LEVÍTICO 12.5,7 – Sendo a maternidade uma bênção de Deus, por que depois do parto as mães tinham de trazer um sacrifício a Deus, para se purificarem?
PROBLEMA: A Bíblia exalta a maternidade, dizendo: “Tua esposa, no interior de tua casa, será como a videira frutífera; teus filhos como rebentos da oliveira” (SI 128:3). Não obstante, é pedido às mães que levem um sacrifício ao altar para “purificar-se” e para que seja feita “expiação” depois do nascimento de um filho (Lv 12:5-7).
SOLUÇÃO: Alguns consideram que tal sacrifício seria apenas simbólico, porém, mesmo assim ele teria de simbolizar algo que fosse literalmente verdadeiro. Parece melhor fazermos uma distinção entre o ofício da maternidade em si e a maternidade num mundo decaído. Deus criou uma mulher para Adão e ordenou que eles tivessem filhos (Gn 1:27-28). Nesse sentido original e primitivo, a maternidade é pura e limpa.
Infelizmente, desde a queda de Eva (com Adão), a maternidade não é mais isenta da mácula do pecado. Davi confessou: “em pecado me concebeu minha mãe” (SI 51:5). Já que a maternidade, como qualquer outra coisa neste mundo decaído, estava sujeita ao pecado, ela também necessitava de purificação. Afinal de contas, “a lavoura dos ímpios é pecado” (Pv 21:4, ARC) num mundo decaído. Como conseqüência da queda, toda mulher gera filhos em meio às dores (Gn 3:16). É conveniente, então, que as mulheres sejam lembradas da graciosa provisão de Deus para elas e por meio delas, oferecendo um sacrifício pelo nascimento de um filho.
Extraído do livro MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e “Contradições” da Bíblia. Norman Geisler – Thomas Howe