Pergunta: O cristão deve acreditar no destino como força cega que governa as vidas dos homens?
Resposta: Não. O Cristão não crê em destino como força que cegamente impele as pessoas para tal ou tal desgraça. Mas, há pessoas que apavoram-se com essa ideia de destino, e assim apavoradas mais se precipitam na desgraça.
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Pergunta: Mas há pessoas que atribuem aos astros o poder de dirigir a vida humana, definindo as sortes de cada pessoa, não é verdade?
Resposta: Sim, a crença no destino assume diversas modalidades que podem afligir as pessoas, como horóscopo, números azarentos, amuletos, despachos. Quero afirmar: Jesus Cristo liberta toda pessoa que for a Ele com qualquer medo supersticioso, despertando nos seus seguidores o senso da confiança no Deus que criou o homem para viver feliz. O cristão é uma pessoa que não crê em qualquer força cega, que empurre o homem a agir deste ou daquele modo. Deus criou o homem livre e deu-lhe a liberdade de opção e ação.
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Pergunta: Mas o diabo pode coagir uma pessoa a cometer o mal?
Resposta: Não. O diabo pode sugerir o pecado, tentando a criatura humana, mas não pode forçar a pessoa a fazer o mal. Agostinho afirmou: “que o demônio é como um cão acorrentado, que pode ladrar muito, mas só faz mal a quem se lhe chegue perto”.
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Pergunta: Existem pessoas que se julgam desgraçadas por causa de um “trabalho” de umbanda, e vão à Umbanda para desfazer esse trabalho. Que nos diz o Pastor?
Resposta: Diabo não expulsa diabo. Os chamados exus e orixás não existem realmente, de modo que são totalmente ineficazes as oferendas de galinha preta, farofa, cachaça, charutos etc. O diabo e os demônios, de que fala a Bíblia, não são exus ou orixás. São espíritos que se rebelaram contra Deus, embora Deus os tenha criado bons. Eles procuram tentar o homem e levá-lo ao pecado. Nenhum despacho de macumba causa desemprego, destruição de casamento, doença etc. a não ser que a pessoa alvejada creia que o despacho é eficaz. Se assim crê, sugestiona-se, julga-se condenada ao infortúnio e, insegura, pode-se precipitar numa desgraça ou deixar-se envolver num acidente. Em tal caso, a eficácia não é do despacho, mas da sugestão.
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Pergunta: Pode-se afirmar então que nenhum objeto de superstição faz bem ou mal a alguém?
Resposta: Exatamente. É por essa razão que o cristão não dá crédito a figas, bentinhos, amuletos. O cristão – repito – não crê em horóscopo, como se os astros definissem o futuro do homem.
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Pergunta: O cristão deve temer as chamadas cadeias de oração, ou seja, preces que é preciso copiar umas tantas vezes e passar adiante, sob pena de sofrer alguma desgraça caso não o faça, ou com a perspectiva de receber algum benefício, desde que execute essa tarefa?
Resposta: Não há fundamento algum para crer no valor de tais cadeias de oração. Se você encontrar na caixa do correio de sua casa uma carta anônima, com essa sugestão de fazer uma cópia da oração recebida e distribuir a certo número de pessoas, não o faça. Rasgue essa carta e oração, ponha no lixo e não tema nada.
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Pergunta: Como o Pastor expôs, o Cristianismo repudia essa ideia de destino fatalista, mas os cristãos creem na providência divina. Pergunto: o que se define como providência divina?
Resposta: Providência divina se define como a ação pela qual Deus se dispõe levar todas as criaturas para o seu fim devido. Deus não abandona a pessoa depois de lhe ter dado existência, mas, tendo-a criado em vista de uma finalidade sábia e grandiosa, provê os meios para que cada criatura possa atingir a sua meta, sem destruir sua liberdade de arbítrio.
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Pergunta: Qual é a base bíblica para aceitarmos a providência divina?
Resposta: A Bíblia acentua essa ação providencial de Deus em muitas passagens: a) é Deus quem dá a chuva, os frutos e os alimentos no momento oportuno: “Temamos agora ao Senhor nosso Deus, que dá chuva, a temporã e a tardia, a seu tempo; e as semanas determinadas da sega nos conserva” (Jr 5.24); b) Deus é quem dá o dia, a noite e as estações (Gn 1.14; Sl 74.16); c) aos pássaros do céu e aos lírios da campo Ele fornece o sustento necessário (Mt 6.25-34); d) Ele é tão solícito para com o homem, de tal modo que os cabelos de sua cabeça estão contados (Mt 10.29-31). Ainda a Bíblia mostra que em situações aflitivas Deus pode agir providencialmente, como no caso de José, vendido pelos próprios irmãos para o Egito (Gn 45.4-11).
Isaías 65:11, 12, nos diz sobre o perigo de se crer e adorar os falsos deuses chamados Destino e Sorte.