Antes de mostrarmos o que a Bíblia diz, é necessário mostrarmos o que Calvino disse, para estabelecermos o contraste. Como ele ensinava que a graça é irresistível, ele era obrigado a crer que a causa primeira pela qual alguém está no pecado é porque Deus não entendeu sua graça a essa pessoa, e não porque essa pessoa rejeitou a graça oferecida a ela. Ele disse que “a fonte de sua cegueira é o fato de Deus não se dignar manifestar-lhes seu braço”[1]. Contra aqueles que criam que o homem pode resistir à graça, ele disse:
“Esse erro nasceu daí, a saber, que os homens pensavam estar em nosso arbítrio rejeitar ou aceitar a graça de Deus oferecida, refugada esta opinião, também aquele por si só se esboroa”[2]
Sendo assim, a razão pela qual o pecador peca é porque Deus o abandonou:
“Profeta diz ser redimido pela mão de um mais forte [Jr 31.11], significando com isso de quão apertados grilhões está amarrado o pecador por todo o tempo em que, abandonado pelo Senhor, age debaixo do jugo do Diabo”[3]
Por isso, a razão pela qual uns perseveram e outros pecam é porque Deus estende sua graça a uns e não a outros:
“Se se procura a causa da diferença, por que uns perseveram constantes, outros por instabilidade desfalecem, não nos é mostrada nenhuma outra causa senão que àqueles, firmados por seu poder, o Senhor os sustenta para que não pereçam; a estes não lhes ministra o mesmo poder, para que sejam exemplos de inconstância”[4]
Se o pecador peca, ele peca em virtude da ausência da graça, que Deus não lhe quis dar:
“Portanto, por que ao Senhor não importunam para que assim não labore em vão exigindo dos homens aquilo que só ele pode dar e castigando aquilo que se comete em virtude da ausência de sua graça?”[5]
Quanto aos eleitos, ele diz que eles não podem resistir à graça de Deus:
“E Deus move a vontade, não da maneira como por muitos séculos se ensinou e
se creu – que seja de nossa escolha em seguida obedecer ou resistir à operação de Deus –, ao contrário, dispondo-a eficazmente. Logo, é necessário que se repudie tal afirmação tantas vezes repetida por Crisóstomo: ‘Aquele a quem Deus atrai, atrai querendo’, com que insinua que o Senhor apenas espera, de mão estendida, se porventura nos agrade sermos ajudados por seu auxílio”[6]
Vemos que Calvino rejeitava a tese de que “o Senhor espera de mão estendida”, em um gesto gracioso de oferta de uma graça livre, que pode ser aceita ou recusada. Deus, no calvinismo, não é como um cavalheiro que oferece a graça a todos com as mãos estendidas para o pobre pecador, mas é como um déspota que ignora a maioria dos pecadores e que sequer lhes estende as mãos, mas arrebata para si alguns “eleitos”, mesmo contra a vontade deles[7].
A Bíblia, diferente de Calvino, apresenta um arsenal incontestável de citações onde um Deus amoroso estende as suas mãos a um povo que o rejeita. O apóstolo Paulo diz que Deus “todo o dia estendeu as suas mãos a um povo rebelde e desobediente” (Rm.10:21). Ele fazia uma citação ao texto de Isaías, onde Deus diz:
“O tempo todo estendi as mãos a um povo obstinado, que anda por um caminho que não é bom, seguindo as suas inclinações” (Isaías 65:2)
Então, vemos que, biblicamente, Deus estende as suas mãos a pessoas obstinadas, rebeldes, desobedientes e que o rejeitam. Ele não se digna a estender suas mãos apenas para os eleitos, como cria Calvino, mas a estende a todos, inclusive àqueles que o rejeitam. Seria simplesmente ridículo se esse Deus que estende suas mãos tentando salvar um pecador desobediente é o mesmo Deus que determinou que este pecador fosse desobediente e que rejeitasse a Sua oferta.
Se fosse assim, tudo não passaria de uma peça teatral, onde Deus finge querer salvar o pecador, quando, na verdade, ele já predestinou este pecador ao inferno. A sinceridade e honestidade neste gesto de estender as mãos seria tão grande quanto o beijo de Judas. Mas o que a Bíblia realmente ensina é que Deus estendeu seu braço para resgatá-los, porque ele buscava a salvação daquelas pessoas, que o rejeitaram:
“Quando eu vim, por que não encontrei ninguém? Quando eu chamei, por que ninguém respondeu? Será que meu braço era curto demais para resgatá-los? Será que me falta a força para redimi-los? Com uma simples repreensão eu seco o mar, transformo rios em deserto; seus peixes apodrecem por falta de água e morrem de sede” (Isaías 50:2)
O que Deus está dizendo neste texto de Isaías é que a razão pela qual eles não foram resgatados não foi por uma omissão divina ou retenção da graça, pois ele buscou, chamou e estendeu suas mãos ao pecador, com a finalidade de que eles fossem redimidos. Seu braço não era curto, seu chamado não era falso, sua força não era limitada. A razão da perdição daquelas pessoas é em função da própria desobediência delas, em recusar a graça salvadora que lhes estava sendo ofertada.
