante de Deus:
“Onde está o filósofo? Onde está o acadêmico? Onde está o debatedor desta era? Deus não transformou em loucura a sabedoria deste mundo?” (1 Coríntios 1:20 HCSB)
Portanto, a sabedoria de Guénon nunca foi nada mais que loucura. Loucura das trevas.
A inteligência espiritual, que é alimentada pelo Livro (a Bíblia), tem o temor de Deus, que é o princípio da sabedoria.
Não posso orientar o mundo católico a rejeitar Guénon. Não posso forçar o Olavo a parar de promovê-lo e elogiá-lo.
Mas posso alertar o mundo evangélico brasileiro, que deveria tratar Guénon do jeito que Nancy Pearcey e o mundo evangélico americano o tratam: rejeição total.
Todo livro de bruxos como Guénon merece ser tratado conforme a orientação que Paulo dava aos cristãos de sua época: fogueira.
Guénon é um mestre da Nova Era. Não havia nada de magistral, perfeito nem irrepreensível no que ele falava, dizia e ensinava. O diabo falava através dele.
Para um homem chegar ao ponto de considerar uma análise ocultista de “magistral” é porque ele, ajudado por espíritos, vê uma grande luz nela.
O contraste de minha experiência é fascinante. Muitos anos antes de conhecer o Olavo, conheci um padre (Paul Marx) recomendando vários livros evangélicos contra a Nova Era. Mas com o Olavo, me deparo com um católico amigo que há anos recomenda livros de Guénon, um dos mestres ocultistas da Nova Era.
Mesmo que não houvesse Guénon e o problema associado da Nova Era, há as diferenças teológicas que precisam da atenção dos evangélicos que seguem o Olavo. Há a questão da Inquisição católica, que já foi tratada por mim aqui: http://bit.ly/1gB9M6v
Os evangélicos que admiram o Olavo não deveriam deixar de apoiá-lo quando ele defende a vida e a família. Mas precisam ser muito cuidadosos e orar por ele para que ele venha a ter um encontro genuíno com Jesus Cristo, que liberta das cadeias do ocultismo e das luzes enganadoras.
Depois de um encontro com Jesus, ele nunca mais verá luzes onde há trevas e nunca mais se guiará por premonições de bruxos. Ele nunca mais verá nada de “magistral” na sabedoria louca de esotéricos e ocultistas. Se ele buscar os melhores dons, conforme orienta a Bíblia, o dom de profecia virá, trazendo direção de Deus. E o Espírito Santo visitará, trazendo sinais, prodígios e maravilhas.
Enquanto isso, os evangélicos precisam examinar bem o que ele recomenda sem absorver tudo.
Não precisamos de forma alguma evitar o Olavo.
Só deveríamos evitá-lo totalmente se ele fosse um pastor e líder evangélico promovendo Guénon. Nesse caso, seria heresia. No caso do Olavo, se formos evitar todas as pessoas do mundo envolvidas em ocultismo, teremos de deixar o mundo.
Neste mundo que jaz no maligno, encontraremos muitos pessoas, médicos e colegas de trabalho debaixo do poder de inspirações ocultistas. Podem ser pessoas ótimas, mas são escravas. O que fazer?
Deixar Deus trabalhar nelas através de nós.
Precisamos do poder sobrenatural do Espírito Santo, inclusive dons de revelação, discernimento espiritual e expulsão de demônios, para ajudar os homens, mulheres e crianças que se encontram espiritualmente cativos.
Que este alerta traga esclarecimento para os evangélicos. Mas nada impede que traga esclarecimento também para católicos e cristãos ortodoxos.
Fonte: www.juliosevero.com
Muito bom o artigo! Só que esteve envolvido com o ocultismo é que sabe como é difícil sair. Busquemos o dom que vem do alto! Glorias ao Senhor Jeus!
Muito bom o artigo! Só que esteve envolvido com o ocultismo é que sabe como é difícil sair. Busquemos o dom que vem do alto! Glorias ao Senhor Jesus!
É uma berração,imbecís o EUA é protestante seu colonos vem da linha calvinista é minoria roma
Excelente artigo. Conhecimento profundo para defesa do evangelho e da verdade.
Péssimo. Infelizmente, o fanatismo continua vivo no sistema religioso. Ataques e mais ataques, e só
Desinformação pura. Guénon não era bruxo e muito menos “guru da Nova Era”.