Introdução
Enquanto o salmista exalta a invejável felicidade do homem que Deus escolhe para habitar em seus átrios (Sl 65:4), os teólogos têm se mantido à porta do templo durante séculos discutindo sobre a natureza e razão da escolha de Deus. Embora tratamentos dogmaticamente motivados sobre esta doutrina abundem, poucos dão a devida atenção às informações do Velho Testamento (VT). [1] Muitas teologias sistemáticas interpretam os dados do VT à luz de sua compreensão do NT, [2] e até mesmo alguns tratamentos bíblico-teológicos mostram um forte viés sistemático na manipulação das evidencias.[3] Apesar de tudo, a eleição é um importante aspecto da teologia vetero testamentária, [4] merecendo um exame bíblico-teológico da sua semântica, objetos, fundamentos, propósitos, conseqüências e preservação.
A Esfera Semântica da Eleição
O termo primário para eleição no Antigo Testamento é bachar – “escolher”. [5] Contrário ao uso no inglês de “to elect” (eleger), bachar é empregado de forma habitual em contextos não teológicos. Por exemplo, os homens escolheram esposas (Gn 6:2), Ló escolheu o vale do Jordão (Gn 13:11), Josuéescolheu homens para lutar (Êx 17:9) e Davi escolheu cinco pedras lisas para seu estilingue (1Sm 17:40). Entretanto, bachar denota uma seleção que distingue entre as opções disponíveis, independente do seu contexto. [6] Importante entre os outros termos [7] associados à eleição estão bha ‘ahab (Dt 7:7; 10:15; Ml 1:2-3) [8] e yada’ (Gn 18:19; Jó 34:4; Am 3:2; Os 13:4-5 ) [9]. Várias expressões designativas comuns também implicam eleição: “Meu povo” (Ex 3:7, 10; 7:4; Is 1:3; Am 7:8) , “servo do Senhor” (Dt 32:36; Jr 25:9), “povo do Senhor” (Dt 32:36, 43; Jz 5:11), e um “povo de propriedade especial do Senhor” (Ex 19:5; Dt 7:6; 14:2; 26:18; Sl 135:4; Ml 3:17). Além das palavras ou expressões associadas com eleição, certos relacionamentos da Escritura figuram a escolha de Deus de Seu povo: casamento (Oséias, Jr 2:17, 3:11-22; Ez 16, 23; Is 50:1; 54:5, 8, 10; 62:4-5), a relação pai e filho (Ex 4:22; Dt 14:1; Os 11:1; Is 63:16; 64:7-8) e o oleiro e imagens de barro (Jr 18:1 ff; Is 64:8). Em nível de discurso, as passagens que desenvolvem mais plenamente a doutrina da eleição do VT são Deuteronômio 7:6-8, 9:4-6, 2 Samuel 7:8-16, e Isaías 41:8-16, 42:1-9, 43:1-3, 44:1-5. [10]
Os Objetos da Eleição
Os objetos da eleição divina se dividem em três categorias: coisas/eventos, indivíduos e entidades corporativas. Deus escolheu a vara de Arão (Nm 17:5), um tipo específico de jejum (Is 58:5-6), e a punições para aqueles que escolheram os seus próprios caminhos (Is 66:3-4). O objeto não pessoal mais freqüentemente mencionado da eleição de Deus é o lugar onde Deus escolheria para colocar o seu nome. Dentre as trinta e uma ocorrências de ba£ar em Deuteronômio, vinte e uma tem “o lugar”como seu objeto. [11] No início da história de Israel este lugar foi Siló (Sl 78:60; Jr 7:12). Outros locais de escolha de Deus incluem a cidade de Jerusalém (1 Rs 8:44, 48; 11:32, 36, 14:21; 2 Rs 23:27; 2 Cr 6:34, 38; 12:13), o templo (2 Cr 7:16, 33:7) e o monte Sião (Sl 78:68; 132:13).
