A doutrina mortalista só teria efeito, se, e somente se, houvesse um ensino claro a respeito da mortalidade da alma: sua extinção total com a morte e total aniquilamento. O caso é que a Bíblia NUNCA ensina isso. Por outro lado, esperaríamos que uma Bíblia cujos autores fossem totalmente mortalistas NUNCA apresentasse cenas que envolvem o post mortem com imagens que apontam para uma perspectiva IMORTALISTA como exemplos podemos citar Moisés que havia morrido, mas que milhares de anos depois, aparece conversando com Jesus (Mt 17.3); o rico e o mendigo que haviam morrido, aparecem com total consciência das coisas no além (Lc 16.19-31); almas de pessoas mortas aparecem conversando com Deus (Ap 6.9; 20.4) sem falar das inúmeras expressões e falas que se aproximam muito mais da visão imortalista do que da mortalista, tais como “partir e estar com Cristo” (Fl 1.21-24), “no corpo ou fora do corpo”(I Co 12.2-4), “preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (II Co 5. 6-9) , “deixar esse meu tabernáculo” (II Pd 1.14) “o tempo da minha partida é chegado” (II Tm 4.6).
Não se trata apenas de inferir ou pressupor a imortalidade da alma em cima de textos supostamente mortalistas. Não. A Bíblia não só aponta referências claras da possibilidade do homem ter uma alma dentro dele, tais como em Sl 42.11, Jó 30.6; Lm 3.20; Dn 7.15; Jn 2.7, Atos 10.9,10, mas vai além mostrando que esta alma pode mesmo sair do corpo, como vemos em 1 Reis 17.21, Gn 35.18. Se não bastasse essa prova cumulativa, ela prossegue dando exemplos de como isso pode ocorrer, vide Mt 17.3; Lc 16.19-31; Ap 6.9. Mesmo o AT mostra, ainda que de forma poética, que há um tipo de existência sombria entre os que descem ao Sheol (Conf. Ez. 32.17-32). Todos estes textos não teriam sentido algum se os escritores da Bíblia ensinassem a mortalidade da alma. Portanto, se a Bíblia ensinasse que a alma se resume APENAS a um único significado, isto é, de ser a própria pessoa e que morrendo fisicamente essa alma que é a própria pessoa fosse aniquilada e deixasse de existir em todos os sentidos, seria, então, muito natural esperar que estes textos NUNCA aparecessem numa Bíblia cujo ensino fosse mortalista.
É o mesmo que esperar encontrar nos livros de Kardec alguma menção sobre a ressurreição física do corpo quando ele escreve sobre a transmigração das almas, ou encontrar nos livros de Richard Dawkins algum tipo de ilustração sobre vida eterna no post mortem quando ele estivesse ensinando que tudo se resume apenas à matéria bruta.
Interessante que na passagem de lucas 20:38 o termo grego “zaó” vivos, está no presente do indicativo ativo, indicando que Abraão, Isaque e Jacó estão vivos. E não dormindo como defendem os mortalistas.
¨Se nós mesmos ou um ajo do céu vos ensinar outro Evangelho além do que vos temos ensinado, seja anátema.¨
Uma das maiores provas da consciencia ativa e real após a morte é o desconcertante texto de Fl 2:10, onde os perdidos no inferno (debaixo da terra) não poderiam estar destruídos/aniquilados, pois estão de joelhos adorando a Jesus literalmente ou figuradamente, estão CONSCIENTES!