Com a nova interpretação, qualquer testemunha pode reivindicar que Jesus Cristo é o seu mediador pessoal, que é nascido de novo, e consequentemente pode tomar do vinho e comer do pão na refeição noturna do Senhor (ceia). Isto pode soar estranho para os cristãos, que obedecem ao mandamento de Cristo de fazer isto “em memória de mim” (Lc 22:19), e que sabem das consequências de nãoo tomar parte no pão e no vinho: “Se não o comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos.” (Jo 6:53)
Entretanto, o número de vagas continua extremamente apertado: segundo a ótica extremamente míope das TJ’s, apenas 144.000 pessoas têm direito a tal “privilégio”, em contraste absoluto com o que disse o nosso Senhor Jesus: “Na casa de meu Pai há muitas moradas.” (Jo 14:2) Por isto, na prática nada muda, senão o que os chamados “novos ungidos” – aqueles que supostamente têm o testemunho de que vão para o céu – que surgiram depois de 1935 ficam devidamente “oficializados” em suas posições.
Vejamos a mudança na “A Sentinela” de ‘ de Maio de 2007 na página 31: “Sem dúvida, se um ungido cai sem arrependimento, Jeová chama outro indivíduo para tomar o seu lugar. (Romanos 11:17-22) No entanto, o número de ungidos genuínos que se tornaram infiéis não é grande. Por outro lado, com o passar do tempo, alguns cristãos batizados depois de 1935 tiveram nascido o testemunho que eles têm a esperança celestial . (Romanos 8:16,17) Assim, parece que não podemos marcar uma data específica para quando a chamada dos cristãos para a esperança celestial tenha terminado.” (Pode haver uma pequena diferença deste texto em relação a edição brasileira, visto que a citação aqui é da edição americana da revista, traduzida pelo Irmão Brasileiro)
Fico imaginando como pode caber na mente das pessoas tal falácia. É notório que o número de cristãos no primeiro século tenha ultrapassado a isto. Somente em Atos dos Apóstolos, vemos as conversões em massa em apenas duas ocasiões. Somente no discurso de Pedro, “agregaram-se e quase três mil almas” (At 2:31), e no de Pedro e João perante o sinédrio “ouviram a palavra, creram, e se elevou o número dos homens a quase cinco mil.” (At 4:4) . São notórias as conversões numerosas em divesas ocasiões no novo testamento, tendo somente nestes dois exemplos cerca de 8.000 novos cristãos, todos eles “ungidos” segundo a interpretação da STV.
Se somente com dois dias diferentes 8.000 pessoas se agregaram a fé, imagine como fervilhava a palavra naqueles dias. É evidente que muito mais de 144.000 pessoas se ajuntaram a cristo naqueles dias dos apóstolos. Imagine ai os tantos outros que supostamente entraram nesta contabilidade louca da STV nos dias do “pastor” Russel e Rutherford. O número de 144.000 já foi amplamente ultrapassado.
Quão fácil seria aceitar a simplicidade da mensagem do evangelho. Quão fácil seria se as TJ’s lessem a Bíblia livres das interpretações da Torre de Vigia. Elas veriam que as “duas classes” aparentemente criadas das em João 10:16 são os judeus e os gentios, e que eles não teriam esperanças diferentes, pois seriam “um [só] rebanho e um [só] pastor”.
Assim, a data de 1935 nunca existiu, nem tampouco o limite de vagas no céu. Isto foi invenção de homens quem nem entram no reino dos céus e nem deixam outros entrarem. (Mt 23:13) Que Deus os abençoe e mostre a verdade e a simplicidade que hÁ em Jesus Cristo (2 Cor 11:3; Jo 14:6).
Pelo Irmão Brasileiro