ÊXODO 25.18 – O USO DE QUERUBINS NA ARCA INDICA QUE AS IMAGENS PODEM SER VENERADAS?
De acordo com este versículo, Moisés recebeu de Deus uma ordem para confeccionar duas imagens de querubins de ouro, obviamente se tratava de imagens sagradas. Os católicos argumentam que nesta e em outras ocasiões Deus mandou construir imagens sagradas (IRs. 6.23-28; ICr. 22.8-13) e isso justifica a veneração das imagens. Outro argumento católico é o uso pedagógico das imagens, levando o povo ao invisível através do visível, tornando as imagens a Bíblia dos iletrados, dos simples e das crianças. O terceiro argumento católico é a distinção da devoção entre dulia (devoção aos santos e aos anjos); hiperdulia (devoção a Maria) e latria (culto prestado a Deus).
RESPOSTA APOLOGÉTICA: Deus proibiu seu povo de confeccionar e cultuar imagens, estátuas e qualquer outro objeto. Era costume dos pagãos acreditar que seus deuses se faziam presentes através dessas imagens, por isso se prostavam diante delas em adoração. Tal costume foi expressa e absolutamente proibido ao povo de Deus “não te prostarás diante delas e não lhes prestarás culto” (v. 4b). A posição dos querubins no lugar mais santo, onde apenas o sumo sacerdote poderia entrar, uma vez por ano, no Dia da Expiação (Lv. 16), tornou-os inacessíveis, portanto impossíveis de serem adorados ou venerados pelo povo. Há também o fato que esses querubins não foram dados a Israel como imagens de Deus, eles eram representações de anjos; não foram dados com o propósito de adoração ou veneração, foram dados para decoração, como arte religiosa. Os católicos leem algo neste versículo que na verdade não está lá.
Quanto ao argumento pedagógico, cabem algumas perguntas: Por que cultuar imagens, se o objetivo é ensinar a Bíblia? Por que após tantos anos, com milhões de católicos alfabetizados, ainda se faz necessário cultuar imagens? Se as imagens são o livro dos que não sabem ler, porque a igreja católica não alfabetiza seus devotos? Onde podemos encontrar base bíblica para a teoria da pedagogia divina?
Sobre a distinção dos cultos prestados a Deus, à Maria e aos santos, não acreditamos que o povo católico saiba fazer tal distinção. Se cultuar Maria e os santos mártires fosse correto, o apóstolo João, que escreveu o último evangelho perto do ano 100, quando essa prática começou a ser instituída, teria falado a respeito e incentivado, no entanto ele advertiu: “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” – IJo. 5.21
(Bíblia Apologética, ICP, 2000, p. 90).