Vários indivíduos, alguns dos quais podem ser agrupados por classes, são os objetos da escolha de Deus: Abrão (Ne 9:7), Isaque (Gn 17:19), Moisés (Ex 3:4-10; Sl 106:23), Arão (1 Sm 12:6; Sl 105:26); juízes: Gideão (Jz 6:11-15), Sansão ( Jz 13:3-5), Baraque (Jz 4:6-9), Samuel (1 Sm 3:4ff); reis: Saul (1 Sm 9:16; 10:24), Davi (1 Sm 16:1, 12), Salomão (2 Cr 28:5, 6), Jeroboão (1 Rs 11:29ff); profetas: Amós ( Am 7:15), Oséias (Oséias 1:2), Jeremias (Jr 1:10); líderes nacionais: Faraó (Ex 9:16), Ciro (Is 45:1), Nabucodonosor (Jr 26:6ff), Zorobabel (Ageu 2:23). De especial significado teológico é a escolha de Yahweh do Messias ou Servo de Yahweh (Is 28:16; 42:1 , 6; 49:1, 5, 6).
Dentro da categoria de entidades corporativas, dois tipos de subgrupos podem ser distinguidos: grupos não genéticos e grupos genéticos. [12] A escolha de Deus de grupos não genéticos inclui qualquer “nação ou reino” (Jr 18:7-10), o exército Persa (Isaías 13:3) e a Assíria (Isaías 10:5-6). A eleição Divina de entidades corporativas genéticas abrange seis grupos específicos: (1) toda a humanidade como a semente de Noé na Aliança de Noé (Gn 9:9-17); (2) a nação de Israel – eleita na escolha Divina da semente de Abraão (Gn 17:7-8), a semente de Isaque (Gn 17:19) e a semente de Jacó (Gênesis 28:13-15); (3) a tribo de Levi (Nm 3:12ff; 16:5, 7; Dt 18:1-5; 21:5); [13] ( 3) a linhagem Araônica (Ex 28:1-2; Nm 16:40; 17:5; 2 Sm 2:28, 30); (5) a casa de Finéias (Nm 25:11-13) e (6) a linhagem davídica (2 Sm 7:8ff). [14]
Os Fundamentos da Eleição
A base para a eleição Divina é freqüentemente omitida no Antigo Testamento, no entanto, os motivos que são revelados se dividem em duas categorias: eleição merecida e eleição imerecida. Designar a eleição como merecida significa que a escolha de Deus foi baseada em algum bem encontrado na pessoa eleita. Exemplos de eleição merecida são Noé que “achou graça” aos olhos de Deus (Gn 6:8), [15] Finéias, cuja ação justa em matar Zinri e Cosbi foi a razão da sua eleição (Nm 25:11-13 ) [16] e os levitas, cuja lealdade inabalável à aliança durante o incidente do bezerro de ouro parece ser a razão da eleição Divina (Deut. 33:8-10). [17] Com respeito ao lugar onde o Senhor foi para estabelecer seu nome, seu mérito reside na sua utilidade, ou seja, a centralidade da sua localização. [18]
Os exemplos mais claros de eleição imerecida envolvem Abraão, Jacó e Israel. [19] A revelação Divina de que Abraão era um idólatra evidencia a natureza imerecida de sua eleição (Js 24:2). A eleição de Jacó antes de seu nascimento exclui qualquer possibilidade de mérito (Gn 25:23). [20] Os motivos para a escolha de Israel foram, negativamente, não por causa de seus números (Dt 7:7) nem justiça/retidão de coração (Dt 9:5) e a despeito de sua pequenez (7:7), teimosia (Dt 9:6) e rebelião (Dt 9:7). Positivamente, Deus escolheu Israel por causa do amor por eles (Dt 7:8; 13:5), por seus pais (Dt 4:37) e por causa de Seu juramento aos pais (Dt 9:5).
Os Propósitos da Eleição
O Antigo Testamento revela quatro propósitos para os quais Deus elege indivíduos ou grupos: serviço, salvação, bênção, e reflexo do caráter de Deus. Primeiro e antes de tudo, a eleição no VT é a escolha Divina de um indivíduo ou grupo para cumprir o Seu propósito ou realizar uma tarefa. [21] Deus escolheu vários indivíduos para serem juízes, profetas, líderes ou reis. Deus escolheu Bezalel e Aoliabe e encheu-os de Seu espírito para fazer os móveis do tabernáculo (Ex 31:1-6). Arão e sua descendência foram escolhidos para servir como sacerdotes (Nm 16:5; 17:20). De acordo com Isaías Israel foi escolhido, em parte, para louvar o Senhor (Is 43:21). A Eleição de Ciro foi para cumprir a promessa Divina da restauração de Israel para a terra e a reconstrução do templo (2 Cr 36:23; Ed 1:2; Is 45:1ff). Deus se refere aos persas como aqueles a quem Ele consagrou (vdqm) para trazer o dia do Senhor sobre a Babilônia (Is 13:3), e os assírios foram eleitos “para que lhe roube a presa e lhe tome o despojo, e o ponha para ser pisado aos pés [uma nação infiel], como a lama das ruas” (Is 10:5-6).
