O país mais católico do mundo está ficando cada vez mais evangélico. O resultado do censo demográfico no quesito religião, divulgado neste ano, mostra que mais de 15% dos brasileiros – um rebanho de 26 milhões de pessoas – são protestantes. É um porcentual cinco vezes maior que em 1940 e o dobro do de 1980. Em Estados como Rio de Janeiro e Goiás, o índice supera 20% dos habitantes. No Espírito Santo e em Rondônia, os evangélicos passam de um quarto da população. Esse ritmo indica que metade dos brasileiros poderiam estar convertidos em cinco décadas – um tempo mínimo quando se fala em avanço religioso.
As conseqüências desse crescimento são muitas. Apenas como sinais das alterações a que esse fenômeno pode levar no perfil das famílias brasileiras, vale citar que os evangélicos, mesmo entre os menos escolarizados, têm menor número de filhos que seus vizinhos de outras religiões. Três quartos das mulheres evangélicas casadas usam contraceptivos. Quase 90% dos adeptos de igrejas evangélicas acreditam que a moral sexual do homem e da mulher deve ser igual, e 65% deles preferem casar-se com algum irmão de fé.
Ao contrário do que acontece com os católicos brasileiros, cuja maior parte nasce dentro da religião mas na maioria dos casos não a segue completamente, os evangélicos levam a prática da fé a sério. Para começar, muitos evangélicos são convertidos – ou seja, escolheram aderir a uma religião por conta própria. Por isso, tendem a se tornar militantes da causa, envolvendo-se nos cultos e nas atividades comunitárias desenvolvidas em torno dos templos que freqüentam. Segundo dados do Instituto Superior de Estudos da Religião (Iser), 80% dos evangélicos dizem participar das cerimônias e das obras sociais com regularidade – uma porcentagem quatro vezes maior que no rebanho católico.
As religiões cristãs não-católicas, como as evangélicas, têm sua origem no começo do século XVI, quando um monge alemão chamado Martinho Lutero se insurgiu contra Roma. No ano de 1517, revoltado com a venda de indulgências pelo papa, Lutero escreveu suas famosas 95 teses, que pregou na porta da catedral de Wittenberg. Foi o estopim da Reforma Protestante, que se tornaria uma das mais profundas transformações sociais da história humana. Com o tempo, do tronco protestante antipapal foram brotando dezenas de denominações. A mais importante dessas subdivisões, a do pentecostalismo, criada pelo pregador negro americano William Joseph Seymour, foi uma explosão de fé. Hoje há mais pentecostais no mundo do que anglicanos, batistas, luteranos e presbiterianos somados.
Ao proliferarem em todas as camadas sociais, os evangélicos estão produzindo mudanças facilmente detectáveis. A mais visível delas acontece em público. Neste ano, o mais retumbante evento da Semana Santa, o Sermão da Montanha, aconteceu numa praça de nome católico, a Praça do Papa, em Belo Horizonte, mas foi liderado por evangélicos. Cerca de 100.000 protestantes de ramos diversos ali apresentaram ao Brasil um refrão que sinaliza os novos tempos: “Um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos um evangélico presidente do Brasil”. Circunstancialmente, foi o presbiteriano Anthony Garotinho, de 42 anos, quem se apresentou como candidato a esses votos. Poderia ser, também, a nova governadora do Rio, a petista Benedita da Silva, fiel da Assembléia de Deus e sucessora de Garotinho no Palácio Laranjeiras. O relevante é que a comunidade protestante se sente forte o suficiente para ter um candidato a presidente.
