A expressão “Filhos de Deus”

vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram… Ora, naquele tempo havia gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade”. Gn 6.2,4

A expressão “filhos de Deus” no Livro de Jó é empregada exclusivamente referindo-se a anjos (Jó 1.6; 2.1; 38.7). Entretanto, o NT nos informa que os anjos “nem casam, nem se dão em casamento” (Mt 22.30). Além disso, se os anjos se casassem com seres humanos, os filhos deles seriam meio humanos, meio anjos. Mas os anjos não podem ser redimidos (Hb 2.14-16; 2 Pe 2.4; Jd 6).

Interpretações possíveis:

Várias são as interpretações possíveis, no lugar de insistir em que anjos tenham coabitado com seres humanos.

As maiorias dos eruditos bíblicos creem que a expressão “filhos de Deus” seja uma referência à linhagem piedosa de Sete (através da qual viria o redentor – Gn 4.26), que se entremeou com a linha ímpia de Caim. Eles alegam que:

(a) isso se coaduna com o contexto imediato;

(b) evita todo o problema decorrente da interpretação de que eram anjos;

(c) está de acordo com o fato de que os seres humanos também são mencionados no AT como “filhos” de Deus (Is 43.6).

Outros estudiosos acreditam que “filhos de Deus” seja uma referência a grandes homens, a “varões de renome na antiguidade“. Apontam para o fato de que o texto refere-se a “gigantes” e “valentes” (v. 4). Ainda, isso evita o problema de os anjos (espíritos) coabitarem com seres humanos, o que é impossível segundo Jesus.

Fonte: Normam Geisler

Adaptado do site teologaroficial.com.br em 17/09/2019

 

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