Serviço e salvação, como propósitos de eleição, misturam-se na eleição de Abraão e sua posteridade.[22] Abraão foi escolhido para ser uma bênção para todas as nações (Gn 12:3; 18:18) [23] e a fim de instruir seus filhos a andar no caminho do Senhor (Gn 18:19). [24] A nação de Israel foi o instrumento eleito através do qual Deus planejou mediar a bênção Abraâmica prometida (salvação) para todo o mundo; assim o Senhor os chama de “um reino de sacerdotes” (Ex 19:6), “testemunhas” (Is 43:10, 12) e “meu servo” (Is 44:1). Isaías 43:10 contém a mais explícito declaração de propósito salvífico de Deus na eleição nacional de Israel: “Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e meu servo, a quem escolhi; para que [25] o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo.” O propósito salvífico da eleição culmina na pessoa do Servo do Senhor. Ele é escolhido para trazer Jacó de volta ao Senhor (Is 49:5), para ser uma luz para os gentios (49:6), para ser uma aliança para o povo (49:8), para libertar os cativos (49:9) e sofrer pela salvação do homem (Is 52:13; 53:12).
A eleição Divina também pode ter como finalidade a concessão de bênçãos. Jeremias 18:9-10 fala da escolha de Deus para construir, plantar e abençoar uma nação ou reino sem qualquer tarefa específica prevista nessa escolha. A reflexão do caráter de Deus é o objetivo final para a eleição que é mencionada explicitamente na Escritura. [26] Deus escolheu Israel para ser uma nação santa (Ex 19:6; Dt 7:6; 14:2) e para mostrar a sua glória (Is 43:7).
As Consequências da Eleição
As consequências da eleição podem ser resumidas em termos de privilégio e responsabilidade. Ser escolhido por Deus, se merecido ou não, é receber uma das mais altas honrarias possíveis. Davi expressa a magnitude de tal honra em sua oração reconhecendo a sua própria eleição Divina e de sua descendência (2 Sm 7:18-29; cp Sl 65:4). Embora todos os eleitos sejam necessariamente honrados, nem todos recebem os mesmos privilégios. O profeta teve o privilégio de receber a revelação divina (Jr 1:9). Juízes e reis eleitos foram capacitados pelo Espírito (Jz 3:10; 6:34; 14:6; 1 Sm 10:10; 16:13). Os privilégios da eleição de Israel foram muitos: eles se tornaram possessão especial de Deus (tesouro: Ex 19:5; Dt 7:6; 14:2; 26:18; Sl 135:4; Ml 3:17), eles foram os destinatários da lei de Deus (Dt 4:8), a presença especial de Deus habitou no meio deles (Ex 40:34-38; Lv 26:11ff; Dt 4:7), eles eram “herança” de Deus (Dt 4:20; 32:9), eles receberam de Deus atendimento exclusivo e proteção (Dt 32:10-11) e Deus prometeu abençoá-los (Dt 28:1-14).
