A autenticidade é uma propriedade que toda a mulher busca ter. Na realidade, ser autêntica implica harmonizar nossas características e nortear as nossas ações e reações, de forma que através das expressões nas variadas situações da vida, estejamos refletindo o que somos de verdade. Estamos falando da personalidade.
Ao nascer, recebemos um nome que nos identificará ao longo da nossa existêcia. Somos seres personalizados. Mas a nossa personalidade possui bases anteriores ao nome que recebemos. A isto chamamos hereditariedade. Nascemos lendo como “matéria-prima” para a construção da personalidade o físico, o temperamento e a inteligência. Tudo passa por lento amadurecimento. Não é algo pronto, mas desenvolve-se e transforma-se com as experiências do dia-a-dia. Toda personalidade possui a sua própria história de vida e a sua própria existência.
Especificamente, H. C. Warren e L. Carmichael definem a personalidade como “a organização mental total de um ser humano em qualquer estágio de seu desenvolvimento. Abrange todos os aspectos do caráter humano, do intelecto, do temperamento, da habilidade, da moralidade e todas as atitudes constituídas durante a vida da pessoa”.
De modo aparente, todas nós sabemos o que é personalidade. Designando pela aparência, chegamos a afirmar que uma pessoa tem “personalidade brilhante” e uma outra, talvez, pela sua postura, dizemos não possuir personalidade. Na verdade, tanto para leigos quanto para cientistas, é difícil compreender integralmente uma única personalidade, que pode ser influenciada pelo mundo e pode influenciá-lo também. Nós, mulheres, refletimos a nossa personalidade através de ações e reações. Produzimos efeitos externos, nos tornamos conhecidas e até influenciamos de diferentes maneiras a diferentes pessoas. A impressão que causamos aos outros, e as suas respostas a nós, são fatores que interferem na nossa auto-imagem e auto-estima.
Durante a vida, aprendemos a importância básica das relações pessoais. Desenvolvemos a nossa sensibilidade para entender as necessidades e atitudes das pessoas; alimentamos a intuição feminina, manifestada nos julgamentos que fazemos das situações e dos nossos semelhantes. É possível a todas nós tomarmos consciência da riqueza que possuímos e da responsabilidade de administrá-la de forma positiva.
Como filhas de Deus, nossa personalidade é cristã, ou seja, trazemos a marca de Jesus: “Desde agora, ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus” (Gálatas 6.17). Somos também influenciadas por Ele: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2.20).
Jesus Cristo possui características de personalidade que nós não temos, porque são atributos divinos. Onipotência – “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mateus 28.18b); Onipresença – “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mateus 18.20); Onisciência – “E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem” (João 2.25).
O nome Jesus Cristo é sobre todo nome. Ninguém possui um nome tão significativo quanto o nome de Jesus. Antes do seu nascimento, no Antigo Testamento os profetas trouxeram informações e expectativas em torno do seu nome: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros. E o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6).
Estes atributos conferem a Jesus a possibilidade de desempenhar papéis impossíveis a qualquer pessoa. Nós somos limitadas pela natureza humana, porém Cristo possui poder para trabalhar incondicionalmente. Com todos os seus atributos, nasceu numa humilde manjedoura e viveu como homem; portanto, sabe entender o ser humano como ninguém. Desenvolveu o seu ministério terreno demonstrando seu poder e cumprindo a sua missão. Morreu numa cruz sem merecer, possibilitou a minha e a sua salvação, ressuscitou da morte. Temos um Cristo vivo que voltou aos céus, mas pode estar presente em nossa vida. A personalidade dEle aparece em nós, influenciando a nossa maneira de ser e agir. Ganhamos mais autenticidade com Cristo atuando através da nossa vida. Assim, transmitiremos a paz e a felicidade que o poder do nome dEle proporciona.
Seja autêntica. Reflita sobre a influência de Jesus Cristo em sua personalidade. Não perca a oportunidade de fazer com que a sua vida seja enriquecida com a presença de Jesus.
Dra. Sônia Pires Ramos, Psicóloga Clínica, Membro da Assembleia de Deus – Belenzinho, São Paulo/SP