A “Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas”, edição de 1967 — A Bíblia das “Testemunhas de Jeová” — é o maior sacrilégio que essa nefasta seita tem publicado contra nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo — Deus.
Enquanto as “Testemunhas de Jeová” manobravam suas heresias contra o Cristianismo, baseadas tão-somente em seus solertes tratados, ainda se podia suportar suas investidas e discutir com elas com a Bíblia na mão. Agora isso não é mais possível, porque têm outra Bíblia, à sua maneira.
Chegou, com isso, a hora de nós, os autênticos cristãos, unir nossas forças e agir mais firme e precavidamente contra elas, combatendo sua tradução testejeovaista, ou melhor (pior) exclusivamente jeovacêntrica.
A malfadada tradução, negadora da divindade de Cristo, está invadindo em cheio a massa popular cristã, sob os olhares displicentes da cristandade- Os presídios estão cheios dela, bem como outros lugares visitados pelas incansáveis testemunhas anticristãs. Por toda parte é vista em mistura com nossa genuína tradução cristã, como o joio em meio do trigo, confundindo e pervertendo os menos avisados.
Nesse meu apelo lanço angustioso brado de alerta contra essa falsa Bíblia, que não é a Bíblia do original, como afirmam sê-Io “mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego”, mas é uma bíblia, moldada por escolados e sabidos tradutores da seita, segundo suas conveniências doutrinárias.
Temos o dever sagrado de avisar, alto e bom som, a todo o mundo, que desprezem a diabólica tradução anticristã, publicando pela imprensa evangélica avisos e mais avisos apontadores de seus disparates contra Cristo-Deus.
Sendo nossa crença absolutamente cristocêntrica, adorar a Cristo é condição “sine qua non” de nossa salvação. Nosso culto a Deus só é aceito quando realizado através de Jesus Cristo, autor e consumador de nossa fé. Se adorarmos a Deus, diretamente, desprezando a Cristo, esse culto não é válido, nem aceito, porque ninguém vai ao Pai senão por Ele (João 14.6).
Vejamos algumas falsidades dessa capciosa tradução contra Cristo-Deus:
I — CONTRA SUA ADORAÇÃO
Crendo e pregando que Jesus Cristo não é Deus, e que, por isso, não deve ser adorado, e sabendo elas que o Novo Testamento das atuais boas traduções ensina a adoração ao Filho de Deus, ou Deus-Filho, muito incomodadas, pelo entrave, foram aos trechos originais incômodos e os traduziram de modo a favorecer as suas peçonhentas apostasias.
No grego do Novo Testamento original, PROSKUNEIN é adorar, cultuar, prestar obediência, bem como reverenciar, cumprimentar dobrando os joelhos. Os tradutores do “Novo Mundo”, no entanto, para se desfazerem da obrigação de adorar a Cristo e, “ipso facto”, de sua divindidade, tomaram as seguintes providências:
Toda vez que PROSKUNEIN é referente a Cristo, traduzem-no por “prestar homenagem”; quando se refere ao culto prestado a Deus-Pai, vertem-no, corretamente por “adorar”; e quando —, o cúmulo do desprezo contra Cristo — trata do culto a anjos, homens e ao diabo, a mesma palavra é traduzida, certo, também, por “adorar”.
Vejamos passagens confirmatórias do que afirmo:
PROSKUNEIN, adorar, em referência a Jesus Cristo, as suas inimigas, as “testemunhas de Jeová”, maquiavelicamente, só o traduzem por prestar homenagem; adorar, nunca, pois, conforme apregoam veladamente, é pecado adorar a Cristo! Eis alguns versos onde o vocábulo grego é mal traduzido para renegar o culto devido a Cristo:
“E quando o viram, prestaram-lhe homenagem…” (Mateus 28-17);
“E prestaram-lhe homenagem” (Lucas 24.52);
“Eis que certo governante, que se havia aproximado, começou a prestar-Ihe homenagem…” (Mateus 9.18).
“Mas, ao avistar Cristo de certa distância, correu e prestou-lhe homenagem” (Marcos 56);
“… a mãe dos filhos de Zebedeu, com os seus, prestando homenagem” (Mateus 20.20).
E mais as seguintes passagens: Mateus 2.2-11; 8.2; 9 18; 14.33; 15.25; 28.9-17; Marcos 15.19; João 9.38; Atos 10.25 etc.
PROSKUNEIN, adorar, em referência a Deus-Pai, as “testemunhas de Jeová” traduzem certo, porque só aceitam o Pai como Deus:
“É a Jeová, teu Deus que tens de adorar…” (Mateus 4.10);
“Deus é Espírito, e os que o adoram têm de adorá-lo…” (João 4.24);
“…e prostraram-se sobre os seus rostos e adoraram a Deus” (Apocalipse 7.11);
“… prostraram-se sobre os seus rostos e adoraram a Deus” (Apocalipse 11.16);
“As quatro criaturas viventes prostraram-se e adoraram a Deus” (Apocalipse 19.4).
Em João cap. 4, versos 20 a 24, também aparece adorar a Deus. Há outras passagens onde traduzem certo adorar em referência a Deus-Pai.