Não era porque Deus não quis, e muito menos porque ele não chamou ou não se dignou a estender suas mãos. Deus fez toda a sua parte para a salvação deles, mas eles não fizeram a parte deles, que meramente se resumia em aceitar essa graça oferecida. As parábolas de Jesus ilustram muito bem isso. Sempre Deus chamava a todos, mas alguns eram desobedientes ou recusavam a oferta. Em uma de suas parábolas, ele disse:
“Então disse a seus servos: ‘O banquete de casamento está pronto, mas os meus convidados não eram dignos. Vão às esquinas e convidem para o banquete todos os que vocês encontrarem’. Então os servos saíram para as ruas e reuniram todas as pessoas que puderam encontrar, gente boa e gente má, e a sala do banquete de casamento ficou cheia de convidados. Mas quando o rei entrou para ver os convidados, notou ali um homem que não estava usando veste nupcial. E lhe perguntou: ‘Amigo, como você entrou aqui sem veste nupcial? ’ O homem emudeceu. Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrem-lhe as mãos e os pés, e lancem-no para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes’” (Mateus 22:8-13)
Primeiro: todos foram convidados. Segundo: a sala do banquete ficou cheia de convidados. Terceiro: nem todos os convidados obedeceram, pois alguns recusaram a veste nupcial. Deus convida a todos; alguns aceitam e outros rejeitam. Em outra parábola, ele contou:
“O Reino dos céus é como um rei que preparou um banquete de casamento para seu filho. Enviou seus servos aos que tinham sido convidados para o banquete, dizendo-lhes que viessem; mas eles não quiseram vir. De novo enviou outros servos e disse: ‘Digam aos que foram convidados que preparei meu banquete: meus bois e meus novilhos gordos foram abatidos, e tudo está preparado. Venham para o banquete de casamento!’ Mas eles não lhes deram atenção e saíram, um para o seu campo, outro para os seus negócios” (Mateus 22:2-5)
Mais uma vez, todos foram convidados para o banquete. Porém, nem todos quiseram ir. Muitos não deram atenção e saíram, amando mais suas próprias vidas do que o Reino de Deus. Novamente, Jesus ensina que Deus chama a todos em sua oferta misericordiosa de graça, mas nem todos aceitam este convite, porque ele não é irresistível. É por isso que o autor de Hebreus disse:
“Cuidado! Não rejeitem aquele que fala. Se os que se recusaram a ouvir aquele que os advertia na terra não escaparam, quanto mais nós, se nos desviarmos daquele que nos adverte dos céus?” (Hebreus 12:25)
Isso não faz sentido se a graça é irresistível e não pode ser rejeitada. Se a pessoa é eleita, ela não pode resistir à graça. Se ela não é eleita, então a graça salvífica não é oferecida a ela, e ela não pode rejeitar a algo que não lhe foi oferecido, da mesma forma que ninguém recusa um presente se ninguém lhe ofereceu um. De todos os modos, dizer para “não rejeitar” a graça seria inócuo e sem sentido, se o modus operandi desta graça é irresistível.
Em Apocalipse, João diz:
“E blasfemavam contra o Deus do céu, por causa das suas dores e das suas feridas; contudo, recusaram-se a arrepender-se das obras que haviam praticado” (Apocalipse 16:11)
Neste mesmo livro vemos a ilustração de Deus batendo à porta, esperando que o pecador a abra, para que ele possa cear com ele. Os calvinistas rejeitam essa ilustração e para isso argumentam que Deus não estava falando com os incrédulos, mas com a Igreja, porque essa carta foi escrita a uma igreja local, a de Laodiceia.
Ignoram, no entanto, que este texto não foi escrito para a Igreja como o Corpo místico de Cristo, mas para uma igreja nominal, uma congregação, que pode reunir cristãos verdadeiros e cristãos meramente nominais, mas que não vivem a sua fé. Que nem todos das igrejas locais eram obedientes, isso fica claro na leitura das cartas às sete igrejas e nas epístolas apostólicas.
