A Bíblia e os cultos afro-brasileiros

I – POR QUE ESTUDAR ISTO?

1 – A SITUAÇÃO ESPIRITUAL NO BRASIL

Os cultos afro-brasileiros tiveram sua origem no Brasil com a chegada dos escravos africanos. Cresceram tanto, que hoje calcula-se que há no Brasil mais de 70 milhões de pessoas envolvidas em alguma forma de espiritismo. Quem ainda não ouviu expressões como “macumba”, “axé”, “pomba-gira” ou “meu santo é forte”? O Brasil é um país obcecado com o sobrenatural — um país místico. Diante deste fato, seria uma negligência muito grande, por parte dos cristãos, cruzar os braços e não fazer algo a fim de alcançar os espíritas para Cristo. Para fazê-lo é preciso ter pelo menos algumas informações básicas.

2 – O VALOR PRÁTICO DA INFORMAÇÃO NO EVANGELISMO

O cristão deve estar informado. Veja o exemplo do apóstolo Paulo no Areópago (Atos 17.22-31), citando o “Hino a Zeus”, do poeta Cleanthes (versículo 28). Com isto Paulo pôde comunicar-se melhor com os atenienses. Ao familiarizar-se um pouco com os cultos afros, você poderá evitar a acusação de seus adeptos de estar atacando aquilo que não conhece. Seu receio será também muito menor ao tratar com eles, uma vez conhecendo algumas de suas terminologias, crenças e práticas.

II — OS ORIXÁS E AS OUTRAS ENTIDADES NOS CULTOS AFROS

1 – QUEM SÃO OS ORIXÁS?

De acordo com o Dicionário de Cultos Afro-Brasileiros, de Olga Cacciatore, os orixás são divindades intermediárias entre Olorum (o deus supremo) e os homens. Na África eram cerca de 600 — para o Brasil vieram talvez uns 50, que estão reduzidos a 16 no Candomblé, dos quais só 8 passaram à Umbanda. Muitos deles são antigos reis, rainhas ou heróis divinizados, os quais representam:

– as vibrações das forças elementares da Natureza — raios, trovões, tempestades, água;

– atividades econômicas – caça, agricultura etc.;

– e ainda os grandes ceifadores de vidas – doenças epidêmicas, como varíola, malária, dengue etc.

2 – A ORIGEM MITOLÓGICA DOS ORIXÁS

Quanto à origem dos orixás, uma das lendas mais populares diz que Obatalá (o céu) uniu-se a Odudua (a terra), e desta união nasceram Aganju (a rocha) e Iemanjá (as águas). Iemanjá casou-se com seu irmão Aganju, de quem teve um filho, chamado Orungã. Orungã apaixanou-se loucamente por sua mãe, procurando sempre uma oportunidade para possuí-la, até que um dia, aproveitando-se da ausência do pai, violentou-a. Iemanjá pôs-se a fugir, perseguida par Orungã. Na fuga Iemanjá caiu de costas, e ao pedir socorro a Obatalá, seu corpo começou a dilatar-se grandemente, até que de seus seios começaram a jorrar dois rios que formaram um lago, e quando o seu ventre se rompeu, sairam a maioria dos orixás. Por Isto Iemanjá é chamada “a mãe dos orixás”.

3 – OS ORIXÁS E O SINCRETISMO

O sincretismo religioso é também um aspecto significativo nos cultos afros. Sincretismo é a união dos opostos, um tipo de mistura de crenças e ideias divergentes. Muitos dos orixás dos cultos afros encontram no Catolicismo um santo “correspondente” — por exemplo: Iemanjá = Nossa Senhora; lansã = Santa Bárbara; Oxalá = Jesus Cristo; Ogum = São Jorge; Oxóssi = São Sebastião; Omulu = São Lázaro.

4 – AS OUTRAS ENTIDADES

Também presentes nos cultos afro-brasileiros, estão espíritos que representam diversos tipos de humanos falecidos, tais como: caboclos (índios), pretos-velhos (escravos), crianças, marinheiros, boiadeiros, ciganos, etc.

III— IEMANJÁ, A “RAINHA DO MAR”

1 – SEU NOME

É uma corruptela do termo iorubano Yèyé+omo+ejá (mãe dos peixes-filhos).

2 – SUAS CARACTERÍSTICAS

3 – SUAS IMAGENS

Para os umbandistas, Iemanjá é uma moça bonita com vestes compridas e transparentes, com cabelos longos e pretos, trazendo sobre a sua cabeça um diadema, e nas mãos pérolas, que vão caindo no mar. Já no Candomblé ela usa enfeites de cantos, pingo d’água, espada e “abebê” (leque) branca ou prateada, com uma sereia recortada no centro, além da coroa que chamam de “adê”.

IV — CONSIDERAÇÕES À LUZ DA BÍBLIA

1 – A QUESTÃO HISTÓRICA: VERDADE OU MITO?

2 – O RELACIONAMENTO COM DEUS

3 – O SACRIFÍCIO ACEITÁVEL

4 – ENCARANDO A MORTE

5 – SALVAÇÃO E VIDA APÓS A MORTE

6 – A VERDADEIRA LIBERDADE

Pr. Paulo Romeiro e Pr. Paul Garden

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