No livro, “O Ritual do Santuário”, lemos: Quando, portanto, os dois bodes eram postos perante o Senhor no dia da expiação, representavam Cristo a Satanás . … Satanás não somente arrostou o peso e castigo de seus próprios pecados, mas também dos pecados da hoste dos remidos, os quais foram colocados sobre ele, e também deve sofrer pela ruína de almas por ele causadas (“O Ritual do Santuário”, M. L. Andreasen. CPB, 1983, pp. 168, 314) (destaque nosso) .
…o bode emissário tipificava Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes serão finalmente colocados . … Quando Cristo, pelo mérito de Seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de Seu povo, ao encerrar-se o Seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na execução do juízo, deverá arrostar a pena final. O bode emissário era enviado para uma terra não habitada, para nunca mais voltar à congregação de Israel. Assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de Seu povo, e eliminado da existência na destruição final do pecado a dos pecadores (“O Grande Conflito”, p. 421, CPB), (destaque nosso).
Resposta Apologética:
Em Lv 16.1-5 eram apresentados dois bodes para expiação dos pecados. Satanás não é nossa oferta para o pecado. Foi Cristo e não Satanás quem carregou nossos pecados – Is 53.4-6,11-12 comparado com Mt 8.16-17; Jo 1.29; 1 Pe 2.24; 3.18. Não era só o bode expiatório que fazia expiação pelo pecado. Eram os dois bodes – Lv 16.10. Azazel – pode ser traduzido por afastamento, remoção, ou emissário. Logo, colocar os pecados sobre o bode para Azazel seria para afastamento. O sentido tipológico da cerimônia do Dia da Expiação pode ser assim interpretado: a) que tendo a morte do primeiro bode efetuada uma plena redenção do pecado do povo, nisso representando Cristo; b) a maldição devida pelos pecados era removida para nunca mais alcançar de novo aqueles que os cometeram. Aceitar a explicação dos Adventistas do Sétimo Dia sobre o bode emissário transferiria a obra de Cristo para o diabo. Ele seria um co-salvador, o que é uma perversão da obra redentora de Cristo na cruz – 2 Co 5.21; Hb 10.18. Arrazoemos se não é assim:
a. Os pecados dos crentes são lançados no santuário do céu e lá ficam;
b. Os pecados do santuário celestial são transferidos depois para Cristo e tornam-se dele;
c. Estes pecados de Cristo, na sua segunda vinda, são lançados sobre Satanás e ficam-lhe a pertencer;
d. Quando Satanás for aniquilado, também os pecados o serão. Satanás, entretanto, não será aniquilado, mas castigado eternamente no lago de fogo (Mt 25.41; Ap 20.10);
e. A suma, a essência do plano da salvação dos Adventistas do Sétimo Dia é: O Salvador não é Cristo e sim Satanás. Esse ensino é outro evangelho – Gl 1.8-9;
f. Se os adventistas aceitam esse inclassificável ensino como sendo de fato o plano da salvação preparado por Deus, fica nítido seu grande desvio doutrinário. E, sem dúvida, ensino herético, próprio de uma seita.
Extraído da Séria Apologética, Vol 3, ICP