Um crente da Igreja de Corinto, por exemplo, mantinha relações sexuais com sua madrasta, e Paulo disse para expulsá-lo da comunhão (1Co.5:1,2). Ele era um crente nominal, que frequentava uma comunidade cristã local, mas não era um verdadeiro cristão. Era um ímpio dentro de uma igreja. O mesmo ocorre com a igreja local de Laodiceia como um todo. Vejamos como Deus a descreve:
“Ao anjo da igreja em Laodiceia escreva: Estas são as palavras do Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o soberano da criação de Deus. Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! Assim, porque você é morno, nem frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca. Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu. Dou-lhe este aconselho: Compre de mim ouro refinado no fogo e você se tornará rico; compre roupas brancas e vista-se para cobrir a sua vergonhosa nudez; e compre colírio para ungir os seus olhos e poder enxergar” (Apocalipse 3:14-18)
Vemos que a igreja de Laodiceia era apenas uma igreja nominal, composta por cristãos de aparência, que não viviam a fé que professavam. Deus iria vomitá-los da sua boca, disse que eram espiritualmente miseráveis, dignos de compaixão, pobres, cegos e nus. Eles eram cegos espirituais, pois ainda precisavam comprar colírio para ungir seus olhos. Os cegos espirituais são uma figura dos descrentes que estão nas trevas, e não dos crentes que estão na luz. Portanto, essa igreja local de Laodiceia era tão corrompida quanto o mundo, e é a eles que Deus diz, logo em seguida, o seguinte:
“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei na sua casa, e cearei com ele, e Ele comigo” (Apocalipse 3:20)
Desta forma, analisando dentro do contexto, vemos que essa declaração se aplica aos ainda não-salvos da mesma forma que se aplicou aos falsos crentes não-regenerados da igreja de Laodiceia. Deus bate à porta, como um cavalheiro esperando ser recebido. Ele não arromba a porta nem violenta a vontade do pecador para que ele abra. Ele não atrai com uma força irresistível. Ele oferece a sua graça e espera pacientemente que o pecador a receba em sua vida, para que Cristo entre em seu coração e faça toda a transformação necessária.
Essa função humana de abrir a porta, que decorre do livre-arbítrio de poder aceitar ou rejeitar algo, também foi destacada pelo apóstolo Paulo ao escrever aos efésios. Ele disse:
“Não vos embriagueis com vinho, que é uma fonte de devassidão, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18)
O ato de “encher” é atribuído às próprias pessoas. Embora seja Deus que possibilite este ato e capacite as pessoas a isto, cabe às próprias pessoas o colocarem em ação, ao não resistirem à graça divina. A NVI traduz por “deixem-se encher pelo Espírito” (v.18), mostrando que o enchimento não é um processo unilateral da parte de Deus, mas algo que implica em assentimento humano. Da mesma forma que ele não abre a porta por si mesmo, mas espera que nós a abramos para recebê-lo (Ap.3:20), ele não nos enche do Espírito Santo sem nosso consentimento, mas somos nós que nos “deixamos encher” do Espírito.
A possibilidade de recusar essa oferta é clara em toda a Bíblia. Ela diz que Janes e Jambres “resistiram à verdade” (2Tm.3:8), que “nem todos os israelitas aceitaram as boas novas” (Rm.10:16), que alguns “suprimem a verdade pela injustiça” (Rm.1:18), que os judeus de Antioquia “rejeitaram e não se julgaram dignos da vida eterna” (At.13:46), que “os seus não o receberam” (Jo.1:11), mas “a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (Jo.1:12).
É impossível negar a realidade de que é possível resistir ou não resistir; suprimir ou não suprimir; receber ou não receber; aceitar ou rejeitar. Deus nunca atua mediante uma força irresistível, mas permite ser resistido. A graça não é irresistível, mas precisa ser aceita e recebida por parte do homem. Até Estêvão já sabia que o homem pode resistir ao Espírito Santo:
“Povo rebelde, obstinado de coração e de ouvidos! Vocês são iguais aos seus antepassados: sempre resistem ao Espírito Santo!” (Atos 7:51)
Ninguém “resiste” a algo a não ser que este algo queira outra coisa. Se o Espírito Santo não desejava a salvação daqueles que o resistiram, supostamente porque Deus já os havia predestinado à perdição, então por que ele estava tentando algo na vida deles? Se ele não estava tentando nada, não poderia ser “resistido”. Se ele estava tentando algo, mas não conseguiu e foi resistido, é porque a atuação de Deus não é monergística e muito menos irresistível.
Deus faz tudo para a salvação de cada indivíduo, mas “por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento” (Rm.2:5). Mesmo querendo salvá-los, alguns são teimosos e tem um coração obstinado, que pode resistir à operação do Espírito Santo. Deus lhes oferece a salvação, mas não crê no lugar deles, pois isso implicaria em ferir o livre-arbítrio.