Nos campos de futebol, a imagem de jogadores mostrando camisetas com mensagens cristãs é a parte espetaculosa de uma mudança profunda nos treinos e nas concentrações. “O ambiente esportivo tornou-se menos hostil depois do aparecimento dos Atletas de Cristo”, diz o secretário-geral da entidade, o ex-piloto de corridas de automóvel Alex Dias Ribeiro. Isso quer dizer que muitos já não participam de brincadeiras machistas e degradantes envolvendo colegas, não se acabam em noitadas na véspera dos jogos e até evitam xingar os juízes. A Associação dos Atletas de Cristo já tem 10.000 inscritos e o time revelação dos últimos anos, o São Caetano, exibe-se com metade da equipe vestindo a camisa de Jesus por baixo do uniforme azul. “Geralmente, esses jogadores são mais educados e têm posturas mais positivas”, compara o ex-técnico da Seleção Brasileira de Futebol Carlos Alberto Parreira.
Em todas as variantes do protestantismo, é missão do fiel e de seu pastor espalhar a palavra do Senhor. Em resumo, ele deve converter seu semelhante. Na maioria dos casos, quanto pior o currículo ético desse semelhante, maior será o esforço para salvá-lo. Em ambientes nos limites da conduta moral, fica mais claro o poder transformador dessa ação. Na Casa de Detenção de São Paulo, onde havia 7.600 presos até o início da desativação, há seis meses, um quinto dos presos era evangélico, a maior parte deles convertida na própria cadeia. A conversão dava o privilégio de viver num pavilhão dos menos tumultuados, num mundo diferente do resto da cadeia. Entre esses homens, nenhum jamais se envolveu com drogas, agressões ou crimes dentro da prisão. Recebiam também mais visitas, interessavam-se pelo mundo exterior, faziam planos para o futuro e tinham mais chance de obter apoio, pelas comunidades, ao deixar a detenção. “Até no asseio pessoal e na arrumação das celas eles se comportavam melhor”, diz o diretor da Casa de Detenção, Jesus Ross Martins, coincidentemente pastor presbiteriano.
A simplicidade facilita a evangelização. Enquanto os católicos fazem cerimônias aos santos, estão sempre sob a mediação dos padres para conversar com Deus até na hora de se confessar e desconhecem os códigos que regem a burocracia de sua igreja, os protestantes são estimulados a falar diretamente com o Senhor e podem usufruir as recompensas por sua fé enquanto vivem, em vez de sofrer calados e esperar a morte para conferir se têm direito ao paraíso. No discurso da maioria dos protestantes, a insegurança, a droga, o alcoolismo, a infidelidade, a vida indigna, o desrespeito, a miséria e todos os eventos ruins que podem atingir uma pessoa compõem as faces diversas de um inferno que se experimenta na terra. Numa troca simples, a igreja evangélica propõe que sua ovelha se afaste do mal e siga um código duro de conduta, oferecendo em troca apoio e reconhecimento por seu sucesso na empreitada. “Num momento, o sujeito se sente desamparado e, no outro, está num ambiente de fraternidade, solidariedade, comunidade e dignidade”, diz o sociólogo Alexandre Brasil Fonseca, autor do livro Evangélicos e Mídia no Brasil. “É fácil entender por que os novos evangélicos se entusiasmam.”
Esse entusiasmo gera dinheiro, na forma de dízimo, e esse dinheiro, ao se transferir para a mão de pastores que vêem a religião como um negócio, tem gerado tanto o crescimento de muitas denominações quanto maracutaias, denúncias e investigações. Há igrejas que, sem hipocrisia, chamam seus fiéis de associados. Um dos ramos evangélicos criou até um dízimo superfaturado: o fiel deve dar antecipadamente 10% do valor que pretende alcançar como uma graça do Senhor, e não daquilo que efetivamente recebe. O boom das chamadas igrejas neopentecostais coincide com o aumento das denúncias contra pastores evangélicos. O caso mais notório é o do bispo Edir Macedo, fundador da bilionária Igreja Universal do Reino de Deus. Para erguer seu império, Macedo vendeu até cornetas de torcida organizada como se fossem instrumento divino para derrubar as Muralhas de Jericó. Em dezembro de 1995, teve-se conhecimento de um vídeo em que ele aparece em meio a uma montanha de dólares, ensinando a seus pastores técnicas para aumentar a arrecadação.
