A Onipotência Divina

Certa vez o pastor Aiden Walker Tozer escreveu que o maior mal dos cristãos de nosso tempo é o imperfei­to conceito que a maioria deles tem de Deus. Esse assunto é muito importante, pois é impossível o crente ter um relacionamento perfeito com o Criador sem conhecer o caráter e a natureza de Deus.

Sem dúvida, muitas bizarrias teo­lógicas são exatamente consequência de uma má compreensão que as pes­soas têm sobre quem é o Senhor. Por isso, a partir desta edição, estaremos analisando os atributos divinos, que o definem e o tornam absolutamente único. Começaremos por três de seus atributos naturais: a onipotência, a onisciência e a onipresença divinas. Agora, veremos a sua onipotência.

ONIPOTÊNCIA

Por que Deus é Deus? Porque Ele tem atributos naturais que nenhum outro ser no universo tem. O Senhor é sempiterno (não tem começo e não terá fim); é autossuficiente e auto existente; imutável: perfeito, justo e san­to (ou seja, não está e nunca esteve em nenhum processo de aperfeiçoa­mento); transcendente e também oni­potente, onisciente e onipresente.

O que é onipotência? É a quali­dade de ter todo o poder. O vocábu­lo oni significa “tudo” ou “todo”. Logo, quando dizemos que Deus é onipo­tente, estamos afirmando que só Ele detém todo o poder. Há muitas pas­sagens na Bíblia que realçam esse atri­buto divino (Gn 18.14; 2 Cr 20.6; Jó 42.2; SI 62.11; 147.5; Is 14.27; 43.13; Dn 4.35; Lc 1.37).

Deus se apresentou como o Oni­potente a Abraão (Gn 17.1) e a Jó (Jó 40.1-2). Jesus, Deus encarnado, afirmou que “todo o poder” lhe foi dado “no Céu e na Terra” (Mt 28.18). Ele “susten­ta todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hb 1.3). E mais: “Todas as coi­sas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez”, Jo 1.3.

SILOGISMO

Apesar de a onipotência divina ser asseverada inúmeras vezes nas Sagradas Escrituras, há pessoas que tentam filosoficamente desacreditá-la, usando de um infantil silogismo para tentar provar que é impossível algum ser no universo deter todo o poder. O teólogo norte-americano Russell E. Joyner ressalta e desfaz esse logro:

“Um antigo questionamento filo­sófico indaga: ‘Deus é capaz de criar uma rocha tão grande que Ele não possa mover? Se Ele não consegue movê-la, logo Ele não é todo-pode- roso. E se Ele não é capaz de criar uma rocha tão grande assim, isso tam­bém comprova que Ele não é todo- poderoso’. Essa falácia da lógica simplesmente brinca com as palavras e desconsidera o fato de que o poder de Deus está relacionado com seus propósitos”.

“A pergunta mais honesta seria: Deus é poderoso para fazer tudo quanto pretende, e que esteja de acordo com o seu propósito? De acor­do com os seus decretos, Ele de­monstra que realmente tem a capa­cidade de realizar tudo quanto dese­jar: ‘Porque o Senhor dos Exércitos o determinou; quem pois o invalida­rá? E a sua mão estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás?’, Is 14.27” (Teologia Sistemática- uma perspec­tiva pentecostal, editor Stanley M. Horton, CPAD).

PROPÓSITO

Um dos propósitos de Deus é sal­var os seres humanos (I Tm 2.3-4). Em Marcos 10.25-27, Jesus falou a seus dis­cípulos que é impossível ao ser huma­no salvar-se a si mesmo, mas isso não é impossível para Deus, porque “para Deus todas as coisas são possíveis”. Ele proveu nossa salvação por meio de Cristo (Jo 3-16). Todos quantos quise­rem aceitá-lo sinceramente como Sal­vador e Senhor de suas vidas podem ser salvos hoje e agora (Jo 1.11-12). Portanto, podemos e devemos louvar a Deus não só pela sua onipotência, mas também por seus sublimes propósitos, que nos garantem a Salvação!

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FONTE: REVISTA “RESPOSTA FIEL” ANO 5 – N°19

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