Isso explica o porquê que a Bíblia sempre coloca o arrependimento como sendo uma função do homem:
“Daí em diante Jesus começou a pregar: ‘Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo’” (Mateus 4:17)
“Ele dizia: ‘Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo’” (Mateus 3:2)
Deus não crê pela própria pessoa, nem se arrepende por ela. Cabe ao próprio indivíduo se arrepender. Este arrependimento não é feito por Deus, e sim possibilitado por Ele. É por isso que Paulo disse:
“Ouvindo isso, não apresentaram mais objeções e louvaram a Deus, dizendo: Então, Deus concedeu arrependimento para a vida até mesmo aos gentios!” (Atos 11:18)
Deus nos concede a possibilidade do arrependimento para a vida eterna e nos dá tempo para que nos arrependamos, mas, ainda assim, as pessoas podem resistir a Deus e recusarem se arrepender, como ele disse:
“Dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua imoralidade sexual, mas ela não quer se arrepender” (Apocalipse 2:21)
Isso também está no contexto das cartas às sete igrejas, e nos mostra que é possível alguém frequentar uma igreja local estando com o coração longe de Deus, distante do arrependimento para a vida eterna. Deus espera que essas pessoas se arrependam, possibilita o arrependimento através da graça preveniente, dá-lhes tempo para o arrependimento, mas mesmo com todo este favor divino é possível que alguém resista à operação do Espírito Santo e não queira se arrepender.
Foi isso o que aconteceu com alguns daquela igreja de Tiatira, e é isso o que ocorre com muitos nos dias de hoje. Deus não se manifesta apenas para alguns nem derrama Sua graça somente sobre poucos. Ele dá oportunidade de arrependimento para a salvação a todos, mas nem todos aceitam se arrependerem. A condenação deles não é em função de uma negligência arbitrária divina em reter a graça que lhes poderia salvar, mas é pela resistência das próprias pessoas.
O novo nascimento é uma dádiva de Deus, mas é preciso que uma pessoa a receba. Jesus disse que “uma pessoa só pode receber o que lhe é dado dos céus” (Jo.3:27). Comentando este texto, Geisler diz que “isso implica um ato livre da vontade, que pode tanto aceitar quanto rejeitar a oferta de Deus”[8]. A realidade da possibilidade de alguém não recebera Cristo mesmo depois de ter sido chamado é muito clara à luz do convite de Jesus ao jovem rico, em uma famosa passagem bíblica. Ele disse:
“Jesus olhou para ele e o amou. ‘Falta-lhe uma coisa’, disse ele. ‘Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me’. Diante disso ele ficou abatido e afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas. Jesus olhou ao redor e disse aos seus discípulos: ‘Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus!’” (Marcos 10:21-23)
É impossível negar o óbvio deste texto: que Jesus chamou o rico a segui-lo. O “siga-me” foi expressamente declarado. Porém, aquele jovem recusou este chamado, e se afastou, porque seu coração estava conquistado pelas riquezas. Jesus não estava chamando-o hipocritamente, como se já tivesse decidido o contrário na vida dele. O chamado não era insincero; era tão sincero que Cristo realmente queria que aquele jovem o seguisse. Cristo “o amou” e realmente desejou a salvação dele, caso contrário não o teria chamado. Mesmo assim, aquele jovem recusou o chamado.
É difícil ler este relato sob a ótica calvinista, pois teríamos que crer que Jesus não o chamou sinceramente (pois já havia determinado que ele não o seguisse). Seria um chamado insincero e falso. Mas se Cristo realmente o chamou e se este chamado foi sincero, então temos que admitir a possibilidade da rejeição. A graça, como se manifestou neste caso, não é irresistível. Se fosse, aquele jovem nunca poderia ter resistido e se afastado de Jesus. Ele seria atraído com uma força irresistível e “eficaz”, como os calvinistas gostam de dizer. Mas a graça não violou o livre-arbítrio, nem violentou a vontade do homem.
