A diferença entre um católico e um evangélico

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Qual seria hoje a principal diferença essencial entre católicos e evangélicos?

Como pregador do Evangelho do Senhor Jesus há 29 anos e um defensor da fé bíblica (permitam-me assim chamar, pois falar fé cristã ficaria muito genérico), não posso me calar diante de um quadro triste e, por que não, vergonhoso que vivemos nos dias atuais em todas as regiões do mundo. Trata-se da vã e triste batalha, no campo da teologia, entre apologistas católicos e apologistas protestantes. Há cerca de 7 anos eu já havia escrito um artigo para o Ministério Apologético Cristão de Pesquisas e julguei republicar o mesmo artigo no meu blog.

Vejo que a situação é ainda a mesma: muitos católicos no Brasil são apenas católicos na teoria, suas vidas não provam a fé que comungam.

Não que eu queira entrar nesse embate, mas algo tem que ser dito. Algo tem que ser escrito e publicado. Precisa-se fazer justiça com o que os católicos apostólicos romanos representaram para a igreja de Cristo, todavia, em contrapartida, mais que fazer justiça, precisa-se denunciar o estrago que estão fazendo nos dias atuais para essa mesma igreja. Explico.

Na história da igreja cristã, muitos padres e monges foram verdadeiros santos e homens de Deus durante suas vidas. Dedicaram-se completamente à causa da Cruz. Não irei mencionar nomes para não ser injusto com algum que, porventura, venho me esquecer. Além disso, o foco deste artigo não é a teologia. Isso é verdade e ponto. A história da igreja de Jesus na terra deve parte a padres e monges católicos.

Entretanto, como já é sabido e de conhecimento pacificado, houve um desvio ao longo da história, que veio ser corrigido, pelo menos se iniciou a correção, por Lutero nos séculos XIV e XV.

Muito bem. Estamos em pleno século XXI. Quanta discussão entre evangélicos (protestantes) e católicos.

Como acompanho de perto a luta que apologistas católicos realizam na busca da verdade, a cada dia pesquisando e tentando trazer à tona a ideia que atestam terem os atuais evangélicos se desviado da verdadeira igreja, eu fico, cada vez mais com uma dúvida que deu origem a este artigo: qual é a essência católica?

Se eu tivesse que resumir a essência evangélica, depois de 29 anos como pregador, diria que a principal essência se resume a três pequenas palavras: mudança de vida.

Podemos ler em Efésios 2, de 1 a 5, nós evangélicos, católicos romanos e quem desejar, o seguinte:

1 E VOS vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,

2 Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.

3 Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

4 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,

5 Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos) 

Observe que São Paulo fala em vivificar, ou seja, dar nova vida. Essa é a essência do evangelho de Cristo Jesus. Somos regenerados. Somos vivificados. Entra sujo, sai limpo. Entra destruído, sai novo.

Não existe igreja evangélica, histórica ou não, pentecostal ou não, enfim, quaisquer que sejam as designações, em que uma pessoa não seja transformada. Quando ela passa a integrar a membresia da igreja, batiza-se e deseja compromisso com o grupo, sua vida é mudada. Ela deixa de viver em sensualidades, abandona o cigarro, a bebida, os bailes, as drogas, as desonestidades, a roubalheira, e tantas outras coisas erradas e passa a ter nova vida. Claro que muitos demoram a completar esse quadro. Mas, na maioria, há transformação. Existem os maus exemplos. Sim, existem. Mas nas igrejas protestantes (evangélicas) há transformação de vida.

É interessante que a igreja católica passou por transformações, buscando inclusive aproximar-se do “modus operandi” dos evangélicos, por meio de sua renovação carismática (muitos apologistas católicos teimam em não aceitar a RCC, mas sem ela a Igreja Romana estaria pior) e por meio de padres cantores e mais estratégias, mas para se bem sincero estão longe de parecer a igrejinha evangélica mais simples e pobre que possa existir. A diferença? Nessa igrejinha há mudança de vida.

Vejamos: quem lota os bailões de carnaval, de funk? Quem lota as passeatas gays? Quem lota as passarelas do samba na época do carnaval? Quem lota os presídios? Quem lota os campos de futebol em que há matanças? Quem enche os bolsos de cantores de toda estirpe em shows regados a bebidas e sexo? Qual a religião da maioria das pessoas que vão às praias oferecer louvor à Iemanjá? Não é possível que existam tantos umbandistas. Ou as pesquisas do IBGE estão erradas.

Embora se critiquem tanto a bancada evangélica na Câmara dos Deputados, pergunte aos deputados que não são evangélicos qual a religião deles.

Quem enche aquelas procissões feitas pelo Candomblé na Bahia? Quem defende o aborto na mídia hoje em dia como estão fazendo? Quem? Evangélicos? Não, essa alegria eu tenho em responder! Oh, aleluia, somos igrejas que transformam vidas e pessoas.

Será difícil para você responder essas perguntas? Vá perguntar a essas pessoas qual a religião delas?

Ah, devo lembrar que são essas mesmas pessoas que lotam os templos do padre Marcelo Rossi, do padre Fábio Melo, que lotam os encontros da Canção Nova e outros tantos eventos católicos. Como pode? A mesma pessoa chora um dia na missa do Padre Marcelo, ouvindo canções (detalhe: feitas por evangélicos – pode observar que as que fazem mais sucesso são de autoria de algum evangélico) e olhando as imagens e fazendo outros rituais. Depois, essa mesma pessoa está na passarela do samba, para qual se preparou um ano inteirinho. Desafio qualquer apologista católico me trazer um evangélico comprometido, que se declara evangélico fiel, que tenha pago uma fantasia durante um ano e ido desfilar na passarela do samba. Desafio a qualquer apologista católico a me apresentar algum “crente” firme que estando firme na sua igreja foi ao baile funk ou acabou sendo preso. Se você, nobre leitor, refletir, vai concordar comigo. Nas igrejas evangélicas há mudança de vida.

Por fim, ou minha tese está correta, qual seja, a Igreja Católica Apostólica Romana é uma igreja sem transformação de vida ou o IBGE precisa rever as pesquisas que são feitas quanto à religião dos brasileiros.

Assim, concluo este pequeno artigo dizendo que discutir com apologista católico é desnecessário, pois eles representam uma igreja que não transforma vidas e aí tudo perde a finalidade. Católicos, qual a essência católica?

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