Privilégio traz responsabilidade, e uma das responsabilidades presentes na eleição Divina é a obrigação de responder a essa eleição em fé e obediência (Dt 4:37, 40; 7:6, 11). Em várias ocasiões Israel é convocado a responder a eleição de Deus optando por servir ao Senhor (Ex 19:4-8; Dt 10:15-16; 30:19; Js 24:14, 22) e para amá-lo (Dt 10:15, 11:1). Eleição exige retidão de conduta (Am 3:2, 9:7; Jr 18:7-10), a fidelidade à lei de Deus (Lv 18:4ff), e “resoluta não conformidade” com o mundo ao redor (Lv 18:2; 20:22; Dt 14:1ff; Ez 20:5-7). [27] O fracasso nas responsabilidades da eleição teve dois resultados observáveis no VT: castigo (Lv 26:14-39; Dt 28:15-68; Am 3:2) e/ou revogação da eleição. Exemplos de reversão da eleição Divina abrangem todos os três tipos de eleição: coisas – o lugar escolhido de Sua habitação: Siló (Sl 78:60), o templo (Jr 7:14; 26:6) e Jerusalém ( 2 Rs 23:37); os indivíduos – Saul (1 Sm 15:23, 26), Jeroboão (1 Rs 14:7ff), e Baasa, (1 Rs 16:2); entidades corporativas – a casa de Eli, como parte do sacerdócio de Arão (2 Sm 2:31-33) [28], Israel do Norte (2 Rs 17:15-20; Jr 3:8; cp Os 11:8), e da “nação ou reino” de Jeremias 18:7-10. [29]
A Preservação da Eleição
A primeira referência explícita à preservação Divina de um grupo seleto dentro de Israel nacional é de 1 Reis 19:18: “No entanto, fiz sobrar sete mil em Israel, todos aqueles cujos joelhos não se inclinaram diante de Baal e todos aqueles cujas bocas não o beijaram.” Entre os profetas, Miquéias profetizou que o Senhor faria o remanescente reinar no monte Sião para sempre (4:7). É Isaías, no entanto, que desenvolve este tema mais profundamente do que os outros profetas, [30] e ele é o primeiro a se referir a este remanescente como “eleitos” (Isaías 65:9). [31] Outras passagens do remanescente incluem Joel 2:32, Jeremias 6:9 e 31:7, Ezequiel 9:8 e 11:13-17, Miquéias 2:12 e Sofonias 2:9 e 3:13.
Os judeus, incentivados pelos falsos profetas, interpretaram erroneamente a preservação prometida por Deus de Sua eleição como uma garantia incondicional de sua segurança nacional (Mq 3:11; Jr 23:9ff). Jerusalém foi o lugar escolhido por Deus; e, portanto, estava seguro (Jr 7:1-15). A resposta de Amós foi que a eleição de Israel e relacionamento especial com Deus exigia que ela fosse julgada por seu pecado (3:2). A posse da eleição através de nascimento dentro da comunidade da aliança não faz do indivíduo automaticamente parte do remanescente. Somente aqueles que invocaram o Senhor em fé salvadora eram membros do remanescente eleito (Joel 2:32).
Conclusão
Dois aspectos do desenvolvimento da eleição do Antigo Testamento parecem apoiar a conclusão de que a eleição no VT é “primariamente um conceito corporativo” e que “as referências para eleger indivíduos encontram seu significado” dentro da comunidade da aliança: [32] (1) a mudança de foco do indivíduo para eleição corporativa com o progresso da revelação, e (2) tanto Deuteronômio quanto Isaías, os livros primários nos quais a natureza e as ramificações da eleição são expostas, focam no aspecto corporativo da eleição. No entanto, deve notar-se que a escolha de Deus de indivíduos, isoladamente ou como chefes de uma família de eleitos, percorre toda a revelação do VT.
Em conclusão, ao menos dois paralelos entre eleição do VT e NT sugerem a si mesmos para consideração. Em primeiro lugar, a eleição que leva os homens em uma aliança relacional com Deus sempre envolve santidade (Gn 17:1; Ex 19:6; Ef 1:4 – “Ele nos escolheu nele para sermos santos e irrepreensíveis”). Segundo, a declaração de Isaías de que o Servo do Senhor veria a sua “posteridade” sugere que o Servo é o próprio cabeça eleito de uma entidade genético-corporativa (Is 53:10). Se isso é verdade, a repetida fraseologia Paulina “em Cristo” encontraria o seu paralelo na eleição genético-corporatia do VT: Cristo é o cabeça escolhido e todos os seus descendentes são eleitos.
Veja o vídeo:
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Tradução: Samuel Coutinho
Fonte: http://www.apbrown2.net/web/election.htm
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NOTAS
[1] Para uma discussão e bibliografia sugestiva do conceito de eleição nas fontes ANE, ver H. H. Rowley,The Biblical Doctrine of Election (London: Lutterworth Press, 1950), 16-17.
[2] Nenhum arraial teológico é inocente a esse respeito. Uma pesquisa nas seguintes fontes Reformadas e Arminianas revelou apenas tratamentos menores dos dados do VT na melhor das hipóteses. G. C. Berkouwer, Divine Election, trans. Hugo Bekker (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Company, 1960); Charles Hodge, Systematic Theology, 3 vols (London: James Clarke & Co. Ltd., 1960); Millard J. Erickson, Christian Theology (Grand Rapids: Baker Book House, 1985); John Miley, Systematic Theology, 2 vols (New York: Hunt & Eaton, 1892); H. Orton Wiley and Paul T. Culberton, Introduction to Christian Theology (Kansas City: Beacon Hill Press of Kansas City, 1946).