Casos semelhantes ocorrem naquelas duas passagens que já vimos neste livro. A primeira é quando Lucas diz que “os fariseus e os peritos na lei rejeitaram o propósito de Deus para eles, não sendo batizados por João” (Lc.7:30). Deus tinha um propósito para eles, mas eles rejeitaram este propósito. Ou o propósito de Deus é falso, ou a rejeição humana é uma possibilidade real. A outra passagem é aquela em que Cristo fala sobre Jerusalém:
“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, mas vós não o quisestes!” (Mateus 23:37)
Deus queria uma coisa, mas os israelitas quiseram outra. Como consequencia, a casa deles ficou deserta (v.38) e eles foram massacrados pelos romanos. Se a vontade de Deus fosse a única coisa que importasse, seria óbvio que isso não aconteceria, pois Jesus disse que queria o contrário. Se o homem não pudesse resistir a Deus, aqueles judeus teriam cumprido o querer de Cristo e teriam sido ajuntados por ele. Porém, isso não aconteceu. É como disse Olson:
“Se a graça irresistível fosse verdadeira, claro, Jesus poderia simplesmente ter atraído eficazmente o povo de Jerusalém para Si. Por que ele assim não o fez se estava tão pesaroso acerca de sua rejeição? E por que ele estaria triste acerca da rejeição se ela, assim como tudo, foi preordenado por Deus?”[9]
Lemke também observa:
“Se Jesus acreditasse na graça irresistível, tanto na chamada externa quanto na interna, seu lamento aparente sobre Jerusalém teria sido apenas um ato insincero, um show de dissimulação pelo fato dele saber que Deus não iria e que não daria a tais pessoas perdidas as condições necessárias para a salvação das mesmas”[10]
O fato de Jesus ter chorado sobre Jerusalém naquela ocasião (Lc.19:41) também é algo que fica sem explicação no prisma calvinista. Olson também observa isso, dizendo:
“Imagine que um pai possui uma poção do amor que faria com que todos os seus filhos o amassem e que jamais se rebelassem contra ele. Ele dá a poção a alguns de seus filhos, mas não a dá a outros e então chora pelo fato de que alguns de seus filhos o rejeitam e não o amam. Quem levaria esse pai a sério? Ou, se o levássemos a sério, quem não pensaria que ele é insincero ou um tanto quanto louco?”[11]
A única passagem bíblica que os calvinistas frequentemente recorrem na tentativa de provar a graça irresistível na Bíblia é a de João 6:44, que diz:
“Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44)
Sproul faz amplo uso deste texto na tentativa de provar que o homem é atraído por Deus irresistivelmente. Porém, nada neste texto nos diz que essa atração é irresistível. Embora em outras passagens bíblicas o termo helkuo tenha esta conotação, ele também pode significar simplesmente trazer ou atrair, ao invés de compelir. É assim que entendemos um texto paralelo em João 12:32, onde a mesma palavra é utilizada:
“Mas eu, quando for levantado da terra, atrairei [helkuo] todos a mim” (João 12:32)
Jesus não disse que atrairia “alguns”, mas “todos”. Se helkuo significa uma força irresistível, então este verso ensina o universalismo, que é a crença falsa de que todos serão salvos. Sabemos que isto é errado porque também sabemos que helkuo nem sempre implica em compelir algo. Como Olson observa, “a palavra pode significar simplesmente trazer ou atrair em vez de compelir ou arrastar. A interpretação arminiana destes versículos em João 6 e 12 é sensata: que ninguém pode vir a Jesus Cristo a menos que a pessoa seja atraída pela graça preveniente de Deus que chama e capacita, mas que não compele”[12].
O Antigo Testamento também está repleto de citações onde o homem resiste a Deus. Em Ezequiel, por exemplo, Deus diz:
“Ora, a sua impureza é a lascívia. Como eu desejei purificá-la mas você não quis ser purificada de sua impureza, você não voltará a estar limpa, enquanto não se abrandar a minha ira contra você” (Ezequiel 24:13)
Deus quis purificar Israel, mas Israel não foi purificada, e a razão para isso é porque Israel não quis. É mais uma vez nítido que uma pessoa, e até mesmo uma nação como um todo, pode resistir aos propósitos do Senhor, porque o que Deus deseja não é algo irresistível. Se Deus tivesse determinado que Israel ficaria impura e tivesse negligenciado a graça necessária para a sua purificação, estaria sendo no mínimo cínico ao dizer que deseja a purificação de Israel, quando tirou dela toda e qualquer possibilidade de purificação.
Por outro lado, se este desejo é sincero e verdadeiro, e Deus realmente quis purificar Israel, que não foi purificada porque ela não quis, então logicamente é possível resistir a Deus, no sentido de recusar uma oferta livre de graça, que pode purificar e regenerar o homem perdido. Isso se vê mais claramente em Jeremias, que é repleto de citações como essas. No capítulo 7, por exemplo, Deus diz:
“Porque vos chamei e não respondestes, farei a esta casa como fiz a Silo” (Jeremias 7:13,14)
Deus os chamou, mas o homem resistiu a este chamado, não respondendo. Seria completamente irracional se Deus tivesse chamado alguém que ele já determinou que não poderia ouvir. Faria tanto sentido quanto falar com a parede. Se Deus chamou, no mínimo era possível que o homem respondesse. Se o homem não respondeu, no mínimo era possível resistir ao chamado divino. Alguns versos adiante, Deus diz:
“Porém não escutaram, nem inclinaram os seus ouvidos, mas andaram para trás em vez de irem para diante” (Jeremias 7:24)
“Esta nação não deu ouvidos à voz do Senhor seu Deus, nem aceitou sua correção, por isso foi rejeitada pelo Senhor” (Jeremias 7:28,29)
Como vemos, a rejeição da parte de Deus só vem depois da rejeição da parte do homem. Deus possibilita a resposta livre do homem através da graça preveniente, o homem recusa esta graça, então Deus o rejeita. É exatamente o contrário do calvinismo, onde primeiro é Deus que rejeita o indivíduo e o predestina à perdição, depois o cega e o endurece para que ele rejeite a Deus, e finge querer algo diferente para ele em relação ao que ele determinou.
