As escrituras aprovam a poligamia?

IREIS 11.1 – AS ESCRITURAS APROVAM A POLIGAMIA?

Os mórmons dizem que o profeta Joseph Smith alegou ter recebido uma “revelação” do Senhor, de acordo com a qual o matrimônio plural era a vontade de Deus para os seus seguidores (Doutrina e Convênios 132.61-62). As Escrituras, todavia, repetidamente advertem contra a prática de possuir várias esposas (Dt. 17.17) e a violação da monogamia — que significa um homem para uma esposa (ICo. 7.2). Que atitude teremos então diante de IReis 11.3, onde a Palavra nos conta que Salomão teve 700 esposas e 300 concubinas?

RESPOSTA APOLOGÉTICA: A monogamia é o padrão de Deus para a espécie humana. Isso se torna evidente uma vez que: 1) Desde o princípio, Deus estabeleceu esse modelo, criando uma relação matrimonial monogâmica entre um homem e uma mulher, que foram Adão e Eva (Gn. 1.27 e 2.21-25); 2) Esse padrão estabelecido por Deus constituiu a prática geral da espécie humana até ser interrompida pelo pecado (Gn. 4.23); 3) A lei de Moisés claramente ordena até mesmo aos reis: “Tampouco para si multiplicará mulheres” (Dt. 17.17); 4) A advertência contra a poligamia é repetida na própria passagem onde se enumeram as várias esposas de Salomão (IRs. 11.2). 5) Nosso Senhor reafirmou a intenção original de Deus, citando a passagem de Mateus 19.4, e observando que Deus criou um “macho e uma fêmea” e os ajuntou através do matrimônio; 6) O Novo Testamento também reforça a ideia afirmando (ICo. 7.2); 7) Da mesma maneira, Paulo insistiu que o líder da igreja deveria ser “marido de uma mulher” (ITm. 3.2,12); 8) Verdadeiramente, o casamento com base na monogamia representa o relacionamento entre Cristo e a sua noiva, que é a Igreja (Ef. 5.31-32).

A poligamia jamais foi estabelecida por Deus para qualquer pessoa, e sob nenhuma circunstância. De fato, a Bíblia revela que Deus puniu severamente aqueles que a praticaram: 1) A poligamia é mencionada pela primeira vez como parte do contexto de uma sociedade pecaminosa, que estava em uma condição de rebelião contra Deus, onde o assassino Lameque tomou “para si duas mulheres” (Gn. 4.19-23); 2) Deus, por repetidas vezes, preveniu aqueles que viveram em poligamia a respeito das consequências das ações deles — “para que o seu coração não se desvie” de Deus (Dt. 17.17; IRs. 11.2); 3) Deus nunca ordenou a poligamia — nem o divórcio; Ele apenas a permitiu devido à dureza do coração deles (Dt. 24.1; Mt. 19.8); 4) Todos aqueles que viveram a poligamia, cujas vidas estão registradas na Bíblia, incluindo Davi e Salomão (ICr. 14.3), pagaram muito caro por seus pecados; 5) Deus odeia a poligamia, como igualmente odeia o divórcio, uma vez que promovem a destruição do seu ideal para a família (Ml. 2.15-16).

De forma resumida, a monogamia é ensinada na Bíblia: 1) Através de um precedente, uma vez que Deus deu ao primeiro homem apenas uma mulher; 2) Por proporção, tendo em vista que o número de pessoas do sexo masculino e feminino que Deus traz ao mundo é aproximadamente igual; 3) Por preceito, já que tanto o Antigo como o Novo Testamento ordenam a monogamia; 4) Por punição, uma vez que Deus puniu aqueles que violaram o seu padrão (IRs. 11.2); 5) Por tipo, tendo em vista que o matrimônio tipifica Cristo e a sua noiva, a Igreja (Ef. 5.31-32); 6) O simples fato de a Bíblia registrar o pecado de poligamia cometido por Salomão não significa que Deus aprovou essa prática.

Fonte: Resposta Às Seitas, Norman L. Geisler e Ron Rhodes, CPAD, 2000 – Texto compilado e adaptado pelo Pr. Edison Miranda da Silva. Bíblia Apologética, ICP, 2000.

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