As acusações mais freqüentes contra pastores evangélicos tratam de estelionato e crimes fiscais. Três anos atrás, o Ministério Público do Paraná denunciou o pastor David Miranda, fundador da Deus É Amor, por evasão de divisas. A Igreja Renascer em Cristo enfrenta mais de cinqüenta processos movidos por ex-fiéis. Seus fundadores, o apóstolo Estevam Hernandes e a bispa Sonia Hernandes, são acusados de dar um calote de 12 milhões de reais. Outro encrencado na praça é o pastor e deputado federal Francisco Silva, dono de emissora de rádio e um dos principais apoiadores do candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho. Deputados estaduais do Rio de Janeiro o acusam de ter recebido propinas quando era secretário estadual de Habitação. Como em todos os grupos humanos, há pecado também entre os evangélicos. Mas a grande maioria deles é constituída de pessoas não apenas honestas, mas honestas acima da média.
As igrejas evangélicas, sobretudo as do chamado ramo pentecostal, penetram com enorme velocidade e sem nenhuma burocracia nas comunidades carentes e oferecem um modelo ético em regiões que as autoridades esqueceram e às quais a polícia leva mais medo que segurança. No livro O Rio de Todos os Brasis (Editora Record, 2000), o economista Carlos Lessa, reitor eleito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, afirma que as igrejas evangélicas contribuem para a criação de uma nova ética, que trará reflexos positivos para o país. “Os crentes não transigem quanto às regras e aprendem a cobrá-las de si e dos irmãos”, ele escreve. Pôr um terno para freqüentar o culto, levar uma Bíblia embaixo do braço e ser visto como um modelo de honestidade, para esses crentes pobres, é alcançar pelo menos um pedaço do paraíso da cidadania.
Um terço dos adolescentes envolvidos no tráfico de drogas se diz evangélico. É o tipo da descoberta que mostra quanto os pastores mergulham fundo nas comunidades carentes. “A maioria desses jovens encontrou uma melhora de vida na igreja. Pelo menos eles tiveram contato com disciplina”, diz o sociólogo Ricardo Mariano, autor do livro Neo-Pentecostais – Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil.
Mas o modelo não se aplica somente aos pobres. Na própria raiz o protestantismo possui a fórmula para pacificar o espírito de quem tem ou persegue a riqueza – numa contraposição à máxima católica de que é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus. Lucrar é legítimo, e a fortuna recompensa quem mais trabalha, reza a inspiração protestante. O pensador alemão Max Weber formulou as bases dessa tese no início do século XX. Várias igrejas evangélicas têm departamentos para atrair gente rica ou famosa. A quantidade de colunáveis convertidos mostra que a estratégia é um sucesso. A ex-modelo Monique Evans, que foi capa de várias revistas masculinas, integra o quadro da igreja chique Sara Nossa Terra. A igreja Vida Nova, de São Paulo, é freqüentada por Íris Abravanel, mulher do homem do SBT, Silvio Santos, e por suas quatro filhas. “Igreja não é só para pobre e ignorante”, diz a pastora e primeira-dama da igreja, Ivonne Muniz.
Essas igrejas oferecem espaço a quem quer rezar num templo sem ouvir condenações sumárias ao capitalismo, como ocorre em certas paróquias católicas. Um dos templos da Renascer em Cristo, em São Paulo, dedica o culto das segundas-feiras aos integrantes da Associação Renascer de Empresários e Profissionais Evangélicos (Arepe). O economista e empresário paulista Ricardo Abbud, de 48 anos, sócio de uma construtora que fatura 500 milhões de reais por ano, é um dos freqüentadores. Na hora de fazer negócios e realizar contratações, Abbud tem preferência por seus irmãos de fé, porque os considera mais éticos e confiáveis. Outra entidade, a Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno (Adhonep) – com 25.000 filiados no país –, se diz adepta da chamada Teologia da Prosperidade, segundo a qual Deus recompensa fartamente quem mais contribui com sua igreja. Já existe até uma revista, a Consumidor Cristão, com tiragem de 20.000 exemplares, lida por evangélicos e recheada de anúncios com linguagem e até produtos específicos para esse público.