[3] O tratamento de J. Barton Payne da eleição evidencia sua perspectiva teológica reformada, tanto em os dados discutidos como em não discutidos (!) e nas suas conclusões. The Theology of the Older Testament (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1962). Veja, por exemplo, seu tratamento de Jacó e Esaú, pp. 179-80.
[4] Horst Dietrich Preuss, em sua nova teologia do VT, propõe que a eleição Divina de Israel “para comunhão com Seu mundo e a atividade obediente exigida deste povo” é “ a estrutura fundamental da fé do velho testamento.” Old Testament Theology, trans. Leo G. Perdue (Louisville: Westminster John Knox Press, 1995), 1:25. Compare o comentário semelhante de Th. C. Vriezen de que a eleição de Israel é a base teológica de sua “teocracia, exclusividade, adoração centralizada e exigências éticas rigorosas em ambos os níveis nacionais e pessoais.” Die Erwählung Israels, 47, cited in Preuss, 33.
[5] Bachar ocorre 172 vezes em 164 versos no VT. Strangely, H. Wildberger identifica apenas 146 ocorrências: 32 vezes em contextos não teológicos, 83 vezes em contextos teológicos dos quais 67 tinham Deus como sujeito. “bachar escolher,” Theological Lexicon of the Old Testament (TLOT), ed. Ernst Jenni and Claus Westermann, trans. Mark E. Biddle (Peabody, Mass.: Hendrickson Publishers, 1997), 1:211. O cognato mais significativo, bachir, ocorre 13 vezes, sempre modificando um objeto da escolha de Deus (2 Sm 21:6; 1 Cr 16:13; Sl 89:3; 105:6, 43; 106:5, 23; Is 42:1; 43:20; 45:4; 65:9, 15, 22). eklegomai,eklektos, e haireomai são as palavras para traduzir bachar na LXX. Os termos barar (qal – 1 Cr 7:40; 9:22; 16:41; Ne 5:18; Is 49:2) e barah II (1 Sm 17:8) também significam “escolher, selecionar.” Todavia, estes termos não contribuem com informações teologicamente significantes para o estudo da eleição.
[6] TLOT, 2:75; Emile Nicole, “bachar,” New International Dictionary of Old Testament Theology and Exegesis (NIDOTTE), ed. Willem A. VanGemeren (Grand Rapids: Zondervan Publishing House, 1997), 1:638. O exame complete de se a eleição Divina de um indivíduo implica a consequente rejeição de outros está além do escopo deste artigo, embora uma leitura superficial dos dados parece indicar que sim. Os seguintes versos nos quais bachar e ma’as “rejeitar” ocorrem juntos providenciam um ponto de partida para esta investigação: 2 Rs 23:27; Jó 34:33; Sl 78:67; Is 7:15, 16; 41:9; Jr 33:24.
[7] Preuss, 1:31, indentifica as seguintes palavras como componentes do campo semântico de eleição: ‘chamar, apontar’ (qara’: Ex 31:2; 35:30; Is 41:9; 43:1; 48:12; 49:1; 51:2), ‘separar’ (badal, hiph.: Lv 20:24; Dt 10:8; 1 Rs 8:53), ‘pegar’ (chazaq: Is 41:9, 13; 42:6; 45:1; Jr 31:32), ‘desejar’ (‘avah: Sl. 132:13), ‘redimir’ (ga’al: Ex 6:6; 15:13; Sl 74:2; 77:16; 106:10; Is 44:22f.; 48:29; 51:10; 52:3; 63:9), ‘adquirir livremente’ (hdp: Dt 7:8; 9:26; 13:5; 15:15; 21:8; 24:18), ‘adquirir’ (qanah: Dt 32:6; Sl 74:2; 78:54; Is 11:11), and ‘tomar’ (laqach: Gn 24:7; Ex. 6:7; Dt 4:20; 30:4; Js 24:3). Nicole, NIDOTTE, 640, nota o sentido eletivo de “buscar” (baqash) and “comandar” (tsavah) em 1 Sm 13:14, e “ungir” (mashach, mashiach: 1 Sm 24:6, 10; Sl 132:17; Is 45:1). “Santificar” (qadash) e “apontar” (nathan) também pertencem a este domínio (cf. Jr 1:5; Is 13:5). Sobre um nível conceitual mais amplo, há alguma sobreposição dos temas da eleição e da aliança. Essa sobreposição, nos termos da nova aliança, fornece uma chave para a doutrina da eleição e salvação do NT. I. Howard Marshall, Kept by the Power of God: A Study of Perseverance and Falling Away (1969; repr., Minneapolis: Bethany Fellowship, Inc., n.d.).