O esquema abaixo demonstra bem isso, na ótica calvinista:
Deus determina a perdição do indivíduo
Deus endurece esse que ele rejeitou
Deus “chama” quem ele rejeitou
Este não escuta e é condenado
Como vemos, o chamado no calvinismo é algo ilógico e insincero. Nenhuma razão há em chamar alguém que ele já predestinou à perdição, que já endureceu e que por causa deste endurecimento não há a mínima chance de aceitar o chamado. Seria a mesma coisa de eu amarrar as mãos e os pés de um indivíduo, depois o prender dentro de um baú e o chamar para fora, sem que ele tenha a mínima chance de sair dali. Este chamado seria, na melhor das hipóteses, uma zombaria. Se Deus determinou um indivíduo à perdição e este não tem sequer uma oportunidade de reverter isso, então este chamado, além de inútil, é um deboche.
Agora vejamos isso no prisma arminiano:
Deus dá oportunidade para todos pela graça preveniente, e chama a todos
Alguns endurecem a si mesmos e resistem à graça
Os que resistem são depois rejeitados por Ele
Estes são condenados
No prisma arminiano, tudo faz sentido. Pela graça preveniente, Deus dá uma oportunidade a todos, mas nem todos aceitam a graça que lhes é oferecida. Estes que resistem à graça vão endurecendo seus corações, até o ponto em que são definitivamente rejeitados por Deus, que os esperou com longanimidade e paciência por muito tempo, e por fim eles são condenados. Ninguém é condenado sem ter uma oportunidade, e ninguém é rejeitado por Deus sem antes ter rejeitado a Deus. Este quadro fica ainda mais nítido quando vemos Deus dizendo:
“Porque endurecestes vosso coração, e não quisestes obedecer ao Senhor, todos estes males vos sobrevieram” (Jeremias 19:15)
E também:
“Voltaram as costas para mim e não o rosto; embora eu os tenha ensinado vez após vez, não quiseram ouvir-me nem aceitaram a correção. Profanaram o templo que leva o meu nome, colocando nele as imagens de seus ídolos” (Jeremias 32:33,34)
Deus persiste, vez após vez, desejando e possibilitando o arrependimento deles para a vida eterna, mas eles, por sua própria rebeldia e desobediência, recusam-se a aceitar a graça e fecham seus próprios ouvidos à correção de Deus. Essa ilustração é muito vívida ao lermos o texto de Oseias, onde Deus diz:
“Quando Israel era menino, eu o amei, e do Egito chamei o meu filho. Mas, quanto mais eu o chamava, mais eles se afastavam de mim. Eles ofereceram sacrifícios aos baalins e queimaram incenso os ídolos esculpidos. Mas fui eu quem ensinou Efraim a andar, tomando-o nos braços; mas eles não perceberam que fui eu quem os curou. Eu os conduzi com laços de bondade humana e de amor; tirei do seu pescoço o jugo e me inclinei para alimentá-los. ‘Acaso não voltarão ao Egito e a Assíria não os dominará porque eles se recusam a arrepender-se?’” (Oséias 11:1-5)
O tempo todo Deus os amou. Ele jamais os abandonou. Ele os chamava dia após dia, ainda que os israelitas se afastassem cada vez mais. Ele os ensinou a andar, os tomou em seus braços, fez tudo o que um pai bondoso e misericordioso faz para com um filho amado. Mesmo assim, os israelitas seriam condenados ao jugo do império assírio.