Somando tudo – de CDs a bares e instituições de ensino –, o mercado impulsionado pelos protestantes movimenta 3 bilhões de reais por ano e gera pelo menos 2 milhões de empregos. Na área da mídia eletrônica, há um verdadeiro império evangélico país afora. Existem mais de 300 emissoras de rádio evangélicas no Brasil, centenas de sites e pastores dando plantão on-line, na internet. Uma grande máquina televisiva cumpre também uma extraordinária missão arrecadadora. Não por acaso, a Universal – dona da terceira rede de TV do Brasil, a Record – é a igreja que mais recolhe doações acima dos 10% do dízimo convencional. O rádio e a TV servem ainda de canal para a transmissão de modelos culturais e de comportamento. Aline Barros, uma cantora de 25 anos, pode ser um nome desconhecido para quem acompanha as paradas de sucesso. Mas já vendeu mais de 1 milhão de CDs de música pop evangélica. Cassiane, com 3 milhões de discos vendidos, é outra grande estrela do gênero. A banda de rock pauleira Oficina G3 ultrapassou os limites da igreja, apresentado-se no último Rock in Rio.
Na política, os evangélicos são um trator. Anthony Garotinho é só a figura mais ambiciosa entre eles. A bancada evangélica, com mais de cinqüenta parlamentares na Câmara Federal, é unida e atua muito além das barreiras partidárias nas questões relacionadas a costumes ou a interesses da fraternidade crente. Uma das razões para o PL ser cortejado pelo presidenciável petista Luís Inácio Lula da Silva é o fato de o partido ter enorme rebanho ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. Enquanto os bispos da Diocese do Piauí baixavam no início do ano uma proibição à candidatura de seus padres a cargos políticos, igrejas protestantes do Brasil inteiro já estavam em ebulição com as preliminares do próximo processo eleitoral. Se o terreno para as conquistas é o Parlamento, nada mais natural para os evangélicos do que ir até lá pegar seu quinhão.
Há também grande investimento em educação. A média de leitura dos evangélicos brasileiros gira em torno de seis livros por ano – o dobro da média nacional. As denominações evangélicas administram quase 1.000 escolas no Brasil, com uma clientela de 740 000 alunos. “Os fundamentos do movimento protestante pregam a moralização do indivíduo e o desenvolvimento de uma ética de responsabilidade social”, diz Almir de Souza Maia, reitor da Universidade Metodista de Piracicaba e presidente da Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas. No tradicional ensino católico, o que se vê é encolhimento. A CNBB divulgou recentemente que 130 escolas católicas de ensino fundamental e médio fecharam as portas nos últimos cinco anos.
Paradoxalmente, o que mais mudou no Brasil com o crescimento da legião evangélica foi a Igreja Católica. De um lado, surgiu a Renovação Carismática, para revigorar os aspectos místicos e milagrosos da fé. De outro, os padres-cantores saíram atrás de fiéis e compradores de CDs. Na mídia, a Igreja fincou uma bandeira em tempo recorde, criando a Rede Vida de rádio e TV, que cobre todo o território nacional. Os resultados, porém, estão longe do esperado. Os católicos falam em crise de vocações. Há sete vezes mais pastores protestantes atuando no Brasil que padres, e na maioria das denominações mais recentes esses ministros são formados em apenas alguns meses. “Muitos logo acabam fundando a própria igreja e aumentando o poder dos evangélicos”, diz o teólogo jesuíta João Batista Libânio. Na prática, eles seguem aquele famoso incentivo: “Crescei e multiplicai-vos”.
