A Cristofobia no Século XXI

Na atualidade, temas sobre tolerância, combate  ao preconceito e combate a formas de discriminação são assuntos frequentemente  discutidos na mídia, ambientes acadêmicos  e espaços  políticos. Na busca pelo respeito  a liberdade  de pensamento, de crença  e de expressão, muitos grupos que se sentem em situação  de desvantagem passaram  a chamar a atenção  da mídia para suas causas e comunidades, em muitos casos, de forma extremamente  bem sucedidas. Criaram-se termos que identificam  situações  de discriminação específicas relacionadas a determinadas comunidades  como  forma de denuncia. Surgem, assim, termos como islamofobia, homofobia, dentre outros.

É  plenamente  legítimo  que determinados  grupos procurem conscientizar  as pessoas sobre situações  periclitantes pelas quais  seus membros estão passando. Independentemente  de pertencer a grupos perseguidos, a ética obriga-nos a repudiar todas as formas  de discriminação, contra quem quer que seja.

Da mesma forma, se os cristãos  forem  perseguidos, a lógica não pode ser diferente.

Vale ressaltar que, se somos cristãos, temos a responsabilidade  de mostrar ao mundo o caráter particularmente  intenso e cruel da perseguição  anticristã, pois, lamentavelmente, comprovaremos por dados que a  maioria dos atos de intolerância  religiosa que ocorrem  no mundo, em nosso tempo, são praticados diretamente  contra cristãos.

Aproximadamente 75% da perseguição  religiosa  no mundo são contra vítimas cristãs. A cada 5 minutos um cristão morre por conta de sua fé. Foram 105 mil cristãos  mortos por sua opção religiosa apenas no ano de 2012. O jornalista Reinaldo Azevedo, em apenas uma frase, resumiu toda essa realidade  tão atual:  ” No mundo, nenhuma escolha pessoal, é,  hoje em dia, tão  mortal como o cristianismo”.

É  lógico que pessoas  de outras religiões, e inclusive, pessoas que não tem religião são perseguidas  também, e é   claro que é  um dever ético protestar contra esse tipo de discriminação. Muitas vezes  essas pessoas  são perseguidas  pelos mesmos  que perseguem  o  cristianismo.

Embora a perseguição  religiosa  no mundo não seja exclusivamente  anticristã, o Pew Forum on Religion and   Public Life relata que os cristãos sofrem perseguição  pelo Estado  e/ou pela sociedade  em 133 países, o que significa que o cristianismo  sofre perseguição  em mais de  dois terços  das nações. Nenhum outro grupo religioso  sofre um perseguir  tão maciça  e difundida como essa.

Seria possível, inclusive ampliar essa constatação  de perseguição global a religião  cristã. Temos que considerar três aspectos que tem gerado muita hostilidade  ao cristianismo, mesmo no Ocidente, tradicionalmente  visto como cristão.

O primeiro aspecto:  Fanatismo Secularista- Temos que analisar este aspecto secularista que tenta a todo instante  eliminar a cultura cristã no ocidente. Confundindo a laicidade  do Estado ( que não adota uma religião  oficial) com o laicismo Estatal  ( que tem aversão  a religião). Dentro da perspectiva  que J.L. Talmon  denominou de “democracia  totalitária;” em nome de uma visão cega de democracia legitima-se uma total intolerância a presença, por exemplo, de símbolos do cristianismo , mesmo que isso venha a ferir a própria  cultura dos países. Nesta dita ” democracia “, há até  demissões  de empregos  pela utilização  de símbolos religiosos, a exemplo  de uma funcionária  demitida em uma empresa aérea  na Inglaterra simplesmente por usar uma singela cruz no pescoço. Os dois últimos aspectos  adiante são descritos pelo autor Rupert Shortt, em seu livro  ” Chistianophobia : a Faith Under  Attack”.

O segundo  aspecto está relacionado  ao frequentemente  fato de os cristãos  serem alvo de zombaria e caricaturização de uma mídia irreverente  e agressiva onde a blasfêmia anticristã  é  muito comum.

O terceiro  aspecto. Trata  dos estabelecimentos  acadêmicos  que facilmente  se alinham com a política  da moda e condenam os que fogem da ortodoxia  secular multiculturalista.

Se juntarmos  esses três aspectos, se considerarmos discristianizar o ocidente  também  como uma forma  de perseguição, então  se pode dizer que o cristianismo, com raríssimas  exceções, passa por perseguição em qualquer lugar no mundo. A diferença  será  apenas quanto ao grau ou   estágio  que essa perseguição  está se concretizando.

Apesar dos inúmeros  atos de descriminação, violência e morticínio de cristãos serem tão expressivamente  grandes, não existe  um impacto honesto  da mídia abordando as muitas pessoas  vitimadas, ou mesmo qualquer  mobilização prioritária  por conta de governos  do ocidente, visando deter a perseguição  veraz  que oprime e ceifa  vidas de cristãos do mundo inteiro.

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Resumo extraído  do livro : A Cristofobia  no Século XXI –  Entendendo a perseguição  aos cristãos  no terceiro  milênio ( Daniel Chagas  Torres)

Via Fabiana Ribeiro

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