A razão disso não é porque Deus de repente se lembrou que os havia predestinado à perdição antes da fundação do mundo, mas porque os israelitas recusaram se arrepender. Deus queria e buscou o arrependimento deles, mas não violou o livre-arbítrio deles. A graça ainda era resistível, de modo que eles puderam recusar se arrepender, e tiveram o fim que tiveram. A mesma coisa lemos em Provérbios, onde Deus diz:
“Se acatarem a minha repreensão, eu lhes darei um espírito de sabedoria e lhes revelarei os meus pensamentos” (Provérbios 1:23)
“Se acatarem” denota condicionalidade. Não era algo que Deus iria colocar irresistivelmente sobre quem ele quisesse, e rejeitar a quem ele quisesse. Era algo que dependia de aceitação humana – se eles acatarem. Em seguida, Deus diz:
“Vocês, porém, rejeitaram o meu convite; ninguém se importou quando estendi minha mão!” (Provérbios 1:24)
Deus estende as mãos e convida o pecador a aceitar a graça, mas eles rejeitaram o convite divino. Isso mais uma vez prova que a graça não é irresistível, e que Deus estende as mãos para pessoas que o rejeitam, contrariando o que Calvino disse. O texto prossegue dizendo:
“Visto que desprezaram totalmente o meu conselho e não quiseram aceitar a minha repreensão, eu, de minha parte, vou rir-me da sua desgraça; zombarei quando o que temem se abater sobre vocês, quando aquilo que temem abater-se sobre vocês como uma tempestade, quando a desgraça os atingir como um vendaval, quando a angústia e a dor os dominarem. Então vocês me chamarão, mas não responderei; procurarão por mim, mas não me encontrarão. Visto que desprezaram o conhecimento e recusaram o temor do Senhor” (Provérbios 1:25-29)
O texto deixa claro as “duas partes”, a parte do homem e a parte de Deus. Da parte do homem, que não quis aceitar a repreensão de Deus e que recusou o temor do Senhor; e da parte de Deus, que por causa da rejeição do homem iria rejeitá-los também. Mais uma vez vemos que a rejeição da parte de Deus só vem depois da rejeição da parte do homem, e que Deus estende seu convite de graça para todo ser humano, inclusive àqueles que o rejeitam. E o texto conclui dizendo:
“Não quiseram aceitar o meu conselho e fizeram pouco caso da minha advertência” (Provérbios 1:30)
A analogia presente neste e em outros textos que já vimos é a de Deus como um Pai que estende por misericórdia as suas mãos a um homem pecador que se encontra no fundo de um poço. Todos os homens se encontram no fundo do poço, porque em Adão todos morreram. Mas, da mesma forma que todos morreram em Adão, todos tem uma oportunidade de salvação por meio de Cristo, que estende sua mão a todos, buscando salvá-los. Se alguém aceita a Jesus, este é salvo por ele. Se, porém, alguém se recusa a ser salvo, é condenado por sua própria rebeldia e desobediência.
A dificuldade que os calvinistas tem em interpretarem textos como estes se vê patente na interpretação deles do texto de 2ª Crônicas 24:19, que diz:
“Contudo Jeová lhes enviou profetas para os reconduzir a si; estes protestaram contra eles, que não lhes quiseram, porém, dar ouvidos” (2ª Crônicas 24:19)
Em uma tentativa de reinterpretar este texto sob uma ótica calvinista distorcida, um site calvinista “explica” este texto da seguinte maneira:
“O que esses príncipes resistiram não foi a vontade de Deus, mas a vontade dos profetas, e foi da vontade de Deus que isso acontecesse”[13]
Eu raramente fico tão horrorizado em ler uma “interpretação” bíblica tão defeituosa como fiquei ao ler este texto. Sinceramente, eu não sabia se ria ou se chorava. Os calvinistas querem mesmo que creiamos que era da vontade de Deus que os príncipes rejeitassem os profetas, quando o texto claramente diz que Jeová enviou os profetas exatamente com a intenção de reconduzi-los a Ele! Deus quer reconduzir o Seu povo a Ele, envia profetas para este fim, mas na verdade o que ele queria mesmo enviando os profetas era exatamente o contrário!
Ainda bem que eu não vi a “interpretação” deles deste texto:
“Se vocês estiverem dispostos a obedecer, comerão os melhores frutos desta terra; mas, se resistirem e se rebelarem, serão devorados pela espada” (Isaías 1:19-20)
O propósito e a vontade de Deus estão postos diante deles, mas o homem pode resistir à vontade divina rebelando-se contra ele, tanto quanto pode dispor seus corações para obedecê-lo. Quando um rei fazia o que era mau, era dito que ele“não preparou o seu coração para buscar ao Senhor” (2Cr.12:14). Israel da época de Moisés experimentou bem aquilo que significa resistir a Deus. Eles haveriam de cair pela espada “porque não quiseram obedecer ao Senhor” (Nm.14:43). A Moisés, Deus disse:
“Então disse o Senhor a Moisés: Quanto tempo essas pessoas rejeitam a mim? E por quanto tempo não crêem em mim, com todos os sinais que fiz no meio deles? Vou atacá-los com a peste e deserdá-los” (Números 14:11-12)
Não importa o tamanho da boa vontade divina nem os sinais que são feitos para que o homem creia, mesmo assim ele ainda pode rejeitar o Senhor. Para alguns, essa pode ser uma dura realidade: Deus é justo e imparcial. Ele dá oportunidade para todos, mas nem todos o aceitam. Aqueles que foram salvos, foram salvos porque Deus os salvou. Aqueles que não foram salvos, não foram salvos porque resistiram a Deus. A glória na salvação recai sobre Deus, e a culpa na condenação recai sobre o homem.
——————————–
[1] Institutas, 3.22.10.
[2] Institutas,2.3.11.
[3] Institutas,2.3.5.
[4] Institutas,2.5.3.
[5] Institutas,2.5.4.