Famosos
Gisele Fraga,
32 anos, atriz
Os pais, ambos já falecidos, eram evangélicos – a mãe presbiteriana e o pai batista. Ela se afastou da religião na juventude e diz ter cometido muitos erros na ânsia de “curtir a vida”. Separada e sem filhos, afirma que a fé a deixou pronta para procurar um homem digno e para lutar pela realização profissional como atriz, já que está com dificuldades para conseguir trabalho. Conta ter sido tocada pelo Evangelho durante uma viagem com amigos à Espanha, em 1998. Estava hospedada na mesma casa que Monique Evans e ficou intrigada com o interesse da amiga pela Bíblia. Na volta ao Brasil, foi levada por Monique à igreja. Hoje, vai aos cultos da Sara Nossa Terra aos domingos e durante a semana participa das “células”, grupos que se reúnem na casa de um irmão de fé para discutir o Evangelho.
Íris Abravanel,
54 anos, mulher do apresentador Silvio Santos
Freqüenta a igreja Vida Nova, conhecida por reunir socialites de São Paulo. De formação católica, ingressou em 1998 em um grupo de estudos bíblicos e levou as quatro filhas. Hoje, depois de passarem pela Renascer em Cristo, todas pertencem à mesma igreja. Uma das filhas, Patrícia Abravanel, fez um discurso religioso após ter sido seqüestrada, no ano passado. A fé de Íris provocou desentendimentos com o marido, que segue o judaísmo.
Iris Rezende,
68 anos, senador
Nasceu em um lar evangélico. Os avós e os pais se converteram depois da chegada de missionários ingleses a Goiás no final do século XIX. Rezende pertence à Igreja Cristã Evangélica, fundada há 100 anos. Nasceu em Cristianópolis, cidade originada de um povoado fundado por evangélicos que fugiam de perseguições religiosas. Era o caso de seus avós, que antes moravam em Caldas Novas. Cultiva sua fé em família, mas o filho mais velho quis ser católico. A mulher do senador, que também se chama Iris, foi educada em colégio de freiras, mas se converteu à igreja do marido depois do casamento.
Dedé Santana,
66 anos, humorista
Criado na igreja católica, passou também pelo kardecismo, mas diz que, apesar da fama e do dinheiro, vivia deprimido e sentia um “vazio existencial”. Desde que se tornou evangélico, há oito anos, transformou-se em verdadeiro globetrotter da causa. Já percorreu quase mil cidades para levar a palavra de Deus. Converteu-se após ter sido visitado por pastores em um hospital, onde estava tratando de problemas cardíacos. Os pastores foram levados por seu filho Átila, que consumia drogas e largou o vício depois de entrar para os Atletas de Cristo. Hoje, Dedé integra a Sara Nossa Terra.
Rodolfo Abrantes, 29 anos,
cantor e compositor, ex-vocalista dos Raimundos
De formação católica, consumia drogas desde os 13 anos com freqüência diária. No ano passado, foi levado pela noiva, filha de evangélicos, à Sara Nossa Terra. Diz ter havido uma “revelação” logo na primeira vez em que participou do culto. Abandonou as drogas e as letras mundanas dos Raimundos (para revolta dos fãs, que culpam a igreja pelo fim do grupo). Lançou a banda Rodox, que faz canções de louvor a Deus. Tatuou a frase “Obrigado, Senhor” na nuca e hoje freqüenta a igreja Cristo é Vida.
Bezerra da Silva,
75 anos, cantor e compositor
Um dos maiores símbolos da malandragem carioca, foi batizado na Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Macedo, em março deste ano. Garante que não vai renegar as antigas canções, mesmo as que falam de boemia e da vida mundana. “Deus não quer que a gente largue o ganha-pão”, diz. Faz planos, no entanto, de produzir um disco com sambas evangélicos pela gravadora Line Records, pertencente à Igreja Universal.
Fonte:
Reportagem de Maurício Oliveira e Neide Oliveira