Vejamos, agora, as passagens onde traduziram o PROSKUNEIN, por adorar, em referência ao diabo, aos anjos e aos homens:
“Se tu, pois, fizeres um ato de adoração” (Lucas 4.7);
“Se te prostares e me fizerdes um ato de adoração” (Mateus 4.9);
“Prostrei-me para adorar diante dos pés do anjo” (Apocalipse 22.8);
“E adoravam o dragão… e adoravam a fera…” (Apocalipse 13.4);
“Ártemis… que todo o (distrito da) Ásia e a terra habitada adora” (Atos 19.27)
E mais Apocalipse 6.2 e 14.9.
II – CONTRA SUA DIVINDADE
- Escrevendo com letra inicial minúscula seu qualificativo de Deus:
Em João 1-1 traduzem Deus, Jesus Cristo, com inicial minúscula — deus —, e o Deus-Pai, com inicial maiúscula, embora no original, ambas as iniciais sejam minúsculas, assim: theón… theós.
O mesmo expediente usam em João 1.18, por falta de outra saída.
- Traduzindo de duas maneiras kúrios, Senhor:
A palavra Kúrios, que traduzimos sempre por Senhor, pois é isso mesmo que significa — traduzem as “testemunhas de Jeová” por Jeová, quando significa, segundo entendem, o Deus-Pai, conforme o fazem em Mateus 4.7 e 10; Marcos 12.29; Lucas 4.8; Atos 7.60; 8.39; 12.23; 13.2,12,44; 14.32; 16.32; Romanos 10.13; II Timóteo 2.19; 4.14. Traduzem-no por Senhor, quando se trata da pessoa de Cristo.
A Gramática e as regras de interpretação não autorizam essa discriminação, que só fazem para rebaixar Cristo à categoria de mero Senhor, mero homem.
No entanto caíram numa armadilha em Atos 13.2,12, onde traduziram Kúrios por Jeová, que se pode entender como sendo o Senhor Jesus Cristo.
E em Atos 16.31, porque Kúrios estava qualificando Jesus, traduziram mesmo por Senhor, e não por Jeová, para livrar-se da prova de que Jesus é Jeová.
E em Atos 9.1, Kúrios fica vertido por Senhor, para não serem obrigadas a aceitar a lógica conclusão de “os discípulos de Jeová”, igual a Jesus Cristo.
Em Atos 15.26, novamente o Kúrios é traduzido por Senhor e não por Jeová, porque vem logo a seguir, Jesus Cristo, e não convém a elas ficar com a expressão: “nosso Jeová Jesus Cristo”.
Em Atos 26.15 “Kúrios… Kúrios… Jesus…” não poderiam traduzir mesmo por Jeová, contra a crença da heresia.
Em Romanos 10.9, onde no grego está “Kúrion Iesoun”, põem Jesus Senhor, porque não podem realmente traduzir por Jesus é Jeová, como o fazem noutros trechos, para anular a divindade de Cristo.
- Pelo artigo a mais ou a menos e a conveniente duplicidade de tradução
Em Mateus 1.23 — o Emanuel — “que é traduzido: conosco o Deus” (ó theós), significando insofismavelmente a divindade entre nós, “Deus conosco”, “conosco está o Deus”, traduziram “conosco está Deus”, furtando-se à indicação do artigo, para fazer crer aos ingênuos, que Deus aí não é o Deus. Tinham de traduzir pela lógica que usam: conosco está o Deus, ou conosco está Jeová. Para os adoradores de Cristo, Deus com ou sem artigo é Deus mesmo, ou é o Pai, ou é o Filho, e ambos são Deus, um só Deus, subsistente em três pessoas: Deus-Pai, Deus-Filho, Deus-Espírito Santo. Não são três deuses, mas um só com tríplice personalidade.
Em Mateus 4.4 — entraram pela tubulação, quando foram obrigadas a traduzir theou, sem artigo (que só traduzem por “um deus” ou por “deus”) por Jeová, para não dar a entender que Satanás estava reconhecendo a divindade de Cristo. E por que então, não traduzem João 1.1 por Jeová ou por o Deus ou Deus (Pai), para serem coerentes, traduzindo “…a Palavra era Jeová”?!… Usam dois pesos e duas medidas em suas traduções, para poderem escapar da contradição, mas mesmo assim acabam tropeçando e caindo, pois estão usando a falsidade contra Cristo.
Em Atos 12.24 traduzem “a palavra d(o) Deus”, evidentemente a palavra de Jesus Cristo, o Evangelho de Jesus Cristo, as Boas Novas da salvação, usando costumeiro subterfúgio, e nos deixam: “a palavra de Jeová”, fugindo à obrigação da reconhecer que o “tou theou” do original é Jesus Cristo nesse caso sendo coerentes com o peculiar modo de traduzir, que os lançam em contradição consigo mesmas noutros trechos, conforme já demonstramos atrás.
- Na tradução de THEÓS
THEÓS, Deus, ora é Deus, ora é deus, ora é Senhor, ora é Jeová, conforme a enrascada de que têm de sair, conforme já vimos antes.