[6] Institutas,2.3.10.
[7] Esta frase deve ser entendida dentro do prisma humano da vontade natural, no sentido de que o homem, por sua própria vontade libertada pela graça preveniente, não desejaria a Cristo, mas este “move” a vontade do homem na direção que ele quer, fazendo com que ele queira. Neste sentido, é “contra” a vontade do homem, pois é algo que o homem não faria se Deus não violentasse a vontade dele.
[8] GEISLER, Norman. Eleitos, mas Livres: uma perspectiva equilibrada entre a eleição divina e o livre-arbítrio. Editora Vida: 2001, p. 109.
[9] OLSON, Roger. Contra o Calvinismo. Editora Reflexão: 2013, p. 256.
[10] Lemke, “A Biblical and Theological Critique of Irresistible Grace”, in Whosoever Will: A Biblical-Theological Critique of Five-Point Calvinism, ed. David L. Allen and Steve W. Lemke (Nashville, TN: Broadman & Holman, 2010), p. 120.
[11] OLSON, Roger. Contra o Calvinismo. Editora Reflexão: 2013, p. 257.
[12] OLSON, Roger. Contra o Calvinismo. Editora Reflexão: 2013, p. 256.
[13] RADUNZ, Marcelo Flavio. II Crônicas 24:19 não afirma que Deus teve a intenção de fazer algo e a vontade humana resistiu? Disponível em: <http://pelocalvinismo.blogspot.com.br/2014/02/ii-cronicas-2419-nao-afirma-que-deus.html>
Extraído do livro “Calvinismo X Arminianismo: quem está com a razão?”, cedido pela comunidade de arminianos do Facebook
Calvino era um doente mental, Conde tirano de Genebra, entre 1542 e 1546 – condenou dezenas de pessoas à morte por não concordarem com sua doutrina absurda e obtusa. Na mente deste louco, deus era como ele, um cruel brincalhão. Ainda bem, que Arminio fez a reforma desta.
De fato amigo, se Calvino estava correto (e ele provavelmente cria que estava) então não faria diferença ajudar o próximo ou mandar matá-lo, afinal, se era um eleito não poderia se perder, e se era de fato um perdido, não poderia salvar-se.
Você tem muita coragem para escrever o que quer, lê as acusações que os arquinimigos da Reforma posta na INTERNET e abraça a ideia. Principalmente, os católicos não preparados e a maioria dos NEOS sem conhecimento teológico e histórico da Igreja em geral.
Então o Pai não elege ninguém antes da fundação do mundo (mas o homem quem elege a Deus), o Filho não salva eficazmente ninguém na cruz (mas o homem quem ‘completa’ a salvação), e o Espírito não traz ninguém onipotentemente a salvação (mas o homem quem escolhe)..
Entendi, então existe dois tipos de pecadores, os pecadores bons e os pecadores maus, um tanto contraditório, né? Somente os pecadores humildes serão salvos, os que não resistiram a Deus! Graças te dou, Senhor, por não ser como os demais homens! Falou tanto, menos sobre Rm 9:11-24, né?
Todos são eleitos para a salvação, desde a fundação do mundo, no entanto, o homem pode recusar a oferta de salvação e perder os benefícios da eleição. A morte vicaria de Jesus foi eficaz porque o homem não sabia o que estava fazendo naquele momento. Pecou por rejeição.”
Daniel Luz dom jan 22 at 10:14 pm Você tem muita coragem para escrever o que quer, lê as acusações que os arquinimigos da Reforma posta na INTERNET e abraça a ideia. Principalmente, os católicos não preparados
assim como há pseudos intelectuais católicos tentam dizer que houve inquisição , também há pseudos protestantes tentam dizer que não houve inquisição calvinista em genebra pelo joão calvino.
http://www.cacp.app.br/quem-foi-joao-calvino/
http://www.cacp.app.br/a-tolerancia-de-joao-calvino/
http://www.cacp.app.br/conheca-o-calvinismo-pela-caneta-dos-calvinistas/
http://www.cacp.app.br/bibliografia-sobre-a-controversia-calvinistaarminiana/
a INTERNET é uma realidade, queira você ou não ! tem cousas boas e coisas ruins deve-se saber filtrar, pois como você sabe que há posts “arquinimigos” da reforma? porque logicamente você navegou e leu, se você teve a covardia de ler por que eu não posso ter a coragem de ler?
Respondeu-lhe: Farei passar toda a minha bondade diante de ti e te proclamarei o nome do SENHOR; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer.
“Eu ouvi o que o povo lhe falou, e tudo o que disseram está certo. Como seria bom se eles sempre pensassem assim, e me respeitassem, e sempre obedecessem a todos os meus mandamentos! Assim tudo daria certo para eles e para os seus descendentes para sempre. DEUTERONÔMIO 5:28-29.