[8] bachar e ‘ahab aparecem juntas nos seguintes versos: Dt 4:37; 10:15; Sl 47:5; 78:68; Is 41:8. O amor é normalmente a motivação da eleição (cf. Dt 4:37), embora em Ml 1:2 ela parece ser usada no mínimo implicitamente como “escolher.”
[9] Há algum desacordo se yada’ denota ‘escolher’ ou não. “Seleção, escolha” é parte do sétimo sentido de William L. Holladay’s de yada’, e ele cita Gn 18:19 em suporte a este senso. A Concise Hebrew and Aramaic Lexicon of the Old Testament (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Company, 1971), 129. J. Barton Payne, 179, declara, “‘conhecer’ carrega a ideia de graça eletiva e é equivalente a dizer “escolher” (Ex. 1:8; 33:12; Os 13:5; Am 3:2),” 179. Por outro lado, Roger T. Forster e V. Paul Marston negam que uma equação direta possa ser feita entre bachar e yada’. Eles concluem que yada‘ denota a iniciação ou criação de “um relacionamento especial” (Gn 18:17-19; Os 13:5; Am 3:2) ou “um entendimento completo” de alguém (Jr 1:5-6). God’s Strategy in Human History (Minneapolis: Bethany House Publishers, 1973), 182-188. Terrence E. Fretheim consente com a mesma conclusão geral: “Este uso [yada’ como um “relacionamento especial”] não concentra-se na eleição em um modo restrito, mas sobre o relacionamento sobre em seu mais completo sentido (Ex 33;12; Jr 1:5; Am 3:2).” “yada’,”NIDOTTE, 2:411. Forster e Marston reconhecem, entretanto, que escolha, enquanto apenas um componente semântico incidental, está necessariamente envolvido no desenvolvimento de um relacionamento especial. Portanto, yada‘ seria considerado parte do vocabulário da eleição, embora “escolher” não seria listado como um dos seus sensos. (Veja, no entanto, Jó 34:4 onde bachar pode ser equivalente a yada’, mas, contextualmente, yada’ poderia também denotar “perceber, determinar.”)
[10] Salmos chaves que refletem sobre esse tema são 68, 79, 105 e 106.
[11] Preuss, 29. Dt 12:5, 11, 14, 18, 21, 26; 14:23, 25; 15:20; 16:2, 7, 11, 15, 16; 17:8, 10; 18:6; 26:2; 31:11. Cf. também Js 9:27; 2 Cr 7:12.
[12] Esta expressão diferencia entidades corporativas que são relacionadas à família daquelas que não são (p. ex., a nação o u reino de Jr 18:7-10). Esta distinção se torna significante quando a possibilidade de anulação da eleição é considerada.
[13] A eleição de Israel é muitas vezes citada sobre o nome “Jacó”: Gn 25:23; Is 45:4; Ml 1:4.
[14] Uma notável conexão existe entre a eleição Divina de entidades corporativas e a eleição Divina de indivíduos: todas as eleições genético-corporativas decorrem da prévia eleição de um indivíduo.
[15] A expressão “achar graça (chen)” significa produzir, através de comportamento ou caráter agradáveis, uma opinião favorável a seu respeito em olhos alheios (Gn 18:3; 33:8; 47:9, Jz 6:17, etc.). A vida justa de Noé foi a base de sua eleição como homem para salvar o mundo (Gen. 6:9; 7:1). Posto que a eleição de Noé não foi para salvação pessoal, não há contradição com a doutrina bíblica da justificação pela fé somente. De uma perspectiva teológica sistemática, nós podemos dizer que Noé achou graça somente porque a graça regeneradora de Deus veio a ele, capacitando-o a ser justo.
[16] Payne, 178-79, na sua seção sobre eleição individual, lista Abel, Enoque, e Sem como receptores do favor divino baseado em sua “superioridade ética”. Enquanto é verdade que Deus aceitou, no caso do sacrifício de Abel (Gn 4:4-7; Hb 11:4), ou escolheu estes indivíduos, Enoque para não passar pela morte (Gn 5:22-24; cf. Heb. 11:5) e Sem para ser progenitor da linhagem do Messias (Gn 9:26-27; 11:11, 27), ainda em cada instancia destas a principal característica da eleição do VT é perdida: uma consequente tarefa ou responsabilidade decorrente da eleição. Parece preferível, então, diferenciar a recepção do favor/benção divina da eleição divina com suas consequentes responsabilidades.