Em Atos 18.21, THEOU traduzem por Jeová, em vez de por Deus, apesar desse theou ser articulado no original; assim o fizeram, não por fidelidade gramatical, mas para ocultar ou obscurecer a pessoa de Deus-Cristo.
Em Romanos 9.5 fazem tremendo malabarismo contra o original, a fim de prosseguir na inglória faina de negar a divindade de Cristo, e ao invés de traduzirem como está no original “o Cristo segundo a carne, que é sobre todos Deus bendito para todo o sempre”, traduzem por “Cristo segundo a carne: Deus, que é sobre todos (seja) bendito para sempre. Amém” para não deixar ninguém concluir que Cristo é Deus e bendito “por omnia saecula saeculorum”.
- e) Noutros casos
Em Colossenses 2.9: enxertaram uma palavra “qualidade” entre “plenitude da” e “divina”, traduzindo: “…toda a plenitude da qualidade divina” para escaparem à obrigação de dizer que “em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da Divindade”.
Em Tito 2.13 enxertaram um “do” entre Deus e Salvador, escrevendo “do grande Deus e (do) Salvador de nós, Cristo Jesus”, para escapulirem estrategicamente à verdade eterna de que Cristo é Deus, conforme reza o original: “… do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”.
Em Hebreus 1.8, onde a tradução lógica é “mas, acerca do Filho: o teu trono, Deus, é para todo o sempre”, em que o Pai chama o Filho de Deus, as “testemunhas de Jeová”, aproveitando-se da difícil tradução do texto sagrado, vertem-no para: “Mas, com referência ao Filho: Deus é o teu trono para sempre…”, que fica sem o sentido que Deus quis dar à sua expressão. Aliás no Salmo 45.6, está a confirmação da certa tradução. A tradução das “testemunhas de Jeová” é irracional por dar ideia de que Deus está falando consigo mesmo, e a si chamando-se de Deus.
Em II Pedro 1.4, aborrecidas com a insistência do Novo Testamento em identificar Cristo com Deus, dão outra mutilada no texto original e sapecam um “de” entre “e” e “Salvador”, para fazer duas pessoas de uma só, traduzindo “do nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo”.
Em l João 5.20, o mais incômodo dos versos para elas, no “o verdadeiro Jesus Cristo. Este é o Verdadeiro Deus e a vida eterna” trocam o este (oútos) por esse, jogando para longe o sujeito, para dar entender que se refere ao 1° “verdadeiro”, a Jeová, e não ao Filho, mas essa trapaça não convence. Vejamos o versículo na tradução certa e na errada, onde aparecem por mim assinalados os pontos que deturparam para negar a divindade de Cristo:
Tradução certa:
“Também sabemos que o Filho de Deus é vindo, e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, no seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”.
Tradução errada:
“Mas, sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu capacidade intelectual para podermos obter conhecimento do verdadeiro. E nós estamos em união com o verdadeiro por meio do seu Filho Jesus Cristo- Esse é o verdadeiro Deus e a vida eterna”.
Vejam quanta escamoteação!
Judas 1.4, muito indigesto, tiveram de engolir sem mastigar, contra a teoria negativista da divindade de Cristo, e traduziram certo: “nosso único Deus e Senhor, Jesus Cristo”, o que é atributo exclusivo do Deus Pai.
Essa Bíblia falsificada, envenenada, além das mencionadas heresias com que pretendem acabar com a divindade de Cristo e, “ipso facto”, o Cristianismo, apresentam outras esquisitices traducionais como o de traduzir MNEMEION “sepulcro”, por “túmulo memorial”, como em Mateus 8.28 e 27.60 etc. Assim o fazem para confirmar a doutrina delas de que sepulcro é o lugar onde os mortos ficam na “memória” de Deus para posterior possível ressurreição, visto negarem a existência da alma eterna.
Outra anormalidade delas na tradução do original é a de verterem STAURÓS por estaca, como se lê em Mateus 27, de 22 em diante, contrariando a milenar crença dos cristãos e não cristãos, bem como da história, que a traduzem por CRUZ.
Etmologicamente falando, de fato STAURÓS era mesmo um poste ou estaca; mas a cruz religiosa, a de Cristo, também em grego STAURÓS, segundo a história e a tradição, era a de dois lenhos “cruzados”, de origem caldaica, símbolo do Deus Tamuz, cuja letra inicial o “T”, ou “t”, passou a ser a forma da cruz, numa das quais Cristo foi crucificado.
As palavras de Cristo em Lucas 24.39, dirigida a Tomé: “Vede as minhas mãos”, e em João 20.25 “nas suas mãos o sinal dos cravos”, um cravo para cada mão, que por isso mesmo deviam estar estendidas, confirma a cruz em sua forma atual.
Há muitos outras falhas e erros graves na tradução russelita, que deixarei para depois. Nada apontei do Velho Testamento. Os horrores que apresentei no Novo já são suficientes para invalidar perante os cristãos essa perigosa tradução.
Pastor Abdênago Lisboa