No dia 18/05/2003, ao completar 83 anos, o polonês Karol Wojtyla, conhecido como Papa João Paulo II, desde que começou a reinar no Estado do Vaticano, há 25 anos, declarou que está prestes a ir se encontrar com Deus, a fim de prestar contas dos seus atos aqui na terra.
É possível que esse papa não tenha cometido qualquer um dos inumeráveis crimes atribuídos a muitos dos seus antecessores – inclusive Pio XII, o Papa de Hitler, responsável indireto pela morte de milhões de pessoas na II Guerra Mundial. Mesmo assim, Wojtyla é o sucessor de muitos monstros políticos religiosos e, de um certo modo, tem prosseguido com os malfeitos destes, tendo consumado o estabelecimento da União Européia e feito a entrega das chaves da moderna inquisição católica ao ex-nazista Joseph Ratzinger, tornando-se, portanto, “farinha do mesmo saco”.
Dentro em breve, quando estiver diante do Supremo Juiz do Universo, Wojtyla vai perceber o quanto tem prejudicado a humanidade com a sua mariolatria, com a política enganosa do Ecumenismo e com a canonização de dezenas de hereges, e até mesmo assassinos dos santos de Jesus, promovendo, assim, a edificação do palco para a atuação do Anticristo, o qual vai governar o mundo com injustiça e iniqüidade, durante sete anos. Sendo salva exclusivamente pela fé no poder do sangue de Jesus, eu não gostaria de estar na pele do Wojtyla, que se considera sucessor do apóstolo Pedro e “vigário de Cristo”, mas que é apenas sucessor dos papas carrascos e dos imperadores romanos.
Em seu artigo “Concealing the Vatican Crime Wave by the Pope´s Holy Smoke” (Escondendo a Onda de Crimes do Vaticano com a Fumaça Sagrada do Papa), publicado no site www.ianpaisley org, em 20 de janeiro passado, o Dr. Ian Paisley faz um resumo da história do Estado do Vaticano, o menor país em extensão geográfica e o mais rico e poderoso do mundo. Também um dos mais “férteis” em matéria de criminalidade. Vamos dar a palavra ao Dr. Paisley.
“Quando o papa governava os estados papais na Itália, esses eram os lugares onde havia a maior onda de crimes no mundo inteiro. A história desses estados é por demais tortuosa.
Com o colapso do sistema administrativo do Império Romano Ocidental, no Século V, o Bispo de Roma ficou sendo o único poder atuante merecedor de algum respeito, proveniente dos tempos mais antigos. Tanto do ponto de vista político como do religioso a época lhe favoreceu o crescimento em influência. No final do século VI, a Sé Romana era dona de grandes estados territoriais na Itália e na Sicília. O papa Estevão II (que faleceu antes da consagração, de modo que o seu nome não constava na lista dos papas até 752 d.C.) pediu auxílio ao beligerante rei dos francos contra a invasão dos lombardos. Em 754, Pepino, o franco, cruzou os Alpes, derrotou os lombardos e deu ao papado o território de Ravena. Foi esse o começo real da existência dos estados papais (estados da ICR), embora na Idade Média tivesse aparecido a lenda de que Constantino, o primeiro imperador romano “cristão”, havia feito um “Édito de Nomeação” conferindo ao papa Silvestre II a cidade de Roma e outros territórios. As “Doações de Constantino” jamais passaram de ficção [bem como o fraudulento documento que as inventou].
Após as doações de Pepino, os papas ganharam outras doações. Em 1115, a Condessa Matilda da Toscana deu ao papa Gregório VII extensos distritos ao Sul da Toscana.
Entretanto, surgiram contestações dos imperadores da Casa de Hohenstaufen da Alemanha, os quais exigiam poder na Itália e essa série de contestações prosseguiu com o Imperador Frederico II. Com a ascensão da Casa de Habsburgo, em 1273, a Itália foi perdida para o império e o maior rival do papado desapareceu. Rudolf de Habsburgo, o novo imperador, garantiu tranqüilamente ao papa a posse dos estados papais. [O marido da tradutora foi colega, na Universidade de Tübingen, de uma jovem chamada Marie Louise, filha de uma condessa de Habsburgo, a qual suicidou-se durante a ditadura nazista].
Em 1305, o papado mudou-se para Avignon e ali permaneceu por setenta anos, até 1378. Durante esse exílio, os estados papais tornaram-se motivo de intermináveis confusões. O regresso do papa a Roma resultou no Cisma do Ocidente (1318-1417), em vista dos cardeais franceses terem elegido um papa rival do papa de Roma.
Júlio II (1503-1513) foi um papa guerreiro. Ele depôs César Bórgia, filho do papa Alexandre VI, da preeminência sobre os outros príncipes, no centro e norte da Itália. Júlio também derrotou os venezianos e recobrou Bolonha e Fermo para a Sé de Roma, a qual, em 1596 e 1631, também ganhou Ferrara e Urbino. Os estados papais se tornaram então como permaneceram até a Revolução Francesa. Em 1797, Napoleão Bonaparte se apoderou dae Legações, Bolonha, Ferrara e România. Mais tarde, esse conquistador também se apossou do restante dos estados papais, tendo sido excomungado pela papa Pio VII. Foi quando Napoleão fez o papa prisioneiro, primeiro em Savona, depois em Fontainebleau. Com a queda de Napoleão, o papado foi restaurado, tendo sido confinado a um diminuto território em relação ao que havia possuído antes das guerras.
