A lei contra o homossexualismo foi abolida?

LEVÍTICO 18.22-24 – A LEI CONTRA O HOMOSSEXUALISMO FOI ABOLIDA, TAL COMO A PROIBIÇÃO DE COMER CARNE DE PORCO? ESSAS LEIS NÃO ESTAVAM DE ALGUM MODO LIGADAS AO MEDO DA MALDIÇÃO DA ESTERILIDADE?

A lei contra o homossexualismo, nesta passagem de Levítico, é encontrada em paralelo com as leis cerimoniais e alimentares, que foram finalizadas em Atos 10.15. Sendo assim, pode parecer lógico que as leis que proíbem a homossexualidade também não estejam mais em vigor. De acordo com a crença judaica, a esterilidade era uma maldição (Gn. 16.1; ISm. 1.3-11). Crianças eram consideradas bênção de Deus (Sl. 127.3). A bênção da terra estava ligada aos filhos (Gn. 15.5). Por isso era natural que a lei do AT nessa cultura reprovasse o homossexualismo, que não permite que crianças sejam geradas; talvez o que estivesse sendo condenado fosse a recusa a ter filhos, e não o homossexualismo. Esse é o pensamento daqueles que defendem o homossexualismo e negam sua condenação na Bíblia.

RESPOSTA APOLOGÉTICA: O simples fato da proibição do homossexualismo estar no livro de Levítico não a torna parte da lei cerimonial. Se isso fosse verdade, o mesmo poderia ser dito do estupro, do incesto e de outras atitudes bestiais descritas nesse mesmo capítulo 18 de Levítico. A Palavra de Deus demonstra que a proibição da prática homossexual não era um mero preceito do Antigo Testamento, mas sim condenada também no Novo Testamento (ICo. 6.10; Rm. 1.26-27; ITm. 1.10). Em nenhum lugar nas Escrituras as leis relacionadas a práticas sexuais estão ligadas à procriação de filhos. Condenar os homossexuais à morte, por serem estéreis, não resolveria o problema da geração de mais crianças, nesse caso o casamento heterossexual seria uma punição mais apropriada.

A lei contra o homossexualismo em Israel se estende até os gentios (Rm. 1.26-27), e os gentios não possuíam lei cerimonial (Rm. 2.12-15), nem fizeram qualquer pacto com Deus para formação de uma nova nação. Por essa razão Deus trouxe o juízo sobre os cananitas (Lv. 18.1-3,24-25). Um judeu flagrado em ato homossexual era brutalmente destruído. No entanto, aqueles que violassem as leis alimentares eram considerados imundos e obrigados a viver fora do arraial por um curto espaço de tempo.

Se a esterilidade era uma maldição divina, então manter-se solteiro seria pecaminoso. Mas tanto o nosso Senhor (Mt. 19.11-12), como o apóstolo Paulo (ICo. 7.8), sancionaram a condição das pessoas permanecerem solteiras por preceitos e prática. Contudo, proibições contra a prática homossexual continuaram a ser promulgadas através de várias epístolas (Rm. 1.26-27; ICo. 6.9; ITm. 1.10 e Jd. 7).

Compilado e preparado pelo Pr. Edisom Miranda da IEPAZ

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