[17] Payne, 374-75.
[18] John N. Oswalt, “rxb,” Theological Wordbook of the Old Testament, ed. R. Laird Harris (Chicago: Moody Press, 1980): 100.
[19] A referência de Davi para a escolha Divina de sua linhagem para reinar eternamente sobre Israel (2 Sm 7:21 “Por amor de tua palavra e de acordo com tua vontade, realizaste este feito grandioso. . . .”) poderia também ser vista como uma declaração eleição imerecida, embora a linguagem não é tão explícita quanto nestes três casos.
[20] Note que nessas passagens a eleição de Jacó e rejeição de Esaú são apresentadas inteiramente em termos corporativos: “Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor. ” (Compare com Ml 1:2-3). Assim Deus viu Sua escolha de Jacó primariamente como uma eleição da nação de Israel.
[21] Rowley, 45; Klein, 33-34. Payne baseia a sua afirmação de que a eleição do VT foi principalmente “para salvação e não apenas para o serviço de estado” na idéia de que “a promessa fundamental do testamento é a da reconciliação pessoal.” Embora seja verdade que o propósito da aliança de Deus com Israel foi enfim salvífico (Is 43:10), a afirmação de Payne falha em três pontos: (1) a própria aliança mosaica não promete regeneração para aqueles que a mantiverem, (2) cada indivíduo israelita foi um receptor da aliança, mas nem todos os israelitas foram salvos, e (3) a explícita ênfase dos dados de VT sobre a finalidade da eleição é sobre o serviço para o qual o eleitos foram escolhidos.
[22] Este propósito salvífico pode ser inferido da escolha de Deus de Noé e Sem, embora os dados do VT não sejam tão claros quanto são com respeito a Abraão.
[23] A observação sucinta de Geerhardus Vos que “a eleição de Abraão, e…de Israel, foi pretendida como um meio particularista para um fim universalista,” resume, acredito eu, a essência do propósito de Deus na eleição salvífica. Biblical Theology: Old and New Testaments (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Company, 1948), 77.
[24] Parece que a eleição individual pode ter a salvação como sua consequência, mas o VT não contém registros explícitos de Deus escolhendo um indivíduo para ser salvo. A escolha de Deus revelar-se a si mesmo para Abraão e fazer dele o cabeça de uma nação resultou na salvação de Abraão, mas Deus escolheu a Ciro e revelou-se a ele e não há indicação de que ele foi regenerado. Os dados do VT não parecem suportar a ideia de que salvação pessoal e a necessária consequência da eleição individual.
[25] “Que” traduz lm’n, o qual expressa ou propósito ou resultado. LXX: hina.
[26] Klein, 43.
[27] J. I. Packer, “Election,” New Bible Dictionary, ed. J. D. Douglas, (Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Company, 1962), 358.
[28] Note que Deus prometeu estabelecer a casa de Eli “para sempre” (‘ad-’olam: 1 Sm 2:30)!
[29] A partir da evidência, parece que eleição corporativa não-genética é revogável. Todas as instâncias de eleição corporativa genética do VT, entretanto, parecem ser irrevogáveis: Jacó > nação de Israel (Jr 31:37); Davi > sua linhagem (2 Sm 7:16); Finéias > sua linhagem; os filhos de Levi > os levitas; Arão > sacerdócio Araônico. Entretanto, a eleição individual dentro da eleição corporativa é revogável. (Saul, Jeroboão, casa de Eli, Israel não-remanescente).
[30] Is 1:9; 6:13; 10:20-22; 11:11, 16; 37:4, 31; 46:3; Is 65:8-10. Ele mesmo chamou seu filho Sear-Jasube (7:3), “um remanescente retornará” (Rowley, 74).
[31] Para um prolongado tratamento do tema do remanescente no VT e seu significado teológico, veja Gerhard F. Hasel, The Remnant: The History and Theology of the Remnant Idea from Genesis to Isaiah(Berrein Springs, Mich.: Andrews University Press, 1972). Veja também Payne, 184-188; Oehler, 506-508.
[32] Klein, 35 [itálicos dele].
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