Então começou o Movimento para a criação do Reino Unido da Itália. Em 1846, o papa Pio IX, antes saudado como um “papa reformador”, foi obrigado por motivos políticos a fugir para Gaeta (1848), de onde regressou no ano seguinte, mostrando-se como um empedernido reacionário. O seu governo temporal sobre os estados dependia agora do apoio do exército francês de ocupação. Em 1859, a Áustria, que detinha a maior parte do território italiano, foi derrotada pela França em Solferino. Na confusão resultante, o Príncipe de Piedmonte tomou do papa a Toscana, Legações, Modena, Parma e Nápoles. Agora só restava ao papa o “Patrimônio de São Pedro”, estendendo-se da costa norte de Roma por cerca de 50 milhas.
Em 1870 (quando o Concílio Vaticano I estava definindo o dogma da Infalibilidade Papal), rebentou a guerra entre a França e Prússia, quando o exército francês de ocupação foi obrigado a abandonar Roma (20/09/1870) e esta foi declarada capital da Itália Unida.
O papa Pio IX recusou-se a reconhecer a legitimidade desse ato. Refugiou-se no Vaticano declarando ser um prisioneiro. Não quis aceitar a permissão oferecida pelo governo italiano sob a Lei de Garantias. O seu protesto continuou com os próximos papas, Pio X e Benedito XV.
Tornou-se cada vez mais óbvio, com a correr dos anos, que a restauração dos estados eclesiásticos e até mesmo de Roma, estava fora de questão. Portanto, os opositores eclesiásticos (por exemplo, o Cardeal inglês Bourne, em 1911) gradualmente apoiaram a exigência da garantia suficiente, de algum status político independente de outros governantes.
Após a Primeira Grande Guerra (1914-1918), seguiu-se um período de turbulência na Itália, quando subiu ao poder (1921) o ditador fascista – Benito Mussolini. Após alguns anos, quando havia ficado claro que esse regime iria perdurar, foram abertas negociações com o papado sobre como seria decidida a chamada “Questão Romana”. Finalmente, em fevereiro de 1929, foi assinado um tratado (Tratado de Latrão), pelo qual o papado desistiria de reclamar os território perdidos e em troca a Itália reconheceria como soberano o Estado Civil do Vaticano (Citta del Vaticano) [e entregaria ao papado uma fabulosa quantia em liras, a troco de indenização]. O novo Estado compreendia o Palácio do Vaticano, seus terrenos e alguns prédios em Roma. Um decreto assinado pelo papa em 02/01/1931, estabeleceu o sistema monetário da Cidade do Vaticano. As moedas de prata de 10 Liras trazem a imagem do papa de um lado e do outro, a da Virgem Maria. As moedas de ouro trazem de um lado a imagem do papa e do outro, Cristo com um halo na cabeça.
O Tratado de Latrão foi acompanhado de uma Concordata regulando os assuntos da ICR em toda a Itália [E é claro que determinando que o Catolicismo Romano seria a religião estatal]. Desde o princípio sementes de discórdia ficaram implícitas nessa Concordata, pois tanto o regime fascista como o Vaticano eram governos autocratas, exigindo cada um a supremacia.
Os crimes dos estados papais haviam manchado o Vaticano com uma abominável onda de sangue, conforme o mundo tem testemunhado. Pelo visto, os “santos padres” têm governado um reino por demais profano!
Recentemente, o papa e o seu governo têm tentado pintar a sua microscópica cidade (tudo o que lhes restou dos antigos estados papais) como sendo um modelo de santidade e perfeição.
Mas escrevendo de Roma, Peter Popham declarou:
“Uma nota do Vaticano no sentido de expor alguns dos seus feitos ao escrutínio público foi demolida, quando o jornal La Stampa, um respeitável diário italiano, concluiu que ‘ a população do Vaticano iria aparecer como a mais criminosa do mundo’. A Cidade do Vaticano, com apenas 106 acres de terra na área da Europa, e sendo a última monarquia absolutista, revela que, embora tendo uma população de apenas 445 mil almas, no ano passado (2002) o seu mini-sistema judicial registrou 397 causas cíveis e 608 causas criminais, dando uma média de duas causas cíveis e 1,5 causas criminais para cada habitante (homem, mulher e criança).
Contudo, segundo explicou o juiz supremo do Estado, Gianluigi Morone, ‘a maior parte dessas ofensas foi praticada por visitantes, sendo os museus e a Basílica de São Pedro os lugares mais afetados, visto como através deles passam milhões de pessoas anualmente’.
Estas foram as primeiras estatísticas legais publicadas em 74 anos de existência do Vaticano como Estado soberano.
Essa publicação veio em resposta a uma crítica de que os processos do Vaticano estão imersos em deliberada mistificação – crítica que se seguiu ao duplo assassinato de um membro da Guarda Suíça e de sua esposa, o qual foi seguido de o suicídio de outro membro da Guarda como sendo o suposto assassino [Casos até hoje não esclarecidos].
Depois que os corpos foram descobertos, um interminável inquérito foi iniciado, mas apenas uma fração do resultado foi tornada pública. Um dos advogados envolvidos no caso afirmou que o sistema legal do Vaticano é marcado por ‘segredo, silêncio e abuso’’’.
Publicações desta semana [antes de 20/01/03] têm sido feitas sobre escândalos nos estacionamentos, muita fraude e furtos em lojas.”
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